segunda-feira, 30 de maio de 2011

RELATÓRIO DO 7º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009

RELATÓRIO DO 7º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO - PDE/2009
Relatório de Atividades
Proponente: Vera Lúcia Pereira de Souza

   Título do evento: Educação Profissional para alunos com deficiência intelectual significativa

  Local de realização: NRE: Assis Chateaubriand; Município: Nova Aurora; Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”

   Encontro nº: 07

   Data do Encontro: 13/10/2010


ETAPA 7

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No dia 13/10/2010, aconteceu o sétimo encontro do Grupo de Apoio a Implementação do Projeto na Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”. A professora PDE/09 Vera Lúcia iniciou a primeira atividade com a leitura do texto “Pessoa com deficiência na história: modelos de tratamento e compreensão”, Capítulo I do Livro: Pessoa com Deficiência: Aspectos teóricos e práticos. Onde o mesmo aborda a história da atenção à pessoa com deficiência tem se diferenciado pela segregação, seguida pela conseqüente e gradativa exclusão, sob díspares contextos, dependendo do período histórico focalizado. No transcorrer da História da Humanidade foram se diversificando a visão e a concepção que as diferentes sociedades tinham acerca da pessoa com deficiência. A forma de discorrer e por conseqüência a forma de atuar com relação à pessoa com deficiência enquanto fato e à pessoa com necessidades educacionais especiais enquanto ser, modificaram-se no transcorrer do tempo e das condições sócio-históricas.
Na antiguidade, que é a etapa do extermínio, na Roma e Grécia Antiga, não existem dados objetivos sobre a relação entre a sociedade e a pessoa com deficiência. A pessoa diferente, com restrições funcionais e necessidades individualizadas, era praticamente exterminada por meio do abandono, o que não importava um problema de caráter ético ou moral. (CARVALHO e TURECK, 2006).
Na idade média, etapa da filantropia, com aparecimento do cristianismo e conseqüente constituição e fortalecimento da Igreja Católica passar a existir um novo segmento: o clero. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
As pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente comprometidas, de acordo com os conceitos cristãos, não podiam mais ser exterminadas, já que igualmente eram criaturas de Deus. A política vigorante era a de benefícios. Da mesma forma que na antiguidade, alguns permaneciam a ser usados como fonte de entretenimento, como bobos da corte, como material de exposição, e assim por diante. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
A educação, nesse período, tinha duas vertentes de objetivos: um de caráter religioso visava formar subsídios para o clero. Outra, caracterizada por objetivos característicos caracterizados, dependendo do local e dos valores assumidos pela sociedade, variando de formação para a guerra, até a formação para as artes.
De criaturas obtiveram à condição de Filhos de Deus. Pessoas adoentadas, defeituosas e/ou mentalmente comprometidas (possivelmente pessoas deficientes físicas, sensoriais e mentais), em função da ascensão dos conceitos cristãos, não mais podiam ser exterminadas, já que igualmente eram pessoas de Deus. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
Deste modo, eram visivelmente desconhecidas à própria sorte, dependendo, para sua sobrevivência, da boa vontade e beneficência humana, na melhor condição eram acolhidos em igrejas, conventos, asilos. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006)
Na idade moderna, ocorreram várias mudanças, tanto em termos das composições sociais, políticas e econômicas da sociedade, como nas compreensões filosóficas assumidas na leitura e análise sobre o fato.
No que se refere à deficiência, deu inicio ao surgimento de novos conceitos, concernentes à sua natureza orgânica, produto de origens naturais. Deste modo concebido, passou igualmente a serem abordados por meio da alquimia, da magia e da astrologia, procedimentos da então iniciante medicina, metodologia importante do século XVI. O século XVII foi palco de novos progressos na ciência produzida na área da medicina, o que fortaleceu a tese da organicidade, e ampliou a concepção da deficiência como procedimento natural.
No século XVII, etapa cientifica, denominada tese da organicidade, sendo as ações de tratamento das pessoas com deficiência e tese do desenvolvimento, sendo as ações para as pessoas com deficiência, paradigma da institucionalização.
Na idade contemporânea, com enfoque nos séculos XVIII e XIX, noção de norma e normalidade, tendo como principio norteador, pessoa limitada, mas com potencialidade, capaz, beneficiando um espaço de convivência menos restrito. Começa-se a compreender as probabilidades de aprendizagem da pessoa com deficiência. Desenvolvem-se alternativas para os alunos que, em função de suas necessidades educativas não conseguem se desenvolver no sistema comum de educação. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
Nos anos 60 a 80, etapa da integração, marco referencial da consolidação dos movimentos sociais, tendo como princípios normatizadores a individualização, a normalização e a integração da pessoa com deficiência.
No final dos anos 70 e anos 80, consolidação do paradigma da integração. Parecer de um novo modelo de convívio social. Trabalha-se o aluno com deficiência fora do contexto social, depois de preparado, procura-se integrá-lo na sociedade. Logo a sociedade não se transforma.
Nos anos 90, etapa da inclusão, revolução de valores e costumes, respeito a heterogeneidade humana, modificações na estrutura da sociedade e da educação escolar. Escola inclusiva considera a necessidade de todos os alunos, estruturando-se em função destas necessidades. A composição educativa existente deve ser competente para atender a todos, nos seus díspares níveis de ensino. Escola e educação procuram ajuda para trabalhar a diferença, sem tirá-la da convivência social. No século XXI, inclusão, políticas e intervenções cruciais e afirmativas no procedimento de desenvolvimento do sujeito, e reajuste da realidade social. A proposta especifica da inclusão, especialmente em esfera escolar, é a de ultrapassar as circunstâncias de exclusão, reconhecendo os direitos da heterogeneidade e estimulando a participação social pela na sociedade. (IACONO e SILVA, 2006).
O paradigma da institucionalização foi primeiro a caracterizar a relação da sociedade com a parcela da população formada pelas pessoas com deficiência. Conventos e asilos, acompanhado pelos hospitais psiquiátricos, constituíram-se em lugares de confinamento, em vez de lugares para terapêutica das pessoas com deficiência. Na realidade, tais instituições eram, e muitas vezes ainda o são, pouco mais do que prisões. (CARVALHO, ROCHA e SILVA, 2006).
Diferenciou-se, desde o principio, pela remoção das pessoas com deficiência de suas comunidades de origem e pela manutenção delas em instituições residenciais segregadas, freqüentemente estabelecidas em localidades longínquos de suas famílias.
Por outro lado, há que se recomendar que a década de 60 marcou-se, intensa e fortemente, por um procedimento geral de reflexão e de critica sobre os direitos humanos e, mais designadamente, a respeito dos direitos das minorias, principalmente quanto à reformulação de conceitos e a procura de novas pratica no trato de deficiência.
De maneira geral, admiti-se que pessoas com deficiência precisam sim, de serviços de avaliação e de habilitação proporcionados no contexto de suas comunidades. Porém, ao mesmo tempo, que estas não são as únicas providencia necessário, caso a sociedade anseie manter com essa parcela de seus constituintes uma relação de consideração, de honestidade e de justiça.
Os suportes podem ser de diversos tipos (social, econômico, físico, instrumental) e apresentam como papel favorecer a construção de um processo que se passou a designar inclusão social.
A inclusão social não é uma metodologia que abrange exclusivamente um lado, mas sim um procedimento bidirecional, que abrange atuações junto à pessoa com necessidades educacionais especiais e ações junto à sociedade. O conceito da inclusão prevê interferências determinantes e afirmativas, tanto no procedimento de desenvolvimento do sujeito, quanto no processo de reajuste do fato social. Em seguida os participantes responderam aos questionamentos: 
a) Se na Idade Antiga as pessoas com deficiência eram vistas como “Coisas”. Na Idade Média obtiveram o status de “Filhos de Deus”. A partir da Idade Moderna a pessoa com deficiência, aos poucos, passou a ser reconhecida como “ser humano” que necessita de tratamento e investimentos para o seu completo desenvolvimento. 
b) Com base nos seus próprios conhecimentos, como são vistas as pessoas com deficiência hoje em dia na sua realidade social? 
c) Quais são os desafios que hoje em dia enfrentamos considerando que não é possível alterar o passado, contudo, ao mesmo tempo, imprescindível construir o futuro?
Na segunda atividade foi à apresentação dos vídeos: O Direito à saúde e o Estatuto do Idoso, Lei de acessibilidade para portadores de deficiência é descumprida em MG, Série Eficientes: mudança de atitude pessoal é importante para pessoa com deficiência ocupar mercado. Após assistirem aos vídeos os participantes responderam as questões: 
a) Apesar dos avanços científicos, legais e jurídicos os quais, sem dúvida alguma, versaram em verdadeiras alavancas à promoção de políticas públicas nestas áreas, longe estamos do atendimento íntegro às necessidades básicas daqueles que as compõem, fato este o qual se torna mais sério ainda, se adicionado aos inaceitáveis preconceitos de toda a espécie incididos da própria sociedade a qual se encontram inseridos. Essa afirmação esta correta?
Na terceira atividade, foi apresentado o vídeo Motivação e Liderança para Educadores e Professores, onde o mesmo apresentou uma dinâmica de motivação voltada aos professores, sendo que, um professor motivado consegue despertar dentro de si o espírito de liderança e transmite para seus alunos essa postura fundamental para um bom educador em sala de aula.
Todos participaram de todas as atividades com muita dedicação e sempre abertos para aprendizagem em grupo.
No sétimo encontro participaram 15 cursistas (professores e funcionários) da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”.



Vera Lúcia Pereira de Souza
Professora PDE/2009

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