domingo, 22 de junho de 2014

PROJETO: VALORIZANDO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA

PROJETO
VALORIZANDO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA

SOUZA, Vera Lúcia Pereira de.


APRESENTAÇÃO
O projeto VALORIZANDO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA é uma proposta de trabalho que vem de encontro às necessidades de valorização e reverência a pessoa idosa, além disso, privilegia o aluno com deficiência intelectual e múltipla deficiência ao resgatar algo que pode estar deslembrado na memória da pessoa idosa. Bem como aproximar pessoas de diversas idades.

OBJETIVO GERAL DO PROJETO
O Projeto VALORIZANDO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA deseja ser um fio condutivo de atuações possíveis para que o professor, de acordo com suas possibilidades, possa desenvolver um trabalho de conscientização e valorização da terceira idade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Estimular a valorizar a pessoa idosa.
- Motivar o aluno a conhecer a pessoa idosa.
- Resgatar o que está esquecido nas memórias da pessoa idosa com deficiência.
- Proporcionar período de descontração entre as diversas idades.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
Vídeos:
Dona Cristina perdeu a memória. Duração: 13’51. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3ZTnC9pcC3U>.
Combate ao preconceito
Respeito com os idosos. Duração: 2’39”. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=v6_WSv9EKcA>.
Envelhecer é gostoso! Melhor ainda é amar... O que é aquilo? Duração: 3’37”. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=0f2yQ1k4Uvg>.
Casa segura para Idosos. Duração: 3’38. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=dxWvxeMV6oY>.
Cartilha do Idoso para crianças. Duração: 6’58”. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=YTYxCDSKSAY&feature=related>.
- Idosos. (Direitos Humanos). Duração: 10’59”. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/me001037.mp4>.

PÚBLICO ALVO
Todos os alunos que frequentam a Escola Novo Amanhecer – APAE de Nova Aurora.

METODOLOGIA DO PROJETO
1ª etapa: Vídeos
Os alunos assistirão os vídeos em sala de aula e/ou na sala de apoio pedagógico no computador, e serão feitos debates sobre o assunto abordado.

- Vídeo: Cartilha do Idoso para crianças
Propor aos alunos uma “Roda de Conversa” sobre os diversos aspectos abordados na 1ª parte do vídeo (que vai até 3’20”).
Primeiramente, solicite aos alunos que se expressem sobre o que viram e ouviram, destacando os pontos que mais lhes chamaram à atenção. Aproveite esta ocasião de fala dos alunos para problematizar e expandir a discussão.
Alguns temas que serão debatidos:
- A velhice é somente mais uma fase da vida... E como o tempo não para nunca, um dia todos nós seremos pessoas idosas ou “envelhecentes”: Vocês já pararam para pensar nisso antes? Ao contemplarem os álbuns de fotografia de família já se deram conta do quanto cresceram? Do quanto seus pais e avós envelheceram?   
- As pessoas idosas, os nossos avós, têm muitas histórias para descrever... muitos conhecimentos para partilhar: Como tem sido a convívio de vocês com as pessoas idosas? Reconhecem atitudes de respeito, de atenção e de consideração para com estas pessoas? Vocês têm parado para ouvir as suas histórias, as suas “contações de casos”?   
- As pessoas idosas já viveram mais tempo e, por isso, têm muito a informar às crianças e adolescentes: Vocês sabem como era a escola no tempo dos seus avós? Como eram as brincadeiras? E os brinquedos? Como era a cidade? Como as pessoas se relacionavam naquele período? Como se comunicavam? Qual era a brincadeira preferida?
Na 2ª parte do vídeo as Professoras, dirão aos alunos que o Estatuto do Idoso foi aprovado em 2003 e representa um grande marco em relação à segurança dos direitos das pessoas idosas no Brasil. As professoras comentarão, ainda que, os direitos conquistados pelas pessoas idosas e assegurados pelo Estatuto conferem proteção, dignidade e melhores condições de vida à pessoa idosa (No endereço <http://www.maisde50.com.br/2003057rf.pdf> se encontra o Projeto de Lei - Estatuto do Idoso, na íntegra).
Na sequência, será exibido a 2ª parte do vídeo “CARTILHA DO IDOSO PARA CRIANÇAS”, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=YTYxCDSKSAY&feature=related> referente ao Estatuto da pessoa Idosa.
O Estatuto da pessoa idosa representa um progresso no que diz respeito a garantia de direitos das pessoas idosas, mas, por outro lado evidencia o grande preconceito de nossa sociedade por esta população, já que, se esses direitos fossem espontaneamente respeitados, não haveria precisão da criação de um estatuto. Você já parou para pensar nisso?

- Vídeo: Dona Cristina perdeu a memória.
Após assistirem ao vídeo será feito um debate iniciado pela professora: O vídeo demonstra uma situação que, infelizmente, não acontece somente na ficção. A professora instigará os alunos com algumas indagações:
- Você já presenciou algum tipo de preconceito contra a pessoa idosa? Se não, quais seriam os mais comuns? Poderíamos citar alguns?
- Quais os motivos que levam as pessoas a terem preconceito com as pessoas idosas?
- Quantas pessoas idosas vivem na sua família? Bairro? Comunidade? Você já parou para pensar na importância das pessoas idosas? 

Vídeo: Idosos. (Direitos Humanos).
O vídeo convida para uma reflexão sobre a pessoa idosa, do ponto de vista do que gostaria de fazer quando for uma pessoa idosa e do como gostaria de ser tratado. Traz informações a respeito do envelhecimento da população brasileira e as suas consequências. Aborda o tratamento discriminatório e excludente que muitas vezes é dado pela sociedade a pessoa idosa. Por outro lado, expõe a nova imagem da pessoa idosa, a “nova pessoa idosa” é um ser humano útil e saudável.
A professora disporá de tempo para debater demandas respectivas ao vídeo.

2ª etapa: Pesquisa de campo
O alunos formarão equipes de cinco ( 5 ) pessoas, farão levantamento e escolha de uma pessoa idosa da família, pesquisa de preferência de música e dança do mesmo.

3ª etapa: Campanha: “Minha Melhor Idade Saudável”
A professora solicitará que os alunos criem um painel para a escola, e, a partir da seguinte frase: “Como você gostaria que fosse sua velhice?”
Cabe aos alunos falar, previamente, e nas salas de aula a respeito do espaço que pessoa idosa ocupa na atual população brasileira. Noticiar a existência do Estatuto do Idoso e especialmente, explanar o porquê da campanha.
O painel “funcionará” durante a implementação do Projeto. Assim um grupo fica responsável por recolher frases e pequenos textos que respondam à demanda em exposição.
Para finalizar, os alunos convidarão uma pessoa idosa que trabalha na escola, para ler algumas frases do mural, tecer alguns comentários e realizar uma fala a respeito da juventude e velhice, a partir de suas experiências de vida. Os alunos farão perguntas, inclusive incluindo à questão do preconceito.

4ª etapa: Finalização
Visitação ao Lar São Roque, onde se encontra dois alunos matriculados, e os alunos irão fazer uma apresentação para todas as pessoas idosas que vivem no Lar.


AVALIAÇÃO
 A avaliação será realizada durante todo o desenvolvimento do projeto, com o objetivo de averiguar o interesse e a evolução do grupo, podendo sofrer alterações durante sua realização.
O Projeto VALORIZANDO A PESSOA IDOSA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA será desenvolvido durante todo o ano letivo, e a visitação se dará conforme o desenvolvimento do Projeto.

EXPECTATIVAS E CONCLUSÃO
Acreditamos com este trabalho motivar nossos alunos sobre a necessidade de estarmos mais próximos, convivendo e respeitando as pessoas idosas.
Educar é relativizar o eu humano; é um procedimento de abertura para o outro.
Nessa perspectiva, nossos alunos com deficiência repensarão suas atitudes, de forma livre e responsável, autônoma e solidária, competente e produtiva.
Experimentar a convivência com as adversidades, desenvolver trabalhos voluntários e colaborativos, aprender a ser solidário, tornar capaz de reelaborar e construir o seu próprio projeto de vida.


domingo, 11 de maio de 2014

PESQUISA: TRÊS PAÍSES DO CONTINENTE AFRICANO: ERITREIA, BURUNDI e LESOTO.

TRÊS PAÍSES DO CONTINENTE AFRICANO:  ERITREIA, BURUNDI e LESOTO.

SOUZA, Vera Lúcia Pereira de Souza

1. ERITREIA

País da África onde vive o dragão de água Cétus, de Reino dos Dragões.

País fica no Chifre da África e tem uma história milenar.


Praia de uma das ilhas do Mar Vermelho que pertencem à Eritreia

A Eritreia é um país que tem uma costa enorme voltada para o Mar Vermelho: são quase mil quilômetros de praias! Em um trecho da costa, arqueólogos descobriram ferramentas de pedra com mais de 125 mil anos, enterradas em corais antigos.
O país tem tantos milênios de história que, lá também, foram encontrados os restos mais antigos de humanos no mundo. Em 1995, arqueólogos acharam o crânio de um hominídeo com mais de 1 milhão de anos.
Por ter uma costa muito longa, a Eritreia já foi conquistada várias vezes por sociedades que chegavam por mar. Atualmente, a cultura do povo do país tem bastante influência da Itália, já que a região foi dominada pelo país europeu no século 19.

Fachada de um dos prédios mais famosos de Asmara, a capital da Eritreia: o Hotel Torino

Até o nome do país tem influência italiana: Mare Erythraeum é o termo em latim para Mar Vermelho. Por ser vastamente banhado pelo Mare Erythraeum, o país passou a se chamar Eritreia em 1890, quando os italianos chegaram (e o latim era a língua deles na época).


A Eritreia é este pontinho vermelho no mapa do continente africano

Ficha do país:
  • Capital: Asmara
  • Moeda: nakfa.
  • População: 5 milhões e 415 mil pessoas.
  • Clima: árido tropical.
  • Línguas oficiais: tigrina, árabe e inglês.

Bandeira


2. HISTÓRIA DA REPÚBLICA DE BURUNDI

A área foi governada pelo reinado Tutsi do século XVI até a ocupação germânica em 1890, quando foi incluída na África Germânica do Leste (antigo distrito da África Oriental Alemã).
Em 1885, na Conferência de Berlim, as potências europeias dividem entre si a maior parte do Continente Africano. O território que corresponde ao atual Burundi é colocado na área de influência da Alemanha.
Quando os primeiros colonos alemães chegam ao país, as tribos hutus e tutsis viviam em paz e de forma organizada, sem restrição ao casamento intertribal. À época, a Monarquia tutsi tinha o apoio hutu.

De 1893 a 1916, como Colônia, a região utilizou selos da Alemanha, sobretaxados “Deutsche-Ostafrika-Pesa” ou selos próprios com a inscrição “Deutsche-Ostafrika” – África Oriental Alemã.
Os alemães, no entanto, dão aos tutsis, de etnia minoritária, o status de elite privilegiada, com acesso exclusivo à educação, às Forças Armadas e a postos na administração estatal.
Com a derrota alemã na I Guerra Mundial, tropas belgas ocupam o território em 1916. Burundi é unificado com o vizinho território de Ruanda ficando sob tutela da Bélgica, que mantém os privilégios dos tutsis. Incorporado à Ruanda, tornou-se o território de Ruanda-Urundi.
De 1916 a 1961, seja como ocupação Belga, mandato da Bélgica ou mandato das Nações Unidas, a região utilizou selos do Congo-Belga sobretaxados ou com a inscrição “Ruanda-Urundi”.
Em 1946, a tutela passa para a ONU. Finalmente, em 1962, Burundi torna-se independente, entretanto com a saída da força militar belga, a luta pelo poder torna-se um conflito étnico e alcança toda a sociedade.
A colônia belga de Ruanda-Urundi tornou-se independente em 1962, como dois novos países: Ruanda e Burundi – que utilizou o nome Royaume de Burundi até 1966, quando tornou-se República, depois da queda da monarquia tutsi.
O primeiro selo postal de Burundi foi emitido em 1962 (Scott: 1), com valor facial de 25 centavos e sobrecarga “Royaume du Burundi”. Ele mostra a espécie Littonia.
Em 1962, uma série de selos comuns do período colonial de Ruanda-Urundi recebeu a inscrição “Reino do Burundi” superposta, saudando a independência nacional.




Os ressentimentos acumulados pelos hutus no período colonial explodem em 1965, quando uma rebelião é brutalmente esmagada pelo governo. O quadro agrava-se com lutas entre clãs tutsis rivais.
No ano seguinte, a Monarquia é derrubada por um golpe de Estado liderado pelo Primeiro-ministro Michel Micombero, que proclama a República e assume a Presidência.
As décadas seguintes são marcadas por uma sucessão de golpes de Estado e intrigas palacianas entre tutsis, mas que resultam em perseguição e massacre a hutus, invariavelmente responsabilizados pelas crises. Entre 1972 e 1988, rebeliões causam a morte de cerca de 200 mil pessoas.
Em 1991, sob a presidência do major Pierre Buyoya, a população aprova em plebiscito a Carta de União Nacional, que assegura igualdade de direitos a todas as etnias. A pacificação fracassa quando, no mesmo ano, rebeldes hutus invadem a capital, Bujumbura, e matam 114 pessoas.
Os tutsis, em represália, massacram 3 mil hutus, forçando outros 50 mil a fugir para países vizinhos.
Em 1993, o país realiza as primeiras eleições livres. O candidato oposicionista Melchior Ndadaye, hutu, obtém dois terços dos votos e forma um governo multiétnico que dura quatro meses.
No mês de outubro do mesmo ano ele é deposto e fuzilado por oficiais tutsis. Os hutus rebelam-se e massacram tutsis em várias partes do país. Forças da ONU intervêm e os golpistas recuam.
Em fevereiro de 1994, o hutu Cyprien Ntaryamira é escolhido para substituir Ndadaye. Dois meses depois, Ntaryamira e o presidente da vizinha Ruanda, Juvénal Habyarimana, são mortos num atentado que derruba o avião em que viajavam juntos. Foi o estopim para uma nova fase de violência, tanto em Burundi quanto em Ruanda.
Em clima de guerra civil, é constituído, em setembro, um governo de transição chefiado por Sylvestre Ntibantunganya. Mas os conflitos prosseguem. A ONU calcula que cerca de 50 mil hutus procuram refúgio na vizinha Tanzânia em 1995.
Em fevereiro de 1996, o enviado especial da ONU a Burundi, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, pede a cooperação da comunidade internacional para evitar um genocídio. Antes de qualquer intervenção estrangeira ser planejada ocorre outro massacre, em 20 de julho.
Cerca de 300 tutsis, a maioria de crianças e mulheres que viviam no acampamento de Bugendana (centro do país), são mortos pelo Exército rebelde liderado pelo hutu Léonard Nyangoma.
Como vingança, o Exército de Burundi, dominado por tutsis, dá um golpe de Estado em 25/07/1996 e nomeia presidente Pierre Buyoya, que governara entre 1987 e 1993. Vários países, entre eles Tanzânia, Quênia, Uganda e Ruanda, impõem sanções econômicas e isolam Burundi.
Em outubro, 37 deputados (de um total de 81) vão à reabertura do Parlamento, boicotado pela maioria. No final de 1996, 60 mil hutus retornam ao país em consequência da crise política na República Democrática do Congo (ex-Zaire), onde estavam refugiados.
A escalada contra os hutus em Burundi continua em 1997. Segundo a oposição, desde a tomada do poder por Buyoya, 50 mil pessoas morreram em razão da violência política.
Localização do país – centro-leste da África. Parte central da África, Burundi está a Leste da República Democrática do Congo. Faz fronteira no oeste com o Congo, ao norte com a Ruanda, ao leste e ao sul com a Tanzânia.
Características – elevações cobertas de selva e planaltos elevados (maior parte); parte do vale da Grande Fenda (S); planície do rio Ruzizi; e Lago Tanganica (O).
Cidades principais – Bujumbura, Gitega, Bururi, Ngozi.
Outras: Bubanza, Cankuzo, Cibitoke, Karuzi, Kayanza, Kirundo, Makamba, Matongo, Muramvya, Muyinga, Nyanza-Lac, Rumonge, Rusengo, Rutana, Ruyigi.

Bandeira do País Burundi


3. PAIS LESOTO


O Reino do Lesoto (em inglês: Kingdom of Lesotho; em soto: Muso oa Lesotho) é um país localizado à África meridional, com um território de 30.355 km2, um pouco maior que o estado de Alagoas e o Distrito Federal combinados.
Sem saída para o mar, e uma das poucas monarquias em continente africano, sua capital é Maseru. Lesoto é um estado constituído dentro do território da África do Sul, portanto, todos os seus limites territoriais são com aquele país.
As línguas oficiais são o sesoto (soto) e o inglês, as principais no país.
O cristianismo é a principal religião, dividido entre vários segmentos.
A moeda local é o loti. Mais de 99% da população pertence à etnia basotho.
Outros grupos étnicos incluem europeus, asiáticos e xhosa. 
O Governo do Lesoto é uma monarquia constitucional.
O primeiro-ministro é o chefe de governo e tem autoridade executiva. O Rei tem uma função cerimonial, ele não participa ativamente de iniciativas políticas.

Os habitantes originais de Lesoto foram os povos khoisan (coissã ou bosquímanos, que atualmente habitam o sudoeste da África, a sul de Angola, Namíbia e África do Sul).
Estes povos são deslocados por ondas de imigrantes bantu de língua wasja. Povos da etnia soto-tswana vão ocupar a área gradualmente, entre os séculos III e XI. Por volta de 1820, o reino de Basutolândia é fundado pelo chefe Moshoeshoe, que reúne vários grupos para repelir as invasões zulus.
Uma década depois, começam os conflitos com os colonizadores bôeres, e tropas britânicas.
Em 1868, após vários conflitos, o monarca soto recorre aos britânicos para estabelecer um protetorado sobre seu reino.
Em 1871, sem qualquer consulta popular, a Basutolândia é anexada à Colônia do Cabo, o que gera revolta da população.
Em 1884, Basutolândia se torna uma colônia britânica em separado.
Lesoto ganhou a independência da Grã-Bretanha a 4 de outubro de 1966, com Moshoeshoe II como rei e o chefe Leabua Jonathan (Partido Nacional Basotho), como primeiro-ministro. 
O ex-protetorado britânico teve uma turbulenta (se não particularmente sangrenta) trajetória de independência com vários partidos, facções do exército e da família  real competindo pelo poder em golpes e motins.
A posição do rei foi reduzida a um papel simbólico e unificador.
Atualmente, um governo de coalizão comanda o país após as inconclusivas eleições de maio 2012. Lesoto depende da África do Sul como um empregador de sua população, e como comprador de seu principal recurso natural, a água. Outra indústria importante no país é a dos diamantes, produto também importante nas exportações.

Bandeira do País Lesoto


O ENSINO DA CULTURA E HISTÓRIA DOS DIVERSOS POVO INDÍGENAS BRASILEIRO


 O ENSINO DA CULTURA E HISTÓRIA DOS DIVERSOS POVO INDÍGENAS BRASILEIRO

SOUZA, Vera Lúcia Pereira de.

Com a lei 11.645/08 amplia-se a abrangência da lei 10.639/03 inserindo-se no currículo educacional o ensino da cultura e História dos diversos povos indígenas brasileiros. 

Acatar a essa legislação confere a nós educadores desafios enormes, pois, como sabemos, uma alteração curricular dessa natureza urge que se institua, como condição sine qua non , novas contribuições pedagógicas e disciplinares, ou melhor, interdisciplinares.

 A nossa formação docente precisa ser revistada, novos enfoques carecem ser pensados, uma nova compreensão de História e de cultura é atribuída para que se possa fazer dessa legislação um caminho de transformações na forma como nós brasileiros percebemos a constituição da nossa sociedade. 

Mudar as lentes a partir das quais se possa edificar novas cosmovisões a respeito das relações Inter étnicas no nosso Brasil é essencial para que, como não é raro, a legislação não se torne letra morta. 

A nossa educação brasileira tem, portanto, um desafio a ser enfrentado. Há mais ou menos dez anos começamos esse procedimento e, de acordo com várias pesquisas, os progressos poderiam ter sido melhores. 

Assim, devemos ampliar o nosso debate a respeito do lugar da educação nessa nova perspectiva histórica da nossa cultura brasileira.


Sine qua non. Disponível em: <http://www.significados.com.br/sine-qua-non/>.

A PESSOA NEGRA NO LIVRO DIDÁTICO

A PESSOA NEGRA NO LIVRO DIDÁTICO

 SOUZA, Vera Lúcia Pereira de.

              Visando colaborar para a transformação a formação de uma escola voltada para a diversidade cultural pronta a sagrar as diferenças raciais, tomando como tema de partida o livro didático, tendo em vista que o mesmo desempenha intensa influência no desenvolvimento do aluno e do cidadão brasileiro, esta atividade apresenta análises de alguns livros didáticos de 5ª a 8ª series, da disciplina Língua Portuguesa, adotados por escolas da rede pública do Estado do Paraná, acatados pelo Ministério da Educação e Cultura, por meio do Plano Nacional de Livro Didático.

Para avaliar os livros didáticos, com a intenção de observar e descrever a presença da pessoa negra e o jeito pelo qual vem sendo apresentado, escolhi duas coletâneas de circulação expostas:
- A palavra é português, das autoras Graça Proença e Regina Horta, Editora Ática;
- Leitura do mundo, das autoras Norma Discini e Lúcia Teixeira, Editora do Brasil.

              São adotados como instrumentos de análise os documentos e as ilustrações presentes nas coletâneas, focalizando as circunstâncias atribuídas e o ambiente sociocultural, bem como a forma pela qual o segmento separado aparece ilustrado.

              A coletânea “A palavra é português” é composta por 12 lições em cada livro, de cada série, com a apresentação de assuntos variados, repartidos em 04 unidades. Já, a coletânea “Leitura do mundo” é composta por 09 unidades em cada série, com uma variedade de assuntos. Cada unidade é constituída por 02 a 03 textos, acompanhados por ‘debates’ e ‘estudo de gramática’.
              Na coletânea “A palavra é português”, o número de lições apresentado é de 12 por série; verificando-se o aspecto textual, averiguou-se que entre elas a presença da pessoa negra, na  7ª série, foi de total omissão, enquanto nas demais o mesmo surge somente em 02 lições, que descrevem os seguintes assuntos: ‘entre amigos’, ‘histórias que o povo conta’, ‘a palavra como matéria-prima da literatura’, ‘conflitos’.

              A temática ‘conflitos’ conduz o leitor a uma atitude preconceituosa, estereotipando a pessoa negra como o ocasionador de desordens e difusor de desavença. Na coleção “A palavra é português, 8ª série, na lição 04, página 71, o texto Domingo no parque, de Gilberto Gil, na figura empregada como pré-leitura ao texto, mostra Juliana, uma personagem mencionada e presente na letra de música como o agente principal da desordem, desenhada como uma moça negra, ocasionadora de uma pretensa conflito entre dois amigos: “Mas aquela tarde, que ele pretendia tranquila, lhe reserva um grande conflito”. A representação de uma moça negra, amável, alegre, entre dois moços brancos, sendo um deles com expressão aborrecida, leva à provável comprovação de que a moça é a ocasionadora da confusão. Por que o ilustrador do livro didático não apresentou essa personalidade como uma moça branca, amarela, parda, e assim por diante? É, na verdade, o estereótipo de que pessoa negra é parecida com desordem e selvageria. O texto Domingo no Parque não apresenta nenhuma particularidade de que Juliana seja uma pessoa negra, ainda assim, ela é retratada como pessoa negra e apesar de forma integralmente caricatural.

              Outro desenho em que se apresenta a pessoa negra surge na coletânea “A palavra é português, 1998, 5ª série, página 56, na lição nº 04, texto “A aposta, em que aparece a figura de uma senhora negra de tecido na cabeça, esboçada de maneira caricatural, distinguindo um estereotipo social, tendo em vista que as senhoras negras, nas raras vezes que aparecem nos livros didáticos, são apresentadas com características de ajudante doméstica, como ocorre no exemplo mencionado.
              A personagem nomeada Dona Durvalina tem nove filhos, de acordo com o texto, os mesmos surgem ilustrados ao seu redor, calçando chinelos e roupas consertados, assinalando inferioridade; ao retratar a pessoa negra desta forma, remete-se à sua associação como um componente da sociedade que vive continuamente num ambiente social desamparado. Por outro lado, nota-se que o senhor branco ilustrado surge com vestes sem remendos, camisa por dentro da calça, cinto, caracterizando uma figura aparentemente  mais apresentável, com um grau social de classe média, com característica de funcionário público.

              Outra aparição da presença da discriminação a pessoa negra, na coletânea “A palavra é português, (5ª série, página 45) surge por meio da conversação entre um garoto branco e um garoto negro, em que aparece a frase: “Este é Tiziu!”. O substantivo Tiziu se menciona ao garoto negro, como designação própria, segundo os esclarecimentos do livro didático. De acordo com o Dicionário Aurélio (1999), o termo Tiziu corresponde a uma ave passeriforme, cujo macho é preto–azulado.

              Deste modo, é possível notar que as autoras e o ilustrador do livro didático constituem uma semelhança entre o garoto negro e a ave, ao invés de lhe dar um nome como, João, André, e assim por diante.

              Salienta-se que as formas como o desenho e o apontamento da norma de escrita do substantivo próprio são empregadas deixa evidente que o menino negro foi literalmente empregado como uma “coisa” que convém de referência à outra. Isto manifesta ao se apreender a designação que é dada a substantivo: Tiziu: nome de um ser da espécie ‘pessoa’”. O exemplo usado poderia muito bem ser empregado com o menino branco, que igualmente tem um nome diferente “Socó”. Por que ele não foi usado como citação? Por que o nome do menino branco não foi denominado pelas autoras como “Socó: nome de um ser da espécie ‘pessoa’”? Permanece proeminente que o segregacionismo assinalado determina que, no exemplo apresentado, “Tiziu” é uma pessoa, como se a pessoa negra não o fosse. Esses e outros exemplares são comuns  nos livros didáticos, segundo explicado em Menegassi (2004).

              O termo usado pelas autoras, para indicar o garoto negro, contribui para a proliferação do preconceito, pois permite a comparação da pessoa negra a um animal-pássaro cujas penas ou penugens são pretos, provocando em alunos pertencentes à mesma etnia uma baixa autoestima, permitindo, ainda, que venham a ser chamados de tal forma pelos companheiros em sala de aula, uma vez que, para os alunos pertencentes a outras etnias, o fato de chamar o companheiro negro por apelidos é uma ação natural na sociedade brasileira, sendo um  atitude adquirida em casa por meio da própria família, especificando o preconceito existente na sociedade.

              Perante as análises realizadas da coletânea “A palavra é português”, ressalta-se que as autoras, bem como o ilustrador do livro didático, retratam o segmento a pessoa negra e especialmente a mulher negra de forma integralmente caricatural e estereotipada. Esta representação alterada da mulher negra colabora para a comunicação da discriminação na sociedade, o que danifica muito a autoestima e a valorização dessa camada da sociedade.

              A outra coletânea avaliada é “Leitura do mundo”, cujos  conteúdos são repartidos em 09 unidades por cada série, donde se averiguou a apresentação da pessoa negra em todas as séries avaliadas, diferentemente da anterior, que se reduzia a algumas apenas. Por demanda de espaço, aqui, demonstra-se, a respeito da temática debatida, a característica mais proeminente na coletânea. O que chama a atenção na coletânea é a  similaridade nas colorações de cores usadas para simular a pessoa  negra, em relação às tonalidades utilizadas para ilustrar, igualmente, alguns animais. Percebe-se com facilidade esta similaridade de colorações ao analisar o desenho da coletânea na  5ª série, página 143, em que surge uma pessoa negra e um animal, mais exatamente um cachorro, ambos com a mesma cor, provocando certos constrangimentos em alunos pertencentes à etnia.  É importante observar que as tonalidades usadas para desenhar as demais etnias presentes na coletânea, igualmente, foram avaliadas, todavia não foi localizada nenhuma similaridade com tonalidades usadas para desenhar animais, como no episódio assinalado. Seguramente que essa demanda pode ser gráfica ou mera casualidade, contudo, para esta análise, ela se faz presente e manifesto. Tal problemática pode naturalmente embananar o leitor, numa ilusão de tonalidades, estabelecendo uma afinidade entre a pessoa negra e os animais desenhados na obra.
CONSIDERAÇÕES FINAIS


              Todas as coletâneas avaliadas merecem um melhor cuidado ao abordar aspectos de pluralidade cultural, todavia podem ser trabalhadas em sala de aula, desde que o professor dirija seus alunos a uma leitura mais crítica e observadora da realidade da pessoa negra na história do Brasil, avaliando-se o passado, o presente e o vindouro do país.

              As apreciações anotadas asseguram a apresentação de formas de preconceito e estereótipos presentes de forma subentendida, até mesmo explícita, no livro didático de Português, o que confirma uma ausência de preocupação com a pluralidade cultural existente no Brasil.
              Segundo Crochik (1997 p.145), “a questão do preconceito deve ser diretamente discutida, procurando o professor esclarecer a falsidade de seu conteúdo”, isto é, o professor precisa tentar evidenciar ao aluno que o livro didático não é senhor da verdade incondicional, e fazer com que ele esteja sempre alerta, sendo crítico, ao se encontrar com circunstâncias discriminatórias. Na realidade, compete ao professor expor ao aluno o preconceito e a discriminação assinalados pelos autores dos livros. Esta atitude, além de despertar o discernimento crítico no aluno, desenvolve uma série de táticas de leitura eficazes no desenvolvimento do aluno leitor.

              Ainda que o Ministério da Educação e Cultura tenha adotado ações para aprimorar o controle dos livros didáticos a serem distribuídos para as escolas públicas, com a finalidade de impedir a distribuição de obras que contenham reproduções negativas em relação a pessoa negra, ainda não se acha, com facilidade, livros didáticos que abordem o auxílio desta etnia na edificação do país, incluindo aspectos positivos da história da pessoa negra no Brasil.
              A despeito das propostas muito bem apresentadas nos assuntos de Pluralidade Cultural e Temas Éticos, presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais é grande a possibilidade de que muitos professores não aproveitem o que esta sendo indicado, pois muitas vezes esses mesmos professores, que são responsáveis pelo desenvolvimento de cidadãos críticos, foram vítimas de uma educação preconceituosa e não receberam instruções apropriadas para trabalhar em sala de aula a heterogeneidade cultural, bem como a discriminação racial. Assim, a saída seria promover um ensino que aborde as demandas de pluralidade cultural, procurando uma escola mais democrática, reconhecendo as diferenças culturais de cada um. Nessa definição, é imprescindível, também, uma prudência particular ao livro didático que chega à escola e igualmente à concepção do professor, como intercessor do conhecimento e especialmente como formador de cidadãos.
              Creio que seja possível construir uma sociedade que abrande as ações preconceituosas, já que o oposto é uma utopia, valorizando a diferença como um aspecto positivo à concepção social do aluno, lembrando-se de que as diferenças são jeitos que adicionam para a transmissão do conhecimento. Essa atitude pode ser muito bem desenvolvida na escola, por meio do manuseio de livros didáticos que tratem o assunto aqui debatido com mais propriedade e criticidade. Dessa forma, aprender a fazer uso de uma técnica educativa que estima a heterogeneidade cultural e seja prudente a qualquer forma de discriminação, progredindo nas discussões a respeito das diferenças raciais, é o início do desenvolvimento de uma democracia racial, que até então, só tem no papel e se demonstra altamente discriminatória nos presentes livros didática brasileiros de língua materna.

              Para concluir, retomam-se as expressões do guia Martin Luther King: “Aprendemos a voar como os pássaros, e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos”, entendendo-se a precisão de aprender a conviver com as diferenças, uma vez que só assim é possível promover um ensino comprometido com a valorização do ser humano ao alcance de todos.

 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Pluralidade Cultural e Orientação Sexual, temas transversais, Volume 10. Brasília: SEF, 2000.

BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Representação de temas transversais e ética, Volume 08. Brasília:  SEF, 2000.

CROCHIK, José Leon. Preconceito: indivíduo e cultura. São Paulo: Robe,1997.

DISCINI, Norma; TEIXEIRA, Lucia. Leitura do mundo. São Paulo: Editora do Brasil, 1999.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

MENEGASSI, R. J. A representação do negro no livro didático brasileiro de língua materna. Revista Espaço Acadêmico, n. 36, maio de 2004.

PROENÇA, Graça; HORTA, Regina. A palavra é português. São Paulo: Ática, 1998.






A Educação à Distância é o ...

A Educação à Distância é o ...

... enriquecimento dos espaços de aprendizagem, pois, beneficia o interação entre o aluno e o computador, ou seja, cada estudante é um sujeito ativo, e através destes recursos consegui conhecimentos e esclarece suas dúvidas o mais breve possível. As atividades desenvolvidas em EaD buscam impulsionar o questionamento, a reflexão sobre as próprias ações e especialmente, a colaboração entre os agentes do processo de ensino-aprendizagem. 


Vera Lúcia Pereira de Souza

sexta-feira, 9 de maio de 2014

GÊNERO E DIVERSIDADE

GÊNERO E DIVERSIDADE

SOUZA, Vera Lúcia Pereira de.

No século XX, após milhares de anos, de situação de desigualdade das mulheres, começou a ser modificada, de forma concreta, por meio de leis e tratados. A violência contra a mulher começou a ser rejeitada na Europa, de maneira especial, na Inglaterra. Onde o movimento feminista foi pioneiro, no que diz a respeito de denúncia desse fenômeno de violência contra a mulher, construísse a primeira casa de abrigo da mulher espancada, que foi em 1971(<http://tede.ung.br/bitstream/123456789/426/1/Mar%EF%BF%BD%EF%BF%BD+Anna+Tavares+de+Lima+1.pdf>) .

Em 1975 foi declarado o Ano Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas – ONU e todos os movimentos sociais foram convidados para elaboração de determinações e deliberações internacionais de direitos das mulheres. Em nosso país Brasil esse movimento começou, de forma expressiva, na década de 1980, o fato que orientou a Constituição Federal de 1988 e nas alterações do sistema jurídico nas circunstancia de violência de gênero (<http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-as-mulheres/>). 

A violência contra a mulher é antigo e encontra-se na nossa atualidade. Vários estudiosos explicam isto devido à cultura transmitida, desde a antiguidade, que pregava a superioridade do homem e a inferioridade da mulher.

Assim, acredito que, enquanto a sociedade não colocar a mulher em igualdade reais de condições e não somente em discursos e “leis” pouco eficazes, continuaremos sendo uma sociedade patriarcal e machista.