sexta-feira, 12 de junho de 2020





SOUZA, Vera Lúcia Pereira de Souza[1]
Resumo

O presente artigo tratou dos benefícios educacionais do Blog na educação blended learning – aprendizagem mista. Buscou-se compreender quanto a utilização dessa ferramenta de aprendizagem para a melhor aprendizagem de todos os alunos. Seguindo esse pensamento, abordou-se concepções sobre blended learning – aprendizagem mista que promova a inclusão e educação de qualidade. Assim, tomou-se como referência Bacich (2015) tratou da aprendizagem e do ensino com foco na educação hibrida, Abreu; Machado (2018) tratou da educação híbrida no ensino superior, Castro (2015) abordou o ensino híbrido – desafios na contemporaneidade, Marinho (2007) abordou blog na educação – manual básico, Menezes (2017) tratou de 5 motivos do professor ter um blog. Na conclusão do presente artigo destacou-se que, o professor não é mais o núcleo do mundo acadêmico, e é necessário que o mesmo se prepare para o fato de ele passar a ser a ligação que levará o aluno a novos jeitos de aprender/estudar, o professor passará a ser um agente impulsionador e precisará aprender/estudar junto com o aluno, e para que isto ocorra deverá a conhecer as várias estratégias de aprendizagem/conhecimento. Quanto a metodologia empregada no presente artigo foi a pesquisa bibliográfica, fundamentada na análise de leitura de textos dos autores supracitados.

Palavras Chaves: Blended learning. Blog. Educação.

Abstract

This article deals with the educational benefits of the Blog in blended learning - mixed learning. We sought to understand how to use this learning tool for the best learning of all students. Following this thought, we approached concepts about blended learning - mixed learning that promotes inclusion and quality education. Thus, Bacich (2015) was taken as a reference and dealt with learning and teaching with a focus on hybrid education, Abreu; Machado (2018) addressed hybrid education in higher education, Castro (2015) addressed hybrid education - contemporary challenges, Marinho (2007) addressed blog in education - basic manual, Menezes (2017) addressed 5 reasons for the teacher to have a blog . At the conclusion of this article, it was highlighted that, the teacher is no longer the nucleus of the academic world, and it is necessary that he prepare himself for the fact that he becomes the link that will take the student to new ways of learning / studying , the teacher will become a driving agent and will need to learn / study together with the student, and for this to happen, he / she will need to know the various learning / knowledge strategies. As for the methodology used in this article, it was bibliographic research, based on the analysis of reading of texts by the aforementioned authors.

Key words: Blended learning. Blog. Education.

INTRODUÇÃO


            Este artigo aborda o tema: Blog: Uma Opção para a Aprendizagem Blended Learning – Aprendizagem Mista, tem como foco as possibilidades de utilização do Blog na educação, por meio de aprendizagem Blended Learning, favorecendo o processo de aprendizagem para todos os alunos, pois, a criação de um blog educacional é a ocasião de disponibilizar na internet, toda a produção feita no transcorrer de um ano letivo, trocar experiências com outros colegas, fazer interação e, com isso enriquecer sua prática educacional, expandir o campo de conhecimento dos alunos, empregando as tecnologias a favor da construção da aprendizagem como um todo.

            Os blogs educativos são páginas simples, que levam vantagem sobre as home pages pela facilidade de criação e publicação, já que hoje em dia não é necessário conhecimento elaborado em programação para criá-los e atualizá-los. Além disso, os blogs divulgam, em tempo real, e permitem a interação com qualquer pessoa do mundo que esteja conectada.

            Ante um sistema educacional que contém em seu projeto político pedagógico, os fundamentos de uma educação de qualidade, este estudo justifica-se pela precisão de explanar os benefícios do Blog Educacional, apoiado pela educação híbrida, em favorecimento de uma educação de qualidade para todos os alunos.

            O presente artigo adotou como metodologia aplicada na pesquisa, no estudo bibliográfico, para identificar importância do blog educacional na educação Blended Learning, proporcionando uma educação de qualidade para todos os alunos. Tendo como base principal os registros de estudos feitos por vários autores sobre blog educacional, na educação mista. Ainda o presente artigo sobre a importância do blog educacional, demanda a montagem de uma sequência de elementos de aprendizagem, mas a simples construção adicional de conteúdos sem procedimentos deve ser analisada e pensada, pois, o blog educacional não é saída para resolver todos os problemas educacionais, em sala de aula, mas pode funcionar como um instrumento de contribuição da aula presencial, uma ferramenta virtual de aprendizagem a mais.

MÉTODO


            O presente artigo foi realizado a partir de revisão bibliográfica disponibilizada na disciplina de Cultura e Evolução da Tecnologia Educacional – MUST University – Flórida – USA.

            A metodologia do presente artigo foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica sobre Blog: Uma Opção para a Aprendizagem Blended Learning – Aprendizagem Mista, como o favorecimento do processo de ensino/aprendizagem que atenda todos os alunos.

            Na revisão de bibliografia, com intuito de aprofundar o conhecimento a respeito do Blog Educacional e a educação Blended Learning foram abordados os temas blog na educação, aprendizagem mista, onde a utilização do mesmo favorece uma aprendizagem para todos os alunos e, em especial no momento de pandemia que se encontra o Planeta Terra atualmente, ainda, conforme os autores pesquisados relatam que,  o blog educacional é uma ferramenta interativa, que possibilita aos alunos e professores noticiar suas produções e interagir com outras pessoas, tornando-se autores, construtores de conhecimento, constituindo redes virtuais de aprendizagem, as quais empregam estratégias comuns para elaboração de projetos colaborativos.


DESENVOLVIMENTO


            Nos materiais postados na Plataforma de Aprendizagem do Mestrado em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST – Flórida – USA, da disciplina Cultura e Evolução da Tecnologia Educacional, explanou a importância da utilização, na educação, do Blog Educacional, pois, percebe-se que o mesmo favorece a aprendizagem, por meio Blended Learning, de todos os alunos.


Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Agora esse processo, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: trata-se de um ecossistema mais aberto e criativo. O ensino também é híbrido, porque não se reduz ao que planejamos institucionalmente, intencionalmente. Aprendemos através de processos organizados, junto com processos abertos, informais. Aprendemos quando estamos com um professor e aprendemos sozinhos, com colegas, com desconhecidos. Aprendemos intencionalmente e aprendemos espontaneamente.
Falar em educação híbrida significa partir do pressuposto de que não há uma única forma de aprender e, por consequência, não há uma única forma de ensinar. Existem diferentes maneiras de aprender e ensinar. O trabalho colaborativo pode estar aliado ao uso das tecnologias digitais e propiciar momentos de aprendizagem e troca que ultrapassam as barreiras da sala de aula. Aprender com os pares torna-se ainda mais significativo quando há um objetivo comum a ser alcançado pelo grupo. (Bacich, 2015, p. 1).



            Assim, blog consiste numa página de simples divulgação de textos e imagens em ordem cronológica, permitindo comentários dos usuários. Ainda, para ter um blog, basta cadastrar uma conta de e-mail em um provedor (diversos deles dão o serviço gratuito), preencher algumas informações e pronto; em poucos minutos, sem ter maiores conhecimentos de programação, qualquer pessoa pode publicar suas opiniões, trabalhos para o mundo. (Marinho, 2007).


Hoje em dia há uma série de ferramentas digitais disponíveis das quais podemos lançar mão e uma delas é o blog. Blogs são sites na internet onde diversos conteúdos são publicados: textos, vídeos, imagens, músicas e links.
Não é preciso se tornar um especialista da blogosfera, mas é importante estar com disposição para ser um professor facilitador das novas experiências, compartilhando informações, conteúdos e promovendo uma aprendizagem mais significativa. Há excelentes sites e vídeos tutorias na internet e até mesmo cursos gratuitos que ensinam a montar um blog.
É certo que com isso o docente estará criando uma rede de relacionamentos e um canal de comunicação com os estudantes deixando-os mais próximos do processo de ensino-aprendizagem. O importante é dar o primeiro passo nessa direção. (Menezes, 2017, p. 1).


            Os blogs educativos podem tratar sobre variedades temas como notícias, literatura, relatos, debates, histórias colaborativas, registros, enfim, inúmeras possibilidades. Frequentemente a interação se dá por meio do acesso a outros blogs, os quais costumam ser linkados na página, promovendo a navegação. (Marinho, 2007).
            O visitante do blog pode cooperar participando das discussões propostas, fazendo as atividades solicitadas e enviando as mesmas, por e-mail ou outro meio eletrônico que ele possuir. E sempre retomando as discussões, considerando os comentários feitos. Deste modo acontece a aprendizagem pela interação. O blog surge como uma ferramenta que pode viabilizar a comunicação da escola com o mundo, contextualizando a aprendizagem por meio da interação. (Marinho, 2007; Souza, 2011).


Com os novos meios de comunicação e de acesso à informação a educação se transformou, os processos educativos tomaram novos rumos. Esse contexto está exigindo que educação escolar seja retirada da redoma protegida do processo de ensino-aprendizagem tradicional. Hoje exige-se que as portas da escola se abram às novas formas de acesso a informação, o que provoca mudanças nas relações e nos papéis exercidos pelos professores e alunos.
Por mais que os professores resistam, as tecnologias avançam para os meios escolares, ou acadêmicos. Assim, tanto os alunos quanto os professores passam a fazer parte deste novo contexto de aprendizagem. Não se pode negar que é uma forma de aprendizagem interativa onde o desafio está em como filtrar o excesso de informações e o que fazer com elas. Neste contexto a responsabilidade com o processo de ensino e aprendizagem passa a ser dividida igualitariamente. (Castro, 2015, p. 5).


            Marinho (2007) e Souza (2011), destacam vários benefícios do blog educacional, tais como:
            - Aproximar professores e alunos: Os estudantes tendem a se aproximar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores apresentam um ambiente a mais para encaminhar o aluno.

            - Permitir maior reflexão sobre o conteúdo: Quando o professor blogueiro divulga sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete a respeito de seu trabalho e faz os alunos refletir mais sobre o tema recomendado.

            - Manter o professor atualizado: O professor blogueiro procura em outros sites e blogs dados para compartilhar com os alunos. Isso o põe em constante reciclagem.

            - Indicar uma atividade fora do horário de aula: O estudo não fica reservado à sala de aula. Com o blog, o professor estimula os alunos a analisar mais. Eles procuram no blog desafios, exercícios e gabaritos.
            - Trazer experiências de fora da escola: O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até outros países contribuírem. Isso aumenta a visão de mundo da turma.

            - Divulgar o trabalho do aluno e do professor: As produções do aluno ou do professor podem ser vistas, interpretadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um estímulo para alunos e professores se dedicarem.

            - Ensinar linguagem digital: Ao montar blogs, alunos e professores passam por um procedimento de “alfabetização digital”. Aprendem a fazer downloads e outros recursos para navegar com facilidade.


Novas metodologias de ensino chegam à linha de ponta a todo tempo, trazendo inovações para alicerçar o processo de conhecer e aprender. A figura central do professor nesse processo sempre será objeto de estudos. O docente não mais detém a fonte do saber, mas, sim, se constitui como um sujeito capaz de contribuir para as interfaces entre o aluno, conhecimento, metodologias de ensino, pedagogias significativas e inovadoras, envolvendo naturezas complexas sempre no sentido de gerir novas e melhores formas para ensinar e aprender. (Abreu; Machado, 2018, p. 2).



            Assim, para que exista a possibilidade de implantação do ensino híbrido é necessário quebrar os empecilhos internos do ensino clássico. É necessário ter cuidado para que o ensino híbrido não vire um modismo que, se esvazia quando não existe coerência teórica que o apoie. Necessitamos incentivar os professores a fazer as experiências de sala de aula invertida e juntamente com isso investigar as reações e os efeitos destas atuações. (Abreu; Machado, 2018).


            As tecnologias móveis e em rede permitem não só ligar todos os ambientes, mas também organizar políticas diferenciadas de organização de metodologias de ensino-aprendizagem ajustados a cada situação, para os que são mais proativos e aos mais passivos; aos muito rápidos e aos mais lentos; aos que necessitam de muita tutoria e acompanhamento e aos que conseguem estudar sozinhos. (Bacich, 2015).


CONCLUSÃO


            Por meio da pesquisa bibliográfica, compreende-se que os blogs educativos são páginas simples, que levam vantagem sobre as home pages pela facilidade de criação e publicação, já que hoje em dia não é necessário nenhum conhecimento em programação para criá-los e atualizá-los. Além disso, noticiam ideias em tempo real e permitem a interação com qualquer pessoa do mundo que esteja conectada.

            Percebe-se que por meio da utilização do blog educacional, os alunos serão mais participativos e interativos, algumas vezes, mais do que na própria sala de aula, pois eles poderão sugerir conteúdos para serem estudados, poderão apresentar seus trabalhos para serem avaliados pelo professor e por outros colegas de estudo, poderão defender ideias que serão comentadas e desenvolvidas, assumindo uma ação mais participativa e atuante durante o procedimento de aprendizagem.

            Ainda, sabe-se que o blog educacional não é a saída para resolver as dificuldades, em sala de aula, do mesmo modo não deve assumir o espaço da aula presencial, mas, pode funcionar como um meio de apoio da aula presencial, uma ferramenta educacional a mais para a aprendizagem dos alunos.

            Observa-se, que a educação à distância mediada pelo blog educacional, por meio da educação híbrida, não deve ser encarada como um instrumento para remediar dificuldades educacionais, pois só ela não será a solução dos problemas educacionais da população, mas, sim um instrumento para ser utilizado em conjunto com a educação presencial.

            Ficou bem destacado nos materiais proporcionado pela disciplina Cultura e Evolução da Tecnologia Educacional, que o professor não é mais o núcleo do mundo acadêmico e é necessário que o professor se prepare para o fato de ele passar a ser a ligação que levará o aluno a novos jeitos de aprender/estudar, ainda, o professor passará a ser um agente impulsionador e precisará aprender/estudar junto com o aluno, e para que isto ocorra deverá a conhecer as várias estratégias de aprendizagem/conhecimento, para melhor conduzir o trabalho acadêmico e favorecer uma educação de qualidade para todos.

            Finalizando, sabe-se que ao gerenciar os benefícios que o blog educacional, utilizando o hibridismo, oferece e reconhece os melhores meios para realizar as atividades acadêmicas, e, todos os alunos terão condições de conquistar um espaço educacional hibrido que, dará condições a todos os alunos de conquistarem um ambiente tranquilo, com pessoas saudáveis e responsáveis. Ainda, a mudança de atitude e costumes induze as pessoas a modificarem a maneira de ser e, a querer adquirir novas habilidades para pôr em prática o que se estuda/aprende.



 REFERÊNCIAS

Abreu, Zilpa Helena Lovisi de; Machado, Annaelise Fritz. (2018). A Educação Híbrida no Ensino Superior: uma abordagem ao Modelo de Ensino Estácio-Brasil. Estação Científica - Juiz de Fora, nº 19, janeiro – junho / 2018. Disponível em: . Acesso em: 15 maio. 2020.


Bacich, Lilian; Moran, José. (2015). Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, nº 25, junho, 2015, p. 45-47. Disponível em: . Acesso em: 15 maio. 2020.


Castro, Eder Alonso et al. (2015). Ensino híbrido: desafio da contemporaneidade? Periódico Científico Projeção e Docência, v. 6, n. 2, p. 47-58, 2015. Disponível em: . Acesso em: 15 maio. 2020.


Marinho, Simão Pedro P. (2007). Blog na educação & manual básico do blogger. Disponível em: . Acesso em: 14 maio. 2020.


Menezes, Clarice.  (2017). Professor, 5 Motivos para você ter um Blog. Disponível em: . Acesso em: 14 maio. 2020.


Souza, Vera Lúcia Pereira de. (2011). Blogs, Interatividade a Serviço do Ensino. Curso de Capacitação de Tutores - Estudo de Caso. Disponível em: . Acesso em: 17 maio. 2020.







[1]Graduada em: Ciências Física e Biológica – Habilitada em Matemática; Artes Visuais e Pedagogia. Bacharel em Serviço Social. Especialista em Mídias Integrada a Educação, Gestão Escolar e Múltipla Deficiência. Psicopedagoga Institucional e Clínica. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST UNIVERSITY– Florida – USA. 2020. Trabalho apresentado a Disciplina de: Cultura e Evolução da Tecnologia Educacional. 06/2020. E-mail: .   


segunda-feira, 6 de abril de 2020

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: EDUCAÇÃO PARA TODOS.



EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA:
EDUCAÇÃO PARA TODOS.
SOUZA[1], Vera Lúcia Pereira de.
RESUMO
O presente trabalho pretende abordar a importância das teorias de aprendizagem para o planejamento de um ambiente de aprendizagem virtual; o perfil dos alunos e os estilos de aprendizagem que apresentam; as metodologias ativas e as propostas de blended learning e Flipped Classroom; e, a organização da equipe multidisciplinar. Ainda o presente trabalho aborda que o ensino EaD baseia-se no princípio de que qualquer ser humano tem condições de instruir-se por si só (autoaprendizagem) desde que tenha acesso a materiais de ensino de alta categoria pedagógica e de maneira satisfatória compreensíveis e atrativos. Acolhem aluno/adultos que, na maioria das ocasiões, encontram-se no mercado de trabalho e procuraram ampliação profissional. Na Conclusão o presente trabalho relata que, a EaD com o subsídio de tecnologias permiti metodologias pedagógicas de qualidade, que estimulem a curiosidade, a capacidade criadora, a autonomia e o pensamento crítico dos alunos, apreendendo, facilmente, que em qualquer modalidade educacional, só pode existir um trabalho de qualidade se existir empenho dos sujeitos envolvidos. Quanto a metodologia empregada no presente trabalho é a pesquisa bibliográfica, baseada na análise de leitura de textos de vários autores.

Palavras-Chaves: Tecnologia Educacional. Teoria da Aprendizagem. Blended learning. Flipped Classroom

ABSTRACT
The present work intends to approach the importance of the theories of learning for the planning of a virtual learning environment; the profile of the students and the learning styles they present; the active methodologies and the proposals of blended learning and Flipped Classroom; and, the organization of the multidisciplinary team. The present study also addresses the fact that EaD education is based on the principle that every human being is capable of self-education (self-learning) as long as he has access to teaching materials of a high pedagogical nature and in a satisfactory and comprehensible and attractive way . They welcome students / adults who, for the most part, are in the job market and looking for professional growth. In the Conclusion, the present study reports that, with the subsidy of technologies, quality pedagogical methodologies that stimulate the students' curiosity, creative capacity, autonomy and critical thinking, are easily apprehended that in any educational modality, only there may be quality work if there is commitment of the individuals involved. The methodology used in the present work is the bibliographical research, based on the analysis of reading texts of several authors.

Keywords: Educational technology. Theory of Learning. Blended learning. Flipped Classroom.

1 – INTRODUÇÃO

            É essencial que o professor conheça as possibilidades do recurso tecnológico, a fim de usá-lo como ferramenta para aprendizagem. Caso antagônico, não é admissível saber como um recurso pode ajudar na metodologia de ensino e aprendizagem. No entanto, isso não denota que o professor necessita se tornar um especialista, mas que é mister conhecer as potencialidades das ferramentas e saber utilizá-las para aprimorar a prática de sala de aula.
            É necessário que o professor compreenda as modificações que estão acontecendo no mundo e a necessidade de a escola seguir esse processo. Além disso, é necessário que ele compreenda que o perfil de sua profissão vem passando por modificações. Hoje em dia, é necessário examinar os paradigmas e estar credenciado a lidar com as transformações na forma de produzir, registrar e comunicar o conhecimento que dão procedência a novas formas de fazer, pensar e instruir-se. Deste modo, é essencial que o professor encontra-se preparado a aprender sempre, não tenha medo de conhecer e errar enquanto instruir-se que se coloque no papel de problematizador de conteúdos e atividades, em vez de permanecer no papel de transmissor de informação, e amplie sua competência reflexiva, autonomia e posturas crítica e cooperativa, para conseguir mudanças educacionais expressivas e combinadas com as necessidades atuais.
Assim, o presente trabalho faz um breve relato sobre a importância das teorias de aprendizagem para o planejamento de um ambiente de aprendizagem virtual; o perfil dos alunos e os estilos de aprendizagem que apresentam; as metodologias ativas e as propostas de blended learning e Flipped Classroom; e, a organização da equipe multidisciplinar.
            E, por fim, por meio de leitura dos artigos propostos, procura-se demonstrar que o professor carece estar acessível às mudanças e buscar adequar às metodologias segundo a realidade em que se está inserida. Saber gerenciar os melhoramentos que o ambiente de aprendizagem virtual proporciona e, distinguir os melhores meios para realizar as atividades produzirão condições a todos de conquistar um ambiente de aprendizagem saudável e responsável. A transformação de postura e estilos, leva os seres humanos a alterar o costume de ser e, a querer adquirir novas capacidades para colocar em exercício o que se aprende.

2 - DESENVOLVIMENTO – REVISÃO LITERÁRIA

            Acatar uma determinada estratégia, escolher ir por certo caminho e escolher entre uma ou outra possibilidade demonstra um jeito próprio e particular de lidar com as informações. Como se dá a aprendizagem do ser humano, entender como as pessoas organizam e processam as informações é uma das possibilidades de conhecer como ela adquire conhecimentos. Díspares pressuposições teóricas podem explanar o fenômeno da aprendizagem humana, como a Teoria das Inteligências Múltiplas, a Teoria dos Estilos Cognitivos, bem como a Teoria dos Estilos de Aprendizagem. (NATEL; TARCIA; SIGULEM, 2013).
            Assim, Teoria das Inteligências Múltiplas, pode desenvolver avaliações de acordo com as díspares habilidades humanas, bem como uma educação com currículo especial, centrado na precisão de cada aluno. Essas perspectivas teóricas calham com os desafios da educação atual, na medida em que considera os envolvidos na metodologia de aprender e de ensinar, quando: se conhece os estilos cognitivos dominantes que podem influenciar o modo de aprender, de ensinar e a interação do aluno com o professor; se acatadas a habilidade/inteligência prevalente e a abordagem do ensino está em conformidade com as potencialidades particulares, os alunos podem aprender melhor; se conhece os estilos de aprendizagem que admitem planejar e aplicar estratégias de ensino centralizadas no aluno e proporciona direções para a individualização do ensino. (NATEL; TARCIA; SIGULEM, 2013).
            Se na contemporaneidade a educação procura compreender e respeitar a heterogeneidade humana, então, é indispensável que exista relação das atitudes de ensinar dos professores aos jeitos de aprender dos alunos, que pode ser obtida ao se considerar a Teoria das Inteligências Múltiplas, a Teoria dos Estilos Cognitivos, bem como a Teoria dos Estilos de Aprendizagem, que em suas conjecturas assinalam para a singularidade da aprendizagem humana. (NATEL; TARCIA; SIGULEM, 2013).
            Assim, a Educação a Distância - EaD desenvolve-se como uma proposta apropriada no combate de problemas educativos nacional, a exemplo da dificuldade dos alunos no acompanhamento das aulas presenciais, devido o distanciamento dos centros urbanos, e de acordo com essas dificuldades que os gestores educacionais desenvolvem os cursos, com a finalidade de promover o procedimento de ensino e aprendizagem dos estudos. (BIANCHI; JACOBSON; COSTA, 2010).
            Logo, é necessário um planejamento e uma análise prévia dos recursos que serão disponibilizados, a saber: escolha dos principais recursos, com vista a ajudar um procedimento de aprendizagem reflexivo e participativo; utilização somente de mecanismos cujo funcionamento estão em perfeita ordem para efetivação do curso; nitidez e simplicidade da interconexão gráfica, já que o ambiente aceita numerosas formas de organização da tela; e identidade da interface para todos os cursos. (BIANCHI; JACOBSON; COSTA, 2010).
            Portanto, a necessidade de aperfeiçoar e de tornar mais competente o procedimento educativo torna o conhecimento dos estilos de aprendizagem um fator decisivo para auxiliar no aprimoramento do ensino. Perceber os instrumentos que são usados nas práticas de pedagógica é essencial para incorporá-los de maneira competente em sala de aula, trabalhando seus pontos fortes e disseminando as afinidades e diferenças entre eles. (SCHMITT; DOMINGUES, 2016).
            Assim, os modelos de estilos de aprendizagem utilizam várias dimensões equivalentes, e, os mesmos se limitam a circunstâncias de aprendizagem em sala de aula. Cada modelo tem sua própria significação do estilo de aprendizagem. O modelo de Kolb[2] é um modelo experimental. O Modelo Gregorc[3], ainda surgindo do trabalho de Kolb, é uma amostra fenomenológica. VARK[4] é um modelo sensorial/percepção. O Felder-Silverman[5] combina partes do experiencial, da fenomenologia, e do sensorial. E o modelo de Dunn e Dunn[6] combina informações de todos os quatro anteriores. Nenhum instrumento pode apreender toda a riqueza do estilo de aprendizagem. Ao apresentar os modelos de estilos de aprendizagem, os alunos desenvolvem suas habilidades alinhadas a cada tipo de estilo de aprendizagem. (SCHMITT; DOMINGUES, 2016).
            Portanto, o modelo de estilo de aprendizagem Dunn e Dunn tem as dimensões mais compreensivas de todas as escalas de estilo de aprendizagem propostas, logo tem o potencial para gerar profundidade nas descobertas em estudos sobre o efeito dos estilos de aprendizagem. O emprego de um ou mais estilos de aprendizagem dão apoio para se criar as atividades de aprendizagem. Têm outros modelos de estilo de aprendizagem disponíveis para se adquirir mais conhecimentos. Por isso, a maioria dos autores têm usado informações para expandir a gama de atividades dos estilos de aprendizagem para apoiar os alunos e torná-los mais competentes no uso dos estilos de aprendizagem. (SCHMITT; DOMINGUES, 2016).
            De forma geral, a literatura especializada distingue positivamente o uso de metodologias ativas, assumindo-as não mais como um modismo, mas como um aprendizado educativo inovador que atende às Diretrizes Curriculares Nacionais. As metodologias ativas são capazes de promover o procedimento de educação – aprendizagem satisfatório em cursos a distância. Mas, para que isso incida, é imprescindível que todos os envolvidos no processo compreendam o sentido das metodologias ativas empregadas e confiem na sua potencialidade pedagógica. (FONSECA; MATTAR NETO, 2017).
            É necessário também apreender que as metodologias ativas, mais do que um modismo momentâneo, vão ao encontro das Diretrizes Curriculares Nacionais, [...] que consideram como atuações indispensáveis para o desenvolvimento de propriedades à formação profissional, a utilização de estratégias pedagógicas que articulem o saber fazer e o saber viver, visando desenvolver o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a fazer, o aprender a viver conectados e o aprender a conhecer. (FONSECA; MATTAR NETO, 2017).
            Então, a provocação que se apresenta nessa balança de pontos fortes/fracos é conseguir agregar propriedades das metodologias ativas com os benefícios e recursos dos ambientes virtuais de aprendizagem e das TICs. (FONSECA; MATTAR NETO, 2017).
            As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação - TDIC proporcionam extraordinárias transformações na educação a distância, que até o início da década de 80 era fundamentada no material impresso produzido e enviado aos alunos. Com as tecnologias foram criadas diversas modalidades de ensino a distância, inclusive o blended learning, que combina atividades presenciais e atividades educacionais a distância, efetivadas por meio das TDIC. (VALENTE, 2014).
            Tem díspares maneiras de combinar as atividades presenciais e a distância, sendo a sala de aula invertida ou fipped classroom uma delas, onde o conteúdo e as instruções sobre uma determinada matéria curricular não são comunicados pelo professor em sala de aula, assim, o aluno pesquisa o material antes de ele frequentar a sala de aula, que passa a ser o ambiente de aprender ativamente, realizando atividades de resolução de problemas ou projetos, discussões, laboratórios, assim por diante, apoiado pelo professor e colaborativamente os colegas. (VALENTE 2014).
            Logo, essa abordagem pedagógica está baseada em várias teorias e concepções sobre aprendizagem que, indicam que os resultados educativos podem ser muito mais prósperos do que o procedimento de educação tradicional, que é fundamentado em aulas expositivas. O importante é que o sistema educacional superior se aproprie dessas ideais e as transforme em uma prática educativa e social bem-sucedida para todos, especialmente para os professores e alunos. (VALENTE 2014).
            Os relacionamentos entre professor e alunos em EaD devem ter enfoco no papel da educação, qual seja o de auxiliar a aluno a fortalecer-se como ser pensante, construtor do seu viver e da sociedade que o abriga; a atuar de forma responsável como aluno, como cidadão e como alguém que procura sentido para sua essência. (VERGARA, 2007).
            Vivemos em uma sociedade apressada, fugaz, vale a pena envidar esforços para o fortalecimento da atenção, do cuidado e da consciência, a fim de que façamos da EaD mais uma ajuda para nos tornarmos melhores pessoas e melhores coletividades. (VERGARA, 2007).
            Assim, existe um estreito pacto entre a teoria e a prática. Percebe-se a superação da prática centralizada na mera comunicação de conteúdos para uma prática consolidada numa relação horizontalizada, onde tanto professor como aluno adotam o papel de atores e autores. (ARAUJO; CARVALHO, 2008).
            A construção partilhada do conhecimento fica comprovada no encaminhamento das atividades de pesquisa em que a participação de outros agentes sociais é chamada, logo, a modalidade a distância que, se apresenta atualmente é uma alternativa de democratização do ensino superior. (ARAUJO; CARVALHO, 2008).
            Portanto, à medida que o tempo passa a educação à distância vem ocupando o seu espaço. Para garantir a qualidade do ensino nesta modalidade, o Ministério da Educação organizou referenciais para que as instituições possam se guiar. Entre essas referências, está concepção da “Equipe Multidisciplinar”, que irá desenvolver o projeto e executar os demais procedimentos no desenvolvimento e cumprimento dos cursos. (FAGUNDES, 2010).
            Por exercer um papel fundamental na EaD, a Equipe Multidisciplinar deve ser atenciosamente formada para que possa cumprir seu papel com eficácia. A equipe multidisciplinar é essencial no desenvolvimento dos cursos na modalidade à distância, e deve ser seguida como condição sine qua non para concepção dos cursos na modalidade EaD. (FAGUNDES, 2010).
             Portanto, a gestão na educação à distância mostra-se importantíssima para que a equipe multidisciplinar possa trabalhar de forma apropriada, notando cada fase deste complexo mecanismo que é a implementação de um curso na modalidade à distância fazendo-o evoluir em concordância, podendo alcançar seu desígnio: a aprendizagem. (FAGUNDES, 2010).
CONCLUSÃO

            A autonomia do professor como intelectual crítico, o que demanda posicionamento teórico e a problematização das parcialidades em presença do experimento de outros. A autonomia é uma metodologia sucessiva de abrangência e de alteração das diferenças entre o aprendizado diário e as pretensões sociais e educativas de um ensino conduzido pelos valores da justiça, equidade e democracia.
            Outra particularidade é a autoaprendizagem, um conceito importante para a EaD. Questão relativamente nova no campo da educação, pela apresentação da intersubjetividade pessoal entre professores e aluno. Na EaD, o sucesso do aluno carece, muitas vezes, da sua motivação e das qualidades de estudo.
            Na autoaprendizagem é necessário o envolvimento do aluno com o documento (módulos produzidos e vídeos), no argumento (escola) e com vista ao aproveitamento (atividades em classe) onde a afinidade com o texto e argumento a autoaprendizagem se concretiza.
            Por fim, atentando para as possibilidades de que a EaD, com o auxílio de tecnologias permiti metodologias pedagógicas de qualidade, que estimulem a curiosidade, a capacidade criadora, a autonomia e o pensamento crítico dos alunos, apreendendo, facilmente, que em qualquer modalidade educacional, só pode ter um trabalho de qualidade se existir comprometimento de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, Maria Dalva de Oliveira; CARVALHO, Ana Beatriz Gomes. O sociointeracionismo no contexto da EAD: a experiência da UFRN. 2008. Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2019.

BIANCHI, Isaias Scalabrin; MORÉ, Rafael Pereira Ocampo; JACOBSON, Alessandra de Linhares; COSTA, Alexandre Marino. Gestão de Ambientes Virtuais no Desenvolvimento de Cursos na Educação a Distância. VIII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – SEGeT. 2010. Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2019.

FAGUNDES, Ana Paula Coe. O papel da equipe multidisciplinar na implementação de cursos na Educação à Distância. Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Educação a Distância da UFSM - EAD Projeto Universidade Aberta do Brasil Especialização em Tecnologias da Comunicação Aplicadas a Educação. 2010.  Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2019.

FONSECA, Sandra Medeiros; MATTAR NETO, João Augusto. Metodologias ativas aplicadas à educação a distância: revisão de literatura. Revista EDaPECI São Cristóvão (SE) v.17. n. 2, p. 185-197 mai./ago. 2017. Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2019.

NATEL, maria Cristina; TARCIA, Rita Maria Lino; SIGULEM, Daniel. A aprendizagem humana: cada pessoa com seu estilo. Rev. Psicopedagogia 2013; 30(92): 142-8. Disponível em: . Acesso em: 03 mar. 2019.

SCHMITT, Camila da Silva; DOMINGUES, Maria José Carvalho de Souza. Estilos de aprendizagem: um estudo comparativo. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 21, n. 2, p. 361-385, jul. 2016. Disponível em: .  Acesso em: 04 mar. 2019.

VALENTE, José Armando. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 4/2014, p. 79-97. Editora UFPR. Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2019.

VERGARA, Silvia Constant. Estreitando relacionamentos na educação a distância. Cadernos EBAPE.BR – Volume V – Edição Especial – Janeiro 2007. Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2019.




           











[1] Mestranda em Tecnologias Emergente em Educação. MUST- University – Florida – USA. 2019.
[2] O Ciclo de Aprendizagem de Kolb é um modelo de representação de como as pessoas aprendem, tendo como base um ciclo contínuo de 4 estágios. Fonte: .
[3] Estilo de aprendizagem consiste em comportamentos distintos que servem como indicadores da maneira como uma pessoa aprende e se adapta ao seu ambiente. Fonte: .
[4] São quatro categorias que refletem as experiências dos estudantes, são elas: visual, auditiva, leitura/escrita e sinestésico, por isso, o nome VARK (visual, aural, read-write e kinesthetic). Fonte: .
[5] Entendem o processo de aprendizagem como um processo que envolve duas etapas: a recepção e o processamento da informação. Fonte: .
[6] É a maneira pela qual os indivíduos respondem a estímulos ambientais, emocionais, sociológicos e físicos. Fonte: .