MUST
UNIVERSITY
MASTER OF
SCIENCE IN TECNOLOGIAS EMERGENTES EM EDUCAÇÃO
VERA LÚCIA PEREIRA DE SOUZA
USO DO TABLET
COMO APOIO NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA
FLORIDA – USA
2020
VERA LÚCIA PEREIRA DE SOUZA
USO DO TABLET
COMO APOIO NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA
Orientador: Prof. Dra. Maria
Elisa Ehrhardt Carbonari
FLORIDA – USA
2020
Dedicatória
Aos meus pais, Otavio (era o sonho dele que eu fizesse
Mestrado) e Diva que, já dormem no Senhor... por sempre acreditarem em mim e
por terem abdicado de suas vidas em prol das realizações e da felicidade de
seus filhos.
À minha irmã Veronice, por sua preocupação, carinho e
incentivo para a realização desse sonho.
Ao meu irmão Ruberlan, que sempre está presente
conosco... cuidando de nós com carinho... Também um incentivador na minha vida
acadêmica...
Ao meu irmão Rubens Lei, mesmo distante, mas, sempre
presente nas nossas vidas...
Aos meus sobrinhos: Rubhia (dedico esse trabalho – pessoa
especial em minha vida), Rebeca (espontânea e humana), Samuel (está me
ensinando a ver do mundo com outros olhos) e Gabriel (tenho muito que a
aprender com você) ...
A minha cunhada Neoci, por sempre confiar no meu
trabalho...
A minha cunhada Girmonea, mesmo distante, mas, sempre
presente em nossas vidas...
Aos alunos com necessidades específicas de
aprendizagem, em especial aos alunos com deficiência física neuromotora – DFN, pois,
me proporcionaram e, continuam me proporcionando, grandes momentos de
aprendizagem. Com vocês aprendo ricos ensinamentos para o meu crescimento
intelectual/profissional e humano. Verdadeiramente vocês são especiais, no
sentido mais belo que essa palavra pode representar.
Nada disso teria sentido se vocês não existissem na
minha vida... Se vocês não participassem da minha vida...
AGRADECIMENTOS
Ao
nosso misericordioso Deus, em sua infinita bondade, pela dádiva da vida e por
me consentir que realizasse tantos sonhos nesta existência terrena. Não tenho
palavras para agradecer ao nosso Deus, por me permitir errar, estudar e crescer,
por Sua eterna compreensão e tolerância, por Seu interminável amor, pela Sua
voz “invisível” que não me deixou desistir e, especialmente, por ter me dado
uma família tão especial, tão amada, tão cuidadora, por fim, obrigado por tudo.
Ainda não descobri o que eu fiz, para fazer jus a tanto amor do nosso Deus em
minha vida.
A
Prof. Déborah Costa, minha orientadora pedagógica/curso, pela orientação, capacidade,
profissionalismo e dedicação tão importantes, por ser minha amiga virtual.
Tantas vezes que conversamos virtualmente, e, com poucas palavras você já
entendia o que eu queria, sempre me incentivando, com o mesmo ânimo dos
primeiros encontros virtuais. Obrigada por acreditar em mim e pelos vários
elogios e incentivos.
A
Profa. Dra. Maria Elisa Ehrhardt Carbonari, minha orientadora, um agradecimento
carinhoso por todos os momentos de paciência, compreensão e competência. Obrigada
pela confiança e, por me atender, com paciência, todas as vezes que lhe enviava
mensagens. Agradeço por todos os ensinamentos compartilhados de forma admirável.
Por
fim um agradecimento especial a MUST por ter me proporcionado a concretização
desse sonho (meu sonho e, era o sonho do meu pai Otavio).
Vera
Lúcia Pereira de Souza
Sumário
1. Introdução
...........................................................................................................................
08
2.
Metodologia ........................................................................................................................
10
3. Pessoa
Com Deficiência Física Neuromotora: Algumas Características ............................
12
3.1.
Aluno com deficiência física neuromotora: possibilidades de aprendizagem na sala
comum ...............................................................................................................................
16
4.
O Que São Dispositivos Móveis? .......................................................................................
21
4.1
Dispositivo Móvel Tablet Como Recurso Tecnológico na Aprendizagem de
Aluno Com Deficiência Física Neuromotora – DFN ....................................................................
23
5.
Aluno com DFN e o direito de participar da Educação ......................................................
26
6. Prática
do Uso do Recurso Midiático Tablet como Ferramenta de Apoio a Inclusão
de aluno com DFN
.......................................................................................................................
31
7. Considerações Finais
..........................................................................................................
42
8.
Referências Bibliográficas ..................................................................................................
45
Resumo:
Dentro da temática do
uso dos dispositivos móveis no âmbito educacional, o recorte da pesquisa parte
da importância da utilização do dispositivo móvel tablet, como recurso
educacional para alunos com deficiência física neuromotora – DFN, que têm
necessidades específicas de aprendizagem. Ainda, foram abordadas concepções a respeito das
concepções relacionadas à DFN. Por meio da pesquisa
bibliográfica observou-se que o dispositivo móvel tablet pode trazer contribuições
significativas para a inclusão do aluno supracitado no mundo tecnológico e,
também no desenvolvimento de práticas de letramento. Por meio da
pesquisa bibliográfica, o presente artigo fundamentou-se na análise de leitura
de textos de vários autores que tratam do tema abordado. Na conclusão
destacou-se que é necessário entender que o dispositivo móvel tablet não
é o possuidor do conhecimento, mas, um meio tecnológico que permite que o aluno
com DFN possa vivenciar situações-problema que possibilitem tirar conclusões e
construir novos conhecimentos/aprendizagens.
Palavras-chave:
Deficiência Física Neuromotora -
DFN. Dispositivos Móveis. Tablet.
Abstract:
Within the theme of the use of
mobile devices in the educational scope, the research focus starts from the importance
of using the mobile tablet device, as an educational resource for students with
neuromotor physical disabilities - DFN, who have specific learning needs.
Still, conceptions about the concepts related to DFN were approached. Through
bibliographic research it was observed that the mobile tablet device can bring
significant contributions to the inclusion of the aforementioned student in the
technological world and also in the development of literacy practices. Through
bibliographic research, the present article was based on the analysis of
reading of texts by several authors that deal with the topic addressed. In the
conclusion, it was emphasized that it is necessary to understand that the
mobile tablet device is not the holder of knowledge, but a technological means
that allows students with DFN to experience problem situations that make it
possible to draw conclusions and build new knowledge / learning.
Keywords:
Neuromotor
Physical Disability. Mobile device. Tablet.
1 Introdução
Os recursos midiáticos e tecnológicos estão
presentes no espaço escolar e, os mesmos, colaboram, expressivamente para que o
trabalho pedagógico seja efetivado com maior presteza, especialmente, com maior
autonomia, inovação e abrangência dos conteúdos pelo critério do
desenvolvimento de competências e habilidades.
O
conceito de aprendizagem neste novo cenário não se acha limitado à figura do professor:
o professor não ensina, ele ajuda o aluno a aprender.
Estudar
fazendo, estudar colaborando, estudar cooperando são fundamentos que apoiam o
processo de ensino e aprendizagem entre os “intérpretes” que compartilham do sistema
de educação.
A
construção do conhecimento, de forma expressiva, tem lugar quando se interage
na aprendizagem e se trabalha de forma colaborativa: se desenvolvem atividades
intra e interpessoais e deixam de ser independentes para ser interdependentes.
(Carneiro, 2014).
Portanto,
as Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs[1] não resolvem problemas interferentes no processo
de ensino e aprendizagem; mas, se encontram inteiramente atreladas ao conjunto
pedagógico da escola que, ao incorporá-las, beneficiam a construção do conhecimento
de formas não lineares e permite estabelecer a continuação da metodologia
educativa. (Galvão Filho, 2012).
Assim,
o presente trabalho demonstra as possibilidades de aprendizagem do aluno com
deficiência física neuromotora – DFN mediado pelo dispositivo midiático tablet.
Ainda,
entende-se por alunos com DFN aqueles que apresentam ausência ou dificuldade
acentuada de comunicação, precisando de formas alternativas de comunicação oral,
escrita e de locomoção no contexto escolar. (Silva, 2017).
Entende-se ainda que, os dispositivos móveis[2] (tablet,
smartphone, celular, assim por diante), além das vantagens obtidas no
desempenho das tarefas acadêmicas, apresentam ainda outros benefícios de tipo
lúdico, interativo e dinâmico, confirmando a possibilidade de seu uso com alunos
com DFN.
Ainda,
o presente trabalho procurou demonstrar que é muito importante e essencial a
mediação do professor de aluno com DFN, no processo de utilização de
instrumentos midiáticos no desenvolvimento educacional do aluno supracitado. Verificou-se
que a mediação do professor, a partir do uso dos dispositivos móveis, como um
papel crucial na comunicação alternativa do aluno com DFN.
No
estudo da utilização do recurso midiático tablet, a partir da observação
do trabalho pedagógico e da leitura de vários materiais que tratam do tema,
ficou claro os benefícios que o mesmo traz para o aluno com DFN, e atende as
necessidades pedagógicas e sociais do aluno supracitado. É necessário que, a
escola disponibilize esse tipo de recurso midiático no trabalho com aluno com
DFN, e que os professores se capacitem para entender e utilizar esse rico material
midiático pedagógico na educação de aluno com DFN. Assim,
este trabalho, demonstrar a importância do uso de dispositivos móveis, em especial
o tablet, na educação de alunos com deficiência física neuromotota - DFN.
2 Metodologia
A
metodologia empregada no presente artigo foi a pesquisa bibliográfica, que teve
como fonte: livros, revistas, sites, blogs, documentos e artigos com a finalidade
de enriquecer o referencial teórico e conhecer melhor o tema em questão.
Para tanto os seguintes
assuntos foram desenvolvidos:
- O uso de recursos midiáticos na aprendizagem de alunos com
necessidades específicas de aprendizagem;
- A aprendizagem móvel como prática que possibilita a aprendizagem dos
alunos com DFN;
- A inserção das tecnologias de informação e comunicação – TICs na
educação, como um meio viável para aprendizagem e, que as mesmas fazem parte do dia a
dia, e podem viabilizar atividades pedagógicas e motivar a aprendizagem dos
alunos;
- A importância da inserção de metodologias apropriadas, currículos
adaptáveis, ferramentas tecnológicas para
o melhor desenvolvimento e aprendizagem de alunos com necessidades específicas
de aprendizagem;
- As dificuldades deparadas na
Educação Especial quanto ao desempenho do processo de aprendizagem dos alunos
com necessidades específicas de aprendizagem, atentando pela inovação docente,
a partir do uso do tablet como meio tecnológico no processo de alfabetização
de alunos que apresentam dificuldades cognitivas para abstrair conteúdo;
- O uso do dispositivo móvel tablet
como uma ferramenta tecnológica que amplia a aprendizagem dos conteúdos de
língua portuguesa e das demais áreas do conhecimento aos alunos com DFN;
- O dispositivo móvel tablet
como um instrumento tecnológico de inclusão digital aos alunos com necessidades
específicas de aprendizagem;
- O termo deficiência físico como
alterações que podem ocorrer em vários níveis: ósseo, articular, muscular e nervoso;
- A constante interação com alunos que
possuem ou não deficiência, é que os alunos com DFN se constituem, pois é na dinâmica
social que se estabelece a formação do que é propriamente humano, com perspectivas
inclusivas;
- A
importância do atendimento educacional para aluno com DFN e os princípios legais
da educação especial no Brasil.
3
Pessoa
Com Deficiência Física Neuromotora: Algumas Características
A
deficiência física neuromotora é entendida como uma variedade muito ampla de condições
orgânicas que, modificam o funcionamento normal do aparelho de locomoção, impossibilitando
movimentos e a deambulação do aluno. (Teixeira, 2010).
É
importante considerar que as modificações/alterações podem acometer vários níveis,
tais como: ósseo, articular e nervoso. (Teixeira, 2010).
Observa-se
que as alterações não são só anatômicas, mas, são alterações fisiológicas do
aparelho de locomoção. Existe uma grande variedade de patologias e agravos
alteram/modificam a motricidade do aluno. Dentre elas, será focado as condições
mais comuns que podem acontecer em crianças com idade escolar. (Teixeira, 2010).
Dentre os principais quadros motores apresentados pela
pessoa com algum tipo de deficiência física/neuromotora, torna-se difícil encontrar
uma classificação que insira todos os
possíveis distúrbios
motores. Sendo assim, elencamos os quadros de maior incidência em alunos matriculados
na Educação Básica e Educação de Jovens Adultos que requerem um apoio mais intenso.
- Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias (paresias). - Lesão medular
(paraplegia/tetraplegias). - Miopatias (distrofias musculares). (Teixeira, 2010,
p. 1).
Figura
1 - Classificação apresenta alguns tipos de alterações de movimento do aluno com
Paralisia Cerebral
Fonte:
BRASIL. (2006). Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: dificuldades
de comunicação e sinalização: deficiência física. [4. ed.] / elaboração profª
Ana Maria de Godói – Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD...
[et al.]. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.
Os
distúrbios mais acentuados são os motores, sem, necessariamente, implicar na existência
da deficiência intelectual associada. Assim, existe um conjunto de distúrbios motores
derivados da lesão cerebral. (Teixeira, 2010). Ainda, as lesões podem ocorrer
no:
PRÉ-NATAL (Durante a
Gestação): devido a infecções como rubéola, sífilis, toxoplasmose, AIDS, uso de
drogas, tabagismo, álcool, desnutrição materna, alterações cardiocirculatórias
maternas, uma vez que todos os nutrientes, inclusive o oxigênio da criança, vêm
da mãe.
PERINATAL (no momento
em que ocorre o nascimento): anoxia (falta de oxigênio no cérebro), hemorragias
intracranianas (trauma obstétrico).
PÓS-NATAL (após o
nascimento): traumas na cabeça, meningites, convulsões, desnutrição, falta de
estimulação, hidrocefalia. (Reis, 2017, p. 4)
Também, conforme as
áreas afetadas, em relação ao tônus muscular (grau de tensão) a criança com sequela
de paralisia cerebral poderá apresentar algumas características no desenvolvimento
motor. (Teixeira, 2010).
Espástico: apresenta rigidez de movimento e incapacidade
para relaxar os músculos. É o tipo mais comum. Atetósico: apresenta constantes movimentos involuntários de
contorção das extremidades e da língua. É a falta de fixação do tônus (tanto em
repouso quanto em movimento). Atáxico: apresenta dificuldade de equilíbrio corporal
e seus movimentos são sem ritmo (apresenta tremores ao realizar os movimentos)
e sem direção. Na realidade, não é um tipo de tônus. O que o caracteriza são os
movimentos incoordenados. Misto: associação de alguns tipos acima. (Teixeira, 2010,
p. 2-3).
As
persuasões sociais que distinguem a noção de normalidade ideal têm de ser vastamente
discutidas, pois causam confusões e delongam a resolução dos problemas. É de
suma importância entender e reconhecer o sentido biológico da DFN, sendo necessário
incluir o conceito de prática (humana) no sentido social. (Brasil, 2006).
Assim,
a DFN pode apresentar comprometimentos múltiplos das funções motoras do
organismo físico que alteram em número e grau, de ser humano para ser humano dependendo
das razões e do alcance. (Brasil, 2006).
Esses comprometimentos
relativos a deficiência física podem apresentar-se como: leve cambalear no
andar; necessidade do uso de muletas ou andador adequados para auxiliarem a
execução da marcha; uso de cadeira de rodas que pode ser manobrada pelo aluno; uso
de cadeira de rodas manobrada por terceiros devido à impossibilidade do aluno; uso
de cadeira de rodas motorizada que poderá ser acionada por qualquer parte do
corpo onde predomine alguma função voluntária. Esses problemas poderão estar
associados ou não a: dificuldades de linguagem (disartria, anartia,...); dificuldades
visuais (estrabismo, nistagmo, visão sub-normal,...); dificuldades auditivas
com possibilidade de compensação com uso de aparelho específico; semi-dependência
para atividades da vida diária (AVD): higiene; alimentação; uso do banheiro; escrita; desenho; atividades que necessitem
coordenação motora fina. Problemas do desenvolvimento cognitivo: dificuldades
para o “fazer”; dificuldades para o “compreender o que está sendo visto”; dificuldades
para compreender a linguagem. (Brasil, 2006,
p. 15-16).
Alguns
alunos com DFN podem apresentar movimentos involuntários de pequena intensidade/amplitude
(atetose) em várias partes do corpo. (Reis, 2017).
Aluno que apresenta DFN evidencia
uma variedade de condições não sensoriais a deficiência física que o compromete,
em especial, na mobilidade, afetando a coordenação motora geral ou a fala, que
são afetados por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, até mesmo,
más-formações congênitas ou contraídas. (Teixeira, 2010).
Ainda, o termo neuromotor se refere
às deficiências devido às manifestações exteriores que consistem em fraqueza muscular,
paralisia ou falta de coordenação, comumente são conhecidas mais
apropriadamente como neuromusculares, uma vez que as dificuldades encontram-se com
mais frequência nos centros e vias nervosas que lideram os músculos, do que nos
músculos em si. Alterações nervosas podem ser ocasionadas por infecções ou por
lesões decorridas em qualquer etapa da vida da pessoa, podendo também acontecer
por uma alteração sem causa aparente. (Souza e Knobel,
2019).
Portanto, são considerados pessoas com
deficiência física as pessoas que apresentam comprometimento da capacidade motora,
nos modelos considerados normais para a classe humana. (Teixeira, 2010).
Os
autores Souza e Knobel (2019), Teixeira (2010), Reis (2017) e Brasil (2006)
salientam que o aluno com DFN nem sempre apresenta deficiência intelectual,
pois, muita das vezes o que está afetado é a parte motora e não a parte
intelectual. E isso muitas vezes impede que o com DFN tenha uma educação de qualidade,
devido, infelizmente, muitos professores não acreditarem no potencial
intelectual dos mesmos.
3.1
Aluno com deficiência física neuromotora - DFN: possibilidades de aprendizagem
na sala comum
Devido muitas pessoas não compreenderem
os problemas dos alunos com DFN, elas acabam adotando certas atitudes que causam
impacto negativos no desenvolvimento intelectual desses alunos. (Teixeira,
2010).
É muito comum acontecer que pais e
professores desenvolvam as atividades para alunos com DFN, as vezes acabam
escrevendo por eles, vestindo-os (em vez de ajuda-los a se vestir), assim por
diante. Infelizmente esse tipo de conduta leva o aluno a ser mais dependente e
não propicia a oportunidade de desenvolver outras atividades que ele consegue
executar. (Teixeira, 2010).
Essas atitudes de dependência, são
praticadas por pessoas que não acreditam nas chances de aprendizagem do aluno
com DFN tem de aprender, acreditam que ele só pode aprender o mínimo, independentemente
de qualquer metodologia/programa de ensino ou terapêutico. Isso não é uma
verdade absoluta, ainda que, as metodologias tradicionais de avaliação e de
ensino não tenham se mostrado apropriada para solucionar a maioria das
dificuldades que o aluno com DFN depara no seu dia a dia. (Teixeira, 2010).
(...)
necessário compreender a criança com deficiência física neuromotora/paralisia
cerebral, em sua totalidade e não com suas partes que, precisa ser moldada,
para ser tolerada e aceita na sociedade, a partir de uma concepção que irá recuperá-la,
e caso essa recuperação não dê um resultado positivo, a culpa será da criança,
que está em constante construção. Ou seja, não quero negar aqui os tratamentos clínicos
que contribuem para o bem-estar da criança, mas é necessário desvencilhá-los do
contexto educacional, no entanto, quando precisar, propor a articulação
intersetorial entre educação e saúde. Logo, o desenvolvimento educacional desse
sujeito tem que ser fundamentado na pedagogia da inclusão, no intuito de romper
com as amarras sociais, para conquistar o direito de ser, estar e querer viver
sua diferença! (Almeida Junior, 2018, p. 118).
Assim,
é muito importante que as pessoas envolvidas na educação do aluno com DFN compreendam
o processo evolutivo e as interferências que impedem, parcialmente ou totalmente,
as funções corporais na interação com o meio. (Teixeira, 2010).
O
professor, do aluno com DFN, a partir do diagnóstico das necessidades específicas
de aprendizagem, terá condições de estabelecer critérios relativos às: barreiras
provenientes do grau e da extensão das áreas lesadas; complicações pedagógicas;
atuações antecipadas e providas no atendimento às precisões do aluno; estratégias
que ofereçam condições de oportunidade de igualdade para o desenvolvimento das
potencialidades do aluno com DFN. (Teixeira, 2010).
No desenvolvimento de um trabalho
pedagógico eficaz para o aluno com DFN, é de suma importância para estabelecer
uma interação com a família e os profissionais da área clínico-terapêutica
(fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo)
para a compreensão, não somente do diagnóstico, mas, das implicações motoras na
atuação pessoal, educacional e social do aluno com DFN. (Teixeira, 2010).
A nova cidadania
fundamenta-se na ideia de que cada pessoa é um sujeito de direitos. No caso das
pessoas com deficiência intelectual e múltipla deficiência, isto denota que o
indivíduo não pode mais ser visto como alguém condicionado a cuidados ou que
necessita permanentemente de assistência, mas, como uma pessoa com voz e vontade
próprias. Portanto, um grande desafio hoje colocado é: como cada cidadão e
profissional pode contribuir para a implementação de uma sociedade que seja
inclusiva? Trata-se de um exercício novo que exigirá a reflexão e a prática de
uma nova ética, a “ética da diversidade”. (Souza, 2013, p. 7).
Na prática do contexto escolar, as informações básicas
relativas ao aluno com DFN trarão segurança à escola e ao professor, em sala de
aula, no procedimento ensino-aprendizagem, bem como serão indicativos das
medidas a serem adotadas no atendimento às necessidades específicas de
aprendizagem. (Teixeira, 2010).
O desenvolvimento dos alunos
com deficiência física neuromotora é observado mediante a interação social e
cultural embutida nos ambientes educacionais. Logo, o profissional de educação deve
ter uma visão total do sujeito com deficiência, se atentando e preparando-o para
o seu crescimento natural sob o olhar da perspectiva inclusiva. (Almeida Junior,
2019b, p. 8).
Assim, na
construção de políticas públicas na perspectiva inclusiva é de suma importância
que o Atendimento Educacional Especializada – AEE, possibilite a inclusão do aluno
com DFN na sala comum e no contexto social, tendo como finalidade a sua independência,
nos ambientes educacionais, com segurança e autonomia, predominando o respeito
pela condição biológica de todos. (Almeida Júnior, 2019a).
Dessa
maneira, na perspectiva vigotskiana, a educação tem um papel fundamental na formação
dos conceitos de maneira ampla e específica. A escola possibilita que a criança
adquira conhecimentos que são ou não familiares ao seu contexto, em razão do conhecimento
científico construído e acumulado pela humanidade. Nessa intensa relação, as ações
pedagógicas desenvolvidas nos ambientes escolares fortalecem suas identidades
enquanto seres sociáveis, segundo Vigotski. A escola precisa permitir que os
alunos com deficiência física neuromotora se apropriem do meio que estão inseridos,
para desenvolver suas capacidades, habilidades e aptidões, pois é nessa concretude
que se estabelece a formação do que é propriamente humano. (Almeida Júnior,
2019b, p. 10).
Além
disso, essas atuações necessitam estar muito bem organizadas e, objetivando o desenvolvimento
psicológico do aluno com DFN. Ainda, o que se espera não é que a deficiência
seja reforçada, mas sim, uma proposta educativa que seja centrada nas potencialidades
do aluno com DFN. Portanto, é de suma importância reverenciar as particularidades
do mesmo, sempre com a finalidade de estimular as possibilidades e potencialidades
permanentes do aluno com DFN. (Almeida Júnior, 2019b).
(...) destaca-se que as
Tecnologias Assistivas podem auxiliar fortemente na construção de contextos educacionais
mais inclusivos, elevando a qualidade do processo de aprendizagem e promovendo
potenciais de desenvolvimento humano. (Gabardo e Souza, 2017, p.10).
Logo,
é imprescindível que o professor conheça o aluno com DFN e conheça as suas
limitações, assim, poderá fazer uma melhor adequação curricular, para que o
aluno com necessidades específicas de aprendizagem possa ter acesso ao conteúdo
de uma forma especial e com significado para o mesmo. Também, o trabalho
necessita se em conjunto envolvendo todos os alunos da turma do aluno com DFN. (Nunes,
2014).
Existem
garantias legais, em relação ao aluno com DFN, mas, a simples existência, não
são satisfatórias para afiançar a participação e a equiparação de
oportunidades. Dar voz aos alunos com DFN, talvez, seja a única forma de estabelecer
políticas públicas conscienciosas e coesas com as necessidades específicas de
aprendizagem dos mesmos e, de estarem incluídos na sociedade. (Silva, 2017).
4
O Que São Dispositivos Móveis?
O
conceito de dispositivos móveis causa muita confusão, devido os termos utilizados.
Assim, dispositivos móveis são tecnologias digitais que possibilitam a mobilidade
acesso à internet. Alguns exemplos são: os smartphones, iphone e tablets.
(Edumobile[3],
2016).
Existem
muitos modelos de dispositivos móveis, tais como o GPS, Notebook, smartphones
e tablets (os dois últimos são os mais comuns). (Edumobile, 2016).
Os
dispositivos móveis smartphones são considerados como a evolução dos
celulares e apresentam vários recursos avançados que precisam de sistemas operacionais
para cumprir as tarefas nos aparelhos. Ainda, os smartphones são considerados
como “computadores de bolso” por conseguirem realizar as mesmas atividades que
os computadores executam. Os sistemas operacionais mais usados são Android,
iOS ou Windows Phone. (Edumobile, 2016).
Os
dispositivos móveis tablet apresentam condições de utilização iguais ao
computador normal e ao notebook. Na maioria das vezes, o dispositivo
móvel tem a tela maior que o smartphone, o que melhora as condições de visualização.
Dependendo do modelo o dispositivo móvel tablet pode realizar as mesmas
atividades básicas que os dispositivos móveis smartphone realizam. (Edumobile,
2016).
Com o uso das tecnologias
assistivas/adaptadas, às pessoas com DFN passam a ter possibilidade interativa
por meio das mídias, o que significa para aquelas que não apresentam formas de
linguagem, liberdade para se comunicarem com qualquer pessoa.
(...)
Dispositivos
tecnológicos como, os aparelhos celulares – smartphones, tablets
– os computadores de mesa e os notebooks, bem como o universo de softwares e
aplicativos, permitem adaptações para o uso de pessoas com limitação de
movimentos e de fala. Por meio dessas mídias, as pessoas com DFN aumentam a possibilidade
de se comunicar e interagir com independência, autonomia e privacidade, podendo
também trabalhar e estudar de maneira presencial ou apenas virtualmente; e isto
é uma grande contribuição para uma efetiva inclusão social e educacional. (Silva,
2017, p. 185-186).
Os
dispositivos móveis apresentam características físicas tais como, um computador
portátil, tela pequena, espessura fina, ainda apresenta manuseio dos recursos
por meio do toque na tela (touchscreen). Também, apresenta mobilidade e
flexibilidades nos processos de comunicação. Todas essas características citadas são
colocadas em prática por meio da conectividade presente e disponível para os
dispositivos móveis. Deste modo, são excelentes para aumentar as possibilidades
de comunicação e aprendizagem entre os envolvidos na educação. (Edumobile,
2016).
(...) ainda é possível
utilizar aplicativos específicos para alfabetização, aprendizado do Braille, de
disciplinas específicas, como matemática, português, história, ciências,
geografia etc. São inúmeras, ilimitadas as possibilidades educacionais, de
socialização, interação e inclusão proporcionadas por um dispositivo móvel
acessível. (Affonso, 2017, p.12).
Essas características dos
dispositivos móveis fazem com que as barreiras da comunicação e aprendizagem sejam
ultrapassadas, e, oportunizem novas possibilidades para a apreensão dos conteúdos
escolares por meio das características de mobilidade, flexibilidade e conectividade.
(Edumobile, 2016).
4.1
Dispositivo móvel tablet como recurso tecnológico na aprendizagem de
aluno com deficiência física neuromotora – DFN
A
utilização dos dispositivos móveis do tablet e o smartphone nas
escolas ainda tem um vasto caminho a percorrer, especialmente pela carência de
conhecimento no emprego destes recursos por alguns professores e o receio que os
mesmos distraiam os alunos. Contudo, estas tecnologias são muito enriquecedoras
para as práticas pedagógicas de todos os alunos. (Edumobile, 2016).
O
Smartphone é o tipo de dispositivo móvel que o professor precisa
realizar, primeiramente, um levantamento dos tipos, modelos e sistemas operacionais[4] que os alunos têm. Após uma
primeira análise do perfil da turma, o professor pode usar os recursos que precisam
da Internet para o seu funcionamento, como por exemplo, os aplicativos, ou aproveitar
os recursos próprios dos aparelhos, como a câmera digital, calculadora, agenda,
calendário, assim por diante. (Edumobile, 2016).
O
dispositivo móvel Tablet é um modelo de computador portátil, pequeno, de
fina espessura e com tela sensível ao toque. É um dispositivo prático com utilização
semelhante a um computador portátil convencional, é mais utilizado para fins de
entretenimento que para uso profissional e/ou educacional. (Deliberato e Oliveira,
2013).
É fato que a educação
está passando por uma transformação massiva de ferramentas de aprendizagem
impressas para outras que são digitais. Essas novas ferramentas trazem, como consequência,
uma educação de alta qualidade, que abrange ainda mais estudantes. Por meio do
ensino adaptativo, basta um tablet com conexão à internet para que
qualquer criança consiga acessar suas lições e ter um acompanhamento detalhado de
seu desenvolvimento.
O ensino adaptativo faz
com que as escolas consigam, ainda, melhorar a qualidade dos materiais de
aprendizagem complementar, além de expandir o acesso às disciplinas
especializadas. Quando ferramentas digitais são desenvolvidas e aprimoradas com
o objetivo de apoiar a educação — o que é positivo tanto para os alunos
quanto os professores — temos a certeza de que o caminho a ser seguido é o
correto. (Escolaweb, 2020, p. 2).
Assim,
ante as novas linguagens que aparecem nesse progresso tecnológico é preciso
saber trabalhar com as mesmas, do contrário os alunos com DFN irão sofrer as
implicações agregadas a um mundo desconectado do seu convívio, pois, os
dispositivos móveis trazem uma nova linguagem em que os desafios educacionais podem
ser superados com o apoio dos recursos tecnológico proporcionados pelos dispositivos
móveis. (Deliberato e Oliveira, 2013).
A educação no mundo de hoje tende a
ser tecnológica, por isso, exige entendimento e interpretação, tanto dos professores
quanto dos alunos em relação a essas novas tecnologias e recursos. Através do
uso da tecnologia no ambiente escolar, ficam claros os diversos sentimentos em relação
à postura dos professores frente a novos desafios, como a satisfação de estar
participando de uma realidade tecnológica ou ansiedade por enfrentar novas mudanças.
E em relação aos alunos também ocorrem transformações, pois passam a ficar mais
motivados para estudar e aprender, assim como passam a vê as aulas em caráter
lúdico. (Costa e Araújo, 2018, p. 2)
O dispositivo móvel na educação não é
um princípio que se possa adaptar sobre um sistema convencional educacional,
mas, uma forma de acordar fatores de produção pedagógica na educação
(construções, equipamento escolar, corpo docente, corpo discente, meios de
comunicação, procedimentos de aprendizagem e instrução, computadores, rádio
web, televisores, assim por diante). Para atingir os objetivos específicos, a
fim de se produzir uma educação dinâmica, isto é, que gere aprendizagem. Logo, o dispositivo móvel Tablet
na Educação de alunos com DFN possibilita
igualdade de condições e oportunidades. (Bonotto
e Wolf, 2016).
Projetos políticos precisam ter um
olhar voltado para o acesso as tecnologias, para a capacitação de professores
no âmbito das tecnologias, para recursos voltados para isso. É preciso gestores
com um olhar inclusivo. A inclusão pode dar certo desde que se acredite nela e
se tenha o apoio necessário para isso. (Nunes, 2014, p. 37).
As tecnologias móveis inseridas no
setor educacional ocasionam grandes desafios e discussões dos gestores, pois, os
professores necessitam se adaptar e instruir-se para lidar com estes recursos
tecnológicos. É de suma importância entender que, a educação e a aprendizagem
necessitam acompanhar o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas, onde serão
garantidos conhecimento e competência fundamentais ao bom desenvolvimento do
aluno com necessidades específicas de aprendizagem. Logo, o uso de recursos
tecnológicos em sala de aula é inevitável e os professores precisam incorporar
estas novas possibilidades de aprendizagem nos planos de ensino. (Santos, 2016).
5 Aluno com DFN e o Direito de Participar
da Educação
A
todo instante a educação apresenta-se formas e novas estruturas de aprendizagem
para o aluno com necessidades específicas de aprendizagem, buscando-se interagir
e adaptar-se às constantes mudanças que ocorrem em nossa sociedade. Há a
necessidade de um maior conhecimento e discussão da legislação educacional para
que não se coloque a educação, que possui legislação própria, na dinâmica do
senso comum.
Assim sendo, pode-se concluir, que a
luta pelo respeito às diferenças se faz presente, ainda que não do jeito pretendido,
ou seja, de modo que haja o completo respeito pelas necessidades específicas de
aprendizagem. De toda a sorte, pode-se notar que essa luta e empreendimento por
uma educação mais justa e com igualdade de oportunidades faz-se presente e em
contínuo avanço.
Admitir o aluno com DFN nos meios sociais
representa um grande avanço, mas como participantes do processo educacional,
precisa-se contribuir muito mais para o desenvolvimento da sociedade não só no
âmbito educacional, mas também no social, na vida em sociedade, tanto no campo
da educação quanto no campo do trabalho.
Assim, os autores Almeida Júnior (2019 a/b), Galvão
Filho (2012), Reis (2017), Teixeira (2010), Souza e Knobel (2019), Affonso
(2017), Deliberato (2013), Costa e Araújo (2018), Bonotto e Wolf (2016), Nunes (2014), Souza
(2013) relatam que a garantia a educação, de qualidade, para os aluno com DFN,
implica em projetos de políticas públicas que se configurem atuações que façam
diferença entre aqueles que acreditam ser possível uma escola que inclua todos
os alunos com necessidades específicas de aprendizagem e aluno sem deficiência,
na busca e na construção da cidadania para promover condições de equidade educacional
para todos os alunos.
As
pessoas com DFN, muitas vezes são invisíveis para uma grande parcela população.
Elas existem, porém, quase não aparecem na cidade, deixando pensar que a causa
está nas próprias pessoas, impossibilitadas de se integrarem à sociedade,
quando é a própria sociedade que lhes limita o ingresso. Os preconceitos são
numerosos. Além de defeituosa, inútil, incapaz e dependente, costuma-se
refletir que a pessoa com DFN é adoentada e necessita basicamente de cuidados
médicos ou de cura. Pensa-se que ela não tem pretensão própria, que não tem
sexualidade e, às vezes nem sexo, e que não pode ter filhos, que não pode
estudar.
Acompanham-se
os sinais para cada deficiência: a da pessoa surda, de que não fala; a da pessoa
cega, de que não escuta; a da pessoa paralisada cerebral, de que tem
deficiência intelectual; a da pessoa com implicações de hanseníase, de que é uma
pessoa “leprosa” contagiante e assim por diante. Logo, é necessário a quebra
desses paradigmas, e enxergar o aluno com DFN como um ser humano que deseja
aprender e participar da sociedade.
É essencial “desconstruir”
esses preconceitos a respeito das pessoas com DFN, empregar as designações
adequadas para apreender verdadeiramente o que denota ser uma pessoa com necessidades
específicas de aprendizagem. Antes de tudo, uma pessoa com DFN é uma pessoa -
semelhante a todas as outras e na mesma ocasião diferente - com características
e restrições próprias, como todos os seres humanos tem, em níveis e natureza variados.
Logo, não satisfaz, falar não à discriminação. É necessário falar sim à heterogeneidade
humana por meio de práticas que supõem inclusão e gestão da heterogeneidade
humana.
Descontrói-se
atitudes preconceituosas em relação ao aluno com DFN a partir de capacitação de
pessoas que, realmente, acreditam na causa das pessoas com DFN, pois, mesmo com
limitações físicas, sensoriais, fala, visão são seres humanos dentro da sociedade,
onde estão inseridos, e fazem parte do Planeta Terra, necessitam de oportunidades
aprendizagem , necessita de pessoas que acreditam nas capacidades que eles possuem.
A utilização da Tecnologia
Assistiva[5],
como vários autores citam, precisa fazer parte da educação de aluno com DFN, pois
ela proporciona oportunidades de aprendizagens e, com um dedo, ou com os
lábios, ou com os olhos, proporcionam oportunidade de aprendizagem ao aluno
supracitado.
Logo,
a conquista dos direitos da pessoa com DFN depende da prática da reivindicação,
nesta sociedade de classes, da participação nos espaços públicos de decisões,
da apropriação socioeconômica e do compartilhamento de poder no desígnio de fazer
valer os direitos de cidadão, de maneira que essa prática se torne uma estratégia
por excelência, na construção de uma sociedade equitativa, igualitária, livre e
ética.
Portanto,
é necessário acreditar na capacidade de aprendizagem que o aluno com DFN possui
de aprender e se desenvolver, mesmo que apresente as dificuldades supracitadas,
sendo que essas implicações não podem ser apontadas como limitações de
aprendizagem junto às práticas pedagógicas que lhe é oportunizado.
Ainda,
a Escola e os professores devem ter muito cuidado no trabalho com aluno com DFN,
para não permitir que o capacitismo faça parte do trabalho cotidiano com o
aluno supracitado, pois, o capacitismo[6]
utiliza termos pejorativos como inválido, incapaz, louco, doido, aleijado
e muitos outros.
Ainda,
o uso desses termos é uma das formas de manifestação do capacitismo, ou seja,
a opressão e a discriminação praticada contra a pessoa com deficiência.
De
forma resumida, o termo capacitismo[7] é
uma atitude preconceituosa e discriminatória que vê a pessoa com deficiência
inapta para o trabalho e incapaz de cuidar da própria vida, incapaz de
participar da sociedade.
Logo,
é necessário que a escola inclusiva rompa com o paradigma supracitado e, com o
modelo habitual de aprendizagem, pois, práticas seletivas de ensino que visam a
aprovação e categorização do aluno com DFN, precisam serem eliminadas, e oportunizar
praticas que valorizam as diferenças e a heterogeneidade humana, valorizando a pluralidade
como fator de desenvolvimento humano.
Tabela 1 – Algumas práticas que
favorecem o capacitismo e precisam ser evitadas num ambiente escolar inclusivo
Nº
ord. |
Prática
que favorece o capacitismo |
Dicas
para não cair no perigo do capacitismo |
01 |
Quando
olho para um aluno com deficiência e não pergunto a ele qual brincadeira
prefere ou quando decido o que vai no prato dele, sem antes questionar se, de
fato, ele goste do alimento, eu estou sendo capacitista. Quando presumo o que
o aluno pode ou não fazer, segundo o meu julgamento sobre ele. O capacitismo presume
que a pessoa com deficiência não tem nenhuma habilidade ou potencial. |
Pergunte
o que ao aluno com deficiência quer: Ouça o que o aluno com deficiência
tem para te falar sobre o que ele faz e, o que gosta. Ter em mente que a
comunicação vai, muito, além do verbal. Existem outras maneiras para se
conectar com o aluno com deficiência, mesmo que ele não pronuncie as palavras. |
02 |
Quando
diálogo com os professores, e noto que, apesar da vontade de fazer o melhor
pelo aluno com deficiência, poucos conseguem dizer as habilidades de seus alunos
com necessidades específicas de aprendizagem. O que demonstra que o slogan
“Nada sobre nós sem nós” – que é o tema do movimento político das pessoas com
deficiência e que ganhou mais força e visibilidade no Brasil em 2007 – ainda
é utopia na maioria das escolas. |
Aceite
o desejo do aluno com deficiência e crie formas de torná-lo possível: Perguntar
ao aluno com deficiência: se ele gostaria de participar das atividades que
acontecem na Escola? Se ele se sente bem na atividade? |
Fonte: Ferraresi (2017).
É
muito importante ter claro que a educação inclusiva é um procedimento contínuo
e partilhado pela equipe da escola, todas as informações precisam ser
favorecedoras da intervenção educacional, da procura de formas alternativas
para que o aluno com DFN obtenha o conhecimento, mesmo que de forma distinta
dos alunos sem deficiência.
Assim, a educação inclusiva é a
abertura de um caminho para a cidadania, pois é pela educação que os seres humanos
se sentem úteis e participantes da sociedade.
6 Prática do Uso do Recurso Midiático
Tablet como Ferramenta de Apoio a Inclusão de aluno com DFN
Para
que realmente inclusão educacional, de qualidade, aconteça é necessário que, os
profissionais da educação tenham preparação e qualificação. Cada dia mais e
mais alunos são inseridos nas escolas comuns, e, muitos deles necessitam de
atendimento individualizado, com adequações que atendam às suas características
particulares, principalmente alunos com necessidades específicas de
aprendizagem que apresentam particularidades na sua socialização. (Nunes, 2014).
Ainda,
para atender as necessidades pedagógicas do aluno com DFN, é necessário avaliar
quais são as possibilidades e potencialidades do aluno, após essa avaliação
será definido os caminhos que garantam a acessibilidade motora e a inclusão dele
no ambiente escolar para que assim, possa se estabelecer uma comunicação entre
o aluno com DFN, professor e os colegas de classe. (Brasil, 2012).
Também,
é imprescindível e, importante a qualificação profissional do professor que atende
alunos com necessidades específicas de aprendizagem, pois, é o ponto crucial e
necessário para a inclusão desse aluno no sistema comum de ensino. Infelizmente,
o despreparo do professor pode levar esse processo educacional ao fracasso. (Nunes,
2014).
A pessoa com
deficiência motora, muitas vezes, é discriminada e excluída do ambiente
educacional, pois a grande parte dos professores concebe que não há possibilidades
de aprendizagem e que, atrelada à deficiência motora, a pessoa possui também deficiência
intelectual, o que não é verdade para todos os casos. A segregação se torna
ainda mais grave quando a deficiência motora acomete consideravelmente a fala e
impede o uso da comunicação oral de forma fluente – impedimento bastante comum.
(Brasil, 2012, p. 10).
Portanto, para que exista uma educação inclusiva que cultive a
prática do diálogo e do respeito recíproco, é imprescindível que todo professor se empenhe de forma efetiva, dentro da sua
área de formação, a desenvolver atividades inclusivas que colaborem para a formação de um ser humano capaz de lidar com o meio e com os outros seres
humanos, de forma justa, fraterna e igualitária e, essa prática necessita ser incorporada no currículo escolar, tornando-se
parte do cotidiano da escola.
É
essencial que o professor conheça as possibilidades do recurso midiático tablet,
a fim de usá-lo como ferramenta para aprendizagem do aluno com DFN. Caso oposto,
não é oportuno saber como esse recurso pode ajudar na metodologia de ensino e
aprendizagem para o aluno supracitado. (Nunes, 2014).
No
entanto, isso não denota que o professor necessita se tornar um especialista,
mas, que é imprescindível conhecer as potencialidades da ferramenta midiática tablet
e saber utilizá-la para o melhor atendimento educacional do aluno com DFN.
É
muito importante que o professor que atende aluno com DFN compreenda as modificações
que estão acontecendo no mundo e a necessidade de a escola seguir esse processo.
Além
disso, é necessário que o professor compreenda que o perfil profissional vem passando
por modificações. Hoje em dia, é necessário examinar os paradigmas e estar habilitado
para lidar com as transformações na forma de produzir, registrar e comunicar o
conhecimento que dão procedência a novas formas de fazer, pensar e instruir-se.
Deste
modo, é essencial que o professor encontra-se preparado a aprender sempre, não
tenha medo de conhecer e errar enquanto instrui-se, que se coloque no papel de
problematizador de conteúdos e atividades, em vez de permanecer no papel de
transmissor de informação, e amplie sua competência reflexiva, autonomia e posturas
crítica e cooperativa, para conseguir mudanças educacionais expressivas e combinadas
com as necessidades atuais do aluno com DFN. (Nunes, 2014).
Acatar
e conhecer a potencialidade do aluno com DFN enquanto companheiro da construção
do conhecimento é também prioridade para um bom trabalho em grupo, professor-aluno,
aluno-aluno, aluno-professor.
A
verdadeira revolução não é a obtenção do saber com a ferramenta midiática tablet,
mas, o modo pelo qual, esse conhecimento é memorizado e arquivado pelo aluno com
DFN.
(...) a escola, como instituição
que legitima a prática pedagógica e a formação de seus educandos, precisa
romper com a perspectiva homogeneizadora e adotar estratégias para assegurar os
direitos de aprendizagem de todos. Contudo, tais estratégias dependem das
especificidades de cada pessoa, da experiência, e da criatividade e observação
do professor com sensibilidade e acuidade, além de uma formação inicial e
continuada que o encaminhe para isso. (Brasil, 2012, p. 7).
Para concretização da inclusão escolar, não satisfaz apenas
a existência de legislações amplas e vigentes, mas, demandam transformações
gradativas, continuadas e sistemáticas de toda a sociedade, para que o aluno
com DFN possa ser visto de maneira igualitária. A melhora no sistema de educação,
a qualificação profissional e o trabalho multidisciplinar são fatores que entusiasmam
no progresso ou no fracasso da inclusão educacional dos alunos com necessidades
específicas de aprendizagem.
A educação é a base para o desenvolvimento de qualquer
cidadão, e, é essencial incluir no mundo escolar o aluno com necessidades
específicas de aprendizagem e garantir a possibilidade de seu desenvolvimento,
mas, lembrando que isso só é possível quando existem professores e comunidade
escolar envolvidos e realmente empenhados com a educação inclusiva. Colocar o aluno com DFN no ensino comum e não atender o
que ele precisa, não é inclusão educacional é a chamada “exclusão educacional”
dentro da inclusão educacional.
Assim,
promover a inclusão educacional, não é exclusivamente admitir que o aluno com DFN
esteja matriculado no ensino comum, mas, sim garantir que lhe sejam
proporcionadas condições de aprendizagens, conforme suas necessidades
específicas de aprendizagem.
6.1 Atividades
Educativas e os Recursos Mediáticos
Dando
continuidade à inclusão educacional, segue algumas sugestões de atividades educativas
que colaboram na prática pedagógica do letramento digital[8], raciocínio
lógico e vivências pedagógicas virtuais para o aluno com DFN:
1.
Ludo Educativo. Tem jogos muito interessantes de ciências, matemática, ‘português,
inglês e muito mais’. Disponível em:<https://www.discoverykidsplus.com.br/>.
2.
Escola Games. É um site gratuito de jogos educativos para crianças a
partir de 5 anos. Todos os jogos são desenvolvidos com acompanhamento pedagógico
para aprender brincando. Na versão atual do site há 80 jogos com
temas de língua portuguesa, matemática, geografia, história, ciências, inglês
e meio ambiente. Disponível em: <http://www.escolagames.com.br/>.
3.
Smart Kids. Além dos jogos, neste site há material de pesquisa e
tudo é bem organizado. Há muitas informações selecionadas por datas
comemorativas, o que pode ajudar muito na hora de aprender e estudar sobre
temas como Dia do Soldado, Dia da Árvore, Dia do Índio assim por diante. Disponível
em: <https://www.smartkids.com.br/>.
4.
Encontre as palavras - Sinônimo e Antônimo: Se você tem entre seis e oito anos
de idade, vai encontrar muitos jogos interessantes por aqui, como este de
português. O site tem muitas outras informações para além dos jogos, que podem
inclusive te ajudar com o dever de casa. Disponível em: <https://www.nossoclubinho.com.br/encontre-a-palavra-sinonimos-e-antonimos/>.
5.
Iguinho. O Iguinho tem muitos jogos diferentes, com destaque para estes canais
de natureza e sobre o Brasil. O Iguinho tem muitos jogos diferentes, com destaque
para estes canais de natureza e sobre o Brasil. Disponível em: <https://iguinho.com.br/jogos.html>.
6.
Educational Games - Jogos em Inglês. Ajuda na aprendizagem da Língua Inglesa e
desenvolve o raciocínio lógico. Disponível em: <https://www.education.com/games/>.
7.
Knowledge Adventures. Jogos em Inglês. Ajuda na aprendizagem da
Língua Inglesa e desenvolve o raciocínio lógico. Disponível em: <https://www.education.com/games/>.
8.
Separar em sílabas - Separador e conta sílabas. Disponível em: <https://www.separarensilabas.com/index-pt.php>.
9.
Jogos de Tabuleiro Online. Disponível em: <https://www.cokitos.pt/tag/jogos-de-tabuleiro-online/>.
10.
Atividades Educativas de todas as disciplinas do Ensino Comum. Disponível em: <http://www.atividadeseducativas.com.br/>.
11.
Plataforma GoConqr. Uma plataforma
que torna o aprendizado, um processo ativo e atraente, ainda, criar melhores experiências
de aprendizagem para todos. Disponível em: <https://www.goconqr.com/pt/>.
12.
AmpliSoft é um projeto de desenvolvimento de software de código aberto,
que busca criar soluções baseadas em software para auxiliar pessoas
portadoras de necessidades especiais desprovidas da fala e sem coordenação motora.
Disponível em: <https://amplisoft.azurewebsites.net/>.
13.
Google Earth. Essa incrível ferramenta é gratuita e
permite explorar todo o planeta Terra de maneira 3D e virtual, tendo diversas
utilidades dentro das aulas de Geografia. O mecanismo trabalha com os alunos com
necessidades específicas de aprendizagem o recurso visual, pois estimula o conhecimento
por meio de imagens claras e realistas. Com o Google Earth para
dispositivos móveis, o aluno com DFN pode navegar pelo mundo com apenas um
toque no dispositivo móvel smartphone ou tablet. Disponível em: <https://www.google.com/intl/pt-BR_ALL/earth/versions/#earth-for-mobile>.
14.
Lousa Magica Tirar e Colorir. É um jogo divertido que permite desenhar e
colorir em forma real. Coloca os talentos artísticos em teste. Promove o desenvolvimento
da imaginação, as artes, e aumenta a capacidade de concentração e habilidades
motoras finas. Tudo num toque do dedo. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=com.orange.magic.board.doodle.coloring&hl=pt_BR&gl=US>.
15. ABC Autismo - Um mundo de atividades
coloridas e pedagógicas para realizar e curtir. O aplicativo está disponível em
três idiomas (inglês, espanhol e português), é baseado na metodologia TEACCH,
possui 4 níveis de dificuldade e 40 fases interativas. Tem como objetivo auxiliar
no processo de aprendizagem de crianças autistas por meio de divertidas
atividades pedagógicas. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=com.dokye.abcautismo&hl=pt_BR>.
16. Sons dos Animais. Jogo educativo
concebido para crianças de 1 a 5 anos para aprender os sons de animais. Apenas
tocando na tela, o aluno pode ouvir os sons de animais, seus nomes e
características. Possui mais de 80 animais para aprender.
Disponível em 15 idiomas, incluindo o Português.
Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=net.fagames.android.playkids.animals&hl=pt&gl=US>.
17.
Estouro de Balões Jogos Grátis. Um
clássico jogo de balão popping para crianças, com gráficos coloridos,
animais bonitos e vários fundos. Todos os modos de jogo são adequados para
crianças jovens, como um jogo educacional. A versão gratuita oferece 4 balões
regulares, três animais e dois fundos diferentes. O jogo completo (desbloqueado
através de uma compra in-app) é ainda mais divertido, com 7
balões regulares, 3 balões especiais, 10 animais e 3 fundos diferentes. Disponível
em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=se.appfamily.balloonpopfree&hl=pt_BR&gl=US>.
Destaca-se que, a utilização de
jogos educativos virtuais, utilizando o recurso midiático tablet, no processo
de ensino-aprendizagem, possibilita a aprendizagem de forma prazerosa,
despertando limites, liberdade e invenção, proporcionando uma aprendizagem
significativa.
Ainda, as atividades lúdicas no tablet são estratégias de interação social em situações
diversas para a promoção de aprendizagens orientadas que, garantam a troca de
aprendizagem entre o aluno sem deficiência e o aluno com DFN, comunicando-se e
expressando-se, demonstrando seu modo de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente
acolhedor, que propicie a confiança e a autoestima.
Dando
continuidade sobre os benefícios do recurso midiático tablet
na educação de alunos com necessidades específicas de aprendizagem,
segue algumas possibilidades enriquecedora de aprendizagem que esse aparelho midiático
pode proporcionar ao aluno com DFN.
Tabela 2 - Alguns benefícios do
recurso midiático tablet na educação de alunos com DFN.
Nº ORD. |
Atividades |
Benefícios |
01 |
Favorece
a compreensão dos conteúdos |
As
várias opções de funcionalidade dos tablets proporciona e estimula
díspares formas de aprendizagem, pois, consegue traduzir de diferentes formas
o conteúdo da grade curricular. Ainda, o recurso midiático tablet é
uma ferramenta que apoia o professor no trabalho com a heterogeneidade de aluno,
isto é, no trabalho com alunos com necessidades específicas de aprendizagem,
em especial o aluno com DFN. |
02 |
Desenvolvimento
continuado das habilidades digitais |
A
utilização do recurso midiático tablet na educação, devido tamanho reduzido,
o transporte é facilitado, assim proporciona ao aluno com DFN um contato mais
direto com a tecnologia da educação dentro de uma sala de aula comum. Diferentemente
dos computadores e notebooks, tudo isso acontece sem que seja preciso
cortar o contato visual com os professores, ficar em salas fechadas, assim
por diante. |
03 |
Autonomia
na metodologia de aprendizagem |
Com
somente um tablet, o aluno pode: receber o conteúdo; fazer edições; realizar
pesquisas em livros, jornais e revistas; conversar e reunir-se virtualmente com
outros alunos para estudar os conteúdos pedagógicos. O recurso midiático tablet
na educação permite que o aluno com DFN se torne protagonista do seu processo
de aprendizagem. |
04 |
Impacto
nas estratégias didáticas dos professores |
O
recurso midiático tablet têm um impacto positivo no trabalho pedagógico
dos professores, pois, eles passam a trabalhar com vídeos (escolha,
edição e produção) para apresentação dos conteúdos; ganham a possibilidade de
promover seminários digitais com pessoas que são referência na disciplina
trabalhada, sem gerar ônus para a instituição de ensino; apoiam o ensino de
línguas estrangeiras, por meio da interação com falantes nativos do idioma em
questão e apresentar os conteúdos com gráficos, imagens e ilustrações
animadas. |
05 |
Desenvolvimento
da capacidade criativa dos alunos |
Ao
empregar o uso do recurso midiático tablet, a escola opta por conferir
mais autonomia ao aluno com DFN e, o professor passa a ser um mediador, não
mais um transmissor de conteúdo. Dessa forma, adota-se um modelo de
construção conjunta do conhecimento. O recurso midiático tablet permite
ao aluno com DFN que, saia de um posicionamento estático e se torne
pesquisador, leitor de obras complementares, desbravador de curiosidades
sobre múltiplos temas e, assim, desenvolver a capacidade de ser
criativo. |
06 |
Custo-benefício
dos tablets nas escolas |
Outro benefício
é que, se comparado ao valor gasto com a compra de materiais
escolares tradicionais, a aquisição do recurso midiático tablet, para
uso em sala de aula e, de um pacote de internet pode ser bem
mais lucrativo. Ainda, o uso do recurso midiático tablet é um diferencial
em termo de mobilidade e, até na saúde dos alunos, pois, elimina o peso nas
mochilas escolares. |
Uso do Tablet na educação escolar: Veja os 6 principais
benefícios. (2016). Fonte: <http://blog.arvoredelivros.com.br/gestao-escolar/uso-do-tablet-educacao/>.
É necessário ao professor que atende
aluno com DFN, entenda que as práticas pedagógicas comuns, utilizadas para os
alunos sem deficiência, não irão funcionar com aluno com DFN, logo, não são apropriadas
para que o aluno com DFN possa aprender os conteúdos trabalhados em sala de
aula, daí a importância de se utilizar o recurso midiático tablet, pois,
com um simples toque na tela o aluno conseguira ver e aprender os conteúdos acadêmicos,
e, também, se comunicar com toda a turma e, também poderá ir além dos muros da
Escola.
7 Considerações Finais
A
finalidade deste estudo foi analisar características de alunos com deficiência
física neuromotora – DFN, possibilidades de aprendizagem dessa clientela no
Ensino Comum e a utilização do recurso midiático tablet como recurso
tecnológico a favor da inclusão educacional e da aprendizagem de aluno com DFN.
Sabe-se
que muitas pesquisas sobre os diferentes espaços de aprendizagem de alunos da
educação especial, na perspectiva da inclusão, estão amplamente desenvolvidas,
mas, a respeito do uso da tecnologia, em especial o recurso midiático tablet,
percebe-se que é pouco explorada/conhecida.
Os
autores citados, neste artigo, destacam que o recurso midiático tablet pode
proporcionar uma educação de qualidade para aluno com DFN, pois, com o auxílio
de um toque o aluno com DFN, pode se comunicar, pode adquirir conhecimentos
acadêmicos, pode “viajar virtualmente” e ainda, pode estar incluso na sociedade.
A intenção é essa, proporcionar que o aluno com DFN participe da escola assim,
como os alunos sem deficiência participam da escola.
Percebe-se
que o dispositivo móvel tablet não é o possuidor do conhecimento, mas
uma ferramenta que permite ao aluno com DFN procurar informações e construir com
seus recursos midiáticos, vivenciais e situações-problema que permitam tirar
conclusões e construir novos conhecimentos/saberes.
Disponibilizar ao
aluno com DFN novos recursos de acessibilidade, novos espaços, na verdade, uma nova
sociedade de conhecimento, que os compreenda em seus projetos e possibilidades,
não estabelece somente propiciar o crescimento e a autorrealização do aluno com
DFN, mas, de maneira especial, é consentir a essa parcela da sociedade crescer,
expandir-se, humanizar-se, por meio das riquezas de uma maior e mais harmoniosa
coexistência com as diferenças.
Observa-se
que toda a tecnologia deve ser empregada na educação visando à formação do pensamento
crítico do aluno com DFN e dos professores para a resolução de problemas, percebe-se
que o dispositivo móvel tablet pode ser uma das mídias apropriada, para que
o aluno supracitado adquira mais conhecimentos.
Ainda, destacam-se os benefícios do
dispositivo móvel tablet na educação de alunos com DFN, pois, ele proporciona
uma transformação na
dinâmica da sala de aula e, permiti que professores e alunos experimentem novas
possibilidades de aprendizagem/conhecimento.
Nota-se
que alguns professores têm dificuldades para utilizar o dispositivo móvel tablet,
devido falta de capacitação para o uso do mesmo no processo de ensino e
aprendizagem e, ainda, alguns professores tem dificuldades em conseguir atrair
e motivar a atenção do aluno para a aprendizagem por meio do dispositivo móvel tablet.
Em virtude disso, alguns professores rejeitam essa rica ferramenta de apoio a
aprendizagem dos alunos com DFN.
Logo,
é de suma importância a formação continuada dos professores para o bom
aproveitamento das TICS, em especial o tablet, uma vez que, todos os
dias, surgem novas possibilidades de aprendizagem por meio dos recursos
tecnológicos.
Ressalta-se que, não existe receitas prontas para atender
a cada necessidade específica de aprendizagem do aluno com DFN. A escola, além
das direções partilhadas, necessita buscar informações e guias que ampliem as
possibilidades de aprendizagem/conhecimento, para que todos os alunos com necessidades
específicas de aprendizagem encontrem um ambiente adequado e acessível de aprendizagem.
Por
fim, acredita-se que este estudo poderá fornecer possíveis formas de intervenção
pedagógica na organização e reorganização dos trabalhos dos professores,
sugerindo alternativas na estruturação da prática pedagógica, por meio da utilização
dos recursos midiáticos do dispositivo móvel tablet.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Almeida
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Almeida Júnior,
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Neuromotora na Educação Infantil: Possibilidade Real? Perspectivas em Diálogo.
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Acesso em: 12 ago. 2020.
[1] As Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC correspondem
a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos
dos seres. Disponível em: <http://totlab.com.br/noticias/o-que-e-tic-tecnologias-da-informacao-e-comunicacao/>.
[2]
Fonte: <https://cartilha.cert.br/fasciculos/dispositivos-moveis/fasciculo-dispositivos-moveis.pdf>.
[3]
Edumobile
são estratégias pedagógicas para a utilização da M-Learning em sala de aula,
tendo como objetivo auxiliar na construção de estratégias pedagógicas que
possibilitam a formação das pessoas para utilizar a tecnologia móvel não só
para o entretenimento, mas com finalidades educacionais. A Edumobile trabalhou
com quatro módulos: dispositivos móveis, aplicativos, M-Learning e estratégias
pedagógicas para M-Learning. O Edumobile foi criado em 2016 pela UFRGS - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Fonte:
<http://www.nuted.ufrgs.br/oa/edumobile/m0_guia.html>.
[4]
Sistemas
operacionais: São programas que gerenciam um conjunto de funções. No dispositivo
móvel o sistema operacional gerencia o teclado, a tela, a agenda, a bateria e a
conexão de rede. Disponível em: <http://www.nuted.ufrgs.br/oa/edumobile/m1_dm.html>.
[5]
(...) podemos
definir tecnologias assistiva como tudo aquilo que é criado para ajudar pessoas
com deficiência a terem independência e serem incluídas, seja proporcionando ou
ampliando suas habilidades de se comunicar, ouvir, ver, andar ou tocar.
Disponível em: <https://institutoitard.com.br/tecnologia-assistiva-o-que-e-e-como-usar-na-escola-sem-saber-informatica/>.
[6]
Talento Incluir. O que significa o capacitismo para as pessoas com deficiência.
Fonte: <https://talentoincluir.com.br/emprego/o-que-significa-o-capacitismo-para-pessoas-com-deficiencia/>.
[7] Talento Incluir.
O que significa o capacitismo para as pessoas com deficiência. Fonte: <
https://talentoincluir.com.br/novidades/>.
[8]
Ribeiro e
Coscarelli. [s.d.]. Letramento digital diz respeito às práticas sociais de
leitura e produção de textos em ambientes digitais, isto é, ao uso de textos em
ambientes propiciados pelo computador ou por dispositivos móveis, tais como celulares
e tablets, em plataformas como e-mails, redes sociais na web, entre
outras. Fonte: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/letramento-digital#:~:text=Letramento%20digital%20diz%20respeito%20%C3%A0s,sociais%20na%20web%2C%20entre%20outras.>.