FACULDADE
DE PINHAIS
VERA LÚCIA
PEREIRA DE SOUZA
OFICINAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
PINHAIS –
PR
2011
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OFICINAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
Trabalho de Conclusão de curso apresentado
ao curso de Pós-Graduação das Faculdades de Pinhais como requisito em
Especialização em Arte, Educação e Terapia.
Profª Orientadora: Angela
Helena Zatti
PINHAIS –
PR
2011
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VERA LÚCIA
PEREIRA DE SOUZA
OFICINAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
Trabalho
de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção de título de
Licenciatura no curso de Pedagogia das Faculdades de Pinhais – FAPI.
Aprovada em de de 2011.
Componentes
da Banca Examinadora:
Faculdade de Pinhais
Nome do Professor
Faculdade de Pinhais
Nome do Professor
Faculdade de Pinhais
Nome do Professor
PINHAIS –
PR
2011
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Dedicatória
A Deus,
aos meus pais que sempre acreditaram em no meu trabalho e aos meus familiares
que tiveram muita paciência e me ajudaram muito sempre que solicitados e aos
alunos com deficiência intelectual, que me motivaram fazer este material.
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A minha
orientadora Professora Angela Helena Zatti, uma professora que aprendi a admirar por sua competência
técnica e paciência.
Aos professores
do Curso de Especialização Arte, Educação e Terapia, mestres que me ajudaram
muito a compreender que a educação é o caminho para uma sociedade justa e
igualitária.
Á FAPI,
local que me possibilitou construir este trabalho, e na qual acredito muito,
seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje
vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e
ético aqui presente.
A Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de Nova Aurora, PR., mantenedora da
Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”, pelo apoio para realização desse
trabalho.
Aos alunos das
oficinas de educação profissional, razão dessa pesquisa.
A
monitora do Pólo de Nova Aurora Professora Zilene Aparecida de Carvalho
Francisco, que sempre me atendeu com muita dedicação e carinho.
A
todos que de uma forma ou outra se fizeram importante e presente nesta minha
caminhada.
“Educar é construir, é libertar o ser humano das
cadeias do determinismo.”
Paulo Freire
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A inclusão é um processo pelo
qual a sociedade se adapta para permitir a participação das pessoas em todos os
seus setores, inclusive, daquelas pessoas com deficiência intelectual, e estas,
por sua vez, se preparam para assumir seus papéis na sociedade. O ingresso ao
mercado de trabalho é um dos aspectos da profissionalização, em um contexto
sócio-histórico, considerando inclusive o aspecto concernente à legislação que
regula a matéria no direito pátrio.
O objetivo desse Plano de
Trabalho é levantar, quais são os métodos que vem sendo seguidos para a
inclusão da pessoa com deficiência intelectual nas Oficinas Pedagógicas e as
eventuais dificuldades encontradas nesse processo. Embora a questão do trabalho
permeie todas as fases da escolaridade e níveis de educação, a Oficina
Pedagógica é a instancia responsável pela primeira fase – iniciação para o
Trabalho, historicamente desempenhada nas escolas especiais governamentais, ou
nas não governamentais. Cabe a ela o ensino de competências e habilidades
básicas, essenciais para o funcionamento do aluno em todas as instancias da
vida em sociedade, e especificamente, na instancia do mundo ocupacional. Assim,
ao invés de se investir no ensino de uma atividade profissional peculiar, esta
carecerá ser uma atividade-meio para o ensino das competências e habilidades
básicas. Portanto, ao planejarmos um programa de habilitação profissional,
devemos atentar para um planejamento curricular que possibilite o pleno
desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual como ser humano.
Palavras-Chaves: Oficinas
Pedagógicas, Educação Profissional, pessoa com deficiência intelectual
significativa.
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São
constantes as inquietações dos professores em relação às dificuldades de
aprendizagem demonstradas pelos alunos com deficiência intelectual
significativa das turmas das Oficinas Pedagógicas da Escola de Educação
Especial “Novo Amanhecer”, do município de Nova Aurora. Tais inquietações
sugerem certa insatisfação dos professores que ali atuam, o que pode estar
relacionado ao sentimento de impotência em obter melhores resultados na
inclusão desses alunos no processo produtivo.
Dessa
forma, espera-se que o estudo da fundamentação teórica que ora se propõe, as
discussões do grupo relacionando o estudo a sua prática nas Oficinas
Pedagógicas e as atividades apresentadas possam contribuir para que esses
profissionais consigam intervir qualitativamente no processo
ensino-aprendizagem dos alunos.
A
escola, além do papel fundamental de instrumentalizar o aluno com os
conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, deve oportunizar o
desenvolvimento de suas potencialidades e promover a inclusão do aluno com
deficiência na sociedade, através de ações conjuntas com a família e a comunidade.
Portanto,
é imprescindível a formação continuada dos professores, a fim de que estes
possam compreender melhor a sua prática e buscar alternativas pedagógicas que
visem atender as necessidades específicas de cada aluno.
Assim,
este material tem o intuito de subsidiar o professor das Oficinas Pedagógicas
com fundamentação teórica relacionada ao tema, promover discussões sobre a
prática docente e contribuir para a análise das estratégias de
ensino-aprendizagem e atividades funcionais desenvolvidas com os alunos que
possuem deficiência intelectual. Estas atividades visam oportunizar aos alunos,
além da vivência de tarefas do cotidiano no espaço escolar, a aquisição de
comportamentos adequados para a convivência social. Dentre outras atividades
desenvolvidas, podemos destacar as atividades de vida prática - AVPs e as
atividades de vida diária - AVDs.
Destaca-se que este material é
dedicado a você professor e é produto de um trabalho de pesquisa à luz de
Amaro, Gadotti, Estaban, Marx, Rosa, Sassaki, Iacono, Tureck, Kuenzer, dentre
outros, além da consulta à legislação nacional e
documentos internacionais que instituíram direitos
às pessoas com deficiência em nosso país.
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Não se tem a pretensão de esgotar o
tema, tampouco apresentar respostas. Trata-se de um documento que oferece dados
para a reflexão e sugestões de atividades a serem desenvolvidas com os alunos
que apresentam deficiência intelectual significativa, matriculados nas Oficinas
Pedagógicas.
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INTRODUÇÃO
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FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA..........................................................
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CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL ..............................................
AVALIAÇÃO ECOLÓGICA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL
................
4.1 AVALIAÇÃO
ECOLÓGICA...........................................................
4.2 AVALIAÇÃO
FUNCIONAL............................................................
ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES
............................................
ATIVIDADES
......................................................................................
PROPOSTAS DE ATIVIDADES DE OFICINAS
PEDAGÓGICAS ....
7.1 ATIVIDADES
DE VIDA DIÁRIA..................................................
7.2 ATIVIDADES
DE VIDA PRÁTICA...............................................
7.3 PLANEJAMENTO:
OFICINAS PEDAGÓGICAS .......................
7.4 PLANEJAMENTO:
ATIVIDADES DE VIDA
DIÁRIA E VIDA
PRÁTICA
..................................................................................
REFERÊNCIAS.................................................................................
ANEXOS...........................................................................................
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1 INTRODUÇÃO
O
acesso ao trabalho é tema recorrente nos documentos nacionais e internacionais,
sobretudo quando se trata da promoção de oportunidades de trabalho às pessoas
que possuem deficiência. Dentre outros documentos legais, destacamos a
Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2007), que em
seu artigo 27 dispõe que
Os
Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência ao trabalho, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Este direito abrange o
direito à oportunidade de se manter com um trabalho de sua livre escolha ou
aceitação no mercado laboral, em ambiente de trabalho que seja aberto,
inclusivo e acessível a pessoas com deficiência.
Na
mesma perspectiva, a Lei nº 8.213, que desde 1991, constitui importante
instrumento para a inserção das pessoas com deficiência, pois define a reserva
legal de cargos e empregos públicos e postos de trabalho. Porém, somente com o
Decreto 3.258/99, foram fixados os parâmetros de cada tipo de deficiência e as
determinações legais passaram a ter certa efetividade. Além disso, o referido
decreto estabeleceu competência ao Ministério do Trabalho e Emprego para
fiscalizar o cumprimento da lei nas empresas privadas.
Como
se pode ver, diversos mecanismos e instrumentos formais vêm estimulando a
inserção da pessoa com deficiência no processo produtivo, contudo, a lógica do
sistema capitalista, repleta de contradições, tem como matriz a produção da
mais valia, visto que, para se manter nessa ordem, o detentor dos meios de
produção necessita obter o máximo de lucro e reduzir os seus gastos para fazer
frente à concorrência. Não obstante,
(...) o
Brasil possui uma das maiores populações de portadores de deficiência do mundo
(16 milhões de pessoas) e uma das menores taxas de participação no mercado de
trabalho. Segundo estimativas disponíveis, 9 milhões estão em idade de
trabalhar. Destes, os que trabalham no mercado formal somam cerca de 2%. (PASTORE,
2000, p. 07).
Não
é difícil conceber que, nesse contexto, a pessoa com deficiência encontra-se
duplamente em desvantagem: primeiro porque compõe, em sua grande maioria, a
classe trabalhadora, expropriada dos bens materiais e culturais; em seguida
porque para fazer jus à condição trabalhador, muitas vezes necessita da remoção
de barreiras arquitetônicas que encarecem o processo e dificultam o cumprimento
dos dispositivos legais.
No contexto da sociedade atual, tem-se presenciado uma
série de ações afirmativas do Estado que visam garantir tratamento igualitário
às pessoas com deficiência no âmbito da educação, do trabalho e da sociedade em
geral. Todavia, o processo histórico de exclusão imposto a este grupo requer
profundas mudanças estruturais, de consciência e de comportamento.
Assim, buscando refletir sobre esse contexto e as
implicações para que a pessoa com deficiência, consiga se inserir e participar
ativamente da vida social propõe-se o presente estudo, fazendo um recorte para
analisar a função social e o funcionamento das Oficinas Pedagógicas da escola
especial Novo Amanhecer, de Nova Aurora.
Além de propor o estudo da fundamentação teórica, este material
apresenta também uma proposta de currículo funcional natural, um formulário para
a avaliação ecológica e funcional, orientações aos professores e propostas de
atividades voltadas aos alunos das oficinas pedagógicas, tais como: atividades
de vida diária e atividades de vida prática. Destaca-se que serão organizados
momentos para oportunizar o planejamento coletivo dessas atividades.
2 FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
O
processo de exclusão das pessoas com deficiência se apresenta de diferentes
formas ao longo do processo histórico. Para fazer essa análise, valemo-nos do
trabalho realizado por Bianchetti (1998), no qual o autor traça as principais
características do tratamento voltado à pessoa com deficiência nos diferentes
modos de produção.
Diz
o autor referindo-se às sociedades primitivas:
Uma das características básicas desses povos era o nomadismo,
sendo que o atendimento das suas necessidades estava totalmente na dependência
do que a natureza lhes proporcionava, como por exemplo, a caça e a pesca no
tocante à alimentação e as cavernas para se abrigar. (BIANCHETTI, 1998, p. 28).
Em
razão disso, o homem não tinha controle sobre a natureza e necessitava
locomover-se com freqüência, forçando cada um a encontrar suas alternativas de
sobrevivência e a colaborar com o grupo. Aqueles que não apresentavam condições
para prover a sua sobrevivência, eram considerados um estorvo e por isso
estavam condenados ao abandono.
Nas
sociedades escravistas evidencia-se a cisão entre os homens livres e os
escravos. As atividades predominantes nesse período foram às guerras e, por
essa razão, essa sociedade supervalorizou o corpo. Era necessário formar o
guerreiro e dispor do escravo. Assim, “se, ao nascer, a criança apresentasse
qualquer manifestação que pudesse atentar contra o ideal prevalecente, era
eliminada”. (BIANCHETTI, 1998, p. 29).
No
período feudal a concepção ateniense é substituída pela teologia cristã, que
dicotomiza o ser humano em corpo e alma. Nesse modelo, a pessoa que não se
enquadrava no padrão estabelecido passou a ter o direito à vida, todavia,
tornou-se alvo do estigma moralizador cristão, atribuindo-lhe o fardo do
pecado. Ao mesmo tempo em que o corpo era entendido como o abrigo da alma,
atribuía-se-lhe um caráter diabólico, passível de exorcismo, de purificação ou
de cura.
A
passagem do feudalismo ao capitalismo se deu mediante profundas transformações
na ordem social e que repercutem na própria constituição do sujeito. Assim
argumentam Carvalho e Orso (2006):
Ao longo da existência humana, os homens, através
das constantes lutas para produzir os meios de vida, vêm vivenciando diferentes
formas de organização social. A forma de propriedade dos meios de produção e a
relação de trabalho existente, caracterizam os períodos históricos. Com o
estabelecimento das sociedades classistas, a história da humanidade passou a
ser determinada a partir do desenvolvimento das contradições entre as
antagônicas classes, presentes em cada modo de produção. (p 157).
Bianchetti
(1998, p. 34) destaca que “nenhuma classe social, e muito menos a burguesia,
passa de dominante à hegemônica se não conseguir se apossar de todos os
aparatos que compõem uma sociedade e lhe dar sua direção”. E é a partir do
século XVI que a burguesia passa a introjetar todo o seu ideário liberal,
voltado à mercantilização e acumulação. O século XVIII, caracteriza-se pela
ditadura da máquina, visto que o ritmo do corpo sujeitava-se à velocidade
imposta pela produção em série.
Essa
forma de organização do trabalho vem declinando, dando espaço a um
(...) novo paradigma de produção, assentado na integração e na
flexibilidade dos sistemas produtivos, onde potencialmente estariam dadas as
condições para todos os homens e mulheres desfrutarem igualmente dos avanços e
conquistas da ciência e da tecnologia, a partir da objetivação da inteligência
humana nas máquinas. (BIANCHETTI, 1998, p. 39).
Chega-se
então ao contexto atual e o que vislumbra-se é uma sociedade que explicita
ranços das diferentes visões históricas aqui apresentadas, associados às
contradições do capitalismo que produz a exclusão em massa e precariza as relações
humanas na medida em que torna tudo e todos suscetíveis à lógica do mercado.
Como
poderemos situar a escola e a educação da pessoa com deficiência na conjuntura
do modelo vigente?
Precedentemente, faz-se uma reflexão
sobre os postulados da psicologia histórico-cultural, que tem como
principais representantes Vigotski, Leontiev e Luria, os quais formam a Tríade
Soviética.
Esses
autores defendem a socialização como elemento fundamental para o
desenvolvimento das potencialidades humanas. Não ignoram a importância da
evolução e da biologia na constituição do ser humano, entretanto, destacam que
as leis sócio-históricas são determinantes, considerando que o homem é um ser
social.
O
homem necessita passar por um processo chamado de humanização para que se torne
essencialmente um homem. Por meio desse processo de transmissão de toda cultura
humana produzida historicamente, o homem se apropria dos valores,
comportamentos e conhecimentos elaborados pelo conjunto dos homens, passados de
uma geração à outra. Entretanto, Leontiev (2004) demonstra que as aquisições do
desenvolvimento histórico das aptidões humanas não estão dadas aos homens, elas
são suscetíveis de apropriação pelo homem, que para tal necessita da
intermediação de outro homem.
Dessa
forma, na perspectiva histórico-cultual, o processo de aprendizagem se dá pelo
acesso ao conhecimento produzido pela humanidade. Para Leontiev (1978) citado
por Carvalho, Rocha e Silva (2006), “este processo realiza-se na atividade que
a criança emprega relativamente aos objetos e fenômenos do mundo circundante,
nos quais se concretizam estes legados da humanidade”. (p. 51).
Ainda, para esses autores,
(...) o educando não deve
ser analisado como um indivíduo isolado, mas como alguém que possui um
desenvolvimento condicionado por múltiplos determinantes, os quais são
estabelecidos por fatores econômicos, políticos, sociais e culturais presentes
um determinado momento histórico (p.52).
Seguindo
o mesmo raciocínio, a escola, analisada num contexto histórico geral, é determinada
pela sociedade em que está inserida, ou seja, toda sua estrutura e organização
curricular é influenciada pelo modelo social vigente. O modo de produção
capitalista, dividido em classes, com interesses antagônicos, utiliza a escola,
segundo Althusser (1970), como mecanismo de reprodução e conservação do status quo.
No
entanto, Saviani (1984) destaca que a educação precisa superar tanto o poder
ilusório caracterizado pelas teorias não-críticas, que desconhecem a
determinações sociais no processo educativo, como a impotência das teorias
crítico-reprodutivistas, nas quais há uma percepção da dependência da educação
em relação à sociedade, mas que se limitam à análise da reprodução.
Defende
ainda o referido autor, que a escola pode caracterizar-se como um instrumento
capaz de contribuir para a superação da marginalidade quando valoriza
(...) os conteúdos que apontam para uma pedagogia
revolucionária; pedagogia revolucionária esta que identifica as propostas
burguesas como elementos de recomposição de mecanismos hegemônicos e se dispõe
a lutar concretamente contra a recomposição desses mecanismos de hegemonia, no
sentido de abrir espaço para as forças emergentes da sociedade, para as forças
populares, para que a escola se insira no processo mais amplo de construção de
uma nova sociedade (SAVIANI, 1984, p. 63)
Promover
a inclusão, portanto, não é exclusivamente admitir que o aluno com deficiência
esteja matriculado no ensino comum, mas sim garantir que lhe sejam
proporcionadas condições de aprendizagem. Assim, a acessibilidade pode ser
definida como condição de ingresso e uso de determinado lugar.
O
Decreto Federal 5296/2004 define acessibilidade como “condição para utilização,
com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos
dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida”.
Ao
analisar a legislação educacional brasileira, no que tange as políticas de
inclusão, percebe-se um movimento de concordância com uma linha inclusiva de
educação ao defender que a pessoa com deficiência deve estar na escola comum,
mas sabe-se que a problemática da inclusão vai além do que indicam os
documentos oficiais que fundamentam as diretrizes educativas.
Na
prática, depara-se com inúmeras dificuldades para que a política de inclusão se
torne realidade em nossas escolas. Cabe
à sociedade e à escola eliminar com as barreiras físicas e atitudinais para que
as pessoas com deficiência tenham, de fato, o acesso aos serviços, aos espaços,
às informações e a todos os bens imprescindíveis para o seu desenvolvimento
pessoal, social, educacional e profissional.
A educação profissional tem como
objetivo a inserção efetiva da pessoa com deficiência na sociedade por meio do
trabalho, proporcionando-lhe um conjunto de habilidades para que possa atuar de
forma autônoma, tendo domínio básico das novas tecnologias e conhecimento sobre
as possíveis atividades profissionais que poderá desenvolver.
Nesse sentido, os profissionais que
atuam nas Oficinas Pedagógicas da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”,
conscientes de seu papel mediador, vêm desenvolvendo as suas atividades com
vistas à inclusão profissional da pessoa com deficiência intelectual
significativa.
Assim, o currículo de educação
profissional não pode ser fechado e rígido, sob pena de ser inoperante no que
se refere ao preparo do aluno com deficiência para agir no mundo ocupacional.
Há que se definir as capacidades que o aluno com deficiência necessita se apropriar,
especificando uma área determinada e conduzir o aprendizado nessa direção.
O plano individualizado, na
perspectiva da educação profissional, adotará um roteiro de acordo com as capacidades
e limitações apresentadas pelo educando com deficiência. Há também que se
ponderar, na avaliação profissional, os fatores de empregabilidade, o perfil
que o processo produtivo local exige, sua demanda e também as exigências.
Segundo Sassaki (1993) a avaliação
para o trabalho tem os seguintes objetivos: identificar as capacidades e
habilidades do educando com deficiência mental; averiguar os aspectos pessoais,
sociais e profissionais; direcionar e adaptar os programas a serem
desenvolvidos; definir a elegibilidade do candidato aos programas de educação
profissional; identificar as capacidades psicomotoras, comunicativas, de vida
diária, social e conceitual.
Ainda segundo o mesmo autor, na
avaliação para o trabalho são desempenhados os seguintes passos: comprovação das
informações dos programas anteriores e das referências analisadas de outros
profissionais, tais como: nível máximo de escolaridade, saúde física e
psicológica, capacidades adquiridas, orientação espacial, autonomia na
locomoção e utilização de transportes coletivos.
Destaca-se também a realização de
entrevistas com a própria pessoa com deficiência intelectual (dependendo do
nível de deficiência, a entrevista será realizado com auxílio do responsável),
para obter informações referentes à situação de trabalho ou ocupação, histórias
de trabalho no passado, história pessoal ou ocupação, história médica, história
da família, sendo que a função destas entrevistas é a de averiguar o interesse
da pessoa com deficiência em tornar-se sujeito desse processo.
A avaliação para o trabalho é um dos
passos mais importantes porque permite verificar aspectos pessoais, emocionais
e sociais, além de possibilitar a verificação das capacidades específicas para
a realização de tarefas, possibilitando assim, a inclusão.
Diante das exigências do sistema
capitalista, depara-se com a dificuldade enfrentada pela pessoa com deficiência
intelectual, que por vezes, não consegue atingir um grau de desenvolvimento que
lhe permita iniciar e concluir o processo educacional profissionalizante, afim
de que seja encaminhada ao processo produtivo.
Assim, esse aluno é encaminhado para
programas que visem o desenvolvimento de habilidades para a vida,
proporcionando-lhe o máximo de autonomia possível. Tais programas objetivam
auxiliar a pessoa com deficiência intelectual nas suas atividades da vida
diária, na higiene, na alimentação e nos cuidados pessoais, que incluem o ato
de vestir-se, locomover-se com segurança, a preparação de comida e o
desenvolvimento da comunicação.
Tendo em vista as características
das pessoas com deficiência atendidas pelas oficinas pedagógicas, a flexibilidade
curricular revela-se positiva, uma vez que foca nas necessidades específicas
dos alunos com deficiência. Além disso, a necessidade da adequação curricular
se expressa no seguinte texto da proposta curricular do MEC para jovens e
adultos (RIBEIRO, 1999):
Qualquer
projeto de educação fundamental orienta-se, implícita ou explicitamente, por
concepções sobre o tipo de pessoa e de sociedade que se considera desejável,
por julgamentos sobre quais elementos da cultura são mais valiosos e
essenciais. O currículo é o lugar onde esses princípios gerais devem ser
explícitos e sintetizados em objetos que orientem a ação educativa. (p.15).
“Assim, as Oficinas Pedagógicas devem ser o
espaço educacional que dão continuidade a esse processo permanente,
destacando-se pela especificidade de objetivos, voltados para a formação do
aluno para atuação no mundo produtivo, ou seja, para a capacitação do aluno
para o desenvolvimento de atividade econômica, na qual possa fazer uso de suas
qualificações ou aptidões profissionais, à luz de perspectivas de emprego /
trabalho”. (BRASIL, 2000).
3 CURRÍCULO
FUNCIONAL NATURAL
Segundo LeBlanc (1992), Currículo
Funcional Natural é educar conhecimentos e aptidões que possam ser utilizadas
pelo estudante, que se constituam vantajosos em vários espaços e
conseqüentemente úteis em sua vida, contribuindo para que estes sejam mais
autônomos, produtivos e felizes. A palavra Funcional expressa eleger objetivos
educacionais com ênfase no que é útil para o estudante na ocasião, num futuro
não muito longínquo e que possam continuar sendo úteis em sua vida. A palavra
“Natural” reveste-se do significado de ensinar no espaço em que, normalmente, o
episódio ocorre ou em circunstância semelhante ao que advém no mundo real.
“Aprender fazendo” produz a manutenção do que se estuda. Quando se estuda com
os conhecimentos do mundo, dificilmente esquece-se e o que se aprende é o que
se pratica, quando se depara uma mesma situação.
O autor considera ainda o uso de
apoios naturais como os mais apropriados para sustentar a conduta aprendida, o “Enfoque
Amigo”, cujo princípio supõe que os amigos sejam apoios importantes, porque
eles são fontes de garantia social. Dessa forma, os especialistas centralizam
sua vigilância em discorrer com os estudantes de forma natural, como
discorreríamos com qualquer amigo e não como autoridades.
Destaca ainda o referido autor, que
o ensino seja interativo e não diretivo, como habitualmente ocorre no ensino e enfatiza
que os alunos com deficiência severa podem aprender.
Responsabiliza os programas de
ensino por ensinar, independentemente da severidade da deficiência ou da
existência de fala funcional. Refere-se aos estudantes como aptos de mostrar
seus sentimentos, se lhes fizermos a indagação correta e formos sensíveis às
suas respostas não orais. Dessa forma, perguntar aos estudantes “como se
sentem” e “o que fazem atualmente” são perguntas que, facilmente fazemos aos nossos
amigos e devem ser feitas do mesmo modo a eles. (LEBLANC, 1992).
O Currículo Funcional Natural é a
metodologia seguida pelo Centro Ann Sullivan do Peru desde 1979, fundado e
orientado pela Dra Liliana Mayo.
A Abordagem Ecológica (Cardoso,
1997) é uma proposta comunitária participativa, culturalmente ajustada e
apoiada no conhecimento do aluno, de seu meio e das relações mútuas entre os
mesmos. Nessa abordagem, o aluno é analisado nas diversas dimensões: biológica,
social, cognitiva e espiritual, tendo em vista o desenvolvimento do aluno com
essas dimensões inter-relacionadas.
Falvey (1986) descreveu que a
avaliação e o currículo do estudante com desvantagem (severa) precisam ser
funcionais, adequados à idade cronológica e refletir mudanças. Segundo a
autora, a avaliação carece ser adequada à idade cronológica do aluno e medir os
desempenhos esperados por pessoas que não apresentam deficiência naquela mesma
idade. Isto significa propor atividades que são desempenhadas por pessoas sem
deficiência, naquela idade, abandonando, assim, a idade intelectual do aluno.
A avaliação e o currículo precisa-se
refletir as necessidades do estudante, considerando mudanças, isto é, deve-se
preparar o aluno para espaços, perspectivas, normas, regras e outras fases seguintes.
Considera-se que a avaliação e o currículo necessitam ser fundamentados no
anseio, necessidades, prioridades e no meio cultural em que o aluno habita. Fez
citação aos alunos com significativa dificuldade de comunicação que necessitam
ser consideradas táticas para conseguir dados sobre suas prioridades como: a
reação do aluno nos vários espaços, os materiais empregados, as atividades,
pessoas envolvidas e outros “estímulos”. Destacou igualmente, a coleta de
subsídios com pais, irmãos e outras pessoas expressivas. Avaliou como
modificável, no processo de avaliação, o material usado com o aluno.
Deste modo, o desconhecimento do
material oferecido ao aluno, na avaliação, pode esconder um julgamento já
obtido em sua vida por ignorar o material empregado e, como seqüela, não
concretizar a resposta apropriada. (FALVEY 1986).
Donnellan e Neal (1986) narram sobre
as novas expectativas na educação de alunos com autismo e condições idênticas
em indivíduos que apresentem incapacidade severa, num período em que a
educação, na escola pública, começa a ser debatida e começam a aparecer
resultados positivos ocorridos desse trabalho. Narram sobre os avanços atuais
do currículo funcional nas análises, proporcionando a essas pessoas, evoluções
significativas no manejo da conduta, no treino de habilidades sociais e no
campo educativo.
A respeito do processo de avaliação
funcional, destaca a importância em definir o funcionamento do aluno nos diversos ambientes, necessitando ser feita uma
relação de ambientes normalmente utilizados e que os ambientes comunitários e a
casa do aluno são prioritários em relação ao ambiente escolar. Precisam ser
feitas adequações para auxiliar o aluno no seu desempenho e requer, dos alunos,
um eficaz desempenho nesses ambientes para lidar com resultados. Explana os
procedimentos dos alunos como uma forma
de anunciar suas precisões e que cada um deles se expressa de uma forma
distinta produzindo um efeito desejável ou não. As tarefas devem ser adequadas
à idade cronológica e não
devem ser usadas tarefas que seriam compatíveis com uma idade menor do que o
aluno tem. (DONNELLAN e NEAL, 1986).
Os autores supracitados, ressaltam
ainda que as instruções e o ensino precisam ocorrer no contexto real onde o
episódio acontece, dando ao aluno a
ajuda e o diálogo necessário
para aprimorar seu desempenho. Explanam sobre a importância do hábito e que os
sinais de princípio e término podem ser naturais, como ocorre a todas as
pessoas e que, nessa rotina prática. As habilidades de coordenação motora fina
e grossa, comunicação, auto-ajuda e atividades pré-acadêmicas estão incluídas.
Em síntese, um currículo ideal precisa conter um programa de impacto.
Definir metas operacionais,
mensurar, nos ambientes, o funcionamento do aluno em comunicação, auto-ajuda,
entretenimento, tempo livre e as mudanças são ações importantes. Verificar como
utiliza os espaços. As ajudas que o aluno precisa nesses ambientes. Destaque em
um programa positivo e intercessões não aversivas.
Filosofia: Tratar como pessoa e educar
para a vida (Cuccovia, 2003)
O Que é Tratar Como
Pessoa
|
O Que é Educar Para a
Vida
|
Confiar na idade que
apresento
|
É ensinar habilidades
ajustadas com a minha idade
|
Admitir que exponha meus
anseios
|
É ensinar uma opção de
comunicação
|
Respeitar o que desejo
fazer
|
É instruir atividades de
vida (Trabalho)
|
Mostrar fronteiras,
direitos e obrigações
|
É instruir como funciona
meu mundo
|
De
acordo com Miura
O desenvolvimento de um Currículo Funcional Natural
(CFN) para pessoas com necessidades educacionais especiais fundamenta-se numa
filosofia de educação que determina a forma e o conteúdo de um currículo
adequado às características individuais. Requer uma metodologia instrucional
que enfatiza a aplicação do conhecimento e habilidades em contexto real.
(MIURA, 2008, p.155)
Trata-se,
portanto, de um ensino que oferece oportunidades naturais para os alunos
aprenderem o que é importante para torná-los mais independentes, produtivos,
felizes e competentes, em diversos contextos da vida em comunidade, como o
vocacional, acadêmico, recreativo, esportivo, familiar e de auto-cuidados.
4
AVALIAÇÃO ECOLÓGICA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL
4.1
AVALIAÇÃO ECOLÓGICA
Esta
forma de avaliar foi complementada pela abordagem sócio-cultural ecológica
(Bornfrenbrenner, 1996) cuja evidência não foi dada na deficiência, perda ou
limitação, mas nas necessidades do educando com deficiência, na transformação
do meio, nos instrumentos e recursos materiais para que se atinjam níveis mais
elevados de aprendizagem. É sócio-cultural, porque procura incluir os eventos
individuais com os outros planos da cultura, das práticas sociais e
institucionais.
Adota-se
neste Caderno Pedagógico essa forma sistêmica que a abordagem ecológica usa
para avaliar, fundamentada nos estudos do autor supra mencionado, cuja raiz
está na perspectiva sócio-histórica de Vigotsky e concebe a construção do
sujeito como uma ação dialética complexa: produto de uma metodologia de
desenvolvimento aprofundado nas ligações entre a história particular e a história
social. (VIGOTSKY, 1989).
Chama-se
ecológica, de acordo com Bronfenbrenner (1996), porque está preocupada com as
inter-relações dos organismos com o seu espaço. A avaliação se dá na relação
com as outras pessoas, no conjunto e no espaço natural. Busca compreender o
sistema e a cultura em que o educando especial e sua família vive. A avaliação
ecológica consiste em elaborar um mapa do sistema: forças, barreiras,
necessidades, apoios e desafios. Usa-se, para diagnóstico e interpretação dos
dados de avaliação, de variáveis comunicativas de nível intrapessoal,
interpessoal e grupal; variáveis situacionais, nas quais os materiais, o
ambiente e tempo são rearranjados no argumento natural.
4.2
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
É uma metodologia de avaliação qualitativa
e contínua, através da observação informal e natural do educando com
deficiência em todas as situações de vida e atividades habituais. Tem por
objetivo obter dados sobre o funcionamento do aluno, compreender todas as
possibilidades globais e verificar as necessidades específicas e dificuldades
que intervém no processo de desenvolvimento e aprendizagem. (SACRISTÁN 1998).
Chama-se funcional porque não avalia
apenas o educando, mas procura entender o que pode ser útil e funcional para
melhorar o desempenho global, o acesso ao conhecimento, garantindo assim, a
melhoria e qualidade de vida do educando e seus familiares.
Trata-se de um diagnóstico
pedagógico com fim formativo, que de acordo com Sacristán (1998), serve à
tomada de consciência e auxilia a refletir sobre o processo de intervenção, no
planejamento de atividades e compreender como o educando está avançando;
permite ainda inserir alternativas, correções ou reforçar certos aspectos.
Esse processo reflete e expressa à
avaliação em múltiplas dimensões: na interação e comunicação, nos aspectos
visuais, sensório-motor e perceptivo; cognitivos, função simbólica e formação
de conceitos; hábitos sociais, de independência e higiene, interesses,
mobilidade, brinquedos e necessidades específicas para adaptação escolar. (SACRISTÁN
1998).
Segundo o autor supracitado, a
ênfase não é dada na deficiência, perda ou limitação; mas na modificação do
meio, na utilização dos recursos específicos, nas atividades e estratégias
metodológicas, na adaptação dos brinquedos, jogos, materiais escolares e na
estruturação e organização do ambiente. De forma que beneficie ao máximo a
aprendizagem do educando.
Ainda, segundo o mesmo autor, a avaliação
funcional pode ser desempenhada por meio de entrevistas, protocolos de observações,
testes e fichas de registros. O foco de atenção não é apenas o educando, mas,
toda a família.
Assim, a avaliação funcional se
torna ponto de partida para a concepção das possibilidades e necessidades
educativas especiais, que deverão ser consideradas, quando necessário, no Plano
de Atendimento Individual, e nas adaptações curriculares, que deverão ser parte
integrante do Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento
Educacional.
A participação ativa da família é
essencial porque colabora com informações sobre as necessidades do educando,
seus interesses, como vê, o que lhe é difícil; como interage, comunica-se com
outros educando. Nesse processo, a família tem a chance de especificar suas
dúvidas, ansiedades e frustrações, como também de compartilhar como mediador no
processo educacional do educando. (SACRISTÁN 1998).
Por esse caminho, a Avaliação
Funcional, realizada pelo professor especializado, não deve ver apenas a
deficiência, a condição física; mas, procura conhecer integralmente o educando
- compreender todas as possibilidades, o desenvolvimento global, os interesses,
as relações interpessoais, as dificuldades, as necessidades do educando; bem
como os desejos e expectativas do educando e de sua família.
5 ORIENTAÇÕES
AOS PROFESSORES
Rosseto, Iacono e Zanetti (2006),
esclarecem que:
As pessoas com deficiência,
assim como as demais pessoas, devido a sua trajetória social, podem apresentar
dificuldades para realizar algumas atividades, embora possa apresentar extrema
habilidade para outras. Portanto, ao se relacionar com uma pessoa com
deficiência, respeite a sua diferença sem acentuá-la. Não fique lamentando sua
deficiência, afirmando que sua vida é muito difícil, pois para uma boa parte
delas, o defeito não converteu em obstáculo instransponível. (p. 107)
Portanto, caro professor, estude
tudo o que puder sobre o aluno com deficiência intelectual, busque quem possa
sugerir na procura de bibliografia apropriada ou use bibliotecas, internet,
assim por diante.
Reconheça que o seu comprometimento
pode fazer uma enorme diferença na vida de um aluno com deficiência ou sem
deficiência.
Busque saber quais são as
potencialidades e interesses do aluno e centralize todos os seus empenhos no
seu desenvolvimento. Proporcione ocasiões de sucesso.
Compartilhe ativamente na preparação
do Plano Individual de Ensino do aluno e Plano Educacional. Este plano contém
as metas educacionais, que se espera que o aluno venha a conseguir, e determina
responsabilidades da escola e de serviços externos para a boa direção do plano.
Ao perceber que uma pessoa
com deficiência está necessitando de apoio para realização de alguma atividade
e for possível auxiliá-la, ofereça ajuda, mas antes pergunte a forma adequada
para fazê-lo. No entanto, não se ofenda se seu oferecimento for recusado, pois
nem sempre ela precisa de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser
melhor desenvolvida sem a mediação de outra pessoa. (ROSSETO, IACONO e ZANETTI,
2006, p. 108)
Seja tão sensível quanto possível
para tornar a aprendizagem vivenciada. Explique o que almeja proferir. Não se
limite a dar instruções orais. Determinadas instruções orais devem ser seguidas
de uma representação de base, desenhos, cartazes. Entretanto ao mesmo tempo não
se limite a apoiar as mensagens orais com imagens. Sempre que necessário e
possível, proporcione ao aluno materiais e experiências práticas e ocasião de
experimentar as coisas. (ROSSETO, IACONO e ZANETTI, 2006).
Reparta as tarefas novas em etapas
pequenas. Explique como se cumpre cada uma dessas etapas. Proporcione apoio, na
justa medida da precisão do aluno. Não admita que o aluno desista da tarefa
numa circunstância de insucesso. Se for necessário, solicite ao aluno que seja
ele a auxiliar o professor a resolver o problema. Compartilhe com o aluno o
encanto de achar uma solução.
O professor deve elaborar o plano de ensino
(objetivos, metodologias, conteúdos e formas de avaliação), adequando-o ao
desenvolvimento cognitivo do aluno, possibilitando-lhe avançar em termos de
apropriações cada vez mais elaboradas de conhecimento e também de escolaridade,
pois tanto quanto para os demais alunos, a certificação e a terminalidade nos
estudos é um direito do aluno com deficiência mental. No entanto, para tal
concessão, necessita-se tomada de decisões coletivas entre a escola, o sistema
de ensino ao qual a escola está afeta e a família, para que o aluno possa
receber certificação e terminalidade escolar de forma a significarem novas
possibilidades para o futuro desses alunos e não novas e legítimas formas de
exclusão. (ROSSETO, IACONO e ZANETTI, 2006, p. 121-122)
Siga a concretização de cada passo
de uma tarefa com comentários imediatos e proveitosos para a continuidade da
atividade.
Desenvolva no aluno competências de
vida diária, competências sociais e de exploração e consciência do mundo
envolvente. Estimule o aluno a compartilhar em atividades de grupo e nas
organizações da escola.
Trabalhe com os pais para organizar
e levar a cabo um plano educativo que reverencie as necessidades do aluno.
Compartilhe regularmente conhecimentos sobre a condição do aluno na escola e em
casa. Nesse sentido, as autoras apontam ainda que:
O professor deve procurar conversar com o
aluno e seus familiares quando necessário, conhecendo sua trajetória social de
vida, buscando compreender as necessidades educacionais especiais que precisam
ser atendidas para efetivar seus estudos, evitando prejuízos tanto pela falta
de participação, quanto na apropriação do conhecimento. (ROSSETO, IACONO e ZANETTI,
2006, p. 109).
As
autoras igualmente enfatizam que os conteúdos trabalhados com a pessoa que
apresenta deficiência devem ser os mesmos que os trabalhados com os demais
alunos e que, muitas vezes, o que difere são os recursos didáticos, visto que
há algumas especificidades que são próprias de cada área da deficiência.
6 ATIVIDADES
6.1 Apresento, a seguir, a sugestão de um vídeo para que você possa
acompanhar como se dá esse processo de inclusão social, na prática. Seu título
é: projeto “Ser eficiente” capacita e encaminha pessoas com deficiência
mental para o trabalho. Eles são alunos da escola de Educação Especial 30 de
julho.
Após assistir o vídeo sugerido e
ler a Fundamentação Teórica, relacione os desafios e as perspectivas para o
trabalhador com deficiência intelectual, tendo em vista que vivemos numa
sociedade dominada pelo regime capitalista de produção.
6.2 Pesquise como se dá o processo
de formação e inclusão da pessoa com deficiência no mundo do trabalho em outros
continentes, de sua livre seleção e faça breves comentários sobre as
semelhanças e diferenças identificadas nesses processos.
6.3 No filme “Meu nome é Rádio”, o técnico de futebol Harold Jones (Harris) faz
amizade com Radio (Gooding), um problemático estudante do colégio T. L. Hanna
High School em Anderson, South Carolina. A amizade deles se estende por várias
décadas, onde Radio se transforma de um tímido e atormentado aluno a uma
inspiração para a sua comunidade. Assista ao filme e em seguida responda as
seguintes perguntas:
a) É possível descobrir lições de
solidariedade e amizade em sua comunidade?
b) Rádio é uma pessoa que
apresenta dificuldade de aprendizagem. Averiguar essas ocorrências no dia-a-dia
escolar é responsabilidade de todos os profissionais da educação. Você consegue
detectar essa dificuldade nas pessoas?
c) Faça uma análise crítica sobre
o filme “Meu Nome é Rádio”.
Sugiro também, que você acesse o site:
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=262
onde encontrará um artigo produzido por: João Luís de Almeida
Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em
Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
(SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro “Na Sala de Aula
com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema” (Editora Intersubjetiva).
6.4 Assista o
vídeo intitulado “Vivemos todos juntos e não devemos ter preconceito e
sim aprender com eles”..., que esta no site:
http://www.youtube.com/watch?v=nobwKL2XqzI&NR=1
e, em seguida responda:
a) O que você achou do vídeo?
b) Faça uma breve explanação sobre
a ação do Governo, em parceria com a sociedade organizada, no sentido de
implantar atuações que objetivem a igualdade de oportunidades às pessoas com
deficiência, permitindo-lhe o melhoramento da qualidade de vida, na dimensão
conceitual de obter os requisitos imprescindíveis mínimos para a sua realização
profissional e independência econômica.
6.5 Apresentação
e leitura da proposta de conteúdos, discussão com os participantes. Leitura do
texto “Pessoa com deficiência na
história: modelos de tratamento e compreensão”, Capítulo I do Livro: Pessoa com Deficiência: Aspectos teóricos e
práticos. Que se encontra no site: http://cac-php.unioeste.br/projetos/pee/arquivos/pes_com_defi_asp_teo_e_prat.pdf
a) Debate
sobre o tema abordado no texto, trabalho escrito em grupo.
b)Questionamento
para ser respondido em grupo: Se na Idade Antiga as pessoas com deficiência
eram vistas como “Coisas”, na Idade Média obtiveram o status de “Filhos de
Deus”. A partir da Idade Moderna a pessoa com deficiência, aos poucos, passou a
ser reconhecida como “ser humano” que necessita de tratamento e investimentos
para o seu completo desenvolvimento. Com base nos seus conhecimentos, como são
vistas as pessoas com deficiência na atualidade em sua realidade social?
6.6
Leitura do texto “Pessoa com
deficiência: caracterização e formas de relacionamento”, Capítulo III do
Livro: Pessoa com Deficiência: Aspectos
teóricos e práticos. Que se encontra no site: http://cac-php.unioeste.br/projetos/pee/arquivos/pes_com_defi_asp_teo_e_prat.pdf
Debate
sobre o tema abordado no texto, trabalho em grupo, elaboração de síntese.
6.7
Leitura do texto “Reflexões sobre a
política de formação de professores para a educação especial / educação
inclusiva”, Capítulo IV do Livro: A
pessoa com deficiência na Sociedade contemporânea: Problematizando o debate.
Que se encontra no site:
Questionamento
para ser respondido em grupo: Em seu ponto de vista, onde reside à maior
dificuldade para a implementação da política de ensino? Nos vários obstáculos
arquitetônicos encontrados nos ambientes escolares, ou nas barreiras
atitudinais presentes nas pessoas? Justifique.
6.8 Apresentação do Filme “O
Oitavo Dia”. Duração: 118 minutos.
Sinopse:
Um homem com Síndrome de Down cuja mãe morreu e um ocupado homem de negócios,
divorciado e sem a posse dos filhos, que não querem mais lhe ver. Os dois
acabam desenvolvendo uma amizade especial quando encontram-se acidentalmente. O filme
deve ser baixado nesse link:
|
Em seguida serão respondidas as seguintes questões:
a) Qual a maior contribuição do filme?
b) Quais são os principais conceitos que o filme apresenta?
6.9
Leitura do texto “As pessoas com deficiência
e a lógica da organização do trabalho na sociedade capitalista”, Capítulo
VI do Livro: A pessoa com deficiência na
Sociedade contemporânea: Problematizando o debate. Que se encontra no site:
Questionamentos,
trabalho em grupo e elaboração de síntese.
6.10 Apresentação do Filme “Simples Como Amar”. Duração: 129 minutos.
Sinopse: Após passar alguns anos em
uma escola especial, Carla Tate (Juliette Lewis) foi "graduada" e
poderá voltar para casa de seus pais em São Francisco. Mas, apesar de ser
intelectualmente limitada, Carla planeja morar sozinha, ter uma vida
independente e também se libertar da presença da mãe, que a vigia de forma
sufocante. Este desejo de ter seu próprio apartamento é aumentado quando
conhece Danny McMann (Giovanni Ribisi), um jovem que como ela é mentalmente
"lento", mas mora sozinho. Em pouco tempo Carla e Danny estão
namorando e já pensam em se casar.
Em seguida serão respondidas as seguintes questões:
a) Qual a maior contribuição do filme?
b) Quais são os principais conceitos que o filme apresenta?
6.11 Leitura
do Texto: “Esticar ou cortar?”,
discussão do conteúdo abordado no texto e a relação com a prática pedagógica na
escola. Que se encontra no site: http://www.diaadia.pr.gov.br/deein/arquivos/File/Deein_sem_ped_2009.pdf
Questionamento:
Diante dos temas já estudados e seu entendimento sobre o assunto, dê a sua
definição de Escola Inclusiva.
Produção
de síntese, em grupo, do texto e apresentação do mesmo pelo grupo.
Produção
final, síntese, de todos os trabalhos feitos no Grupo de Apoio.
7
PROPOSTAS DE ATIVIDADES DE OFICINAS PEDAGÓGICAS
7.1 ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
As
Atividades de Vida Diária (AVDs), como diz o nome, são aquelas realizadas no
dia-a-dia de cada educando, como por exemplo: amarrar sapatos, vestir-se,
escovar dentes, etc. Essas atividades requerem o desenvolvimento de certas
habilidades, pois para que se aprenda a realizá-las é necessário que se
desenvolva habilidades específicas para cada atividade, como o desenvolvimento
da coordenação motora, por exemplo. Neste sentido, a aprendizagem que às vezes
não ocorre com a exercitação, poderá acontecer na situação do brinquedo, pois o
prazer da brincadeira produz a especialidade, quanto mais o educando se envolve
nela, mais estará aberto a produzir novos conceitos. (FINGER, 1986).
As Atividades de Vida Diária AVDs
compreendem atividades fundamentais para a sobrevivência, como comer, manter-se
limpo, participar de atividades sociais, realizar serviços domésticos etc.
(FINGER, 1986).
7.2 ATIVIDADES DE VIDA PRÁTICA
As Atividades de Vida Diária (AVDs) são
as tarefas de desempenho ocupacional que o indivíduo realiza diariamente. Não
se resume somente aos auto– cuidados de vestir-se, alimentar-se, arrumar-se,
tomar banho, e pentear-se, mas englobam também as habilidades de usar telefone,
escrever, manipular livros, assim por diante, além da capacidade de virar-se na
cama, sentar-se, mover-se e transferir-se de um lugar a outro. (TROMBLY, 1989).
Nas Atividades de Vida Prática
(AVPs) pode-se observar o cotidiano do aluno especial, sua relação com o meio:
familiar ou escolar, resumindo sua própria vida, equilíbrio e firmeza na
conquista de seus movimentos. (TROMBLY, 1989).
O ambiente escolar-familiar deverá
transmitir segurança e dar idéia de ordem física, geradora de uma ordem mental.
Tudo no ambiente deve ser estudado, controlado, experimentado, para que o aluno
adquira uma movimentação coerente, espelho de seu interior, desenvolvendo seu
próprio instinto de vida e suas potencialidades.
Trombly (1989) cita ainda que, as
Atividades de Vida Prática (AVPs) de acordo com o próprio termo, estes
exercícios se destinam a preparar a pessoa com deficiência para a vida,
possibilitando-lhe a independência e uma melhor organização interior.
7.3 PLANEJAMENTO - OFICINAS PEDAGÓGICAS
Objetivo
Específico: Proporcionar ao aluno, atividade de maior utilidade, ampliando a noção
de responsabilidade e de trabalho para sua própria realização pessoal.
PROGRAMA
|
ESTRATÉGIAS
|
Trabalhos manuais
. Tapetes (retalhos)
. Crochê
. Quadro (tela)
. Bordado (ponto cruz)
. Cestos (jornal/reciclado)
. Biscuit (lembrancinhas,
vidros, etc.)
|
. Conhecimento e
utilização do material.
. Preparação e
classificação do material
. Pintura em telas
. Bordado em tecido,
sacos, toalhas, etc.
. Tecer e trançar
. Noções básicas de
costura: riscar, cortar,
alinhavar, pregar botões, colchetes,
costurar.
. Confecções de tapetes.
. Acondicionamento.
|
Atividades domésticas
. Escola
. Oficina de culinária
|
. Conhecimento e
utilização do material de
trabalho ou de limpeza;
. Ser responsável com os
materiais, utilizando-se
em quantidades e finalidades adequadas;
. Limpeza da oficina de
culinária, banheiros, sala
de aula, parquinho, assim por diante;
. Reconhecer e
identificar os cômodos de uma
casa;
. Limpeza e conservação
dos cômodos de uma
casa;
. Limpeza e conservação
dos utensílios
domésticos;
. Cuidados e conservação
de roupas e calçados;
. Reconhecer e utilizar
adequadamente eletros
domésticos que existem na oficina de culinária e
no ambiente escolar;
. Classificação de
alimentos e utensílios (arroz,
feijão, verdura, carne);
. Efetuar pequenas
compras (feiras,
supermercado, padaria, mercearia);
. Preparar e elaborar
receitas simples (doces,
pães, bolos, salgados);
. Preparar e servir
alimentos simples: (lavar,
cortar, temperar, fritar, assar, cozinhar,
e demais
atividades da cozinha);
. Arroz doce e salgado;
. Feijão cozido;
. Macarrão;
. Bolinho doce e salgado;
. Ovo frito, cozido e
omelete;
. Vitamina, salada de
frutas, verduras e legumes;
. Pão com manteiga, pão
torrado, pão no ovo
batido;
. Batata doce (cozida,
frita, assada);
. Maionese;
. Sopa de legumes e fubá;
. Carnes variadas;
. Chás (erva-mate,
cidreira, hortelã e outras ervas
medicinais);
. Café, chocolate, leite,
sucos naturais;
. Manjar de leite, etc.;
. Sagu, canjica,
gelatina, e demais geléias;
. Sorvete de leite,
frutas;
. Amendoins salgados,
doces e achocolatado, etc.
. Pipoca doce e salgada;
. Mandioca frita e
cozida;
. Polenta;
. Por e tirar a mesa – a
toalha, os guardanapos,
os pratos, os talheres, adornos;
. Arrumar a cama;
. Lavar e passar roupas.
|
Horticultura
Jardinagem
|
. Preparação do solo e
suas condições;
. Época adequada do
plantio;
. Uso adequado de
ferramentas;
. Semeadura e plantio;
. Conservação de
canteiros;
. Colheita;
. Conservação dos
produtos colhidos;
. Comercialização;
. Necessidades da planta
(adubo, água, poda,
replanta);
. Ferramentas adequadas;
. Conservação de jardins
e vasos;
. Seleção de sementes e
mudas;
. Flores e folhagens para
adornos da escola, sala
de aula e presentes;
. Técnicas de plantio,
poda;
. Reprodução de viveiros;
. Manutenção.
|
Produtos feitos com
madeira
|
. Madeira – origem, tipo
e finalidade;
. Ferramentas e
maquinários – conhecer, nomear
e utilizar;
. Conservação e manutenção
de todos os
materiais;
. Lixar;
. Planar;
. Medir;
. Riscar;
. Serrar;
. Furar;
. Montar;
. Pregar;
. Colar;
. Acabamento;
. Consertos e reformas;
. Embalar;
. Comercializar.
|
Outros programas poderão ser
desenvolvidos de acordo com as realidades e necessidades do aluno e da escola;
Para todas as atividades deve-se obedecer
a graduações de dificuldades preparando o aluno para desenvolvê-la
independentemente, procurando nelas sua própria auto-realização;
A avaliação será através de
observações do desempenho do aluno na atividade dada;
Planejamentos mensais, avaliações
diárias e semestrais.
7.4 PLANEJAMENTO: ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA E ATIVIDADES
DE VIDA PRÁTICA
Objetivo Geral: Proporcionar ao
aprendiz atividades visando ampliar a noção de responsabilidade e de trabalho
para sua própria independência, realização pessoal e relacionamento social.
Objetivo Específico: Trabalhar,
visando atividades dentro das áreas de AVD (Atividades de Vida Diária), AVP
(Atividades de Vida Prática), Lazer e Relacionamento Social.
Nº
|
ATIVIDADES
|
TRABALHOS
|
01
|
AVD
|
Comunicação, vestuário
(estimular feminilidade), locomoção, higiene (estimular feminilidade),
alimentação.
|
02
|
AVP
|
Atividade de limpeza,
preparação de refeições, servir refeições, trabalhos manuais, compras.
|
03
|
Lazer/passeios
|
Na casa do aprendiz,
sorveteria, feira, exposições, piquenique, missa, culto, zoológico.
|
04
|
Relacionamento social
(pessoal / aceitação)
|
Atividades em conjunto,
boas maneiras, educação sexual, atividades de relacionamento
|
ATIVIDADES DE VIDA PRÁTICA
– AVP
Nº
|
ATIVIDADES
|
TRABALHOS
|
01
|
LIMPEZA
|
- Transportar material de
limpeza;
- Pegar objetos do chão;
- Limpar as coisas
derramadas no chão;
- Usar a vassoura para
varrer;
- Usar a pá de lixo;
- Arrumar a cama;
- Tirar o pó dos móveis;
- Usar pano com água /
torcer;
- Limpar mesas, cadeiras
e erguê-las;
- Passar pano no chão com
rodinho;
- Lavar panos no tanque
usando água e sabão;
- Limpar, lavar banheiro;
- Limpar os vidros;
- Limpar, descongelar
geladeira;
- Lavar calçadas, etc.
|
02
|
JARDINAGEM
|
- Plantar;
- Regar;
- Retirar matos, folhas,
papéis, pedras das plantas e
grama, etc.;
- Fazer arranjos florais.
|
03
|
PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES
|
- Abrir torneiras;
- Acender fósforo e forno
ou queimador a gás;
- Despejar líquidos
quentes;
- Servir comida quente;
- Abrir embalagens de
comida;
- Abrir latas e garrafas;
- Abris leite em
saquinhos ou caixinhas;
- Carregar comida ou
panelas quentes;
- Tirar comida da
geladeira;
- Tirar utensílios dos
armários;
- Descascar legumes,
frutas, etc.;
- Usar facas com
segurança;
- Usar talheres de medida
ou medidor;
- Usar batedeira;
- Untar formas;
- Abrir o forno com
segurança;
- Usar luvas para forno;
- Colocar travessa no
forno;
- Usar liquidificador;
- Quebrar ovos;
- Bater massa;
- Despejar massa;
- Bater carne;
- Planejar o cardápio da
semana.
|
04
|
SERVIR REFEIÇÕES
|
- Arrumar a mesa / toalha
/ talheres / pratos / copos /
guardanapos / etc.;
- Levar a comida para a
mesa;
- Servir a comida na
mesa;
- Colocar e retirar a
toalha;
- Dobrar guardanapos e
toalha;
- Retirar a sobra de
comida dos pratos;
- Limpar mesa e cadeiras;
- Varrer o chão;
- Lavar louça;
- Secar louça;
- Guardar corretamente a
louça nos armários;
- Lavar a pia;
- Limpar o fogão;
|
05
|
LAVANDERIA
|
- Selecionar as roupas;
- Usar varal;
- Usar pregadores e
cesto;
- Prender no varal;
- Preparar a mesa ou
tabua de passar roupa;
- Passar roupas simples;
- Passar camisetas ou
vestido;
- Dobrar roupas passadas;
- Guardar corretamente as
roupas passadas.
|
06
|
COSTURA
|
- Enfiar linha na agulha;
- Dar nó, laço;
- Usar a tesoura;
- Cortar a linha;
- Fazer alinhavo;
- Pregar botões;
- Remendar;
- Usar a máquina de
costura.
|
07
|
TRABALHOS MANUAIS
|
- Tapetes;
- Pinturas (caixas,
tecido, telas, etc.);
- Guardanapos;
- Alinhavos;
- Vasos decorados;
- Porta guardanapos;
- Crochê;
- Bordado ponto cruz;
- Cachepôs de madeira,
etc.
|
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA –
AVD
Nº
|
ATIVIDADES
|
TRABALHOS
|
01
|
COMUNICAÇÃO
|
- Estimular o uso da
fala;
- Aprimorar o uso de
gestos e sinais;
- Atender a porta /
campainha;
- Receber e executar
instruções / recados.
|
02
|
VESTUÁRIO
|
- Vestir e despir roupa;
- Abotoar e desabotoar;
- Abrir e fechar zíper e
fivelas;
- Amarrar e desamarrar
(dar nó e laço);
- Manter-se com roupas
limpas;
- Calçar sapatos, meias.
|
03
|
LOCOMOÇÃO
|
- Deslocar-se de forma
adequada;
- Corrigir erros de
postura.
|
04
|
HIGIENE
|
- Tomar banho;
- Pentear o cabelo;
- Cortar e lixar as
unhas;
- Lavar as mãos antes das
refeições;
- Fazer depilação;
- Usar lenço
adequadamente;
- Usar absorvente
higiênico;
- Usar o banheiro
corretamente;
- Escovar os dentes;
- Manter uma boa
aparência;
- Desenvolver a
feminilidade com o uso de batom,
esmalte, perfume, creme, etc.
|
05
|
ALIMENTAÇÃO
|
- Utilizar os talheres;
- Utilizar copo / xícara;
- Orientar boas maneiras
na mesa;
- Alimentar-se
adequadamente;
- Cortar carne, pão,
legumes;
- Guardar corretamente os
alimentos;
- Cozinhar.
|
8 REFERÊNCIAS
AMARO, S. T. A. Serviço
Social na escola: o encontro da realidade com a educação. Porto Alegre: Sagra
Luzzatto, 1997.
BRASIL. A inclusão
de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 2. ed. –
Brasília: MTE, SIT, 2007.
BRASIL. Constituição
Federativa do Brasil. 1988. São Paulo: 2005.
BRASIL. Decreto
n. 3298 de 20 de dezembro de 1999.
BRASIL. Inventário
de Habilidades Sociais (IGS-Del Prette). São Paulo: Casa do Psicólogo,
2001.
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VIGOTSKY, L.S. El nino ciego.
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SITES
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http://www.diaadia.pr.gov.br/deein/arquivos/File/Deein_sem_ped_2009.pdf
http://www.adorocinema.com/filmes/simples-como-amar/
9
ANEXOS
9.1 RELATÓRIO
DE OBSERVAÇÃO DAS HABILIDADES E COMPETÊNCIA DO ALUNO – PROGRAMAS PEDAGÓGICOS
ESPECÍFICOS – OFICINA PROTEGIDA TERAPÊUTICA
Nome do
Aluno(a):..............................................................D.
Nasc.:....../......./......
Período de observação ......../......../............. a
........./........./......................
Registrar informações referentes ao aluno, observadas
durante o período do 1º Semestre.
1. Atividades de vida diária - Higiene pessoal, higiene do
ambiente, uso do banheiro, cuidados com o próprio vestuário.
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
2. Relacionamento interpessoal - Atitudes de cortesia, pede
ajuda, ajuda, faz amizade com facilidade, se preocupa em contar o que os
colegas estão fazendo, relacionamento com o professor e funcionários.
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
3. Comunicabilidade - Expressão verbal, organização de
idéias, expressão de idéias (ativa ou passiva).
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
4. Aspectos Emocionais - Reação a mudanças, reação ao ser
repreendido, reação ao receber críticas e elogios.
.......................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
Professor (a)=
Ficha adaptada a partir de FENAPAES, 2001
9.2 FICHA
DE ACOMPANHAMENTO DO APRENDIZ NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Nome do(a) aprendiz:
Data de Nascimento: / / idade: sexo: ( ) masc.
( ) fem.
Filiação: e
Endereço: Telefone:
Códigos de Critérios
|
M = mau (há problemas sérios e constantes)
|
R = regular (há alguma dificuldade)
|
|
B = bom (não há problemas)
|
|
S/D = Sem dados para a avaliação (item não observado)
|
N.º
|
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
Lava as mãos utilizando adequadamente o lavatório
|
||
02
|
Usa adequadamente o vaso sanitário
|
||
03
|
Demonstra tomar banho diário adequadamente
|
||
04
|
Mantém os
cabelos limpo e bem cuidados
|
||
05
|
Escova os dentes após as refeições
|
||
06
|
Mantém as unhas cortadas e limpas
|
||
07
|
Cuida adequadamente de sua higiene íntima
|
||
08
|
Apresenta-se com roupas limpas
|
||
09
|
Apresenta-se com meias e sapatos limpos
|
||
10
|
Tem o hábito de lavar as mãos antes e após as
refeições
|
||
11
|
Senta-se adequadamente à mesa no momento das refeições
|
||
12
|
Usa os talheres adequadamente
|
||
13
|
É capaz de beber líquidos adequadamente
|
||
14
|
Têm boas maneiras a mesa
|
||
15
|
Locomove-se sozinho nas dependências do Núcleo de
Trabalho
|
||
16
|
Reconhece as diferentes dependências do Núcleo de
Trabalho
|
||
17
|
Cuida dos objetos pessoais
|
||
18
|
Atravessa ruas sozinho em locais sem sinalização
|
||
19
|
Atravessa ruas sozinho utilizando a sinalização de
trânsito
|
||
20
|
Utiliza independentemente o transporte coletivo para o
Núcleo de Trabalho
|
||
21
|
Utiliza independentemente o transporte coletivo para
outros trajetos
|
||
22
|
Faz pequenas compras
|
||
23
|
Reconhece a importância de dedicar cuidados especiais
à saúde
|
||
24
|
Quando necessário procura serviços médicos
odontológicos
|
||
25
|
Sabe sugar líquidos com canudinho
|
||
N.º
|
ADAPTAÇÃO SÓCIO-EMOCIONAL
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
É pontual ao início das atividades
|
||
02
|
É assíduo às atividades propostas no Núcleo de
Trabalho
|
||
03
|
Cumprimenta
|
||
04
|
Responde cumprimentos
|
||
05
|
Pede licença
|
||
06
|
Desculpa-se
|
||
07
|
Agradece
|
||
08
|
Guarda seu material de trabalho em local adequado
|
||
09
|
Mantém seu local de trabalho limpo e organizado
|
||
10
|
Participa das atividades de grupo
|
||
11
|
Colabora no trabalho e nas promoções sociais da
instituição
|
||
12
|
Solicita ajuda quando necessário
|
||
13
|
É aceito no grupo
|
||
14
|
Aceita o grupo
|
||
15
|
Aceita críticas
|
||
16
|
Respeita os colegas
|
||
17
|
Apresenta estabilidade de humor
|
||
18
|
Reconhece superiores e autoridades
|
||
19
|
Respeita a hierarquia
|
||
20
|
Tem iniciativa de conversar com as pessoas
desconhecidas
|
||
21
|
Participa de atividades sociais e de lazer promovidas
pela instituição
|
||
22
|
Aguarda a sua vez para se comunicar
|
||
N.º
|
HABILIDADES ESPECÍFICAS E PSICOMOTORAS
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
Abre e fecha vidros com tampa de rosca
|
||
02
|
Abre latas com abridor
|
||
03
|
Abre e fecha tubos e potes
|
||
04
|
Dá laços em sapatos
|
||
05
|
Recorta contornos corretamente em papel
|
||
06
|
Faz colagens respeitando limites
|
||
07
|
Realiza movimentos de pinça
|
||
08
|
Transfere gabarito em linha reta
|
||
09
|
Transfere gabarito em linha curva
|
||
10
|
Recorta gabaritos transferidos em papel
|
||
11
|
Recorta contornos corretamente
|
||
12
|
Apresenta postura adequada quando em pé
|
||
13
|
Apresenta postura adequada ao sentar-se
|
||
14
|
Executa dobraduras simples (roupas, materiais)
|
||
15
|
Embrulha corretamente objetos
|
||
16
|
Abre e fecha portas utilizando chaves
|
||
17
|
Limpa a sola dos sapatos em capacho (tapetes)
|
||
18
|
Sabe abotoar roupas
|
||
19
|
Sabe vestir e amarrar avental
|
||
N.º
|
INFORMAÇÕES BÁSICAS
ENSINO DE PORTUGUÊS
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
Identifica seu pré-nome
|
||
02
|
Escreve seu pré-nome
|
||
03
|
Diz seu nome completo
|
||
04
|
Escreve seu nome completo
|
||
05
|
Informa seu endereço
|
||
06
|
Informa o número do seu telefone
|
||
07
|
Informa a data do seu nascimento (dia e mês)
|
||
08
|
Escreve o nome de pessoas da sua família
|
||
09
|
Compreende ordens complexas
|
||
10
|
Executa ordens envolvendo dois comportamentos
|
||
11
|
Transmite pequenos recados
|
||
12
|
Relata com coerência fatos e experiências
|
||
13
|
Emite respostas coerentes e perguntas simples
|
||
14
|
Reproduz uma história simples à vista de gravuras
|
||
15
|
Reproduz uma história simples sem a visualização de
gravuras
|
||
16
|
Comunica-se através de telefone
|
||
17
|
Utiliza corretamente o telefone público
|
||
18
|
Reconhece símbolos ou rótulos de produtos cotidianos
|
||
19
|
Reconhece o alfabeto
|
||
20
|
Escreve o alfabeto
|
||
21
|
Lê palavras formadas com sílabas simples
|
||
22
|
Lê palavras com dígrafos
|
||
23
|
Faz leituras de pequenos textos
|
||
24
|
Identifica a seqüência lógica dos fatos
|
||
25
|
Faz a interpretação oral de pequenos textos
|
||
26
|
Compõe frases escritas, mínimo de três palavras, com
sentido completo
|
||
27
|
Usa adequadamente sinais de pontuação
|
||
28
|
Usa corretamente letras maiúsculas e minúsculas
|
||
29
|
Compreende ordens simples
|
||
30
|
Redige pequenos bilhetes com coerência de pensamento
|
||
31
|
Redige pequenas cartas com coerência de pensamento
|
||
32
|
Redige telegrama
|
||
33
|
Endereça corretamente envelopes
|
||
34
|
Preenche formulários adequadamente
|
||
35
|
Possui hábito de leitura (jornais, revistas, livros,
outros)
|
||
36
|
Possui leitura incidental (ônibus coletivos,
letreiros. Outros)
|
||
37
|
Faz leitura silenciosa
|
||
N.º
|
INFORMAÇÕES BÁSICAS
CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO SEXUAL
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
Tem noção da importância e cuidados com a água que
ingere
|
||
02
|
Reconhece a importância de uma alimentação adequada
para a sua saúde
|
||
03
|
Identifica as fases do desenvolvimento dos seres vivos
compreendendo o ciclo da vida
|
||
04
|
Identifica a reprodução das plantas através de mudas e
sementes
|
||
05
|
Reconhece a necessidade dos seres vivos (plantas,
animais, homem)
|
||
06
|
Reconhece as estações do ano
|
||
07
|
Utiliza o vestuário com autonomia e adequação às
estações climáticas
|
||
08
|
Diferencia as funções dos cinco sentidos
|
||
09
|
Reconhece a importância dos hábitos de higiene para
preservação da saúde
|
||
10
|
Reconhece a importância dos cuidados com o lixo
|
||
11
|
Identifica as partes do corpo humano, nomeando-as
corretamente
|
||
12
|
Identifica a anatomia sexual feminina, nomeando-a
corretamente
|
||
13
|
Identifica a anatomia sexual masculina, nomeando-a
corretamente
|
||
14
|
Tem cuidados com sua vaidade
|
||
15
|
Utiliza corretamente produto de cosméticos
|
||
16
|
Sabe a função da menstruação
|
||
17
|
Sabe sobre os limites e cuidados com a masturbação
|
||
18
|
Identifica o conceito correto sobre namoro e
relacionamento humano
|
||
19
|
Tem conhecimento das implicações sobre a formação de
uma família
|
||
20
|
Sabe sobre a fecundação humana
|
||
21
|
Define os sinais de uma gestação humana corretamente
|
||
22
|
Sabe das responsabilidades advindas de uma gravidez
não programada
|
||
23
|
Tem conhecimento sobre os tipos de anticonceptivos
|
||
24
|
Sabe sobre as doenças sexualmente transmissíveis e sua
prevenção
|
||
25
|
Sabe sobre o conceito de homossexualidade
|
||
N.º
|
INFORMAÇÕES BÁSICAS
MATEMÁTICA
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
Discrimina cores primárias
|
||
02
|
Discrimina cores secundárias
|
||
03
|
Reconhece figuras geométricas simples
|
||
04
|
Faz seriação de objetos
|
||
05
|
Faz classificação de objetos
|
||
06
|
Tem noção espaço temporal
|
||
07
|
Possui lateralidade
|
||
08
|
Nomeia corretamente dias da semana
|
||
09
|
Identifica os meses do ano
|
||
10
|
Sabe utilizar corretamente calendário
|
||
11
|
Associa corretamente horas e acontecimentos
|
||
12
|
Compreende os intervalos de tempo associando os fatos
corretamente
|
||
13
|
Conta significativamente até... (nomear)
|
||
14
|
Escreve a numeração até... (nomear)
|
||
15
|
Realiza operações simples com o uso de material concreto
|
||
16
|
Realiza operações simples sem o uso de material concreto
|
||
17
|
Tem noção de dobro
|
||
18
|
Tem noção de metade
|
||
19
|
Tem noção de dúzia
|
||
20
|
Tem noção de dezena
|
||
21
|
Tem noção centena
|
||
22
|
Sabe leitura correta do relógio digital
|
||
23
|
Sabe leitura correta do relógio de ponteiros
|
||
24
|
Relaciona as unidades de medidas corretamente (litro,
quilograma, metro)
|
||
25
|
Reconhece através de atividades prática os valores
monetários
|
||
26
|
Lê quantias em dinheiro
|
||
27
|
Faz interpretação de problemas numéricos
|
||
28
|
Determina a posição ordinal dos numerais
|
||
29
|
Sabe a multiplicação dos fatos fundamentais até
...(nomear)
|
||
N.º
|
HABILIDADES BÁSICAS E
HABILIDADES DE GESTÃO
|
ANO:
|
|
1ºS
|
2º S
|
||
01
|
Reconhece o valor do trabalho
|
||
02
|
Identifica atividades comerciais
|
||
03
|
Identifica atividades industriais
|
||
04
|
Identifica atividades agrícolas
|
||
05
|
Nomeia profissões no mercado
|
||
06
|
Identifica ocupações compatíveis com a sua capacidade
|
||
07
|
Identifica documentos pessoais e essenciais ao
trabalhador
|
||
08
|
Sabe sobre os procedimentos corretos para solicitar um
emprego
|
||
09
|
Utiliza corretamente livro ou relógio de ponto
|
||
10
|
Tem noção sobre Segurança no trabalho
|
||
11
|
Tem noção sobre higiene e saúde no trabalho
|
||
12
|
Tem noção sobre legislação trabalhista
|
||
13
|
Sabe sobre as normas básicas do código nacional de
trânsito
|
||
14
|
Sabe sobre as ocupações do mercado de trabalho
|
||
15
|
Sabe da importância de buscar uma qualificação
profissional
|
Ficha
adaptada a partir de FENAPAES, 2001
9.3 FICHA
DE ENTREVISTA COM OS PAIS
Nome do entrevistado:
Nome do aprendiz:
Data da entrevista: / / .
1.Fale um pouco sobre o seu filho.
2.Qual o diagnóstico da deficiência apresentada
pelo seu filho? Que tipo de “problema” ele tem?
3.Quando foi detectada a deficiência?
4.Quais os atendimentos que ele teve até hoje
(escolar, clínico,...)?
5.Toma alguma medicação? Qual?
6.Como é o relacionamento do seu filho com os
membros da família?
7.Como é o relacionamento dos membros da família
entre si?
8.O seu filho tem independência nos hábitos de
higiene?
9.Fica sozinho em casa?
10. Sabe fazer compras?
11. Tem amigos? Como se relaciona com eles?
12. Como é a rotina de seu filho?
13. Quais são as suas expectativas em relação ao
seu filho?
14. Quais são as sua s expectativas em relação à APAE?
15. Como o seu filho reage à mudança?
16. Seu filho já despertou para a sexualidade?
17. Se, sim, como se nota tal comportamento?
18. O que você pensa em relação ao namoro e ao
casamento?
ASSINATURA DO ENTREVISTADO:
NOME E ASSINATURA DO
ENTREVISTADOR:
Ficha adaptada a partir de FENAPAES, 2001
9.4 FICHA
DE ENTREVISTA COM O ALUNO
Aluno (a):
Data de Nasc.: /
/
Data da Entrevista:
/ / .
Perguntas com transcrições
de informações
|
Informou completamente
|
Informou parcialmente
|
Não soube informar
|
|
01
|
Qual o seu nome completo?
|
|||
02
|
Qual o seu endereço completo?
|
|||
03
|
Qual o número do seu telefone?
|
|||
04
|
Qual a data de seu nascimento ou em que dia é o
seu aniversário?
|
|||
05
|
Qual o nome do seu pai? E da sua mãe?
|
|||
06
|
Você se relaciona bem com o seu pai? E com a sua
mãe?
|
|||
07
|
Você tem irmãos? Quantos? Qual o nome deles?
|
|||
08
|
Você se relaciona bem com eles?
|
|||
09
|
Você anda de ônibus sozinho?
|
|||
10
|
Você sabe ler e escrever?
|
|||
11
|
O que você faz no dia-a-dia? E nos finais de
semana?
|
|||
12
|
Você freqüentava alguma escola antes vir para a
esta escola? Qual? O que você fazia lá?
|
|||
13
|
Fale um pouco sobre sua vida (o que gosta de
fazer, quais as pessoas que você mais gosta, etc.)
|
|||
14
|
O que você achou da Escola atual?
|
|||
15
|
Você já trabalhou? Se sim, onde? Fale de sua
Experiência. Se não, tem vontade de trabalhar?
Por quê? Com o quê?
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16
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O que você pensa da sua vida no futuro?
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Perguntas com transcrições
de informações
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Informou completamente
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Informou parcialmente
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Não soube informar
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17
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Você quer aprender alguma atividade aqui na
Escola? Ou quer fazer outro curso profissionalizante fora da Escola?
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18
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Você tem namorada (o)? Se sim, fale sobre ele
(a). Se não. Já teve? O que você pensa a este respeito?
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19
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Quais as atividades artísticas que você gostaria
de participar?
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DETECTAR
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Informou completamente
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Informou parcialmente
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Não soube informar
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01
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Fluidez verbal;
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02
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Encadeamento de idéias;
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03
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Independência de idéias;
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04
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Introversão, extroversão;
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05
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Se tem ou não projeto de vida.
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NOME E ASSINATURA DO
ENTREVISTADOR:
Ficha adaptada a partir de FENAPAES, 2001
2 comentários:
Amei seu blog é muito fofo e me ajudou bastante obrigado.
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Olá Rita!
Como vai?
Tudo bem?
Rita é muito bom poder ajudar!
Fico contente por ter gostado do meu blog!
Um grande abraço e que Cristo continue nos iluminando e habitando os nossos corações...
Verinha
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