segunda-feira, 30 de maio de 2011

RELATÓRIO DO 8º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009

RELATÓRIO DO 8º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009
Relatório de Atividades
Proponente: Vera Lúcia Pereira de Souza

   Título do evento: Educação Profissional para alunos com deficiência intelectual significativa

  Local de realização: NRE: Assis Chateaubriand; Município: Nova Aurora; Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”

   Encontro nº: 08

   Data do Encontro: 20/10/2010



ETAPA 8


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS


No dia 20/10/2010, aconteceu o oitavo encontro do Grupo de Apoio a Implementação do Projeto na Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”. A professora PDE/09 Vera Lúcia iniciou a primeira atividade com a apresentação do Filme “Janela Indiscreta”. Muitas vezes, a vida nos prega peças terríveis e nos força a buscar sentidos para as tragédias. Uma pessoa com deficiência sempre se mostra mais forte do que os infortúnios impostos pelo destino. Christopher Reeve, o ator que representou o memorável Super-Homem nos filme de Hollywood, foi um modelo vivo de coragem e superação das dificuldades mais atrozes. A dignidade e a força demonstradas por ele são admiradas até hoje por todos os que seguiram sua história que, por sinal, foi tão fascinante quanto dramática. Como todos têm conhecimento, o ator ficou tetraplégico depois de uma queda de cavalo em 1995. Reeve apregoou detalhes dolorosos dos períodos que sobrevieram o acidente. A própria mãe do ator recomendou à equipe médica que desligasse os aparelhos que o mantinha respirando, tal era a agonia vivenciada por ele. O ator descreve ao mesmo tempo em que a grande coragem para batalhar pela sobrevivência veio da ajuda integral de sua esposa e da lembrança de seus filhos.
Atualmente, Reeve ainda é respeitado como um exemplo não só para as pessoas com deficiência de todo o mundo, mas também para a maioria das pessoas que têm por costume fazer crítica da vida a todo o momento. Durante os nove anos em que o ator viveu, depois o acidente, ele conseguiu redirecionar sua vida. Ao oposto do esperado, Reeve manteve suas atividades profissionais a todo o gás, com sua agenda sempre lotada, de 1995 a 2004, quando faleceu devido a um ataque cardíaco. Nesse período, ele registrou sua autobiografia; administrou o elogiadíssimo filme In the Gloaming (“No anoitecer”), produzido para a HBO; deixou seu sinal na concorrida calçada da fama; atuou no remake do clássico “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock; e ainda comandou inúmeras campanhas de arrecadamento de fundos para pesquisas pautadas às danos de coluna. Por meio do personagem, Reeve põe a platéia em seu mundo de cadeiras-de-rodas com controle por meio de sopros e de tecnologia de acionamento de diversos aparelhos com a voz, para afazeres como atender ao telefone e abrir portas.
A esperança de voltar a caminhar era tanta que Reeve chegou a estipular até mesmo um tempo determinado para que isso ocorresse. Sua confiança de que se recuperaria era tanta que o induziu a viver depois do acidente de modo intenso e muito melhor do que qualquer médico poderia presumir. Sua dedicação aos programas de reabilitação impressionava os profissionais abrangidos em sua recuperação. O verdadeiro Super-Homem é Christopher Reeve, e não o jornalista Clark Kent. Pessoas como ele nos expõem a força que há no ser humano para aniquilar todas as barreiras e previsões negativas. Problemas, todos têm. Contudo, a maior desgraça inicia quando a pessoa se considera vítima da fatalidade. Aí, despertar se converte num pesadelo cotidiano.
O ator americano, que ficou tetraplégico, foi um modelo vivo de superação de limites. É complicado falar se o personagem que interpretou nas telas teria coragem suficiente para vencer os obstáculos que ele encarou na vida real.
Após assistirem ao filme os curistas responderam, em grupo, os seguintes questionamentos: 
 a) O que mais lhe chamou atenção nesse filme? 
b) A história do filme tem alguma função social? Qual? 
c) É fato que, o que vivemos hoje, é fruto das nossas escolhas. Revendo a sua vida, quais as escolhas que você elege como as mais importantes? Mudaria algo? Vamos refletir sobre isso?
Na segunda atividade foi feita a Leitura do Texto: “Esticar ou cortar?”, discussão do conteúdo abordado no texto e a relação com a prática pedagógica na escola. Na discussão foi apontada que existem limitações na compreensão de que as garantias de educação ou escola inclusivas não significam condições plenas de escolarização, são questionadas as condições para a escola receber ao aluno com deficiência: recursos matérias e humanos, equipamentos, que sem dúvida são imprescindíveis, mas não dão conta de promover o desenvolvimento integral dos sujeitos. Após a leitura e discussões os cursistas consideraram que a proposta da educação inclusiva pode tornar cada vez mais presente entre os profissionais da educação, pelos benefícios que causa na construção da identidade das pessoas com deficiência. Na medida em que pessoas com deficiência intelectual percebem que são discriminados eles se travam, dificultando deste modo o aprendizado. Contudo, quando ocorre o contrário eles se sentem mais aptos e ao mesmo tempo valorizados pelo seu potencial. Na verdade, a questão fundamental que o trabalho com pessoas com deficiência intelectual demonstra é a promoção da auto-estima destes alunos quando são tratados como semelhantes, resultando em um salto qualitativo na aprendizagem.
Após leitura, discussões, os cursistas responderam, em grupo, os questionamentos:
a) Diante dos temas já estudados e seu entendimento sobre o assunto, dê a sua definição de Escola Inclusiva.
b) As adaptações curriculares são essencialmente de responsabilidade do professor regente com assessoria do pedagogo da Escola. Porque os professores ainda encontram resistência em executá-las?
Na terceira atividade os cursistas participaram de uma Dinâmica intitulada “Um novo olhar”, com o objetivo de refletir sobre as “nossas deficiências”.
Logo em seguida os participantes participaram da quarta atividade que foi a apresentação do vídeo “Desafiando Gigantes”, onde os cursistas fizeram uma reflexão da sua vida pessoal e também da sua prática pedagógica a respeito da discriminação e o preconceito cometido contra as pessoas que apresentam deficiência.
Na quinta atividade foi à apresentação do vídeo “Vida de Inseto, Liderando e Motivando Equipe”, os participantes fizeram uma reflexão que no trabalho em equipe todos saem ganhando, houve uma intensa participação.
Na sexta atividade foi à apresentação do vídeo “De Motivação: O Gladiador”, após assistirem ao vídeo todos os participantes sentiram a necessidade de estarem motivados para o trabalho, a vida.
Na sétima atividade os participantes fizeram avaliação do curso preenchendo ficha de avaliação.
O resultado desta atividade foi positivo, tendo em vista o comprometimento e o interesse dos cursistas do grupo de apoio em procurar conhecimentos acerca do processo inclusivo. Os cursistas deixaram clara a vontade de prosseguir com as reflexões e organizar outros períodos para acrescentar, ampliar e aprofundar os conteúdos apresentados durante os encontros do grupo de apoio.
No oitavo encontro participaram 14 cursistas (professores e funcionários) da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”.



Vera Lúcia Pereira de Souza
Professora PDE/2009

RELATÓRIO DO 7º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009

RELATÓRIO DO 7º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009
Relatório de Atividades
Proponente: Vera Lúcia Pereira de Souza

   Título do evento: Educação Profissional para alunos com deficiência intelectual significativa

  Local de realização: NRE: Assis Chateaubriand; Município: Nova Aurora; Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”

   Encontro nº: 07

   Data do Encontro: 13/10/2010


ETAPA 7

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No dia 13/10/2010, aconteceu o sétimo encontro do Grupo de Apoio a Implementação do Projeto na Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”. A professora PDE/09 Vera Lúcia iniciou a primeira atividade com a leitura do texto “Pessoa com deficiência na história: modelos de tratamento e compreensão”, Capítulo I do Livro: Pessoa com Deficiência: Aspectos teóricos e práticos. Onde o mesmo aborda a história da atenção à pessoa com deficiência tem se diferenciado pela segregação, seguida pela conseqüente e gradativa exclusão, sob díspares contextos, dependendo do período histórico focalizado. No transcorrer da História da Humanidade foram se diversificando a visão e a concepção que as diferentes sociedades tinham acerca da pessoa com deficiência. A forma de discorrer e por conseqüência a forma de atuar com relação à pessoa com deficiência enquanto fato e à pessoa com necessidades educacionais especiais enquanto ser, modificaram-se no transcorrer do tempo e das condições sócio-históricas.
Na antiguidade, que é a etapa do extermínio, na Roma e Grécia Antiga, não existem dados objetivos sobre a relação entre a sociedade e a pessoa com deficiência. A pessoa diferente, com restrições funcionais e necessidades individualizadas, era praticamente exterminada por meio do abandono, o que não importava um problema de caráter ético ou moral. (CARVALHO e TURECK, 2006).
Na idade média, etapa da filantropia, com aparecimento do cristianismo e conseqüente constituição e fortalecimento da Igreja Católica passar a existir um novo segmento: o clero. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
As pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente comprometidas, de acordo com os conceitos cristãos, não podiam mais ser exterminadas, já que igualmente eram criaturas de Deus. A política vigorante era a de benefícios. Da mesma forma que na antiguidade, alguns permaneciam a ser usados como fonte de entretenimento, como bobos da corte, como material de exposição, e assim por diante. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
A educação, nesse período, tinha duas vertentes de objetivos: um de caráter religioso visava formar subsídios para o clero. Outra, caracterizada por objetivos característicos caracterizados, dependendo do local e dos valores assumidos pela sociedade, variando de formação para a guerra, até a formação para as artes.
De criaturas obtiveram à condição de Filhos de Deus. Pessoas adoentadas, defeituosas e/ou mentalmente comprometidas (possivelmente pessoas deficientes físicas, sensoriais e mentais), em função da ascensão dos conceitos cristãos, não mais podiam ser exterminadas, já que igualmente eram pessoas de Deus. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
Deste modo, eram visivelmente desconhecidas à própria sorte, dependendo, para sua sobrevivência, da boa vontade e beneficência humana, na melhor condição eram acolhidos em igrejas, conventos, asilos. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006)
Na idade moderna, ocorreram várias mudanças, tanto em termos das composições sociais, políticas e econômicas da sociedade, como nas compreensões filosóficas assumidas na leitura e análise sobre o fato.
No que se refere à deficiência, deu inicio ao surgimento de novos conceitos, concernentes à sua natureza orgânica, produto de origens naturais. Deste modo concebido, passou igualmente a serem abordados por meio da alquimia, da magia e da astrologia, procedimentos da então iniciante medicina, metodologia importante do século XVI. O século XVII foi palco de novos progressos na ciência produzida na área da medicina, o que fortaleceu a tese da organicidade, e ampliou a concepção da deficiência como procedimento natural.
No século XVII, etapa cientifica, denominada tese da organicidade, sendo as ações de tratamento das pessoas com deficiência e tese do desenvolvimento, sendo as ações para as pessoas com deficiência, paradigma da institucionalização.
Na idade contemporânea, com enfoque nos séculos XVIII e XIX, noção de norma e normalidade, tendo como principio norteador, pessoa limitada, mas com potencialidade, capaz, beneficiando um espaço de convivência menos restrito. Começa-se a compreender as probabilidades de aprendizagem da pessoa com deficiência. Desenvolvem-se alternativas para os alunos que, em função de suas necessidades educativas não conseguem se desenvolver no sistema comum de educação. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
Nos anos 60 a 80, etapa da integração, marco referencial da consolidação dos movimentos sociais, tendo como princípios normatizadores a individualização, a normalização e a integração da pessoa com deficiência.
No final dos anos 70 e anos 80, consolidação do paradigma da integração. Parecer de um novo modelo de convívio social. Trabalha-se o aluno com deficiência fora do contexto social, depois de preparado, procura-se integrá-lo na sociedade. Logo a sociedade não se transforma.
Nos anos 90, etapa da inclusão, revolução de valores e costumes, respeito a heterogeneidade humana, modificações na estrutura da sociedade e da educação escolar. Escola inclusiva considera a necessidade de todos os alunos, estruturando-se em função destas necessidades. A composição educativa existente deve ser competente para atender a todos, nos seus díspares níveis de ensino. Escola e educação procuram ajuda para trabalhar a diferença, sem tirá-la da convivência social. No século XXI, inclusão, políticas e intervenções cruciais e afirmativas no procedimento de desenvolvimento do sujeito, e reajuste da realidade social. A proposta especifica da inclusão, especialmente em esfera escolar, é a de ultrapassar as circunstâncias de exclusão, reconhecendo os direitos da heterogeneidade e estimulando a participação social pela na sociedade. (IACONO e SILVA, 2006).
O paradigma da institucionalização foi primeiro a caracterizar a relação da sociedade com a parcela da população formada pelas pessoas com deficiência. Conventos e asilos, acompanhado pelos hospitais psiquiátricos, constituíram-se em lugares de confinamento, em vez de lugares para terapêutica das pessoas com deficiência. Na realidade, tais instituições eram, e muitas vezes ainda o são, pouco mais do que prisões. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
Diferenciou-se, desde o principio, pela remoção das pessoas com deficiência de suas comunidades de origem e pela manutenção delas em instituições residenciais segregadas, freqüentemente estabelecidas em localidades longínquos de suas famílias.
Por outro lado, há que se recomendar que a década de 60 marcou-se, intensa e fortemente, por um procedimento geral de reflexão e de critica sobre os direitos humanos e, mais designadamente, a respeito dos direitos das minorias, principalmente quanto à reformulação de conceitos e a procura de novas pratica no trato de deficiência.
De maneira geral, admiti-se que pessoas com deficiência precisam sim, de serviços de avaliação e de habilitação proporcionados no contexto de suas comunidades. Porém, ao mesmo tempo, que estas não são as únicas providencia necessário, caso a sociedade anseie manter com essa parcela de seus constituintes uma relação de consideração, de honestidade e de justiça.
Os suportes podem ser de diversos tipos (social, econômico, físico, instrumental) e apresentam como papel favorecer a construção de um processo que se passou a designar inclusão social.
A inclusão social não é uma metodologia que abrange exclusivamente um lado, mas sim um procedimento bidirecional, que abrange atuações junto à pessoa com necessidades educacionais especiais e ações junto à sociedade. O conceito da inclusão prevê interferências determinantes e afirmativas, tanto no procedimento de desenvolvimento do sujeito, quanto no processo de reajuste do fato social. Em seguida os participantes responderam aos questionamentos: 
a) Se na Idade Antiga as pessoas com deficiência eram vistas como “Coisas”. Na Idade Média obtiveram o status de “Filhos de Deus”. A partir da Idade Moderna a pessoa com deficiência, aos poucos, passou a ser reconhecida como “ser humano” que necessita de tratamento e investimentos para o seu completo desenvolvimento. 
b) Com base nos seus próprios conhecimentos, como são vistas as pessoas com deficiência hoje em dia na sua realidade social? 
c) Quais são os desafios que hoje em dia enfrentamos considerando que não é possível alterar o passado, contudo, ao mesmo tempo, imprescindível construir o futuro?
Na segunda atividade foi à apresentação dos vídeos: O Direito à saúde e o Estatuto do Idoso, Lei de acessibilidade para portadores de deficiência é descumprida em MG, Série Eficientes: mudança de atitude pessoal é importante para pessoa com deficiência ocupar mercado. Após assistirem aos vídeos os participantes responderam as questões: 
a) Apesar dos avanços científicos, legais e jurídicos os quais, sem dúvida alguma, versaram em verdadeiras alavancas à promoção de políticas públicas nestas áreas, longe estamos do atendimento íntegro às necessidades básicas daqueles que as compõem, fato este o qual se torna mais sério ainda, se adicionado aos inaceitáveis preconceitos de toda a espécie incididos da própria sociedade a qual se encontram inseridos. Essa afirmação esta correta?
Na terceira atividade, foi apresentado o vídeo Motivação e Liderança para Educadores e Professores, onde o mesmo apresentou uma dinâmica de motivação voltada aos professores, sendo que, um professor motivado consegue despertar dentro de si o espírito de liderança e transmite para seus alunos essa postura fundamental para um bom educador em sala de aula.
Todos participaram de todas as atividades com muita dedicação e sempre abertos para aprendizagem em grupo.
No sétimo encontro participaram 15 cursistas (professores e funcionários) da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”.



Vera Lúcia Pereira de Souza
Professora PDE/2009

RELATÓRIO DO 6º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009

RELATÓRIO DO 6º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009
Relatório de Atividades
Proponente: Vera Lúcia Pereira de Souza

   Título do evento: Educação Profissional para alunos com deficiência intelectual significativa

  Local de realização: NRE: Assis Chateaubriand; Município: Nova Aurora; Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”

   Encontro nº: 06

   Data do Encontro: 06/10/2010


ETAPA 6

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No dia 06/10/2010, aconteceu o sexto encontro do Grupo de Apoio a Implementação do Projeto na Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”. A professora PDE/09 Vera Lúcia iniciou a primeira atividade com a apresentação do Filme “O Oitavo Dia”, onde retrata George, um jovem a busca de seu espaço no mundo, às voltas com o isolamento de existir em sua fase mais dura: a dor por um abandono verdadeiro, provocado pela morte de sua mãe. Harry, um homem afrontado com o sentido de sua vida, a partir de um grave conflito em seu casamento.
George tem Síndrome de Down – esta é sua contingência primeira, um sinal grave que o define enquanto pessoa, mas não enquanto sujeito. Harry não tem Síndrome de Down: administrador de sucesso, abatido em suas relações com a mulher e com as filhas, são outras as contingências com as quais existem.
George não tem mais família: ele procura um ambiente de afeição e reconhecimento. Harry tem, contudo é como se não existisse: ele não consegue chegar-se aos seus.
A partir dessas cenas apresentadas no filme é possível observar que Georges, em seu desenvolvimento integral desenvolveu sua sexualidade. Como observado nas cenas descritas e de acordo com a literatura, pode ser visto que Georges esbarrou em preconceitos e estigmas causando reação de estranhamento na maioria das pessoas abrangidas nessas situações.
Com certeza, o repertório de comunicação de seus desejos em relação à sexualidade não foi para ele ensinado como para o resto dos personagens, já que ele convocava em casamento pessoas que não conhecia. No entanto, isso não expressa que a sexualidade dele seja diferente da das pessoas que não apresentam deficiência intelectual, mas que talvez ele não tenha aprendido a expressá-la de uma forma mais aceita socialmente.
Também pôde ser visto no filme um caso de abandono de Georges, que ficava na instituição sem ter contato com sua família, no caso à irmã, que falava não ter como ficar com ele, e sequer o visitava. Surge uma cena em que a irmã diz a Georges que, quando pequenos, tudo virava em torno dele, por conta da deficiência, de tal modo que ela sentiu-se pouco cuidada por sua mãe. Esse discurso aparece como justificativa para o desamparo já que a irmã expõe que sente que é a ocasião dela cuidar dela e da família, e que a instituição cuidará dele. A partir desta cena é possível ver o impacto da deficiência de Georges sobre essa família, que alterou a estrutura das relações, fazendo com que a irmã sentisse-se desprezada.
Por conta dessa falta de contato com a família e um ensino somente por parte da instituição, muito do que ele estudava só era possível por meio da mídia e dos meios de comunicação.
Assim, a atuação carinhosa e benéfica da mãe do jovem, vencendo as barreiras entre o Plano físico e espiritual, constitui uma matéria relevante do filme.
E, com certeza, a figura do carinhoso, solidário e risonho Georges – “criado por Deus no oitavo dia”, segundo o seguimento de Criação organizada por ele mesmo... – ficará na memória para sempre. O Oitavo Dia lança luz a um resgate de dignidade para a vida dos “diferentes”, sejam pessoas com deficiência intelectual ou sem-deficiência.
Após assistirem ao filme os participantes, responderam, em grupo, aos seguintes questionamentos:
 a) Que conclusões podemos tirar deste filme?
b) Qual o objetivo dele?
c) O que você sentiu ao assisti-lo?
Na segunda atividade foi à apresentação da Dinâmica intitulada “Embolação”, onde a mesma recomenda um maior intercâmbio entre os participantes e proporciona observar-se a capacidade de improviso e socialização, dinamismo, paciência e liderança dos integrantes do grupo.
Na terceira atividade foi feita a leitura do texto “Reflexões sobre a política de formação de professores para a educação especial / educação inclusiva”, Capítulo IV do Livro: A pessoa com deficiência na Sociedade contemporânea: Problematizando o debate. Site: http://cac-php.unioeste.br/projetos/pee/arquivos/pes_c_def_na_soc_con_pro_o_de.txt, o texto aborda que toda formação humana é cruzada por discursos que são produtores e que produzem significação. A perspectiva histórica nos demonstra que os discursos produzem verdades diferenciadas (mesmo que não especificadas) pela ilusão de quem fala e pela ilusão de que se controlam os sentidos do que se fala. Muito mais do que ilusão, a marca do não dito ao mesmo tempo constitui um saber e um poder que produz uma realidade e, por isso, uma prática discursiva. Assim, pode-se refletir a respeito das práticas discursivas no que se menciona à formação do professor de educação especial. No sentido de colaborar com a pesquisa sobre a formação de um professor na especificidade da pesquisa e atuação em educação especial, que pensa-se  ser necessário identificar, como nos textos científicos o termo ‘perspectiva inclusiva’, ‘educação inclusiva’ vem agarrada a educação especial, como vem produzindo discursos/formas de nomear a formação e como num conjunto de enunciados vem produzindo verdades que estão decidindo a formação deste professor. A apreensão esta em entender como este acontecimento discursivo que está sendo divulgado para dizer da formação de professores em educação especial, está determinado o espaço que pode não ser o ambiente da educação especial como área de conhecimento e de investigação em educação.
Neste argumento, considera-se importante assinalar para a reflexão da educação especial que numa perspectiva política recebe a qualidade/adjetivo de educação inclusiva. A necessidade da reflexão a respeito do que vem se produzindo como definições que tecem a constituição de sentidos, tanto para o campo da educação especial entendida como um campo de fronteiras, como para a educação inclusiva. A compreensão cada vez mais necessária destas semelhanças poderá identificar as interfaces que induzam a produção de outras verdades mais ou menos legitimadoras de uma formação de professores de educação especial.
A verdadeira profissionalização se dá a partir da ocasião em que é permitido ao professor racionalizar e avaliar a própria prática, criticando-a, revisando-a, fundamentado-a na construção do desenvolvimento da unidade de ensino como um todo. O professor é um agente essencial no processo de inclusão, contudo ele necessita ser apoiado e valorizado, pois sozinho não poderá concretizar a construção de uma escola baseada numa concepção inclusivista.
Após a leitura os participantes responderam, em grupo, os seguintes questionamentos:
a) Em seu ponto de vista aonde reside à maior dificuldade para a implementação da política de ensino, nos vários obstáculos arquitetônicos encontrados nos ambientes escolares, ou nas barreiras atitudinais presentes nas pessoas? Justifique.  
 b) Diante dos temas já estudados e seu entendimento sobre o assunto, dê sua definição de Escola Inclusiva.
No sexto encontro participaram 15 cursistas (professores e funcionários) da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”.




Vera Lúcia Pereira de Souza
Professora PDE/2009