TRÊS PAÍSES DO CONTINENTE AFRICANO: ERITREIA, BURUNDI e LESOTO.
SOUZA, Vera Lúcia Pereira de Souza
1. ERITREIA
País da África onde vive o dragão de água Cétus, de Reino dos Dragões.
País fica no Chifre da África e tem uma
história milenar.
Praia de uma das ilhas do Mar Vermelho que pertencem à Eritreia
A Eritreia é um país que tem uma costa enorme voltada
para o Mar Vermelho: são quase mil quilômetros de praias! Em um
trecho da costa, arqueólogos descobriram ferramentas de pedra com mais de 125
mil anos, enterradas em corais antigos.
O país tem tantos milênios de história que, lá também,
foram encontrados os restos mais antigos de humanos no
mundo. Em 1995, arqueólogos acharam o crânio de um hominídeo com mais de 1
milhão de anos.
Por ter uma costa muito longa, a Eritreia já foi
conquistada várias vezes por sociedades que chegavam por mar. Atualmente, a cultura
do povo do país tem bastante influência da Itália, já que a região foi dominada
pelo país europeu no século 19.
Fachada de um dos prédios mais
famosos de Asmara, a capital da Eritreia: o Hotel Torino
Até o nome do país tem influência italiana: Mare Erythraeum é o termo em latim para Mar Vermelho. Por ser vastamente banhado
pelo Mare Erythraeum, o país passou a se chamar Eritreia em 1890, quando os
italianos chegaram (e o latim era a língua deles na época).
A Eritreia é este pontinho
vermelho no mapa do continente africano
Ficha do país:
- Capital: Asmara
- Moeda: nakfa.
- População: 5
milhões e 415 mil pessoas.
- Clima: árido
tropical.
- Línguas oficiais: tigrina,
árabe e inglês.
Bandeira
2. HISTÓRIA DA REPÚBLICA DE BURUNDI
A área foi governada pelo
reinado Tutsi do século XVI até a ocupação germânica em 1890, quando foi
incluída na África Germânica do Leste (antigo distrito da África Oriental
Alemã).
Em 1885, na Conferência de
Berlim, as potências europeias dividem entre si a maior parte do Continente
Africano. O território que corresponde ao atual Burundi é colocado na área de
influência da Alemanha.
Quando os primeiros
colonos alemães chegam ao país, as tribos hutus e tutsis viviam em paz e de
forma organizada, sem restrição ao casamento intertribal. À época, a Monarquia
tutsi tinha o apoio hutu.
De 1893 a 1916, como Colônia, a região
utilizou selos da Alemanha, sobretaxados “Deutsche-Ostafrika-Pesa” ou selos
próprios com a inscrição “Deutsche-Ostafrika” – África Oriental Alemã.
Os alemães, no entanto, dão aos tutsis,
de etnia minoritária, o status de elite privilegiada, com acesso exclusivo à
educação, às Forças Armadas e a postos na administração estatal.
Com a derrota alemã na I Guerra
Mundial, tropas belgas ocupam o território em 1916. Burundi é unificado
com o vizinho território de Ruanda ficando
sob tutela da Bélgica, que mantém os
privilégios dos tutsis. Incorporado à Ruanda, tornou-se o território de Ruanda-Urundi.
De 1916 a 1961, seja como ocupação
Belga, mandato da Bélgica ou mandato das Nações Unidas, a região utilizou selos
do Congo-Belga sobretaxados
ou com a inscrição “Ruanda-Urundi”.
Em 1946, a tutela passa para a ONU.
Finalmente, em 1962, Burundi torna-se independente, entretanto com a saída da
força militar belga, a luta pelo poder torna-se um conflito étnico e alcança
toda a sociedade.
A colônia belga de Ruanda-Urundi
tornou-se independente em 1962, como dois novos países: Ruanda e Burundi – que utilizou o nome Royaume de Burundi
até 1966, quando tornou-se República, depois da queda da monarquia tutsi.
O primeiro selo postal de Burundi foi
emitido em 1962 (Scott: 1), com valor facial de 25 centavos e sobrecarga
“Royaume du Burundi”. Ele mostra a espécie Littonia.
Em 1962, uma série de selos comuns do
período colonial de Ruanda-Urundi recebeu a inscrição “Reino do Burundi”
superposta, saudando a independência nacional.
Os ressentimentos acumulados pelos
hutus no período colonial explodem em 1965, quando uma rebelião é brutalmente
esmagada pelo governo. O quadro agrava-se com lutas entre clãs tutsis rivais.
No ano seguinte, a Monarquia é
derrubada por um golpe de Estado liderado pelo Primeiro-ministro Michel
Micombero, que proclama a República e assume a Presidência.
As décadas seguintes são marcadas por
uma sucessão de golpes de Estado e intrigas palacianas entre tutsis, mas que
resultam em perseguição e massacre a hutus, invariavelmente responsabilizados
pelas crises. Entre 1972 e 1988, rebeliões causam a morte de cerca de 200 mil
pessoas.
Em 1991, sob a presidência do major
Pierre Buyoya, a população aprova em plebiscito a Carta de União Nacional, que
assegura igualdade de direitos a todas as etnias. A pacificação fracassa
quando, no mesmo ano, rebeldes hutus invadem a capital, Bujumbura, e matam 114
pessoas.
Os tutsis, em represália, massacram 3
mil hutus, forçando outros 50 mil a fugir para países vizinhos.
Em 1993, o país realiza as primeiras
eleições livres. O candidato oposicionista Melchior Ndadaye, hutu, obtém dois
terços dos votos e forma um governo multiétnico que dura quatro meses.
No mês de outubro do mesmo ano ele é
deposto e fuzilado por oficiais tutsis. Os hutus rebelam-se e massacram tutsis
em várias partes do país. Forças da ONU intervêm e os golpistas recuam.
Em fevereiro de 1994, o hutu Cyprien
Ntaryamira é escolhido para substituir Ndadaye. Dois meses depois, Ntaryamira e
o presidente da vizinha Ruanda, Juvénal Habyarimana, são mortos num atentado
que derruba o avião em que viajavam juntos. Foi o estopim para uma nova fase de
violência, tanto em Burundi quanto em Ruanda.
Em clima de guerra civil, é
constituído, em setembro, um governo de transição chefiado por Sylvestre
Ntibantunganya. Mas os conflitos prosseguem. A ONU calcula que cerca de 50 mil
hutus procuram refúgio na vizinha Tanzânia em 1995.
Em fevereiro de 1996, o enviado
especial da ONU a Burundi, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, pede a
cooperação da comunidade internacional para evitar um genocídio. Antes de
qualquer intervenção estrangeira ser planejada ocorre outro massacre, em 20 de
julho.
Cerca de 300 tutsis, a maioria de
crianças e mulheres que viviam no acampamento de Bugendana (centro do país),
são mortos pelo Exército rebelde liderado pelo hutu Léonard Nyangoma.
Como vingança, o Exército de Burundi,
dominado por tutsis, dá um golpe de Estado em 25/07/1996 e nomeia presidente
Pierre Buyoya, que governara entre 1987 e 1993. Vários países, entre eles
Tanzânia, Quênia, Uganda e Ruanda, impõem sanções econômicas e isolam Burundi.
Em outubro, 37 deputados (de um total
de 81) vão à reabertura do Parlamento, boicotado pela maioria. No final de
1996, 60 mil hutus retornam ao país em consequência da crise política na
República Democrática do Congo (ex-Zaire), onde estavam refugiados.
A escalada contra os hutus em Burundi
continua em 1997. Segundo a oposição, desde a tomada do poder por Buyoya, 50
mil pessoas morreram em razão da violência política.
Localização do país – centro-leste da
África. Parte central da África, Burundi está a Leste da República Democrática
do Congo. Faz fronteira no oeste com o Congo, ao norte com a Ruanda, ao leste e
ao sul com a Tanzânia.
Características – elevações cobertas de
selva e planaltos elevados (maior parte); parte do vale da Grande Fenda (S);
planície do rio Ruzizi; e Lago Tanganica (O).
Cidades principais – Bujumbura, Gitega,
Bururi, Ngozi.
Outras: Bubanza, Cankuzo, Cibitoke,
Karuzi, Kayanza, Kirundo, Makamba, Matongo, Muramvya, Muyinga, Nyanza-Lac, Rumonge,
Rusengo, Rutana, Ruyigi.
Bandeira do País Burundi
3. PAIS LESOTO
O Reino do Lesoto (em inglês: Kingdom of Lesotho; em soto: Muso oa
Lesotho) é um país localizado à África meridional, com um território de 30.355 km2, um pouco
maior que o estado de Alagoas e o Distrito Federal combinados.
Sem saída para
o mar, e uma das poucas monarquias em continente africano, sua capital é
Maseru. Lesoto é um estado constituído dentro do território da África do Sul, portanto, todos os seus
limites territoriais são com aquele país.
As línguas
oficiais são o sesoto (soto) e o inglês, as principais no país.
O cristianismo
é a principal religião, dividido entre vários segmentos.
A moeda local é
o loti. Mais de 99% da população pertence à etnia basotho.
Outros grupos
étnicos incluem europeus, asiáticos e xhosa.
O Governo do
Lesoto é uma monarquia constitucional.
O
primeiro-ministro é o chefe de governo e tem autoridade executiva. O Rei tem
uma função cerimonial, ele não participa ativamente de iniciativas políticas.
Os habitantes originais de Lesoto foram
os povos khoisan (coissã ou bosquímanos, que atualmente habitam o sudoeste da
África, a sul de Angola, Namíbia e África do Sul).
Estes povos são deslocados por ondas de
imigrantes bantu de língua wasja. Povos da etnia soto-tswana vão ocupar a área
gradualmente, entre os séculos III e XI. Por volta de 1820, o reino de
Basutolândia é fundado pelo chefe Moshoeshoe, que reúne vários grupos
para repelir as invasões zulus.
Uma década depois, começam os conflitos
com os colonizadores bôeres, e tropas
britânicas.
Em 1868, após vários conflitos, o
monarca soto recorre aos britânicos para estabelecer um protetorado sobre seu
reino.
Em 1871, sem qualquer consulta popular,
a Basutolândia é anexada à Colônia do Cabo, o que gera revolta da população.
Em 1884, Basutolândia se torna uma
colônia britânica em separado.
Lesoto ganhou a independência da
Grã-Bretanha a 4 de outubro de 1966, com Moshoeshoe II como rei e o chefe
Leabua Jonathan (Partido Nacional Basotho), como primeiro-ministro.
O ex-protetorado britânico teve uma
turbulenta (se não particularmente sangrenta) trajetória de independência com
vários partidos, facções do exército e da família real
competindo pelo poder em golpes e motins.
A posição do rei foi reduzida a um
papel simbólico e unificador.
Atualmente, um governo de coalizão
comanda o país após as inconclusivas eleições de maio 2012. Lesoto depende
da África do Sul como um empregador de sua população, e como comprador de seu
principal recurso natural, a água.
Outra indústria importante no país é a dos diamantes, produto também importante
nas exportações.
Bandeira
do País Lesoto
1. Fonte de Pesquisa: https://www.portasabertas.org.br/cristaosperseguidos/saiba_mais/Eritreia/
2. Fonte de Pesquisa: http://www.suapesquisa.com/paises/burundi/
3. Fonte de Pesquisa: http://www.girafamania.com.br/africano/lesoto.html
2. Fonte de Pesquisa: http://www.suapesquisa.com/paises/burundi/
3. Fonte de Pesquisa: http://www.girafamania.com.br/africano/lesoto.html
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