terça-feira, 25 de outubro de 2011

FILME O OITAVO DIA

FILME O OITAVO DIA
Filme que nos ensina uma grande lição de vida... Vale a pena amar...
Amor incondicional...

Fonte: http://youtu.be/3tBKLW_DDOU

sábado, 15 de outubro de 2011

15 de outubro: origem e o significado do dia dos professores


15 de outubro: origem e o significado do dia dos professores


No calendário brasileiro existe um dia dedicado aos professores, e sua procedência originou-se a muitos anos atrás. Ainda em 15 de Outubro de 1827, o então imperador do Brasil Pedro I deu origem a um decreto imperial, criando o Ensino Elementar em nosso país. Segundo o decreto “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. O decreto abordava questões fundamentais para o ensino, desde quais matérias seriam ensinadas para os meninos e para as meninas, até salário e a contratação de professores. E apesar das boas idéias, o decreto não foi cumprido nem de longe como deveria.
Após terem se passado 120 anos do decreto, mais precisamente no ano de1920 a primeira comemoração dedicada ao professor acontece. Foi no Ginásio Caetano de Campos, quando alguns professores perceberam que o segundo semestre do ano que ia de 1 de junho a 15 de dezembro era cansativo demais para os alunos, foi então que organizaram uma parada, dando descanso aos alunos e aproveitavam para direcionar como seria o resto do ano letivo.

Por sugestão do professor Salomão Becker o dia 15 outubro passou a ser comemorado como o dia do professor, e contou com o incentivo, e a presença dos alunos e seus pais na comemoração, e foi onde a sua frase ficou famosa: “Professor é profissão. Educador  é missão”. A celebração tomou grandes proporções, virando tradição na cidade de São Paulo e se espalhando pelo país, fato este que originou o feriado escolar através do Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
O dia dos Professores é comemorado em diferentes datas em outros países, e cada data por um motivo diferente, entretanto muitos países comemoram este dia, como Estados Unidos, Índia, Malásia, Turquia, Albânia, China, República Tcheca, Irã, Polônia, Rússia, Coréia do Sul e entre outros.

O professor tem a difícil missão de transmitir seus conhecimentos da melhor forma possível, sempre atentos a sua classe, e com a plena consciência que cada aluno absorve a informação que lhe é passada de formas diferentes, deixando os profissionais ainda mais atentos com a missão do qual são responsáveis.


ARTIGO - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SIGNIFICATIVA

ARTIGO - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SIGNIFICATIVA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SIGNIFICATIVA

Vera Lúcia Pereira de Souza1
Loraine Alcântara2 

Resumo 
O trabalho pedagógico com alunos que apresentam deficiência intelectual significativa compreende o desenvolvimento do indivíduo em sua totalidade, desde a interação social, exploração das potencialidades cognitivas e o aspecto emocional. A partir desse pressuposto desenvolveu-se um aprofundamento teórico acerca do tema, com pesquisa exploratória e descritiva. Assim, este trabalho tem como finalidade relatar as atividades desenvolvidas durante a participação no PDE - Programa de Desenvolvimento da Educação, Turma 2009, numa escola de Educação Especial do município de Nova Aurora. O relato apresenta fundamentação teórica condizente com a área e descreve as atuações desencadeadas durante a intervenção pedagógica em que se buscou compreender os desafios presentes na Escola Especial para a efetivação das Oficinas Pedagógicas para alunos com deficiência intelectual. Foram realizadas, com professores e alunos das Oficinas Pedagógicas, atividades relacionadas ao mundo do trabalho, visando compreender como se dão as relações entre professores, alunos com deficiência intelectual e pais. Realizou-se Grupos de Estudos em que participaram professores das Oficinas Pedagógicas, coordenadores pedagógicos, instrutor das Oficinas Pedagógicas, zeladoras, secretária e diretora, todos pertencentes à Escola Especial, com o propósito de refletir e aprofundar os conhecimentos sobre a Educação Profissional para alunos com deficiência intelectual significativa. Verifica-se que há limites para a efetivação de algumas atividades nas Oficinas Pedagógicas, mas, ao invés de se investir no ensino de uma atividade profissional peculiar, esta acaba se tornando uma atividade-meio para o ensino das competências e habilidades básicas. Portanto, ao planejar um programa de habilitação profissional, deve-se atentar para um planejamento curricular que possibilite o pleno desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual como ser humano.

CADERNO PEDAGÓGICO - OFICINAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SIGNIFICATIVA

CADERNO PEDAGÓGICO - OFICINAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SIGNIFICATIVA

APRESENTAÇÃO

São constantes as inquietações dos professores em relação às dificuldades de aprendizagem demonstradas pelos alunos com deficiência intelectual significativa das turmas das Oficinas Pedagógicas da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”, do município de Nova Aurora. Tais inquietações sugerem certa insatisfação dos professores que ali atuam, o que pode estar relacionado ao sentimento de impotência em obter melhores resultados na inclusão desses alunos no processo produtivo.

Dessa forma, espera-se que o estudo da fundamentação teórica que ora se propõe, as discussões do grupo relacionando o estudo a sua prática nas Oficinas Pedagógicas e as atividades apresentadas possam contribuir para que esses profissionais consigam intervir qualitativamente no processo ensino-aprendizagem dos alunos.

A escola, além do papel fundamental de instrumentalizar o aluno com os conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, deve oportunizar o desenvolvimento de suas potencialidades e promover a inclusão do aluno com deficiência na sociedade, através de ações conjuntas com a família e a comunidade. Portanto, é imprescindível a formação continuada dos professores, a fim de que estes possam compreender melhor a sua prática e buscar alternativas pedagógicas que visem atender as necessidades específicas de cada aluno.

Assim, este Caderno Pedagógico tem o intuito de subsidiar o professor das Oficinas Pedagógicas com fundamentação teórica relacionada ao tema, promover discussões sobre a prática docente e contribuir para a análise das estratégias de ensino-aprendizagem e atividades funcionais desenvolvidas com os alunos que possuem deficiência intelectual. Estas atividades visam oportunizar aos alunos, além da vivência de tarefas do cotidiano no espaço escolar, a aquisição de comportamentos adequados para a convivência social. Dentre outras atividades desenvolvidas, podemos destacar as atividades de vida prática - AVPs e as atividades de vida diária - AVDs.

Destaca-se que este material é dedicado a você professor e é produto de um trabalho de pesquisa à luz de Amaro, Gadotti, Estaban, Marx, Rosa, Sassaki, Iacono, Tureck, Kuenzer, dentre outros, além da consulta à legislação nacional e documentos internacionais que instituíram direitos às pessoas com deficiência em nosso país.

Não se tem a pretensão de esgotar o tema, tampouco apresentar respostas. Trata-se de um documento que oferece dados para a reflexão e sugestões de atividades a serem desenvolvidas com os alunos que apresentam deficiência intelectual significativa, matriculados nas Oficinas Pedagógicas.

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA - PDE - EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA - EDUCAÇÃO ESPECIAL: OFICINAS PEDAGÓGICAS Educação Profissional para Alunos com Deficiência Intelectual 

JUSTIFICATIVA
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) explicita a organização da educação especial como uma modalidade que perpassa todos os níveis de ensino e aponta para a necessidade da mesma constituir a proposta pedagógica da escola, atuando de forma articulada com o ensino comum para o atendimento às especificidades do seu público-alvo, os alunos com necessidades educativas especiais.

O referido documento destaca ainda a formação do professor, ressaltando que a mesma, seja inicial ou continuada, deverá ter como base os conhecimentos gerais para o exercício da docência e os conhecimentos específicos da área, visando aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar desta modalidade em relação aos diferentes níveis de ensino.

1 Alunos com necessidades educativas especiais são os alunos com deficiência, alunos com transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação e aqueles que apresentam transtornos funcionais específicos (MEC, 2008).

Ao lado das políticas públicas para a educação temos a legislação brasileira, seja a Constituição Federal (BRASIL,1988), seja a LDB, Lei nº 9.394 (BRASIL, 1996) ou outras leis esparsas, que determinam o atendimento especializado aos alunos com necessidades educativas especiais. Entretanto, a despeito dos documentos indicarem para que o atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais se dê preferencialmente nas escolas regulares, deparamo-nos com toda uma estrutura de educação especial organizada de forma paralela, cujo atendimento apresenta historicamente um caráter substitutivo. Assim, a polêmica instaurada está relacionada ao locus desse atendimento, ou seja, se ele deveria se dar na escola comum ou na escola especial.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população dos países em desenvolvimento apresentam alguma deficiência. Porém, conforme o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 2000, o percentual de pessoas com deficiência no Brasil é de 14,5%.

No contexto da sociedade atual, temos presenciado uma série de ações afirmativas do Estado que visam garantir tratamento igualitário às pessoas com deficiência no âmbito da educação, do trabalho e da sociedade em geral. Todavia, o processo histórico de exclusão imposto a este grupo requer profundas mudanças estruturais, de consciência e de comportamento.

Assim, buscando refletir sobre esse contexto e as implicações para que a pessoa com deficiência, em especial, a pessoa com deficiência intelectual significativa, consiga se inserir e participar ativamente da vida social propõe-se o presente estudo, fazendo um recorte para analisar a função social e o funcionamento das Oficinas Pedagógicas da escola especial Novo Amanhecer, de Assis Chateubriand.

Para acessar o Projeto na íntegra acesse o link: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/4800-10.pdf?PHPSESSID=2011101413051651

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SUGESTÕES DE SITES DE JOGOS VIRTUAIS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA


JOGOS VIRTUAIS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA


Fundamentos em jogos virtuais:


Muito legal – jogos virtuais (educação dinâmica)


Outras opções


Jogos portugueses

Alguns jogos virtuais (muito legal)
http://mat.fc.ul.pt/mej/index.html

Cora Coralina: O que é viver bem‏

Cora Coralina: O que é viver bem‏

Um repórter perguntou à Cora Coralina o que é viver bem.
Ela lhe disse:

"Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice.
E digo prá você, não pense.

Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha.
Eu não digo.
 
Eu não digo estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
 
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.
 
O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
 
Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
 
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
 
Eu não digo nunca que estou cansada.
 
Nada de palavra negativa.

Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.

Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos.

Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.

Você acha que eu sou?
Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser.

Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.

Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.

Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.".


(_Cora Coralina_)

Fonte: Lumiy´s Blog Visão e Percepção - http://lumiy.wordpress.com

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Educação Inclusiva no Brasil

As desigualdade sociais no Brasil afetam diretamente as diversas condições de acesso à educação no país. Quase todos os indicadores educacionais brasileiros evidenciam este fato.
 
São percebidas desigualdades nas condições de acesso à educação e nos resultados educacionais das crianças, dos jovens e dos adultos brasileiros, penalizando especialmente alguns grupos étnicorraciais, a população mais pobre e do campo, os jovens e adultos que não concluíram a educação compulsória na idade adequada.

Grandes desigualdades raciais e étnicas continuam existindo na sociedade brasileira (especialmente com relação a alguns grupos específicos, tais como a população indígena, a população afrodescendente, os quilombolas, a população carcerária e a população rural).

A literatura especializada mostra que há forte correlação entre a origem étnica e as oportunidades educacionais. Estas coexistem lado a lado com desigualdades sociais e regionais, contribuindo, assim, para a exclusão educacional de um número considerável de jovens e adultos.

A UNESCO pretende apoiar o país na implementação de ações afirmativas para promover oportunidades iguais de acesso à educação de qualidade, incluindo todos os grupos da sociedade brasileira.

Anexo:

Novos Dados no Monitoramento da EPT 2010-2011 (PDF, 280 Kb): Esse artigo oferece informações básicas sobre os progressos da universalização da educação primária (ODM2) e da paridade de gênero na educação (ODM3) e descreve a contribuição vital da educação para a realização dos outros objetivos. Baseia-se em dados elaborados pela UNESCO para o período de 1999 a 2008 e em projeções para 2015.

TRANSTORNO DO D[EFICIT DE ATENÇÃO (TDA) OU TDAH ADULTOS

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO (TDA) OU TDAH EM ADULTOS
 
Autoria: Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva

* Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva (Médica Psiquiatra, CRM/RJ 5253226/7 e CRM/SP 113.092-S)

O que é TDA ou TDAH?
Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou TDA, trata-se de um transtorno caracterizado pela clássica tríade de sintomas que inclui: falta de concentração, impulsividade e hiperatividade ou excesso de energia.
Nos Estados Unidos cerca de 17 milhões de pessoas sofrem do problema. No Brasil, apesar das estatísticas precárias, calcula-se que 3 milhões de brasileiros tenham esta patologia, no entanto, a maior parte deles não sabe que a tem.

Qual a população atingida?
O TDA ocorre em crianças e adultos, homens e mulheres, rapazes e moças, abrangendo todos os grupos étnicos, camadas socioeconômicas, níveis de escolaridade e graus de inteligência.
Até pouco tempo atrás, achava-se que este transtorno era exclusivo da infância e que no decorrer da adolescência tenderia a desaparecer espontaneamente. Hoje, no entanto, sabemos que apenas 1/3 da população com o TDA a supera na adolescência e 2/3 conviverão com o transtorno por toda a vida.
A condição básica para o diagnóstico do problema em adultos é a história de TDA na infância (antes dos 7 anos). Por este motivo os relatos do paciente, como também o de seus parentes e amigos são tão importantes.
Sinais de alerta para o TDA em adulto
- Dificuldades em organizar as tarefas diárias;
- Tendência a ser desorganizado e a perder objetos;
- Irritação com tarefas repetitivas ou monótonas;
- Preferência por ambientes agitados;
- Numa conversa, começa a falar antes do fim de uma pergunta ou de uma resposta;
- Distração e "sonhos acordados" constantes, principalmente quando está lendo ou ouvindo por obrigação;
- Períodos de sonolência durante o dia;
- Falhas de memória;Comportamento impulsivo. Falar e agir sem medir consequências;
- Alterações rápidas de humor;
- Em alguns casos, envolvimento com drogas (álcool, cocaína e maconha).
 
O que causa o TDA?
O TDA deriva de um mau funcionamento neurobiológico (da bioquímica do cérebro). O dado mais informativo é que há uma alteração metabólica principalmente nas regiões pré-frontal e pré-motora do cérebro. Como a região frontal é a principal reguladora do comportamento humano, falhas na bioquímica desta região levariam às alterações encontradas no TDA (impulsos e inquietação). Devemos destacar ainda que há forte histórico familiar neste transtorno (carga genética), uma vez que é comum que várias pessoas da mesma família sejam acometidas pelo problema (pais, avós, tios, irmãos).

Tratamento do TDA
Podemos dividi-lo em cinco etapas:
1. Diagnóstico: fazer o diagnóstico é o primeiro passo, pois acarreta alívio considerável à medida que o indivíduo se sente amparado: "finalmente tem um nome para toda essa confusão na minha vida";
2. Educação (Informação): quanto mais a pessoa aprende sobre o TDA, mais eficiente se torna a terapia;
3. Estruturação: ferramentas práticas como listas, agenda, lembretes, metas, planejamento do dia etc., podem reduzir bastante o caos interior de alguém com TDA, aumentando a produtividade e senso de controle da pessoa;
4. Psicoterapia: consiste num tipo de encorajamento organizado para que as pessoas com TDA prosperem. É como se o terapeuta fosse um "técnico" de um atleta esportivo (coaching);
5. Medicação: o remédio funciona como um par de óculos para uma pessoa míope. Ajuda a reduzir a sensação de turbilhão interior e a ansiedade. Pode proporcionar um alívio profundo e é bastante seguro quando usado de maneira apropriada.

Onde procurar o tratamento?
Como o diagnóstico do TDA se baseia, antes de tudo, na história do indivíduo, é importante que ele procure serviços médicos familiarizados com este transtorno e que exerçam a medicina ao velho estilo (ouvindo o histórico do paciente com atenção e dedicação), pois só assim se fará um diagnóstico correto e um tratamento adequado.

Critérios diagnósticos sugeridos para o TDA em adultos
Para facilitar a identificação do TDA na população adulta, a Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva sugere uma lista com cinquenta critérios, os quais envolvem não somente os sintomas primários do TDA (desatenção, hiperatividade e impulsividade) como também as situações secundárias que habitualmente advêm das dificuldades crônicas enfrentadas nos diversos setores da vida desse indivíduo.
Nota: Para se caracterizar um funcionamento cerebral TDA é necessário considerar a frequência e a intensidade com que as situações ocorrem e que, pelo menos, trinta e cinco das opções abaixo sejam positivas:

1º Grupo: Instabilidade da atenção
1. Desvia facilmente sua atenção do que está fazendo, quando recebe um pequeno estímulo. Um assobio do vizinho é suficiente para interromper uma leitura.
2. Tem dificuldade de prestar atenção à fala dos outros. Numa conversa com outra pessoa tende a captar apenas “pedaços” soltos do assunto.
3. Desorganização cotidiana. Tende a perder objetos (chaves, celular, canetas, papéis), atrasar-se ou faltar a compromissos, esquecer o dia de pagamento das contas (luz, gás, telefone, seguro).
4. Frequentemente apresenta “brancos” durante uma conversa. A pessoa está explicando um assunto e, no meio da fala, esquece o que iria dizer.
5.Tendência a interromper a fala do outro. No meio de uma conversa lembra-se de algo e fala sem esperar o outro completar o seu raciocínio.
6. Costuma cometer erros de fala, leitura ou escrita. Esquece uma palavra no meio de uma frase ou tem dificuldade em pronunciar palavras muito longas.
7. Presença de hiperfoco, ou seja, concentração intensa em um único assunto num determinado período. Um TDA pode ficar horas a fio no computador sem se dar conta do que acontece ao seu redor.
8. Dificuldade de permanecer em atividades obrigatórias de longa duração, como ouvir uma palestra ou assistir a um filme, cujos temas não lhe despertem interesse ou que não o faça entrar em hiperfoco.
9. Interrompe tarefas no meio. Um TDA frequentemente não lê um artigo de revista até o fim, ou ouve um CD inteiro.
 
2º Grupo: Hiperatividade física e/ou mental
10. Dificuldade em permanecer sentado por muito tempo. Durante uma palestra ou sessão de cinema costuma mexer-se o tempo todo na tentativa de permanecer em seu lugar.
11. Está sempre mexendo com os pés ou as mãos. São os indivíduos que têm os pés “nervosos”, girando suas cadeiras de trabalho, ou que estão sempre com suas mãos ocupadas, pegando objetos, desenhando em papéis ou ainda ajeitando suas roupas ou seus cabelos.
12. Constante sensação de inquietação ou ansiedade. Um TDA sempre tem a sensação de que tem algo a fazer ou pensar, de que alguma coisa está faltando.
13. Tendência a estar sempre ocupado com alguma problemática em relação a si ou com os outros. São as pessoas que ficam “remoendo” sobre suas falhas cometidas, ou ainda sobre os problemas de amigos ou conhecidos.
14. Costuma fazer várias coisas ao mesmo tempo. É a pessoa que lê e vê TV ou ouve música simultaneamente.
15. Envolve-se em vários projetos ao mesmo tempo. Um exemplo é a pessoa que tem várias ideias simultaneamente e acaba por não levar a cabo nenhuma delas, em função desta dispersão.
16. Às vezes se envolve em situações de alto risco em busca de estímulos fortes, como dirigir em alta velocidade.
17. Frequentemente fala sem parar, monopolizando as conversas em grupo. É a pessoa que fala sem se dar conta de que as outras pessoas estão tentando emitir suas opiniões. Além de disso, não percebe impacto que o conteúdo do seu discurso pode estar causando a outras pessoas.

3º Grupo: Impulsividade 
18. Baixa tolerância à frustração. Quando quer algo não consegue esperar, lança-se impulsivamente numa tarefa. Mas como tudo na vida requer tempo, tende a se frustrar e desanimar facilmente.
19. Costuma responder a alguém antes que este complete a pergunta. Não consegue conter o impulso de responder ao primeiro estímulo criado pelo início de uma pergunta.
20. Costuma provocar situações constrangedoras, por falar o que vem à mente sem filtrar o que vai ser dito. Durante uma discussão, um TDA pode deixar escapar ofensas impulsivas.
21. Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar por algo. Filas, telefonemas, atendimento em lojas ou restaurantes podem ser uma tortura.
22. Impulsividade para comprar, sair de empregos, romper relacionamentos, praticar esportes radicais, comer, jogar etc. É aquela pessoa que rompe um relacionamento várias vezes e volta logo depois, arrependida.
23. Reage irrefletidamente às provocações, críticas ou rejeição. É o tipo de pessoa que explode de raiva ao sentir-se rejeitada.
24. Tendência a não seguir regras ou normas preestabelecidas. Um exemplo seria o trabalhador que teima em não usar equipamentos de segurança, apesar de saber da importância destes.
25. Compulsividade. Na realidade a compulsão ocorre pela repetição constante dos impulsos, os quais, com o tempo, passam a fazer parte da vida dessas pessoas, como as compulsões por compras, jogos, alimentação etc.
26. Sexualidade instável. Tende a apresentar períodos de grande impulsividade sexual, alternados com fases de baixo desejo.
27. Ações contraditórias. Um TDA é capaz de ter uma explosão de raiva por causa de um pequeno detalhe (por mexerem em sua mesa de trabalho, por exemplo) numa hora e, poucos momentos mais tarde, ser capaz de uma grande demonstração de afeto, através de um belo cartão, flores ou um carinho explícito.
28. Hipersensibilidade. O TDA costuma melindrar-se facilmente. Uma simples observação desfavorável sobre a cor de seus sapatos é suficiente para deixá-lo internamente arrasado, sentindo-se inadequado.
29. Hiperreatividade. Esta é uma característica que faz com que o TDA se contagie facilmente com os sentimentos dos outros. Pode ficar profundamente triste ao ver alguém chorar, mesmo sem saber o motivo, ao mesmo tempo que pode ficar muito agitado ou irritado em ambientes barulhentos ou em presença de multidão.
30. Tendência a culpar os outros. Um TDA, muitas vezes, poderá culpar outra pessoa por seus fracassos e erros, como o aluno que culpa o colega de turma por ter errado em uma questão da prova, já que este colega estava cantarolando baixinho naquele momento.
31. Mudanças bruscas e repentinas de humor (instabilidade de humor). O TDA costuma mudar de humor rapidamente, várias vezes no mesmo dia, dependendo dos acontecimentos externos ou ainda de seu estado cerebral, uma vez que o cérebro do TDA pode entrar em exaustão, prejudicando a modulação do seu estado de humor.
32. Tendência a ser muito criativo e intuitivo. O impulso criativo do TDAé talvez a maior de suas virtudes. Pode se manifestar nas mais diversas áreas do conhecimento humano.
33. Tendência ao “desespero”. Quando se vê diante de uma dificuldade, o TDA tende a vê-la como algo impossível de ser transposto e, com isso, sente-se tomado por uma grande sensação de incapacidade. Sua primeira reação é o “desespero”. Só mais tarde consegue raciocinar e constatar o verdadeiro “peso” que o problema tem.

4º Grupo: Sintomas secundários
34. Tendência a ter um desempenho profissional abaixo do esperado para sua real capacidade.
35. Baixa autoestima. Em geral, o TDA sofre desde muito cedo uma grande carga de repreensões e críticas negativas. Sem compreender a razão disso, com o passar do tempo, ele tende a se ver de maneira depreciativa.
36. Dependência química. Pode ocorrer como consequência do uso abusivo e impulsivo de drogas durante vários anos.
37. Depressões frequentes. Ocorrem, em geral, por uma exaustão cerebral associada às frustrações provenientes de relacionamentos malsucedidos e fracassos profissionais e sociais.
38. Intensa dificuldade em manter relacionamentos afetivos.
39. Demora excessiva para iniciar ou executar algum trabalho. Estes fatos ocorrem pela combinação nada produtiva de desorganização aliada a uma grande insegurança pessoal.
40. Baixa tolerância ao estresse. Toda situação de estresse leva a um desgaste intenso da atividade cerebral. No caso de um cérebro TDA, este desgaste apresentar-se-á de maneira mais marcante.
41. Tendência a apresentar um lado “criança” que aparecerá, por toda a vida, na forma de brincadeiras, humor refinado, caprichos, pensamentos mágicos e intensa capacidade de fantasiar fatos e histórias.
42. Tendência a tropeçar, cair ou derrubar objetos. Isto ocorre em função da dificuldade do TDA de concentrar-se nos atos e de controlar ou coordenar a intensidade de seus movimentos.
43. Tendência a apresentar uma caligrafia de difícil entendimento.
44. Tensão pré-menstrual muito marcada. Ao que tudo indica, em função das alterações hormonais durante este período, que intensificam os sintomas do TDA. A retenção de líquido que ocorre durante os dias que antecedem a menstruação parece ser um dos fatores mais importantes.
45. Dificuldade em orientação espacial. Encontrar o carro no estacionamento do shopping quase sempre é um desafio para um TDA.
46. Avaliação temporal prejudicada. Esperar por um TDA pode ser algo muito desagradável, pois, em geral, sua noção de tempo nunca corresponde ao tempo real.
47. Tendência à inversão dos horários de dormir. Em geral adormece e desperta tardiamente, por isso alguns deles acabam viciando-se em algum tipo de hipnótico.
48. Hipersensibilidade a ruídos, principalmente se repetitivos.
49. Tendência a exercer mais de uma atividade profissional, simultânea ou não.
E, finalmente, o último critério, que não se enquadra em nenhum dos quatro grupos de sintomas, mas tem sua relevância confirmada pelos estudos que apontam participação genética marcante na gênese do TDA:
50. História familiar positiva para TDA.

Fonte: Mentes Inquietas: TDAH - desatenção, hiperatividade e impulsividade

Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva.
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