terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Dissertação Mestrado - Tecnologias Emergentes em Educação - USO DO TABLET COMO APOIO NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA

 

MUST UNIVERSITY

MASTER OF SCIENCE IN TECNOLOGIAS EMERGENTES EM EDUCAÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VERA LÚCIA PEREIRA DE SOUZA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

USO DO TABLET COMO APOIO NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FLORIDA – USA

2020

VERA LÚCIA PEREIRA DE SOUZA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

USO DO TABLET COMO APOIO NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho de Conclusão Final apresentado como requisito parcial para obtenção do título MESTRE do Curso de MASTER OF SCIENCE IN TECNOLOGIAS EMERGENTES EM EDUCAÇÃO da MUST UNIVERSITY – Florida USA.

 

Orientador: Prof. Dra. Maria Elisa Ehrhardt Carbonari

 

 

 

 

 

 

 

FLORIDA – USA

2020

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Dedicatória

 

Aos meus pais, Otavio (era o sonho dele que eu fizesse Mestrado) e Diva que, já dormem no Senhor... por sempre acreditarem em mim e por terem abdicado de suas vidas em prol das realizações e da felicidade de seus filhos.

 

À minha irmã Veronice, por sua preocupação, carinho e incentivo para a realização desse sonho.

 

Ao meu irmão Ruberlan, que sempre está presente conosco... cuidando de nós com carinho... Também um incentivador na minha vida acadêmica...

 

Ao meu irmão Rubens Lei, mesmo distante, mas, sempre presente nas nossas vidas...

 

Aos meus sobrinhos: Rubhia (dedico esse trabalho – pessoa especial em minha vida), Rebeca (espontânea e humana), Samuel (está me ensinando a ver do mundo com outros olhos) e Gabriel (tenho muito que a aprender com você) ...

 

A minha cunhada Neoci, por sempre confiar no meu trabalho...

 

A minha cunhada Girmonea, mesmo distante, mas, sempre presente em nossas vidas...

 

Aos alunos com necessidades específicas de aprendizagem, em especial aos alunos com deficiência física neuromotora – DFN, pois, me proporcionaram e, continuam me proporcionando, grandes momentos de aprendizagem. Com vocês aprendo ricos ensinamentos para o meu crescimento intelectual/profissional e humano. Verdadeiramente vocês são especiais, no sentido mais belo que essa palavra pode representar.

 

 

Nada disso teria sentido se vocês não existissem na minha vida... Se vocês não participassem da minha vida...

 

 

 

 

 

 

 

 


AGRADECIMENTOS

 

Ao nosso misericordioso Deus, em sua infinita bondade, pela dádiva da vida e por me consentir que realizasse tantos sonhos nesta existência terrena. Não tenho palavras para agradecer ao nosso Deus, por me permitir errar, estudar e crescer, por Sua eterna compreensão e tolerância, por Seu interminável amor, pela Sua voz “invisível” que não me deixou desistir e, especialmente, por ter me dado uma família tão especial, tão amada, tão cuidadora, por fim, obrigado por tudo. Ainda não descobri o que eu fiz, para fazer jus a tanto amor do nosso Deus em minha vida.

 

A Prof. Déborah Costa, minha orientadora pedagógica/curso, pela orientação, capacidade, profissionalismo e dedicação tão importantes, por ser minha amiga virtual. Tantas vezes que conversamos virtualmente, e, com poucas palavras você já entendia o que eu queria, sempre me incentivando, com o mesmo ânimo dos primeiros encontros virtuais. Obrigada por acreditar em mim e pelos vários elogios e incentivos.

 

A Profa. Dra. Maria Elisa Ehrhardt Carbonari, minha orientadora, um agradecimento carinhoso por todos os momentos de paciência, compreensão e competência. Obrigada pela confiança e, por me atender, com paciência, todas as vezes que lhe enviava mensagens. Agradeço por todos os ensinamentos compartilhados de forma admirável.

 

Por fim um agradecimento especial a MUST por ter me proporcionado a concretização desse sonho (meu sonho e, era o sonho do meu pai Otavio).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 USO DO TABLET COMO APOIO NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA

 

 

Vera Lúcia Pereira de Souza

Sumário

 

1. Introdução ........................................................................................................................... 08

 

2. Metodologia ........................................................................................................................ 10

 

3. Pessoa Com Deficiência Física Neuromotora: Algumas Características ............................ 12

3.1. Aluno com deficiência física neuromotora: possibilidades de aprendizagem na sala comum  ............................................................................................................................... 16

 

4. O Que São Dispositivos Móveis? ....................................................................................... 21

4.1 Dispositivo Móvel Tablet Como Recurso Tecnológico na Aprendizagem de Aluno Com Deficiência Física Neuromotora – DFN .................................................................... 23

 

5. Aluno com DFN e o direito de participar da Educação ...................................................... 26

 

6. Prática do Uso do Recurso Midiático Tablet como Ferramenta de Apoio a Inclusão de aluno com DFN ....................................................................................................................... 31

      6.1 Atividades Educativas e os Recursos Mediáticos ....................................................... 35

 

7. Considerações Finais .......................................................................................................... 42

 

8. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 45

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo:

 

Dentro da temática do uso dos dispositivos móveis no âmbito educacional, o recorte da pesquisa parte da importância da utilização do dispositivo móvel tablet, como recurso educacional para alunos com deficiência física neuromotora – DFN, que têm necessidades específicas de aprendizagem. Ainda, foram abordadas concepções a respeito das concepções relacionadas à DFN. Por meio da pesquisa bibliográfica observou-se que o dispositivo móvel tablet pode trazer contribuições significativas para a inclusão do aluno supracitado no mundo tecnológico e, também no desenvolvimento de práticas de letramento. Por meio da pesquisa bibliográfica, o presente artigo fundamentou-se na análise de leitura de textos de vários autores que tratam do tema abordado. Na conclusão destacou-se que é necessário entender que o dispositivo móvel tablet não é o possuidor do conhecimento, mas, um meio tecnológico que permite que o aluno com DFN possa vivenciar situações-problema que possibilitem tirar conclusões e construir novos conhecimentos/aprendizagens.

 

Palavras-chave:

Deficiência Física Neuromotora - DFN. Dispositivos Móveis. Tablet.

 

 

 

 

 


Abstract:

 

Within the theme of the use of mobile devices in the educational scope, the research focus starts from the importance of using the mobile tablet device, as an educational resource for students with neuromotor physical disabilities - DFN, who have specific learning needs. Still, conceptions about the concepts related to DFN were approached. Through bibliographic research it was observed that the mobile tablet device can bring significant contributions to the inclusion of the aforementioned student in the technological world and also in the development of literacy practices. Through bibliographic research, the present article was based on the analysis of reading of texts by several authors that deal with the topic addressed. In the conclusion, it was emphasized that it is necessary to understand that the mobile tablet device is not the holder of knowledge, but a technological means that allows students with DFN to experience problem situations that make it possible to draw conclusions and build new knowledge / learning.

 

Keywords:

Neuromotor Physical Disability. Mobile device. Tablet.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 Introdução

 

             Os recursos midiáticos e tecnológicos estão presentes no espaço escolar e, os mesmos, colaboram, expressivamente para que o trabalho pedagógico seja efetivado com maior presteza, especialmente, com maior autonomia, inovação e abrangência dos conteúdos pelo critério do desenvolvimento de competências e habilidades.

 

            O conceito de aprendizagem neste novo cenário não se acha limitado à figura do professor: o professor não ensina, ele ajuda o aluno a aprender.

 

            Estudar fazendo, estudar colaborando, estudar cooperando são fundamentos que apoiam o processo de ensino e aprendizagem entre os “intérpretes” que compartilham do sistema de educação.

 

            A construção do conhecimento, de forma expressiva, tem lugar quando se interage na aprendizagem e se trabalha de forma colaborativa: se desenvolvem atividades intra e interpessoais e deixam de ser independentes para ser interdependentes. (Carneiro, 2014).

 

            Portanto, as Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs[1]  não resolvem problemas interferentes no processo de ensino e aprendizagem; mas, se encontram inteiramente atreladas ao conjunto pedagógico da escola que, ao incorporá-las, beneficiam a construção do conhecimento de formas não lineares e permite estabelecer a continuação da metodologia educativa. (Galvão Filho, 2012).

 

            Assim, o presente trabalho demonstra as possibilidades de aprendizagem do aluno com deficiência física neuromotora – DFN mediado pelo dispositivo midiático tablet.

 

            Ainda, entende-se por alunos com DFN aqueles que apresentam ausência ou dificuldade acentuada de comunicação, precisando de formas alternativas de comunicação oral, escrita e de locomoção no contexto escolar. (Silva, 2017).

 

            Entende-se ainda que, os dispositivos móveis[2] (tablet, smartphone, celular, assim por diante), além das vantagens obtidas no desempenho das tarefas acadêmicas, apresentam ainda outros benefícios de tipo lúdico, interativo e dinâmico, confirmando a possibilidade de seu uso com alunos com DFN.

 

            Ainda, o presente trabalho procurou demonstrar que é muito importante e essencial a mediação do professor de aluno com DFN, no processo de utilização de instrumentos midiáticos no desenvolvimento educacional do aluno supracitado. Verificou-se que a mediação do professor, a partir do uso dos dispositivos móveis, como um papel crucial na comunicação alternativa do aluno com DFN.

 

            No estudo da utilização do recurso midiático tablet, a partir da observação do trabalho pedagógico e da leitura de vários materiais que tratam do tema, ficou claro os benefícios que o mesmo traz para o aluno com DFN, e atende as necessidades pedagógicas e sociais do aluno supracitado. É necessário que, a escola disponibilize esse tipo de recurso midiático no trabalho com aluno com DFN, e que os professores se capacitem para entender e utilizar esse rico material midiático pedagógico na educação de aluno com DFN. Assim, este trabalho, demonstrar a importância do uso de dispositivos móveis, em especial o tablet, na educação de alunos com deficiência física neuromotota - DFN.

 

2 Metodologia

 

            A metodologia empregada no presente artigo foi a pesquisa bibliográfica, que teve como fonte: livros, revistas, sites, blogs, documentos e artigos com a finalidade de enriquecer o referencial teórico e conhecer melhor o tema em questão.

 

            Para tanto os seguintes assuntos foram desenvolvidos:

- O uso de recursos midiáticos na aprendizagem de alunos com necessidades específicas de aprendizagem;

 

- A aprendizagem móvel como prática que possibilita a aprendizagem dos alunos com DFN;

 

- A inserção das tecnologias de informação e comunicação – TICs na educação, como um meio viável para aprendizagem e, que as mesmas fazem parte do dia a dia, e podem viabilizar atividades pedagógicas e motivar a aprendizagem dos alunos;

 

- A importância da inserção de metodologias apropriadas, currículos adaptáveis, ferramentas tecnológicas para o melhor desenvolvimento e aprendizagem de alunos com necessidades específicas de aprendizagem;

 

- As dificuldades deparadas na Educação Especial quanto ao desempenho do processo de aprendizagem dos alunos com necessidades específicas de aprendizagem, atentando pela inovação docente, a partir do uso do tablet como meio tecnológico no processo de alfabetização de alunos que apresentam dificuldades cognitivas para abstrair conteúdo;

 

- O uso do dispositivo móvel tablet como uma ferramenta tecnológica que amplia a aprendizagem dos conteúdos de língua portuguesa e das demais áreas do conhecimento aos alunos com DFN;

 

- O dispositivo móvel tablet como um instrumento tecnológico de inclusão digital aos alunos com necessidades específicas de aprendizagem;

 

- O termo deficiência físico como alterações que podem ocorrer em vários níveis: ósseo, articular, muscular e nervoso;

 

- A constante interação com alunos que possuem ou não deficiência, é que os alunos com DFN se constituem, pois é na dinâmica social que se estabelece a formação do que é propriamente humano, com perspectivas inclusivas;

 

- A importância do atendimento educacional para aluno com DFN e os princípios legais da educação especial no Brasil.

 

3 Pessoa Com Deficiência Física Neuromotora: Algumas Características

 

            A deficiência física neuromotora é entendida como uma variedade muito ampla de condições orgânicas que, modificam o funcionamento normal do aparelho de locomoção, impossibilitando movimentos e a deambulação do aluno. (Teixeira, 2010).

 

            É importante considerar que as modificações/alterações podem acometer vários níveis, tais como: ósseo, articular e nervoso. (Teixeira, 2010).

 

            Observa-se que as alterações não são só anatômicas, mas, são alterações fisiológicas do aparelho de locomoção. Existe uma grande variedade de patologias e agravos alteram/modificam a motricidade do aluno. Dentre elas, será focado as condições mais comuns que podem acontecer em crianças com idade escolar. (Teixeira, 2010).

 

Dentre os principais quadros motores apresentados pela pessoa com algum tipo de deficiência física/neuromotora, torna-se difícil encontrar uma classificação que insira   todos   os   possíveis   distúrbios   motores.   Sendo    assim, elencamos   os quadros de maior incidência em alunos matriculados na Educação Básica e Educação de Jovens Adultos que requerem um apoio mais intenso. - Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias (paresias). - Lesão medular (paraplegia/tetraplegias). - Miopatias (distrofias musculares). (Teixeira, 2010, p. 1).

 

Figura 1 - Classificação apresenta alguns tipos de alterações de movimento do aluno com Paralisia Cerebral

Fonte: BRASIL. (2006). Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização: deficiência física. [4. ed.] / elaboração profª Ana Maria de Godói – Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD... [et al.]. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.

 

            Os distúrbios mais acentuados são os motores, sem, necessariamente, implicar na existência da deficiência intelectual associada. Assim, existe um conjunto de distúrbios motores derivados da lesão cerebral. (Teixeira, 2010). Ainda, as lesões podem ocorrer no:

 

PRÉ-NATAL (Durante a Gestação): devido a infecções como rubéola, sífilis, toxoplasmose, AIDS, uso de drogas, tabagismo, álcool, desnutrição materna, alterações cardiocirculatórias maternas, uma vez que todos os nutrientes, inclusive o oxigênio da criança, vêm da mãe.

PERINATAL (no momento em que ocorre o nascimento): anoxia (falta de oxigênio no cérebro), hemorragias intracranianas (trauma obstétrico).

PÓS-NATAL (após o nascimento): traumas na cabeça, meningites, convulsões, desnutrição, falta de estimulação, hidrocefalia. (Reis, 2017, p. 4)

 

            Também, conforme as áreas afetadas, em relação ao tônus muscular (grau de tensão) a criança com sequela de paralisia cerebral poderá apresentar algumas características no desenvolvimento motor. (Teixeira, 2010).

 

Espástico: apresenta rigidez de movimento e incapacidade para relaxar os músculos. É o tipo mais comum. Atetósico:  apresenta constantes movimentos involuntários de contorção das extremidades e da língua. É a falta de fixação do tônus (tanto em repouso quanto em movimento). Atáxico: apresenta dificuldade de equilíbrio corporal e seus movimentos são sem ritmo (apresenta tremores ao realizar os movimentos) e sem direção. Na realidade, não é um tipo de tônus. O que o caracteriza são os movimentos incoordenados. Misto:  associação de alguns tipos acima. (Teixeira, 2010, p. 2-3).

 

            As persuasões sociais que distinguem a noção de normalidade ideal têm de ser vastamente discutidas, pois causam confusões e delongam a resolução dos problemas. É de suma importância entender e reconhecer o sentido biológico da DFN, sendo necessário incluir o conceito de prática (humana) no sentido social.  (Brasil, 2006).

 

            Assim, a DFN pode apresentar comprometimentos múltiplos das funções motoras do organismo físico que alteram em número e grau, de ser humano para ser humano dependendo das razões e do alcance. (Brasil, 2006).

 

Esses comprometimentos relativos a deficiência física podem apresentar-se como: leve cambalear no andar; necessidade do uso de muletas ou andador adequados para auxiliarem a execução da marcha; uso de cadeira de rodas que pode ser manobrada pelo aluno; uso de cadeira de rodas manobrada por terceiros devido à impossibilidade do aluno; uso de cadeira de rodas motorizada que poderá ser acionada por qualquer parte do corpo onde predomine alguma função voluntária. Esses problemas poderão estar associados ou não a: dificuldades de linguagem (disartria, anartia,...); dificuldades visuais (estrabismo, nistagmo, visão sub-normal,...); dificuldades auditivas com possibilidade de compensação com uso de aparelho específico; semi-dependência para atividades da vida diária (AVD): higiene; alimentação; uso do banheiro;  escrita; desenho; atividades que necessitem coordenação motora fina. Problemas do desenvolvimento cognitivo: dificuldades para o “fazer”; dificuldades para o “compreender o que está sendo visto”; dificuldades para compreender a linguagem.  (Brasil, 2006, p. 15-16).

 

            Alguns alunos com DFN podem apresentar movimentos involuntários de pequena intensidade/amplitude (atetose) em várias partes do corpo. (Reis, 2017).

 

            Aluno que apresenta DFN evidencia uma variedade de condições não sensoriais a deficiência física que o compromete, em especial, na mobilidade, afetando a coordenação motora geral ou a fala, que são afetados por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, até mesmo, más-formações congênitas ou contraídas. (Teixeira, 2010).

 

            Ainda, o termo neuromotor se refere às deficiências devido às manifestações exteriores que consistem em fraqueza muscular, paralisia ou falta de coordenação, comumente são conhecidas mais apropriadamente como neuromusculares, uma vez que as dificuldades encontram-se com mais frequência nos centros e vias nervosas que lideram os músculos, do que nos músculos em si. Alterações nervosas podem ser ocasionadas por infecções ou por lesões decorridas em qualquer etapa da vida da pessoa, podendo também acontecer por uma alteração sem causa aparente. (Souza e Knobel, 2019).

 

            Portanto, são considerados pessoas com deficiência física as pessoas que apresentam comprometimento da capacidade motora, nos modelos considerados normais para a classe humana. (Teixeira, 2010).

 

            Salienta-se que aluno com deficiência física nem sempre apresentará deficiência intelectual, em alguns casos pode acontecer de aluno com DFN ter associado a deficiência intelectual, mas, que fique claro que a deficiência física – DF afeta as funções motoras e não a parte cognitiva da pessoa, logo, na maioria do casos, a parte intelectual fica preservada. (Teixeira, 2010).

 

            Os autores Souza e Knobel (2019), Teixeira (2010), Reis (2017) e Brasil (2006) salientam que o aluno com DFN nem sempre apresenta deficiência intelectual, pois, muita das vezes o que está afetado é a parte motora e não a parte intelectual. E isso muitas vezes impede que o com DFN tenha uma educação de qualidade, devido, infelizmente, muitos professores não acreditarem no potencial intelectual dos mesmos.

 

3.1 Aluno com deficiência física neuromotora - DFN: possibilidades de aprendizagem na sala comum

 

            Devido muitas pessoas não compreenderem os problemas dos alunos com DFN, elas acabam adotando certas atitudes que causam impacto negativos no desenvolvimento intelectual desses alunos. (Teixeira, 2010).

 

            É muito comum acontecer que pais e professores desenvolvam as atividades para alunos com DFN, as vezes acabam escrevendo por eles, vestindo-os (em vez de ajuda-los a se vestir), assim por diante. Infelizmente esse tipo de conduta leva o aluno a ser mais dependente e não propicia a oportunidade de desenvolver outras atividades que ele consegue executar. (Teixeira, 2010).

 

            Essas atitudes de dependência, são praticadas por pessoas que não acreditam nas chances de aprendizagem do aluno com DFN tem de aprender, acreditam que ele só pode aprender o mínimo, independentemente de qualquer metodologia/programa de ensino ou terapêutico. Isso não é uma verdade absoluta, ainda que, as metodologias tradicionais de avaliação e de ensino não tenham se mostrado apropriada para solucionar a maioria das dificuldades que o aluno com DFN depara no seu dia a dia. (Teixeira, 2010).

 

(...) necessário compreender a criança com deficiência física neuromotora/paralisia cerebral, em sua totalidade e não com suas partes que, precisa ser moldada, para ser tolerada e aceita na sociedade, a partir de uma concepção que irá recuperá-la, e caso essa recuperação não dê um resultado positivo, a culpa será da criança, que está em constante construção. Ou seja, não quero negar aqui os tratamentos clínicos que contribuem para o bem-estar da criança, mas é necessário desvencilhá-los do contexto educacional, no entanto, quando precisar, propor a articulação intersetorial entre educação e saúde. Logo, o desenvolvimento educacional desse sujeito tem que ser fundamentado na pedagogia da inclusão, no intuito de romper com as amarras sociais, para conquistar o direito de ser, estar e querer viver sua diferença! (Almeida Junior, 2018, p. 118).

 

            Assim, é muito importante que as pessoas envolvidas na educação do aluno com DFN compreendam o processo evolutivo e as interferências que impedem, parcialmente ou totalmente, as funções corporais na interação com o meio. (Teixeira, 2010).

 

            O professor, do aluno com DFN, a partir do diagnóstico das necessidades específicas de aprendizagem, terá condições de estabelecer critérios relativos às: barreiras provenientes do grau e da extensão das áreas lesadas; complicações pedagógicas; atuações antecipadas e providas no atendimento às precisões do aluno; estratégias que ofereçam condições de oportunidade de igualdade para o desenvolvimento das potencialidades do aluno com DFN. (Teixeira, 2010).

 

            No desenvolvimento de um trabalho pedagógico eficaz para o aluno com DFN, é de suma importância para estabelecer uma interação com a família e os profissionais da área clínico-terapêutica (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo) para a compreensão, não somente do diagnóstico, mas, das implicações motoras na atuação pessoal, educacional e social do aluno com DFN. (Teixeira, 2010).

 

A nova cidadania fundamenta-se na ideia de que cada pessoa é um sujeito de direitos. No caso das pessoas com deficiência intelectual e múltipla deficiência, isto denota que o indivíduo não pode mais ser visto como alguém condicionado a cuidados ou que necessita permanentemente de assistência, mas, como uma pessoa com voz e vontade próprias. Portanto, um grande desafio hoje colocado é: como cada cidadão e profissional pode contribuir para a implementação de uma sociedade que seja inclusiva? Trata-se de um exercício novo que exigirá a reflexão e a prática de uma nova ética, a “ética da diversidade”. (Souza, 2013, p. 7).

 

            Na prática do contexto escolar, as informações básicas relativas ao aluno com DFN trarão segurança à escola e ao professor, em sala de aula, no procedimento ensino-aprendizagem, bem como serão indicativos das medidas a serem adotadas no atendimento às necessidades específicas de aprendizagem. (Teixeira, 2010).

 

O desenvolvimento dos alunos com deficiência física neuromotora é observado mediante a interação social e cultural embutida nos ambientes educacionais. Logo, o profissional de educação deve ter uma visão total do sujeito com deficiência, se atentando e preparando-o para o seu crescimento natural sob o olhar da perspectiva inclusiva. (Almeida Junior, 2019b, p. 8).

 

            Assim, na construção de políticas públicas na perspectiva inclusiva é de suma importância que o Atendimento Educacional Especializada – AEE, possibilite a inclusão do aluno com DFN na sala comum e no contexto social, tendo como finalidade a sua independência, nos ambientes educacionais, com segurança e autonomia, predominando o respeito pela condição biológica de todos. (Almeida Júnior, 2019a).

 

            A garantia de uma educação de qualidade não está assegurada apenas aos alunos das escolas comuns. Nessa ocasião, o princípio básico que conduz o sistema educativo brasileiro é de uma escola inclusiva capaz de acolher a heterogeneidade dos alunos e promover a inclusão social dos alunos com DFN. (Silva, 2017).

 

Dessa maneira, na perspectiva vigotskiana, a educação tem um papel fundamental na formação dos conceitos de maneira ampla e específica. A escola possibilita que a criança adquira conhecimentos que são ou não familiares ao seu contexto, em razão do conhecimento científico construído e acumulado pela humanidade. Nessa intensa relação, as ações pedagógicas desenvolvidas nos ambientes escolares fortalecem suas identidades enquanto seres sociáveis, segundo Vigotski. A escola precisa permitir que os alunos com deficiência física neuromotora se apropriem do meio que estão inseridos, para desenvolver suas capacidades, habilidades e aptidões, pois é nessa concretude que se estabelece a formação do que é propriamente humano. (Almeida Júnior, 2019b, p. 10).

 

            Além disso, essas atuações necessitam estar muito bem organizadas e, objetivando o desenvolvimento psicológico do aluno com DFN. Ainda, o que se espera não é que a deficiência seja reforçada, mas sim, uma proposta educativa que seja centrada nas potencialidades do aluno com DFN. Portanto, é de suma importância reverenciar as particularidades do mesmo, sempre com a finalidade de estimular as possibilidades e potencialidades permanentes do aluno com DFN. (Almeida Júnior, 2019b).

 

(...) destaca-se que as Tecnologias Assistivas podem auxiliar fortemente na construção de contextos educacionais mais inclusivos, elevando a qualidade do processo de aprendizagem e promovendo potenciais de desenvolvimento humano. (Gabardo e Souza, 2017, p.10).

 

            Logo, é imprescindível que o professor conheça o aluno com DFN e conheça as suas limitações, assim, poderá fazer uma melhor adequação curricular, para que o aluno com necessidades específicas de aprendizagem possa ter acesso ao conteúdo de uma forma especial e com significado para o mesmo. Também, o trabalho necessita se em conjunto envolvendo todos os alunos da turma do aluno com DFN. (Nunes, 2014).

 

            Existem garantias legais, em relação ao aluno com DFN, mas, a simples existência, não são satisfatórias para afiançar a participação e a equiparação de oportunidades. Dar voz aos alunos com DFN, talvez, seja a única forma de estabelecer políticas públicas conscienciosas e coesas com as necessidades específicas de aprendizagem dos mesmos e, de estarem incluídos na sociedade. (Silva, 2017).

 

4 O Que São Dispositivos Móveis?

 

            O conceito de dispositivos móveis causa muita confusão, devido os termos utilizados. Assim, dispositivos móveis são tecnologias digitais que possibilitam a mobilidade acesso à internet. Alguns exemplos são: os smartphones, iphone e tablets. (Edumobile[3], 2016).

 

            Existem muitos modelos de dispositivos móveis, tais como o GPS, Notebook, smartphones e tablets (os dois últimos são os mais comuns). (Edumobile, 2016).

 

            Os dispositivos móveis smartphones são considerados como a evolução dos celulares e apresentam vários recursos avançados que precisam de sistemas operacionais para cumprir as tarefas nos aparelhos. Ainda, os smartphones são considerados como “computadores de bolso” por conseguirem realizar as mesmas atividades que os computadores executam. Os sistemas operacionais mais usados são Android, iOS ou Windows Phone. (Edumobile, 2016).

           

            Os dispositivos móveis tablet apresentam condições de utilização iguais ao computador normal e ao notebook. Na maioria das vezes, o dispositivo móvel tem a tela maior que o smartphone, o que melhora as condições de visualização. Dependendo do modelo o dispositivo móvel tablet pode realizar as mesmas atividades básicas que os dispositivos móveis smartphone realizam. (Edumobile, 2016).

 

Com o uso das tecnologias assistivas/adaptadas, às pessoas com DFN passam a ter possibilidade interativa por meio das mídias, o que significa para aquelas que não apresentam formas de linguagem, liberdade para se comunicarem com qualquer pessoa.

(...)

Dispositivos tecnológicos como, os aparelhos celulares – smartphones, tablets – os computadores de mesa e os notebooks, bem como o universo de softwares e aplicativos, permitem adaptações para o uso de pessoas com limitação de movimentos e de fala. Por meio dessas mídias, as pessoas com DFN aumentam a possibilidade de se comunicar e interagir com independência, autonomia e privacidade, podendo também trabalhar e estudar de maneira presencial ou apenas virtualmente; e isto é uma grande contribuição para uma efetiva inclusão social e educacional. (Silva, 2017, p. 185-186).

 

            Os dispositivos móveis apresentam características físicas tais como, um computador portátil, tela pequena, espessura fina, ainda apresenta manuseio dos recursos por meio do toque na tela (touchscreen). Também, apresenta mobilidade e flexibilidades nos processos de comunicação.  Todas essas características citadas são colocadas em prática por meio da conectividade presente e disponível para os dispositivos móveis. Deste modo, são excelentes para aumentar as possibilidades de comunicação e aprendizagem entre os envolvidos na educação.  (Edumobile, 2016).

 

(...) ainda é possível utilizar aplicativos específicos para alfabetização, aprendizado do Braille, de disciplinas específicas, como matemática, português, história, ciências, geografia etc. São inúmeras, ilimitadas as possibilidades educacionais, de socialização, interação e inclusão proporcionadas por um dispositivo móvel acessível. (Affonso, 2017, p.12).

 

            Essas características dos dispositivos móveis fazem com que as barreiras da comunicação e aprendizagem sejam ultrapassadas, e, oportunizem novas possibilidades para a apreensão dos conteúdos escolares por meio das características de mobilidade, flexibilidade e conectividade. (Edumobile, 2016).

 

4.1 Dispositivo móvel tablet como recurso tecnológico na aprendizagem de aluno com deficiência física neuromotora – DFN

 

            A utilização dos dispositivos móveis do tablet e o smartphone nas escolas ainda tem um vasto caminho a percorrer, especialmente pela carência de conhecimento no emprego destes recursos por alguns professores e o receio que os mesmos distraiam os alunos. Contudo, estas tecnologias são muito enriquecedoras para as práticas pedagógicas de todos os alunos. (Edumobile, 2016).

 

            O Smartphone é o tipo de dispositivo móvel que o professor precisa realizar, primeiramente, um levantamento dos tipos, modelos e sistemas operacionais[4] que os alunos têm. Após uma primeira análise do perfil da turma, o professor pode usar os recursos que precisam da Internet para o seu funcionamento, como por exemplo, os aplicativos, ou aproveitar os recursos próprios dos aparelhos, como a câmera digital, calculadora, agenda, calendário, assim por diante. (Edumobile, 2016).

 

            O dispositivo móvel Tablet é um modelo de computador portátil, pequeno, de fina espessura e com tela sensível ao toque. É um dispositivo prático com utilização semelhante a um computador portátil convencional, é mais utilizado para fins de entretenimento que para uso profissional e/ou educacional. (Deliberato e Oliveira, 2013).

 

É fato que a educação está passando por uma transformação massiva de ferramentas de aprendizagem impressas para outras que são digitais. Essas novas ferramentas trazem, como consequência, uma educação de alta qualidade, que abrange ainda mais estudantes. Por meio do ensino adaptativo, basta um tablet com conexão à internet para que qualquer criança consiga acessar suas lições e ter um acompanhamento detalhado de seu desenvolvimento.

O ensino adaptativo faz com que as escolas consigam, ainda, melhorar a qualidade dos materiais de aprendizagem complementar, além de expandir o acesso às disciplinas especializadas. Quando ferramentas digitais são desenvolvidas e aprimoradas com o objetivo de apoiar a educação — o que é positivo tanto para os alunos quanto os professores — temos a certeza de que o caminho a ser seguido é o correto. (Escolaweb, 2020, p. 2).

 

            Assim, ante as novas linguagens que aparecem nesse progresso tecnológico é preciso saber trabalhar com as mesmas, do contrário os alunos com DFN irão sofrer as implicações agregadas a um mundo desconectado do seu convívio, pois, os dispositivos móveis trazem uma nova linguagem em que os desafios educacionais podem ser superados com o apoio dos recursos tecnológico proporcionados pelos dispositivos móveis. (Deliberato e Oliveira, 2013).

 

A educação no mundo de hoje tende a ser tecnológica, por isso, exige entendimento e interpretação, tanto dos professores quanto dos alunos em relação a essas novas tecnologias e recursos. Através do uso da tecnologia no ambiente escolar, ficam claros os diversos sentimentos em relação à postura dos professores frente a novos desafios, como a satisfação de estar participando de uma realidade tecnológica ou ansiedade por enfrentar novas mudanças. E em relação aos alunos também ocorrem transformações, pois passam a ficar mais motivados para estudar e aprender, assim como passam a vê as aulas em caráter lúdico. (Costa e Araújo, 2018, p. 2)

 

            O dispositivo móvel na educação não é um princípio que se possa adaptar sobre um sistema convencional educacional, mas, uma forma de acordar fatores de produção pedagógica na educação (construções, equipamento escolar, corpo docente, corpo discente, meios de comunicação, procedimentos de aprendizagem e instrução, computadores, rádio web, televisores, assim por diante). Para atingir os objetivos específicos, a fim de se produzir uma educação dinâmica, isto é, que gere aprendizagem. Logo, o dispositivo móvel Tablet na Educação de alunos com DFN possibilita igualdade de condições e oportunidades. (Bonotto e Wolf, 2016).

 

Projetos políticos precisam ter um olhar voltado para o acesso as tecnologias, para a capacitação de professores no âmbito das tecnologias, para recursos voltados para isso. É preciso gestores com um olhar inclusivo. A inclusão pode dar certo desde que se acredite nela e se tenha o apoio necessário para isso. (Nunes, 2014, p. 37).

 

            As tecnologias móveis inseridas no setor educacional ocasionam grandes desafios e discussões dos gestores, pois, os professores necessitam se adaptar e instruir-se para lidar com estes recursos tecnológicos. É de suma importância entender que, a educação e a aprendizagem necessitam acompanhar o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas, onde serão garantidos conhecimento e competência fundamentais ao bom desenvolvimento do aluno com necessidades específicas de aprendizagem. Logo, o uso de recursos tecnológicos em sala de aula é inevitável e os professores precisam incorporar estas novas possibilidades de aprendizagem nos planos de ensino. (Santos, 2016).

 

5 Aluno com DFN e o Direito de Participar da Educação

 

            A todo instante a educação apresenta-se formas e novas estruturas de aprendizagem para o aluno com necessidades específicas de aprendizagem, buscando-se interagir e adaptar-se às constantes mudanças que ocorrem em nossa sociedade. Há a necessidade de um maior conhecimento e discussão da legislação educacional para que não se coloque a educação, que possui legislação própria, na dinâmica do senso comum.

 

            Assim sendo, pode-se concluir, que a luta pelo respeito às diferenças se faz presente, ainda que não do jeito pretendido, ou seja, de modo que haja o completo respeito pelas necessidades específicas de aprendizagem. De toda a sorte, pode-se notar que essa luta e empreendimento por uma educação mais justa e com igualdade de oportunidades faz-se presente e em contínuo avanço.

 

            Admitir o aluno com DFN nos meios sociais representa um grande avanço, mas como participantes do processo educacional, precisa-se contribuir muito mais para o desenvolvimento da sociedade não só no âmbito educacional, mas também no social, na vida em sociedade, tanto no campo da educação quanto no campo do trabalho.

 

            Assim, os autores Almeida Júnior (2019 a/b), Galvão Filho (2012), Reis (2017), Teixeira (2010), Souza e Knobel (2019), Affonso (2017), Deliberato (2013), Costa e Araújo (2018),  Bonotto e Wolf (2016), Nunes (2014), Souza (2013) relatam que a garantia a educação, de qualidade, para os aluno com DFN, implica em projetos de políticas públicas que se configurem atuações que façam diferença entre aqueles que acreditam ser possível uma escola que inclua todos os alunos com necessidades específicas de aprendizagem e aluno sem deficiência, na busca e na construção da cidadania para promover condições de equidade educacional para todos os alunos.

 

            As pessoas com DFN, muitas vezes são invisíveis para uma grande parcela população. Elas existem, porém, quase não aparecem na cidade, deixando pensar que a causa está nas próprias pessoas, impossibilitadas de se integrarem à sociedade, quando é a própria sociedade que lhes limita o ingresso. Os preconceitos são numerosos. Além de defeituosa, inútil, incapaz e dependente, costuma-se refletir que a pessoa com DFN é adoentada e necessita basicamente de cuidados médicos ou de cura. Pensa-se que ela não tem pretensão própria, que não tem sexualidade e, às vezes nem sexo, e que não pode ter filhos, que não pode estudar.

 

            Acompanham-se os sinais para cada deficiência: a da pessoa surda, de que não fala; a da pessoa cega, de que não escuta; a da pessoa paralisada cerebral, de que tem deficiência intelectual; a da pessoa com implicações de hanseníase, de que é uma pessoa “leprosa” contagiante e assim por diante. Logo, é necessário a quebra desses paradigmas, e enxergar o aluno com DFN como um ser humano que deseja aprender e participar da sociedade.

 

              É essencial “desconstruir” esses preconceitos a respeito das pessoas com DFN, empregar as designações adequadas para apreender verdadeiramente o que denota ser uma pessoa com necessidades específicas de aprendizagem. Antes de tudo, uma pessoa com DFN é uma pessoa - semelhante a todas as outras e na mesma ocasião diferente - com características e restrições próprias, como todos os seres humanos tem, em níveis e natureza variados. Logo, não satisfaz, falar não à discriminação. É necessário falar sim à heterogeneidade humana por meio de práticas que supõem inclusão e gestão da heterogeneidade humana.

 

              Descontrói-se atitudes preconceituosas em relação ao aluno com DFN a partir de capacitação de pessoas que, realmente, acreditam na causa das pessoas com DFN, pois, mesmo com limitações físicas, sensoriais, fala, visão são seres humanos dentro da sociedade, onde estão inseridos, e fazem parte do Planeta Terra, necessitam de oportunidades aprendizagem , necessita de pessoas que acreditam nas capacidades que eles possuem.

 

              A utilização da Tecnologia Assistiva[5], como vários autores citam, precisa fazer parte da educação de aluno com DFN, pois ela proporciona oportunidades de aprendizagens e, com um dedo, ou com os lábios, ou com os olhos, proporcionam oportunidade de aprendizagem ao aluno supracitado.

 

              Logo, a conquista dos direitos da pessoa com DFN depende da prática da reivindicação, nesta sociedade de classes, da participação nos espaços públicos de decisões, da apropriação socioeconômica e do compartilhamento de poder no desígnio de fazer valer os direitos de cidadão, de maneira que essa prática se torne uma estratégia por excelência, na construção de uma sociedade equitativa, igualitária, livre e ética.

 

            Portanto, é necessário acreditar na capacidade de aprendizagem que o aluno com DFN possui de aprender e se desenvolver, mesmo que apresente as dificuldades supracitadas, sendo que essas implicações não podem ser apontadas como limitações de aprendizagem junto às práticas pedagógicas que lhe é oportunizado.

 

            Ainda, a Escola e os professores devem ter muito cuidado no trabalho com aluno com DFN, para não permitir que o capacitismo faça parte do trabalho cotidiano com o aluno supracitado, pois, o capacitismo[6] utiliza termos pejorativos como inválido, incapaz, louco, doido, aleijado e muitos outros.

 

            Ainda, o uso desses termos é uma das formas de manifestação do capacitismo, ou seja, a opressão e a discriminação praticada contra a pessoa com deficiência.

 

            De forma resumida, o termo capacitismo[7] é uma atitude preconceituosa e discriminatória que vê a pessoa com deficiência inapta para o trabalho e incapaz de cuidar da própria vida, incapaz de participar da sociedade.

 

            Logo, é necessário que a escola inclusiva rompa com o paradigma supracitado e, com o modelo habitual de aprendizagem, pois, práticas seletivas de ensino que visam a aprovação e categorização do aluno com DFN, precisam serem eliminadas, e oportunizar praticas que valorizam as diferenças e a heterogeneidade humana, valorizando a pluralidade como fator de desenvolvimento humano.

 

Tabela 1 – Algumas práticas que favorecem o capacitismo e precisam ser evitadas num ambiente escolar inclusivo

Nº ord.

Prática que favorece o capacitismo

Dicas para não cair no perigo do capacitismo

01

Quando olho para um aluno com deficiência e não pergunto a ele qual brincadeira prefere ou quando decido o que vai no prato dele, sem antes questionar se, de fato, ele goste do alimento, eu estou sendo capacitista. Quando presumo o que o aluno pode ou não fazer, segundo o meu julgamento sobre ele. O capacitismo presume que a pessoa com deficiência não tem nenhuma habilidade ou potencial.

 

Pergunte o que ao aluno com deficiência quer:  Ouça o que o aluno com deficiência tem para te falar sobre o que ele faz e, o que gosta. Ter em mente que a comunicação vai, muito, além do verbal. Existem outras maneiras para se conectar com o aluno com deficiência, mesmo que ele não pronuncie as palavras.

 

02

Quando diálogo com os professores, e noto que, apesar da vontade de fazer o melhor pelo aluno com deficiência, poucos conseguem dizer as habilidades de seus alunos com necessidades específicas de aprendizagem. O que demonstra que o slogan “Nada sobre nós sem nós” – que é o tema do movimento político das pessoas com deficiência e que ganhou mais força e visibilidade no Brasil em 2007 – ainda é utopia na maioria das escolas.

 

Aceite o desejo do aluno com deficiência e crie formas de torná-lo possível: Perguntar ao aluno com deficiência: se ele gostaria de participar das atividades que acontecem na Escola? Se ele se sente bem na atividade?

 

Fonte: Ferraresi (2017).

 

            É muito importante ter claro que a educação inclusiva é um procedimento contínuo e partilhado pela equipe da escola, todas as informações precisam ser favorecedoras da intervenção educacional, da procura de formas alternativas para que o aluno com DFN obtenha o conhecimento, mesmo que de forma distinta dos alunos sem deficiência.

 

            Assim, a educação inclusiva é a abertura de um caminho para a cidadania, pois é pela educação que os seres humanos se sentem úteis e participantes da sociedade.

 

6 Prática do Uso do Recurso Midiático Tablet como Ferramenta de Apoio a Inclusão de aluno com DFN

 

            Para que realmente inclusão educacional, de qualidade, aconteça é necessário que, os profissionais da educação tenham preparação e qualificação. Cada dia mais e mais alunos são inseridos nas escolas comuns, e, muitos deles necessitam de atendimento individualizado, com adequações que atendam às suas características particulares, principalmente alunos com necessidades específicas de aprendizagem que apresentam particularidades na sua socialização. (Nunes, 2014).

 

            Ainda, para atender as necessidades pedagógicas do aluno com DFN, é necessário avaliar quais são as possibilidades e potencialidades do aluno, após essa avaliação será definido os caminhos que garantam a acessibilidade motora e a inclusão dele no ambiente escolar para que assim, possa se estabelecer uma comunicação entre o aluno com DFN, professor e os colegas de classe. (Brasil, 2012).

 

            Também, é imprescindível e, importante a qualificação profissional do professor que atende alunos com necessidades específicas de aprendizagem, pois, é o ponto crucial e necessário para a inclusão desse aluno no sistema comum de ensino. Infelizmente, o despreparo do professor pode levar esse processo educacional ao fracasso. (Nunes, 2014).

 

A pessoa com deficiência motora, muitas vezes, é discriminada e excluída do ambiente educacional, pois a grande parte dos professores concebe que não há possibilidades de aprendizagem e que, atrelada à deficiência motora, a pessoa possui também deficiência intelectual, o que não é verdade para todos os casos. A segregação se torna ainda mais grave quando a deficiência motora acomete consideravelmente a fala e impede o uso da comunicação oral de forma fluente – impedimento bastante comum. (Brasil, 2012, p. 10).

 

            Portanto, para que exista uma educação inclusiva que cultive a prática do diálogo e do respeito recíproco, é imprescindível que todo professor se empenhe de forma efetiva, dentro da sua área de formação, a desenvolver atividades inclusivas que colaborem para a formação de um ser humano capaz de lidar com o meio e com os outros seres humanos, de forma justa, fraterna e igualitária e, essa prática necessita ser incorporada no currículo escolar, tornando-se parte do cotidiano da escola. 

 

            É essencial que o professor conheça as possibilidades do recurso midiático tablet, a fim de usá-lo como ferramenta para aprendizagem do aluno com DFN. Caso oposto, não é oportuno saber como esse recurso pode ajudar na metodologia de ensino e aprendizagem para o aluno supracitado. (Nunes, 2014).

 

            No entanto, isso não denota que o professor necessita se tornar um especialista, mas, que é imprescindível conhecer as potencialidades da ferramenta midiática tablet e saber utilizá-la para o melhor atendimento educacional do aluno com DFN.

 

            É muito importante que o professor que atende aluno com DFN compreenda as modificações que estão acontecendo no mundo e a necessidade de a escola seguir esse processo.

 

            Além disso, é necessário que o professor compreenda que o perfil profissional vem passando por modificações. Hoje em dia, é necessário examinar os paradigmas e estar habilitado para lidar com as transformações na forma de produzir, registrar e comunicar o conhecimento que dão procedência a novas formas de fazer, pensar e instruir-se.

 

            Deste modo, é essencial que o professor encontra-se preparado a aprender sempre, não tenha medo de conhecer e errar enquanto instrui-se, que se coloque no papel de problematizador de conteúdos e atividades, em vez de permanecer no papel de transmissor de informação, e amplie sua competência reflexiva, autonomia e posturas crítica e cooperativa, para conseguir mudanças educacionais expressivas e combinadas com as necessidades atuais do aluno com DFN. (Nunes, 2014).

 

            Acatar e conhecer a potencialidade do aluno com DFN enquanto companheiro da construção do conhecimento é também prioridade para um bom trabalho em grupo, professor-aluno, aluno-aluno, aluno-professor.

 

            A verdadeira revolução não é a obtenção do saber com a ferramenta midiática tablet, mas, o modo pelo qual, esse conhecimento é memorizado e arquivado pelo aluno com DFN.

 

(...) a escola, como instituição que legitima a prática pedagógica e a formação de seus educandos, precisa romper com a perspectiva homogeneizadora e adotar estratégias para assegurar os direitos de aprendizagem de todos. Contudo, tais estratégias dependem das especificidades de cada pessoa, da experiência, e da criatividade e observação do professor com sensibilidade e acuidade, além de uma formação inicial e continuada que o encaminhe para isso. (Brasil, 2012, p. 7).

 

            Para concretização da inclusão escolar, não satisfaz apenas a existência de legislações amplas e vigentes, mas, demandam transformações gradativas, continuadas e sistemáticas de toda a sociedade, para que o aluno com DFN possa ser visto de maneira igualitária. A melhora no sistema de educação, a qualificação profissional e o trabalho multidisciplinar são fatores que entusiasmam no progresso ou no fracasso da inclusão educacional dos alunos com necessidades específicas de aprendizagem.

 

            A educação é a base para o desenvolvimento de qualquer cidadão, e, é essencial incluir no mundo escolar o aluno com necessidades específicas de aprendizagem e garantir a possibilidade de seu desenvolvimento, mas, lembrando que isso só é possível quando existem professores e comunidade escolar envolvidos e realmente empenhados com a educação inclusiva. Colocar o aluno com DFN no ensino comum e não atender o que ele precisa, não é inclusão educacional é a chamada “exclusão educacional” dentro da inclusão educacional.

 

            Assim, promover a inclusão educacional, não é exclusivamente admitir que o aluno com DFN esteja matriculado no ensino comum, mas, sim garantir que lhe sejam proporcionadas condições de aprendizagens, conforme suas necessidades específicas de aprendizagem.

 

6.1 Atividades Educativas e os Recursos Mediáticos

 

            Dando continuidade à inclusão educacional, segue algumas sugestões de atividades educativas que colaboram na prática pedagógica do letramento digital[8], raciocínio lógico e vivências pedagógicas virtuais para o aluno com DFN:

 

            1. Ludo Educativo. Tem jogos muito interessantes de ciências, matemática, ‘português, inglês e muito mais’. Disponível em:<https://www.discoverykidsplus.com.br/>.

 

            2. Escola Games. É um site gratuito de jogos educativos para crianças a partir de 5 anos. Todos os jogos são desenvolvidos com acompanhamento pedagógico para aprender brincando. Na versão atual do site há 80 jogos com temas de língua portuguesa, matemática, geografia, história, ciências, inglês e meio ambiente. Disponível em:  <http://www.escolagames.com.br/>.

 

            3. Smart Kids. Além dos jogos, neste site há material de pesquisa e tudo é bem organizado. Há muitas informações selecionadas por datas comemorativas, o que pode ajudar muito na hora de aprender e estudar sobre temas como Dia do Soldado, Dia da Árvore, Dia do Índio assim por diante. Disponível em: <https://www.smartkids.com.br/>.

 

            4. Encontre as palavras - Sinônimo e Antônimo: Se você tem entre seis e oito anos de idade, vai encontrar muitos jogos interessantes por aqui, como este de português. O site tem muitas outras informações para além dos jogos, que podem inclusive te ajudar com o dever de casa. Disponível em: <https://www.nossoclubinho.com.br/encontre-a-palavra-sinonimos-e-antonimos/>.

 

            5. Iguinho. O Iguinho tem muitos jogos diferentes, com destaque para estes canais de natureza e sobre o Brasil. O Iguinho tem muitos jogos diferentes, com destaque para estes canais de natureza e sobre o Brasil. Disponível em: <https://iguinho.com.br/jogos.html>.

 

            6. Educational Games - Jogos em Inglês. Ajuda na aprendizagem da Língua Inglesa e desenvolve o raciocínio lógico. Disponível em: <https://www.education.com/games/>.

 

            7. Knowledge Adventures. Jogos em Inglês. Ajuda na aprendizagem da Língua Inglesa e desenvolve o raciocínio lógico. Disponível em: <https://www.education.com/games/>.

 

            8. Separar em sílabas - Separador e conta sílabas. Disponível em: <https://www.separarensilabas.com/index-pt.php>.

 

            9. Jogos de Tabuleiro Online. Disponível em: <https://www.cokitos.pt/tag/jogos-de-tabuleiro-online/>.

 

            10. Atividades Educativas de todas as disciplinas do Ensino Comum. Disponível em: <http://www.atividadeseducativas.com.br/>.

 

            11. Plataforma GoConqr. Uma plataforma que torna o aprendizado, um processo ativo e atraente, ainda, criar melhores experiências de aprendizagem para todos. Disponível em: <https://www.goconqr.com/pt/>.

 

            12. AmpliSoft é um projeto de desenvolvimento de software de código aberto, que busca criar soluções baseadas em software para auxiliar pessoas portadoras de necessidades especiais desprovidas da fala e sem coordenação motora. Disponível em: <https://amplisoft.azurewebsites.net/>.

 

            13. Google Earth. Essa incrível ferramenta é gratuita e permite explorar todo o planeta Terra de maneira 3D e virtual, tendo diversas utilidades dentro das aulas de Geografia. O mecanismo trabalha com os alunos com necessidades específicas de aprendizagem o recurso visual, pois estimula o conhecimento por meio de imagens claras e realistas. Com o Google Earth para dispositivos móveis, o aluno com DFN pode navegar pelo mundo com apenas um toque no dispositivo móvel smartphone ou tablet. Disponível em: <https://www.google.com/intl/pt-BR_ALL/earth/versions/#earth-for-mobile>.

 

            14. Lousa Magica Tirar e Colorir. É um jogo divertido que permite desenhar e colorir em forma real. Coloca os talentos artísticos em teste. Promove o desenvolvimento da imaginação, as artes, e aumenta a capacidade de concentração e habilidades motoras finas. Tudo num toque do dedo. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=com.orange.magic.board.doodle.coloring&hl=pt_BR&gl=US>.

 

            15. ABC Autismo - Um mundo de atividades coloridas e pedagógicas para realizar e curtir. O aplicativo está disponível em três idiomas (inglês, espanhol e português), é baseado na metodologia TEACCH, possui 4 níveis de dificuldade e 40 fases interativas. Tem como objetivo auxiliar no processo de aprendizagem de crianças autistas por meio de divertidas atividades pedagógicas. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=com.dokye.abcautismo&hl=pt_BR>.

 

            16. Sons dos Animais. Jogo educativo concebido para crianças de 1 a 5 anos para aprender os sons de animais. Apenas tocando na tela, o aluno pode ouvir os sons de animais, seus nomes e características. Possui mais de 80 animais para aprender.
Disponível em 15 idiomas, incluindo o Português. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=net.fagames.android.playkids.animals&hl=pt&gl=US>.

 

            17. Estouro de Balões Jogos Grátis. Um clássico jogo de balão popping para crianças, com gráficos coloridos, animais bonitos e vários fundos. Todos os modos de jogo são adequados para crianças jovens, como um jogo educacional. A versão gratuita oferece 4 balões regulares, três animais e dois fundos diferentes. O jogo completo (desbloqueado através de uma compra in-app) é ainda mais divertido, com 7 balões regulares, 3 balões especiais, 10 animais e 3 fundos diferentes. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=se.appfamily.balloonpopfree&hl=pt_BR&gl=US>.

 

            Destaca-se que, a utilização de jogos educativos virtuais, utilizando o recurso midiático tablet, no processo de ensino-aprendizagem, possibilita a aprendizagem de forma prazerosa, despertando limites, liberdade e invenção, proporcionando uma aprendizagem significativa.

 

            Ainda, as atividades lúdicas no tablet são estratégias de interação social em situações diversas para a promoção de aprendizagens orientadas que, garantam a troca de aprendizagem entre o aluno sem deficiência e o aluno com DFN, comunicando-se e expressando-se, demonstrando seu modo de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor, que propicie a confiança e a autoestima.

 

            Dando continuidade sobre os benefícios do recurso midiático tablet na educação de alunos com necessidades específicas de aprendizagem, segue algumas possibilidades enriquecedora de aprendizagem que esse aparelho midiático pode proporcionar ao aluno com DFN.

 

Tabela 2 - Alguns benefícios do recurso midiático tablet na educação de alunos com DFN.

Nº ORD.

 

Atividades

Benefícios

01

Favorece a compreensão dos conteúdos

 

As várias opções de funcionalidade dos tablets proporciona e estimula díspares formas de aprendizagem, pois, consegue traduzir de diferentes formas o conteúdo da grade curricular. Ainda, o recurso midiático tablet é uma ferramenta que apoia o professor no trabalho com a heterogeneidade de aluno, isto é, no trabalho com alunos com necessidades específicas de aprendizagem, em especial o aluno com DFN.

 

02

Desenvolvimento continuado das habilidades digitais

 

A utilização do recurso midiático tablet na educação, devido tamanho reduzido, o transporte é facilitado, assim proporciona ao aluno com DFN um contato mais direto com a tecnologia da educação dentro de uma sala de aula comum. Diferentemente dos computadores e notebooks, tudo isso acontece sem que seja preciso cortar o contato visual com os professores, ficar em salas fechadas, assim por diante.

 

03

Autonomia na metodologia de aprendizagem

 

Com somente um tablet, o aluno pode: receber o conteúdo; fazer edições; realizar pesquisas em livros, jornais e revistas; conversar e reunir-se virtualmente com outros alunos para estudar os conteúdos pedagógicos. O recurso midiático tablet na educação permite que o aluno com DFN se torne protagonista do seu processo de aprendizagem.

 

04

Impacto nas estratégias didáticas dos professores

 

O recurso midiático tablet têm um impacto positivo no trabalho pedagógico dos professores, pois, eles passam a trabalhar com vídeos (escolha, edição e produção) para apresentação dos conteúdos; ganham a possibilidade de promover seminários digitais com pessoas que são referência na disciplina trabalhada, sem gerar ônus para a instituição de ensino; apoiam o ensino de línguas estrangeiras, por meio da interação com falantes nativos do idioma em questão e apresentar os conteúdos com gráficos, imagens e ilustrações animadas.

 

05

Desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos

 

Ao empregar o uso do recurso midiático tablet, a escola opta por conferir mais autonomia ao aluno com DFN e, o professor passa a ser um mediador, não mais um transmissor de conteúdo. Dessa forma, adota-se um modelo de construção conjunta do conhecimento. O recurso midiático tablet permite ao aluno com DFN que, saia de um posicionamento estático e se torne pesquisador, leitor de obras complementares, desbravador de curiosidades sobre múltiplos temas e, assim, desenvolver a capacidade de ser criativo.

 

06

Custo-benefício dos tablets nas escolas

 

Outro benefício é que, se comparado ao valor gasto com a compra de materiais escolares tradicionais, a aquisição do recurso midiático tablet, para uso em sala de aula e, de um pacote de internet pode ser bem mais lucrativo. Ainda, o uso do recurso midiático tablet é um diferencial em termo de mobilidade e, até na saúde dos alunos, pois, elimina o peso nas mochilas escolares.

 

Uso do Tablet na educação escolar: Veja os 6 principais benefícios. (2016).  Fonte: <http://blog.arvoredelivros.com.br/gestao-escolar/uso-do-tablet-educacao/>.

           

            É necessário ao professor que atende aluno com DFN, entenda que as práticas pedagógicas comuns, utilizadas para os alunos sem deficiência, não irão funcionar com aluno com DFN, logo, não são apropriadas para que o aluno com DFN possa aprender os conteúdos trabalhados em sala de aula, daí a importância de se utilizar o recurso midiático tablet, pois, com um simples toque na tela o aluno conseguira ver e aprender os conteúdos acadêmicos, e, também, se comunicar com toda a turma e, também poderá ir além dos muros da Escola.

 

7 Considerações Finais

 

            A finalidade deste estudo foi analisar características de alunos com deficiência física neuromotora – DFN, possibilidades de aprendizagem dessa clientela no Ensino Comum e a utilização do recurso midiático tablet como recurso tecnológico a favor da inclusão educacional e da aprendizagem de aluno com DFN.

 

            Sabe-se que muitas pesquisas sobre os diferentes espaços de aprendizagem de alunos da educação especial, na perspectiva da inclusão, estão amplamente desenvolvidas, mas, a respeito do uso da tecnologia, em especial o recurso midiático tablet, percebe-se que é pouco explorada/conhecida.

 

            Os autores citados, neste artigo, destacam que o recurso midiático tablet pode proporcionar uma educação de qualidade para aluno com DFN, pois, com o auxílio de um toque o aluno com DFN, pode se comunicar, pode adquirir conhecimentos acadêmicos, pode “viajar virtualmente” e ainda, pode estar incluso na sociedade. A intenção é essa, proporcionar que o aluno com DFN participe da escola assim, como os alunos sem deficiência participam da escola.

 

            Percebe-se que o dispositivo móvel tablet não é o possuidor do conhecimento, mas uma ferramenta que permite ao aluno com DFN procurar informações e construir com seus recursos midiáticos, vivenciais e situações-problema que permitam tirar conclusões e construir novos conhecimentos/saberes.

 

            Disponibilizar ao aluno com DFN novos recursos de acessibilidade, novos espaços, na verdade, uma nova sociedade de conhecimento, que os compreenda em seus projetos e possibilidades, não estabelece somente propiciar o crescimento e a autorrealização do aluno com DFN, mas, de maneira especial, é consentir a essa parcela da sociedade crescer, expandir-se, humanizar-se, por meio das riquezas de uma maior e mais harmoniosa coexistência com as diferenças.

 

            Observa-se que toda a tecnologia deve ser empregada na educação visando à formação do pensamento crítico do aluno com DFN e dos professores para a resolução de problemas, percebe-se que o dispositivo móvel tablet pode ser uma das mídias apropriada, para que o aluno supracitado adquira mais conhecimentos.

 

            Ainda, destacam-se os benefícios do dispositivo móvel tablet na educação de alunos com DFN, pois, ele proporciona uma transformação na dinâmica da sala de aula e, permiti que professores e alunos experimentem novas possibilidades de aprendizagem/conhecimento.

 

            Nota-se que alguns professores têm dificuldades para utilizar o dispositivo móvel tablet, devido falta de capacitação para o uso do mesmo no processo de ensino e aprendizagem e, ainda, alguns professores tem dificuldades em conseguir atrair e motivar a atenção do aluno para a aprendizagem por meio do dispositivo móvel tablet. Em virtude disso, alguns professores rejeitam essa rica ferramenta de apoio a aprendizagem dos alunos com DFN.

            Logo, é de suma importância a formação continuada dos professores para o bom aproveitamento das TICS, em especial o tablet, uma vez que, todos os dias, surgem novas possibilidades de aprendizagem por meio dos recursos tecnológicos.

 

            Ressalta-se que, não existe receitas prontas para atender a cada necessidade específica de aprendizagem do aluno com DFN. A escola, além das direções partilhadas, necessita buscar informações e guias que ampliem as possibilidades de aprendizagem/conhecimento, para que todos os alunos com necessidades específicas de aprendizagem encontrem um ambiente adequado e acessível de aprendizagem.

 

            Por fim, acredita-se que este estudo poderá fornecer possíveis formas de intervenção pedagógica na organização e reorganização dos trabalhos dos professores, sugerindo alternativas na estruturação da prática pedagógica, por meio da utilização dos recursos midiáticos do dispositivo móvel tablet.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Affonso, Dolores Daniela. (2017). Dispositivos móveis na educação de pessoas com deficiência visual: importância e impacto na aprendizagem, interação e inclusão social. 1º Seminário Luso-Brasileiro de Educação Inclusiva: o ensino e aprendizagem em discussão.

<https://editora.pucrs.br/anais/i-seminario-luso-brasileiro-de-educacao-

inclusiva/assets/artigos/eixo-8/completo-6.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2020.

 

Almeida Júnior, Claudovil Barroso de. (2018). Deficiência física neuromotora: um estudo da política e seus desdobramentos na educação infantil. Dissertação (Mestrado em Educação) – Setor de Ciência Humanas da Universidade Federal do Paraná. Curitiba. Disponível em: <https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/55047/R%20-%20D%20-%20CLAUDOVIL%20BARROSO%20DE%20ALMEIDA%20JUNIOR.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.

 

Almeida Júnior, Claudovil Barroso de. (2019a). Atendimento Educacional Especializado Para a Criança com Deficiência Física Neuromotora na Educação Infantil: Possibilidade Real? Perspectivas em Diálogo. Revista de Educação e Sociedade e-ISSN: 2358-1840. Naviraí, v. 6, n. 11, p. 63-80, jan./jun. 2019. Disponível em: < https://periodicos.ufms.br/index.php/persdia/article/view/7722>. Acesso em: 10 set. 2020.

 

Almeida Junior, Claudovil Barroso de. (2019b). Configurações Sociais para a Formação Identitária da Pessoa com Deficiência Física Neuromotora. SSN 2595

- 1920 | Pesquisa e Prática em Educação Inclusiva, Manaus, v. 2, n. 4, jul./dez. 2019. Disponível em: <https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/educacaoInclusiva/article/view/5226/4934>. Acesso em: 11 set. 2020.

 

Bonotto, Tatiana Beatris Langwinski e Wolf, Rosângela Abreu do Prado. (2016). Tablet na Educação Especial: Acessibilidade, Aprendizagem e Autoestima. Cadernos PDE. Governo do Estado do Paraná. Secretaria da Educação. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_edespecial_unicentro_tatianabeatrislangwinskibonotto.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2020.

 

Brasil. (2006). Educação infantil: saberes e práticas da inclusão - dificuldades de comunicação e sinalização - deficiência física. [4. ed.] / elaboração prof.ª Ana Maria de Godói – Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD... [et al.]. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial. 98 p.: il. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/saberesepraticas_inclusao.pdf>. Acesso em 10 set. 2020.

 

Brasil. (2012). Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Caderno de educação especial: a alfabetização de crianças com deficiência: uma proposta inclusiva / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília: MEC, SEB. Disponível em: <http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/material/109.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2020.

 

Carneiro, Natana Wilges. (2014). O uso do tablet educacional como ferramenta de ensino-aprendizagem no quinto ano do Ensino Fundamental do município de Pato Branco: Um estudo de Caso. 57 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Letras Português/ Inglês - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/8045/1/PB_COLET_2014_2_04.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2020.

 

Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil – CERT. BR. Cartilha de Segurança para Internet. Fascículo Dispositivos Móveis. Disponível em: <https://cartilha.cert.br/fasciculos/dispositivos-moveis/fasciculo-dispositivos-moveis.pdf >. Acesso em: 18 ago. 2020.

 

Costa, Marcos Paulo e Araújo, Fabíola. (2018). Aprendizagem Móvel como Estratégia Pedagógica para Potencializar a Aprendizagem na Disciplina de Artes. Universidade Federal do Pará Belém, Pará, Brasil. Disponível em: <http://www.tise.cl/Volumen14/TISE2018/580.pdf>. Acesso em 10 ago. 2020.

 

Cruz, Romildo Pereira da. et al. (2016). Percepção dos Alunos da Educação Básica Sobre o Uso de Tablets. Educação Matemática na Contemporaneidade: desafios e possibilidades. São Paulo – SP. Disponível em: <http://www.sbem.com.br/enem2016/anais/pdf/5252_2698_ID.pdf>. Aceso em: 15 ago. 2020.

 

Deliberato, Débora e Oliveira, José Luiz Vieira de. (2013). Recursos de Tecnologia Assistiva: Descrição das Funcionalidades de Alta Tecnologia Entre os Sistemas Operacionais de Dispositivos Móveis na Educação Especial. VIII Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X. Disponível em: <http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT04-2013/AT04-019.pdf>. Acesso em: 11 set. 2020.

 

EDUMOBILE. Módulo Dispositivos Móveis. 2016. EduMobile. Disponível em: <http://www.nuted.ufrgs.br/oa/edumobile/m1_dm.html>. Acesso em: 10 set. 2020.

 

ESCOLAWEB. Ensino adaptativo: entenda como a tecnologia pode facilitar o aprendizado. 2020. Disponível em: <https://escolaweb.com.br/artigos/ensino-adaptativo-entenda-como-a-tecnologia-pode-facilitar-o-aprendizado/>. Acesso em: 12 set. 2020.

 

Ferraresi, Silvia. (2017). Você sabe o que é capacitismo? Inclusão na Escola. Disponível em: <http://inclusaonaescola.com.br/voce-sabe-o-que-e-capacitismo/>. Acesso em: 20 ago. 2020.

 

Freitas, Tullius Araújo de. (2016). Tablet na escola: um instrumento na inclusão digital de estudantes no município de João Pessoa. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Tecnologia de Gestão Pública) – UFPB/CCSA. Disponível em: <http://www.ccsa.ufpb.br/cstgp/contents/documentos/TCCTulliusAraujodeFreitas.pdf>. Acesso em: 10 set. 2020.

 

Gabardo, Raianny Louisy Bahniuk e Souza, Nelly Narcizo de. (2017). O Atendimento Educacional Especializado e as Tecnologias Assistivas para a Deficiência Física/Neuromotora.  Ensaios Pedagógicos, v.7, n.1, Jan/Jun 2017 ISSN – 2175-1773. Disponível em: <http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n13/artigo1.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2020.

 

Galvão Filho, T.  (2012). Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem em contextos educacionais inclusivos. In: Giroto, C. R. M.; Poker, R. B.; Omote, S. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília/SP: Cultura Acadêmica, p. 65-92. Disponível em: <http://docplayer.com.br/6208865-Tecnologia-assistiva-favorecendo-o-desenvolvimento-e-a-aprendizagem-em-contextos-educacionais-inclusivos.html>.  Acesso em: 10 set. 2020.

 

O que é TIC? TotLab. Disponível em: <http://totlab.com.br/noticias/o-que-e-tic-tecnologias-da-informacao-e-comunicacao/>. Acesso em: 18 ago. 2020.

 

Nunes, Andréia Nascimento Bezerra de Abreu. (2014). O Uso do Tablet Como Ferramenta de Apoio a Inclusão e Alfabetização de Crianças Autistas. Universidade de Brasília. Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação Curso de Especialização em Gestão Escolar. Disponível em: <https://bdm.unb.br/bitstream/10483/9098/1/2014_AndreiaNascimentoBezerradeAbreuNunes.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2020.

 

Reis, Iraci Lorscheitter M. dos. Et al. (2017). Deficiência Física e Neuro-Motora. Disponível em: <https://prezi.com/fup9vorj4fla/deficiencia-fisica-e-neuro-motora/>. Acesso em: 12 set. 2020.

 

Ribeiro, Ana Elisa e Coscarelli, Carla Viana. [s.d.]. Letramento Digital. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (CEALE) | Faculdade de Educação da UFMG. Disponível em: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/letramento-digital#:~:text=Letramento%20digital%20diz%20respeito%20%C3%A0s,sociais%20na%20web%2C%20entre%20outras.>. Acesso em: 30. ago. 2020.

 

Rodrigues, Leandro. (2019). Tecnologia Assistiva: o que é e como usar na escola sem saber informática. Disponível em: <https://institutoitard.com.br/tecnologia-assistiva-o-que-e-e-como-usar-na-escola-sem-saber-informatica/>. Acesso em: 20 ago. 2020.

 

Santos, Tatiane Siqueira dos. (2016). Tecnologia e Educação: O uso de dispositivos móveis em sala de aula. 69 fs. Monografia (Especialização em Ensino e Tecnologia) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Londrina. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/7491/1/LD_ENT_II_2016_18.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2020.

 

Silva, Márcia Aparecida Marussi. (2017). A Inclusão de Alunos com Deficiência Física Neuromotora: Um Estudo no Contexto da Educação Básica. 227 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Nerli Nonato Ribeiro Mori. Maringá. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dissertacoes_teses/tese_marcia_aparecida_marrussi_silva.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2020.

 

Souza, Jenifer Silva de e Knobel, Keila Alessandra Baraldi. (2019). Guia ilustrado de orientações a cuidadores de crianças com deficiências neuromotoras. ConScientiae Saúde, jan./mar. 2019;18(1):8-17. Disponível em: <https://periodicos.uninove.br/saude/article/view/8617 >. Acesso em: 10 set. 2020.

 

Souza, Vera Lúcia Pereira de. (2013). Os Benefícios da Mídia Computador para Educandos com Deficiência Intelectual e Múltipla. Curso de Especialização em Mídias Integradas na Educação, SEPT / UFPR. Polo UAB de Apoio Presencial em Foz do Iguaçu / PR. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/52374/R%20-%20E%20-%20VERA%20LUCIA%20PEREIRA%20DE%20SOUZA.pdf;jsessionid=

F5ED763C808BBC48C19BEBBE4D07DCDE?sequence=1>. Acesso em: 05 ago. 2020.

 

Teixeira, Luzimar. (2010). O que é Deficiência Física/neuromotora? Texto de Apoio ao Curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde. Disponível em: <https://docplayer.com.br/67744289-O-que-e-deficiencia-fisica-neuromotora.html>. Acesso em: 10 set. 2020.

 

Uso do Tablet na educação escolar: Veja os 6 principais benefícios. (2016). Árvore de Livros. Gestão Escolar. Disponível em: <http://blog.arvoredelivros.com.br/gestao-escolar/uso-do-tablet-educacao/>. Acesso em: 30 ago. 2020.

 

Zanardes, Cássia Vânia Lucas. (2015). O Tablet na Aprendizagem das Crianças Autistas. UNB - Grupo de Trabalho – Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: MEC/UNB. EDUCERE. Disponível em: <https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/19172_10231.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2020.

 



[1] As Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Disponível em: <http://totlab.com.br/noticias/o-que-e-tic-tecnologias-da-informacao-e-comunicacao/>.

[2] Fonte: <https://cartilha.cert.br/fasciculos/dispositivos-moveis/fasciculo-dispositivos-moveis.pdf>.

[3] Edumobile são estratégias pedagógicas para a utilização da M-Learning em sala de aula, tendo como objetivo auxiliar na construção de estratégias pedagógicas que possibilitam a formação das pessoas para utilizar a tecnologia móvel não só para o entretenimento, mas com finalidades educacionais. A Edumobile trabalhou com quatro módulos: dispositivos móveis, aplicativos, M-Learning e estratégias pedagógicas para M-Learning. O Edumobile foi criado em 2016 pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Fonte: <http://www.nuted.ufrgs.br/oa/edumobile/m0_guia.html>.

 

[4] Sistemas operacionais: São programas que gerenciam um conjunto de funções. No dispositivo móvel o sistema operacional gerencia o teclado, a tela, a agenda, a bateria e a conexão de rede. Disponível em: <http://www.nuted.ufrgs.br/oa/edumobile/m1_dm.html>.

 

[5] (...) podemos definir tecnologias assistiva como tudo aquilo que é criado para ajudar pessoas com deficiência a terem independência e serem incluídas, seja proporcionando ou ampliando suas habilidades de se comunicar, ouvir, ver, andar ou tocar. Disponível em: <https://institutoitard.com.br/tecnologia-assistiva-o-que-e-e-como-usar-na-escola-sem-saber-informatica/>.

 

[6] Talento Incluir. O que significa o capacitismo para as pessoas com deficiência. Fonte: <https://talentoincluir.com.br/emprego/o-que-significa-o-capacitismo-para-pessoas-com-deficiencia/>.

[7] Talento Incluir. O que significa o capacitismo para as pessoas com deficiência. Fonte: < https://talentoincluir.com.br/novidades/>.

 

[8] Ribeiro e Coscarelli. [s.d.]. Letramento digital diz respeito às práticas sociais de leitura e produção de textos em ambientes digitais, isto é, ao uso de textos em ambientes propiciados pelo computador ou por dispositivos móveis, tais como celulares e tablets, em plataformas como e-mails, redes sociais na web, entre outras. Fonte: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/letramento-digital#:~:text=Letramento%20digital%20diz%20respeito%20%C3%A0s,sociais%20na%20web%2C%20entre%20outras.>.