PLANEJAMENTO
DE ATIVIDADE – AFETIVIDADE NA SALA DE AULA
SOUZA, Vera Lúcia Pereira de. Professora PDE / 2009,
Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação
JUSTIFICATIVA
Acreditamos que o professor ao
estabelecer um clima de confiança e uma atitude de respeito com o aluno passa a
ser um grande mediador das aprendizagens destes. Uma das fontes motivacionais
do ensino e da aprendizagem está no vínculo estabelecido entre educador e
educando. A afetividade é um fator que precisa ser fortalecido nas relações
educacionais dentro e fora da escola. Para criar e fortalecer esses vínculos,
todos os canais entre aluno e escola devem ser abertos, mas especialmente, o do
diálogo. É necessário que a escola considere a criança como um todo, se não
deixa a desejar no processo ensino aprendizagem. Razão e emoção. Essa é a
relação que se busca equacionar, procurando romper com a visão de mundo em que
se fragmenta o homem em partes. Para dar afeto, atenção, cuidados, proteção,
delicadeza, firmeza, modelo de autoridade que uma criança ou adolescente
precisa, é necessário que o adulto tenha, dentro de si, amor próprio, segurança
emocional, confiança nos seus valores e compreensão da realidade em que o aluno
está inserido.
O educar demanda respeito à autonomia e
à dignidade de cada sujeito, principalmente na essência de uma abordagem
progressiva, base para uma educação que leva em consideração o indivíduo como
um ser que constrói a sua própria história. (COSTA, 2004).
Ter sempre diante dos olhos - e dentro
do coração - a consideração à autonomia parece ser a melhor maneira para a
compreensão, por parte do binômio docente/aluno, do método de produção,
expressão e apreensão do conhecimento, dentro de uma perspectiva de alteração
da realidade, enfim, conhecer é modificar.
Desse jeito, podem-se conseguir novos
caminhos, em uma perspectiva de composição das jornadas individual e coletiva,
aceitando o desafio de revigorar valores expressivos como o cuidado, a
solidariedade, a amizade, a tolerância e a fraternidade.
A finalidade fundamental desta atividade
é promover a vivência e convivência entre professor e alunos promovendo a
prática pedagógica democrática fundada nos princípios da liberdade/autonomia,
da igualdade/eqüidade e da fraternidade/compaixão. Pois, acreditamos que
somente por meio de uma prática reflexiva, crítica e comprometida pode-se
promover a autonomia, a liberdade, o diálogo e o enfrentamento de resistências
e de conflitos.
META
As principais metas que fundamentam esta
atividade são que a escola que integra um espaço educativo para aprender a
aprender, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a conviver e aprender a
crer, tais como:
a) Ambiente educativo para aprender a
aprender, resgatando a função primeira da escola que é formar a pessoa,
preparando-a para enxergar e enfrentar as transformações de uma sociedade em
constante transformação;
b) Ambiente educativo para aprender a
fazer aonde se oferece condições, adequadas ao estágio de desenvolvimento do
educando, para a aquisição de habilidades e competências práticas;
c) Ambiente educativo para aprender a
ser, isto é, um ambiente adequado à constituição e enriquecimento da identidade
pessoal e coletiva;
d) Ambiente educativo para aprender a
conviver, o que denota que, além de abrigar o aluno e sua família numa
comunidade diferenciada, o modo de trabalho deve consentir a vivência de
circunstâncias principalmente planejadas para a formação de uma identidade
ativa e solidária com o grupo social;
e) Ambiente educativo para aprender a
crer, tanto em relação aos valores fundamentais à convivência humana e à
promoção da dignidade da pessoa quanto em semelhança aos valores
transcendentais cristãos.
METODOLOGIA
Esta atividade prevê que a integração
entre as disciplinas e áreas se faça por meio do ensino para o desenvolvimento
de habilidades comuns, que compõem metas a ser adotadas pelo material didático,
por todas as dimensões da escola e por todos os profissionais envolvidos.
A proposta educativa será enfatizada na
importância das relações de respeito, reciprocidade, afetividade e
solidariedade.
Não se trata, portanto, de modelar
mentes ou adaptá-las às condições da escola, mas de formar posturas apropriadas
para a aprendizagem, na escola e fora dela. A escola é co-responsável, ainda,
pelo cultivo dos valores da vida e da paz.
Tudo isso sujeita a pensar a escola como
ambiente privilegiado de comunicação de idéias e ideal, de reflexão e atuação,
de solidariedade e respeito às diferenças. Desse modo, a organização da escola,
a metodologia de trabalho, os referenciais teóricos e os recursos didáticos são
instrumentos para a constituição dessa atividade, além de caminho de
qualificação constante para os educadores.
ATIVIDADES
Atividade recreativa: Filme: Jovem gosta
é de autoridade. O filme aborda a virtude da autoridade. O protagonista do
filme é um professor que chega a uma escola para trabalhar o basquete com
alunos de comunidades negras e pobres americanas. Os jovens são rebeldes e
envolvidos com drogas, apesar de não ser este o foco da questão e sim a postura
do professor diante das problemáticas encontradas.
A turma começa a ter bom resultados no
esporte, porém, não conseguiam bons resultados escolares. Diante disto o
professor se vê na obrigação de cancelar o projeto esportivo dos alunos que se
revoltam juntamente com seus pais e demais professores que consideram que seria
uma excelente oportunidade para a glória dos alunos. O técnico então oferece
aos alunos mais que uma simples vitória no jogo, um caminho para a vitória na
vida através dos estudos. Uma vitória efetiva para o futuro.
O filme faz o educador refletir sobre
suas atitudes de compromisso efetivo para com a formação dos seus alunos,
precisando, em muitos casos, tomar atitudes que se confundem com contradição e
com o jogo de cintura que o professor deve ter.
Atividade Recreativa Cultural: Semana
Cultural, onde os alunos serão incentivados a mostrar seus talentos e aptidões
onde oportunizará aos alunos uma a integração, aprendizado, realização pessoal
além de mostrar à todos o conceito de superação, na prática tendo como grande
prêmio o alcance da meta estabelecida.
Atividade (dinâmica) para o
desenvolvimento da auto-estima dos professores:
Título: Pessoas são dons.
Objetivo: Identificar-se como pessoa importante
no meio em que convive e trabalha.
Desenvolvimento: Apresentar aos
professores uma caixa bem decorada e dizer a eles que a escola havia recebido
um presente muito especial. O gestor orientou os professores a pegarem, um
por um, a caixa, abrirem-na, observarem o presente que estava dentro dela,
fecharem bem a caixa e entregarem-na ao colega mais próximo, sem comentar
absolutamente nada.
Desse modo, a caixa passou de mão em mão
por todos os professores. Terminada essa etapa, o gestor questionou
os professores sobre como se sentiram ao se olharem ao espelho e
perceberem que eles próprios eram o presente que a escola havia recebido. Após
os comentários, o gestor sugeriu a leitura e a análise da mensagem expressa no
texto Pessoas são dons.
PESSOAS SÃO DONS
Pessoas são dons. Pessoas são presentes,
que o Pai manda para mim embrulha-
das.
Umas são presentes que vêm em embrulho bem bonito: atraentes logo que as vejo.
Outras vêm com um papel bastante comum.
das.
Umas são presentes que vêm em embrulho bem bonito: atraentes logo que as vejo.
Outras vêm com um papel bastante comum.
Outras ficaram machucadas no correio.
De vez em quando, vem uma registrada.
Umas são presentes em invólucros fáceis.
Outras são bem difíceis para tirar a
embalagem. Porém, a embalagem não é o
presente.
É fácil fazer este erro. Às vezes, o presente não é muito fácil de abrir.
presente.
É fácil fazer este erro. Às vezes, o presente não é muito fácil de abrir.
Precisa-se da ajuda de outras pessoas.
Será que a razão é o medo? Será que é o
ódio?
Talvez já tenha sido desembrulhado e o
presente jogado fora.
Pode ser que este presente não seja para
mim!
Eu também sou uma pessoa. Sou também um
presente.
Um presente a mim mesmo.
O Pai deu-me a mim mesmo.
Já olhei para dentro da minha própria
embalagem?
Talvez nunca tenha aceitado o presente
que sou...
Pode ser que dentro da embalagem tenha
algo diferente do que penso!
Talvez nunca tenha compreendido o
presente maravilhoso que sou!
Será que o Pai faz pessoas que não são
maravilhosas?
Eu adoro os presentes que aqueles que me
amam dão a mim!
Por que não amo o presente, este
presente, a pessoa que sou?
Sou um presente às outras pessoas?
Será que nunca chegarão a gozar do
presente?
Cada encontro com pessoas é troca de
presentes.
Mas o dom sem doador não é mais dom!
É somente uma coisa vazia sem
relacionamento entre doador e recebedor.
A amizade é um relacionamento entre
pessoas que vêem as pessoas como realmente são: DONS DO PAI UM AO OUTRO...
O amigo é um dom, não somente para mim,
mas para outros através de mim.
Quando eu guardo um amigo, possuindo-o, eu destruo sua capacidade de ser dádiva.
Se eu guardo a sua vida para mim, eu a perco, para outros, então eu a guardo.
PESSOAS SÃO DONS RECEBIDOS E DONS DOADOS...
Quando eu guardo um amigo, possuindo-o, eu destruo sua capacidade de ser dádiva.
Se eu guardo a sua vida para mim, eu a perco, para outros, então eu a guardo.
PESSOAS SÃO DONS RECEBIDOS E DONS DOADOS...
HABILIDADES
As habilidades comuns que serão
trabalhadas, abordando os temas solidariedade, afetividade, reciprocidade e
afetividade:
a) Leitura e interpretação de díspares
linguagens: textos narrativos, poéticos e informativos; mapas, fotos, gravuras,
documentos de época, desenhos, gráficos, tabelas etc.;
b) Escrita: produção de textos em várias
linguagens; organização e registro de informações;
c) Expressão oral: apresentação clara de
idéias e argumentação coerente; análise da argumentação alheia;
d) Análise e interpretação de fatos e
idéias: coleta e disposição de informações; estabelecimento de relações;
formulação de perguntas e hipóteses;
e) Mobilização de informações, conceitos
e procedimentos em situações distintas;
f) Palestras, envolvendo temas, tais
como: Educação pelo amor.
OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
Fortalecer a relação entre professor e
aluno.
Aproximar os alunos e professores do
cotidiano da escola e comprometê-las na luta pela melhoria da qualidade do
ensino.
Motivar os alunos e professores no
acompanhamento da aprendizagem e participação efetiva nas atividades escolares.
Proporcionar uma reflexão sobre as
relações de vivência entre professores e alunos embasados no respeito mútuo,
justiça, solidariedade, afetividade e diálogo.
AVALIAÇÃO
Quantitativa: onde será avaliado o cumprimento das
metas estabelecidas, atividades realizadas, e as pessoas envolvidas na
atividade.
Qualitativos: será feita uma análise profunda sobre o
tema trabalhado na atividade, será avaliada a metodologia empregada, os
conteúdos de uma atividade, e demais atividades forem necessárias. Tais dados
serão obtidos por meio de pesquisas de opinião, entrevistas, questionários de
avaliação, também pela internet, pois é uma ferramenta que a maioria utiliza.
Independentemente de serem qualitativos
ou quantitativos, os indicadores sinalizarão se as metas foram atingidas, além
de permitir avaliar se a estratégia empregada foi bem sucedida, sinalizando
quais pontos podem ser aprimorados.
Faremos uma tabela com alguns aspectos
como: participação, socialização em equipes, compromisso, responsabilidade,
interesse, conhecimento prévio do assunto proposto, organização.
Toda a atividade será avaliada por meio
de registros, anotações e considerações para ter um resultado final.
REFERÊNCIAS
COSTA, CRBSF; SIQUEIRA-BATISTA, R. As
teorias do desenvolvimento moral e o ensino médico: uma reflexão pedagógica
centrada na autonomia do educando. Rev
Bras Edu Méd 2004; 28(3): 242-250.
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