A GESTÃO
ESCOLAR E A INCLUSÃO: EDUCAÇÃO ESPECIAL
SOUZA[1], Vera Lúcia Pereira de
RESUMO
O objetivo deste
trabalho consiste em analisar o papel do gestor escolar no atual paradigma de
educação especial inclusiva. Por meio de pesquisa bibliográfica realizada em
teses, dissertações, artigos e livros a respeito da temática, a relação entre
gestão escolar e educação especial inclusiva se desenvolveu ao longo do texto.
Autores como: Paro (2004), (2011) Sassaki (2003), Santos (2010), Glat (2007),
Bergamo (2012) e a Lei Brasileira de Inclusão (2015) entre outros que fundamentam
as análises apresentadas, assim como o referencial teórico. O referencial
teórico está divido em quatro tópicos: primeiramente, analisa-se a concepção de
gestão escolar no contexto de práticas democráticas, compreendendo a função do
gestor numa escola que respeita os direitos de todos. Em seguida, abordam-se os
conceitos de inclusão e acessibilidade como requisito para compreender a
trajetória da pessoa com deficiência no ambiente escolar até deparar-se com a
modalidade da educação especial, atualmente, na perspectiva da inclusão. No
terceiro tópico, apresenta-se a concepção de gestão democrática inclusiva,
compreendendo a organização da escola a fim de garantir o acesso e a
permanência de crianças e adolescente com deficiência. No último tópico,
apresenta-se o papel e a contribuição da gestão escolar frente as ações
inclusivas direcionadas às pessoas com deficiência. As conclusões apontam a
necessidade de gestores conscientes do cenário educacional na perspectiva
inclusiva, no que concerne a organização da escola, às práticas pedagógicas
inclusivas e a análise das necessidades e demandas específicas dos alunos. Além
disso, é necessário que o gestor consiga diagnosticar e eliminar barreiras que
comprometem a aprendizagem do aluno, além de propor alternativas que
qualifiquem o trabalho do professor e promovam subsídios a ações inclusivas
realizadas pela equipe escolar. Quanto a metrologia empregada no presente
artigo é a pesquisa bibliográfica, baseada na
análise de leitura de textos de vários autores.
Palavras chave: Gestão Escolar. Educação
Especial. Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
1 INTRODUÇÃO
A
legislação brasileira e as políticas educacionais que vigoram no século atual anseiam
a promoção da igualdade entre as pessoas, independente das distinções que
possam ter.
A
heterogeneidade humana se coloca a frente do modelo de normalidade e de
comportamento socialmente difundido, permitindo que todas as pessoas tenham
direito à educação, ao lazer, ao trabalho e, em resumo, à cidadania completa.
Na
educação, deparam-se políticas nacionais voltadas ao desenvolvimento de atuações
inclusivas que afiançam direitos básicos dos homens, por meio da quebra de
barreiras impostas por uma sociedade marcadamente excludente.
De
maneira silenciosa, a atual sociedade capitalista exclui e segrega pessoas que são
diferentes as regras impostas pela sociedade.
Entre
essas pessoas que se encontra um dos grupos chamados de “minorias”, se
encontram as pessoas com deficiência.
O
presente trabalho desenvolve-se a partir das conquistas e desafios enfrentados pelas
pessoas com deficiência no procedimento da educação escolar.
Parte
da análise do que se constituí uma escola para todos – escola democrática - e como a gestão escolar precisa articular atuações
que tornem a escola realmente democrática, procurando a garantia dos direitos
das pessoas com deficiência.
A
escola conduzida por uma gestão democrática parte do princípio de que todos as
pessoas são fundamentais para o procedimento educacional e, por isso, cooperam,
de maneira significativa, para a transformação social e a promoção da igualdade
e equidade de condições.
Assim,
uma escola democrática combate discriminações e preconceitos de todas as
ordens, com a finalidade de construir uma sociedade que abranja toda heterogeneidade
humana, além de promover uma educação de qualidade.
Portanto,
objetiva-se nesse artigo compreender o papel do gestor escolar na promoção da
educação inclusiva.
Parte-se
do princípio de que somente uma gestão democrática é apropriada de colocar em
prática as compreensões subjacentes ao modelo da inclusão, em especial, a compreensão
de respeito à diversidade como princípio fundamental (MATTOS, 2010).
Assim,
tornou-se fundamental analisar o contexto da educação especial e a inclusão da
pessoa com deficiência no procedimento da educação escolar.
Com
isso objetivou-se considerar como se deu esse curso e compreender o que a
legislação brasileira e estudiosos da área apresentam como educação inclusiva.
Por
fim, aproximaram-se as discussões alusivas a uma gestão democrática inclusiva,
a qual somente pode ser considerada de fato democrática quando o modelo da
inclusão se faz presente, ou seja, quando todos têm ingresso ao conhecimento
produzido ao longo da trajetória humana.
2 GESTÃO DEMÓCRÁTICA ESCOLAR
Nos
últimos trinta anos gestaram uma nova forma de relação entre as pessoas e a
produção da vida. Voltando os olhares para o procedimento histórico, é possível
ver que a constituição de políticas educacionais está conectada à maneira como
grupos sociais determinam. Em outras palavras, o desenvolvimento das relações
sociais e, logo, da educação, está edificada por sistema de ideias,
marcadamente, ligada a alguns grupos interessados na conservação do status quo
ou em sua superação. (SAVIANI, 2004).
A
partir do procedimento da restauração da democracia Brasileira, advindo na
década de 80, os grupos economicamente dominadores e conservadores presentes no
poder, gestaram atuações políticas que modificaram os alicerces da sociedade.
O
projeto neoliberal[2]
seguido pelo Brasil redimensionou o papel do Estado, o qual passou a interferir,
mais diretamente, nas regulações do que, de fato, no cumprimento de suas
atribuições sociais. O pensamento neoliberal difundiu que as políticas
intervencionistas e de bem-estar social afetavam o desenvolvimento dos países do
contorno capitalista, dentre eles o Brasil.
Tal
postulado causou transformações na forma de ver a economia, a sociedade e até
as políticas direcionadas à educação.
A
política apresentada por meio da expressão “Consenso de Washington”[3]
, direcionou os países vistos como ultrapassados ao caminho percorrido pelos
países nos quais o projeto neoliberal estava hegemônico[4],
especialmente os Estados Unidos e a Inglaterra.
O
Brasil, em seu período delicado, abraçou as indicações de tal consenso, procurando
abranger o acreditado equilíbrio e desenvolvimento econômico conquistados pelos
países supracitados.
Como
dito, tal argumento não deixou de direcionar as políticas educacionais. A visão
mercadológica presente na ideologia neoliberal influenciou no direcionamento da
educação pública brasileira, por meio de constituições internacionais, como o
Fundo Monetário Internacional - FMI[5]
e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura -
UNESCO[6].
Para
que a educação ocupasse, de fato, o local de agente de riquezas, a
descentralização do Estado sobre a escola se fazia imprescindível. A gestão
descentralizada da educação tornou-se um dos estandartes alçados por tal ideia,
igualmente como a entendimento de maior participação da sociedade civil nas disposições
escolares. É preciso ressaltar que, por de trás das falas democratas promovidas
pelas agências multinacionais antes citadas, está a ideia de desoneração do
Estado e responsabilização da sociedade civil. (COELHO e VOLSI, 2010).
É
necessário que a gestão escolar vá além. Na perspectiva clássica da gestão
escolar, ligada aos princípios economicistas da sociedade capitalista,
entende-se a figura do gestor escolar como dirigente, supervisor e controlador
das atividades desenvolvidas no âmbito escolar. O administrador escolar desempenha
a função de conduzir um grupo que cumpre as funções e atribuições por ele denominadas.
O sentido dado por esse gestor por meio de suas atuações, nada mais é que a
contemplação de interesses que, várias vezes delongam daqueles imprescindíveis
à maior parte da comunidade escolar. Quando não existe diálogo, nem escuta e nem
entendimento da realidade escolar, o jeito como o trabalho é administrado é
desarticulado do grupo, voltando-se tão-somente a leis, normas e burocracias
que quase sempre afetam o procedimento de ensino e aprendizagem. (AZEVEDO; CUNHA,
2008).
Paro
(2004, p. 11) assinala com detalhe a dupla atuação do gestor escolar, além das
dificuldades deparadas por ele na condução do trabalho pedagógico e do bom andamento
escolar.
Esse diretor, por um lado, é considerado a autoridade
máxima da escola e, isso, pretensamente, lhe daria um grande poder e autonomia;
mas, por outro lado, ele acaba se constituindo, de fato, em virtude de sua
condição de responsável último pelo cumprimento da Lei e da Ordem na escola, em
mero preposto do Estado. Esta é a primeira contradição. A segunda advém do fato
de que, por um lado, ele deve deter a competência técnica e um conhecimento dos
princípios e métodos necessários a uma moderna e adequada administração dos
recursos da escola, mas por outro, sua falta de autonomia em relação aos
escalões superiores e a precariedade das condições concretas em que se
desenvolvem as atividades no interior da escola tornam uma quimera a utilização
dos belos métodos e técnicas adquirido (pelo menos supostamente) em sua
formação de administrador escolar, já que o problema da escola pública no país não
é, na verdade, o da administração de recursos, mas o da falta de recursos. (PARO,
2004, p. 11).
Sem
desconhecer esse assunto, mas também pensando na procura constante para
alcançar os ideais democráticos da educação escolar, existe outro modelo de gestão:
a escola democrática, a qual diferencia-se pelo empenho para com todos,
independentemente de suas características particulares, como por exemplo,
gênero, orientação sexual, raça, cor ou deficiência. (MATTOS, 2010).
Numa
escola onde a democracia opera, profissionais da educação, alunos, pais e
comunidade, colaboram de maneira significativa com o procedimento de tomada de
decisão.
Cada
olhar, cada sentido atribuído tanto para as demandas administrativas quanto
pedagógicas, fortalecem as práticas democráticas e beneficiam a construção
conjunta de atuações que têm o grupo e também o particular como enfoco. Isso
quer dizer que atuações coletivas procuram, por meio de consensos e
entendimento de pontos de vistas, ter sentido real para os participantes e, em
seguida, maior envolvimento de todos.
Sustentar
o ideal democrático em uma instituição escolar marcadamente excludente e, por cerne
antidemocrática, é uma empreitada árdua, precisando que tal princípio seja cobrado
sempre que grandes barreiras surjam. A dificuldade desse procedimento pode ser comprovada
pela distância entre a legítima atuação democrática e os aprendizados realizados
no interior das escolas. (COELHO; VOLSI, 2010).
Apreender
e colocar em atuação as premissas da democratização escolar é reafirmar a
atitude transformadora e revolucionária da educação. Esta, por si só, não é
capaz de transformar as estruturas da sociedade capitalista, mas é suficiente
de desenvolver uma consciência crítica e auxiliar na superação da coerência
capitalista que governa na sociedade contemporânea.
Essa
dialética, como dita, excludente, está a benefício de alguns em detrimento da
maioria. Esta dialética aplicada por constituições multinacionais que
determinam a condução da educação de países em desenvolvimento necessita dar
espaço as atuações realmente inclusivas, as quais abocanharam os agentes
educacionais para o centro das decisões pedagógicas. Esse novo modelo de gestão
escolar, com organização viva e dinâmica proposta pela esperança democrática e,
logo, inclusiva da educação, tem a extensão política como guia. (MATTOS, 2010).
Portanto,
uma gestão escolar democrática necessita proporcionar a conscientização e a eficaz
participação da comunidade escolar, a fim de colaborar para o uso coerente dos
recursos conquistados. Com a vontade dos envolvidos e a organização de atuações
pedagógicas e administrativas que visam conseguir os desígnios educacionais, é plausível
transformar um ambiente excludente em um ambiente voltado à educação de
qualidade para todos. (SAVIANI, 2004).
Quando
todos os membros da comunidade escolar (professores, alunos, equipe
administrativa, agentes educacionais, assim por diante) estão envolvidos,
conhecendo as funções pedagógicas, administrativas, técnicas da gestão escolar,
será edificado um comprometimento coletivo pela educação, permitindo a concepção
de atuações educativas que, envolvam todos de igual maneira. Assim, é aceito
que todos tomem parte das soluções e dos problemas vivenciados pela comunidade
escolar.
3 EDUCAÇÃO PARA A HETEROGENEIDADE HUMANA: DA SEGREGAÇÃO À INCLUSÃO DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA NAS ESCOLAS COMUNS
Antes
de nos estudarmos o fluxo histórico da inclusão social da pessoa com
deficiência e no percurso do desenvolvimento na constituição da educação
especial, na perspectiva da educação inclusiva, é importante conhecer dois
conceitos essenciais a esse procedimento: inclusão e acessibilidade. Podemos apreender
o conceito de inclusão como uma nova visão sobre as relações constituídas entre
as pessoas. Quando nos deparamos com uma sociedade realmente inclusiva, estamos
ante um conjunto de atuações alcançadas por todos, independentemente da dessemelhança
e da diferença constituidora dos seres humanos. Uma sociedade inclusiva é
aquela que admite que todas as pessoas sejam participantes, que tomem decisões
sobre suas vidas e a respeito da coletividade. Este procedimento é desenvolvido
por meio de atividades que tenham o conceito acessibilidade como norte.
(SASSAKI, 2009).
Inclusão, como um paradigma de sociedade, é o processo
pelo qual os sistemas sociais comuns são tornados adequados para toda a
diversidade humana -composta por etnia, raça, língua, nacionalidade, gênero,
orientação sexual, deficiência e outros atributos - com a participação das
próprias pessoas na formulação e execução dessas adequações. (SASSAKI, 2009, p.
1).
A
partir desse atendimento, é plausível concluir que as adaptações imprescindíveis
ao ambiente social é fator decisivo para o atendimento das necessidades características
das pessoas com deficiência.
Permitir
que todas as pessoas tenham acesso à educação, à saúde, ao lazer, ao trabalho e
aos demais ambientes públicos por meio de alteração na organização da sociedade
assinalam-se como fundamento do conceito de acessibilidade.
Portanto,
acessibilidade é a garantia dos direitos das pessoas com deficiência, que é
possibilitar a vivência integral em sociedade, com igualdade de oportunidade e
acesso ao ambiente social como as demais pessoas sem deficiência tem. (SASSAKI,
2009).
A
garantia de uma educação de qualidade não está afiançada somente aos alunos das
escolas comuns. Nessa ocasião, o princípio fundamental que conduz o sistema educativo
brasileiro é de uma escola inclusiva capaz de acolher a diversidade dos alunos e
promover a inclusão social de grupos marginalizados.
A educação inclusiva
significa um novo modelo de escola em que é possível o acesso e a permanência
de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então
utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das
barreiras para a aprendizagem. Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar
seus professores e equipe de gestão, e rever formas de interação vigentes entre
todos os segmentos que a compõem e que nela interferem, precisa realimentar sua
estrutura, organização, seu projeto político pedagógico, seus recursos
didáticos, metodologias e estratégias de ensino, bem como suas práticas
avaliativas. A proposta de educação inclusiva implica, portanto, um processo de
reestruturação de todos os aspectos constitutivos da escola, envolvendo a
gestão de cada unidade e os próprios sistemas educacionais. (GLAT, 2007, p.
16).
A
partir da apreensão de que a diferença das pessoas é um caminho para
potencializar a aprendizagem, os defensores da inclusão agruparam-se em um
ideal no qual toda sociedade é responsável pela participação integral e a fiança
dos direitos das pessoas com deficiência. Na educação inclusiva, o aluno com
deficiência torna-se o enfoco das atuações. Em outras palavras, o enfoco não
está na deficiência, mas sim no ser humano com interesses e precisões educativas
exclusivas. (BRASIL, 2015).
Para
Fernandes (2013), a sociedade necessitará se tornar receptiva e acolhedora, afiançando
que todos tenham ingresso à aprendizagem e, de modo amplo, à participação na
sociedade. Nesse novo foco da educação, a compreensão de inclusão torna o procedimento
educacional amplo, ou seja, ele não está mais ligado à uma visão elitista e
homogeneizadora. A educação inclusiva recebe a todos, com seus atributos próprios
que, promovem uma escola na qual a diferença é um valor educacional.
(...) o desafio da inclusão repousa em criar contextos
educacionais capazes de ensina a todo os alunos, repudiando-se os programas
para reforçar ou acelerar as aprendizagens de alguns; o ensino com ênfase em
conteúdos programáticos da série; as aulas tão somente expositivas; a adoção do
livro didático como ferramenta exclusiva de orientação dos programas de ensino (...)
são práticas que precisam ser combatidas e superadas no paradigma da inclusão,
sob pena de fazermos remendo novo em roupa velha. (FERNANDES, 2013, p. 78).
Assim, entende-se que uma nova compreensão de homem, de
sociedade e educação necessita ser edificada para que de fato, a inclusão torne
um fato nas escolas. Para que isso aconteça, é imprescindível agirmos tanto no campo
da cultura, da política e da prática, uma vez que compõem a estrutura da
sociedade (SANTOS; SANTIAGO, 2010).
A
Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva demanda
que:
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos
sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas
discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva
assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da
escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a
construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e
classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e
cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades
atendidas. (BRASIL, 2008, p. 1).
Para
que uma escola seja inclusiva toda o grupo escolar necessitará estar envolvido
com o processo. Estar envolvido não constitui apenas estar informado das
decisões, ma, sim além disso participar das opções e expor suas compreensões.
Uma gestão que se faça democrática conseguirá agrupar toda equipe da comunidade
escolar no desígnio único de permitir que todos os alunos estudem e participem
da sociedade.
Enfim,
a gestão educacional democrática inclusiva necessitará aproveitar a alteração
trazida pela contemporânea circunstância e ter noção toda equipe de que, é imprescindível
extinguir os empecilhos que, afetam a aprendizagem de todos os alunos,
dando-lhes acesso à construção de habilidades, condutas e atitudes que venerem
/ elevem o próximo.
4 A GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA
Segundo
Teixeira (2000) a escola pública que atua numa aparência democrática necessitará
receber a todos os alunos, principalmente aqueles que se deparam em situação de
exclusão, fornecendo-lhes educação de qualidade e condições para que se distingam
como elementos participantes e ativos da sociedade e do procedimento educacional
a qual pertencem.
O
autor supracitado argumenta que, a gestão na perspectiva democrática é
mobilizadora de práticas escolares inclusivas. Ainda existe desafios no cumprimento
desta proposta, o princípio democrático inviabiliza a opção de alguns alunos em
dano de outros, uma vez que tal princípio afiança o direito de todos à
participação na sociedade, sem que qualquer diferença particular o afaste do procedimento
grupal. Por ser da sociedade em geral e, logo, para todos os alunos, a escola necessita
acatar as questões de cada um, respeitando a desigualdade humana. Além disso, precisa
encarar a diferença numa perspectiva valorativa, isto é, como um elemento que
enriquece o convívio e potencializa as aptidões humanas.
Essas diferenças enriquecem a comunidade e o leque de
opiniões que deve considerar. Separar pessoas de qualquer idade com base nessas
diferenças ou usar rótulos para estereotipá-las são procedimentos que só criam
divisões e sistemas de status que diminuem a natureza democrática da comunidade
e a dignidade dos indivíduos contra quem essas práticas são dirigidas com tanto
vigor. (...). Por esse motivo, as comunidades de alunos das escolas
democráticas são marcadas pela ênfase na cooperação e na colaboração, e não na
competição. (APPLE; BEANE, 1997, p. 22).
A
escola democrática vai ao encontro da escola inclusiva, pois, considera que o
paradigma da inclusão suscita um novo olhar sobre a escola. Esta se torna uma
escola democrática, pois se forma num ambiente que leva em atendimento as precisões
de todos os alunos, apoiando todos da comunidade da escola (professores,
alunos, equipe administrativa, agentes de apoio e assim por diante) por meio de
táticas que conscientizam sobre a heterogeneidade humana e fortaleçam os
valores sociais de respeito, solidariedade e colaboração. (MANTOAN, 2003).
Assim,
é importante destacar que uma escola inclusiva é uma escola democrática. São julgamentos
que não podem ser discorridos fora da realidade escolar, com ênfase para a
escola pública. (MATTOS, 2010).
Neste
sentido, é imprescindível questionar: Qual a função da gestão escolar na constituição
de uma escola de fato inclusiva? Como uma gestão que se faz democrática agirá
na perspectiva inclusiva, neste caso, com alunos com deficiência?
Logo,
Mattos (2010), Azevedo e Cunha (2008) destacam que é fundamental que o gestor
escolar conheça o assunto em que está inserido, tanto no campo das políticas educativas
quanto das precisões educacionais dos seus alunos com ou sem deficiência. Em
relação à pessoa com deficiência, o trabalho necessita ser sistematizado, pois
é imprescindível colocar em evidencia as particularidades desse processo, para
que assim, toda equipe da escola tenha ciência das precisões educacionais dos
alunos. Períodos de formação continuada no próprio espaço de trabalho podem
auxiliar na apreensão das características de tais alunos. Antes de promover períodos
de reflexões com toda equipe da escola, a gestão precisará estar consciente dos
embasamentos que fundamentam a compreensão democrática e inclusiva dos estabelecimentos
de educação.
É
ingênuo crer que se faz uma gestão democrática inclusiva somente com boas finalidades.
É imprescindível a organização, formação e dedicação, uma vez que somente um
olhar cauteloso e articulado com teorias da educação permitirão a transformação
do olhar sobre a pessoa com deficiência. (AZEVEDO; CUNHA, 2008)
As
conquistas recomendadas pelo modelo da educação inclusiva não serão alcançadas
sem que exista participação ativa da comunidade escolar. Esse princípio
norteador da gestão democrática, considera que a gestão escolar democrática tem
como desígnio:
Articular o processo da educação inclusiva,
oportunizar a integração entre todos os envolvidos no processo educativo,
estabelecer relações e interrelações entre toda comunidade escolar e contemplar
todos os educandos, considerando suas diferenças individuais e ressaltando as
suas potencialidades. (AZEVEDO; CUNHA, 2008, p. 67).
As
exposições destacadas pelos autores supracitados exigem que, a constituição de
uma rede colaborativa que permita a permuta de conhecimento e a construção da
informação a respeito das precisões particulares dos alunos com deficiência.
Logo,
sem atuações que envolvem a comunidade, a conscientização a respeito dos
direitos das pessoas com deficiência se torna fraca, conseguindo poucas pessoas
que agem diretamente com os alunos.
Portanto,
o desenvolvimento de práticas participativas requererá transformações extraordinárias
e relevantes no procedimento de escolarização do aluno com deficiência. Somente
por meio da articulação entre temas administrativos e pedagógicos que todos os
profissionais de uma escola inclusiva conseguirão se comprometer com uma
educação de qualidade para todos os alunos com deficiência e sem deficiência.
Todos
os autores citados destacam que, participar ativamente das tomadas de decisões
e da promoção dos direitos fundamentais dos seres humanos é uma empreitada de
todos aqueles que almejam uma educação de qualidade, além de uma sociedade na
qual a heterogeneidade humana é respeitada.
5 AFINAL, QUAL
É A FUNÇÃO DA GESTÃO NO DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICA INCLUSIVA?
Este
estudo parte do raciocínio de que a gestão na escola age tanto no campo
administrativo quanto pedagógico, visto que tais extensões são representadas da
prática educativa. Uma gestão atuante requer a participação integral de todas as
pessoas da comunidade escolar, apresenta como ideia subjacente à compreensão
democrática da educacional.
O
dúplice trabalho do gestor, isto é, administrativo e pedagógioa atrapalha a
participação deste em todos os setores escolares, porquanto, afeta grande parte
do tempo e impede que o diálogo constante seja concretizado. O encargo pela
aprendizagem dos alunos não pode incidir apenas nos professores; do mesmo modo,
não é pertinente impor o gerenciamento de todo o espaço escolar a uma única
pessoa. É imprescindível que todos se responsabilizem pelo procedimento educacional
desenvolvido no âmbito escolar, conhecendo que a gestão tem função essencial na
organização e condução do trabalho administrativo e pedagógico escolar. (PARO,
2004).
Os
autores referenciados no presente estudo assinalaram que a gestão, na
perspectiva inclusiva da educação em geral e da educação especial em
particular, desempenha papel fundamental na organização da política e da
cultura inclusiva na escola.
Frente
às questões particulares dos alunos com deficiência, a gestão escolar necessita
promover atuações que amparem na resolução dos desafios, assim como extingam
barreiras de todas as ordens, tais como: atitudinais, arquitetônicas, e que
realmente seja um espaço inclusivo, uma escola inclusiva. (SASSAKI, 2009).
A
comunidade escolar necessita receber todos os alunos que estão excluídos do procedimento
educacional ou descriminados por suas precisões especiais, sem esquecer que
promover uma escola inclusiva, uma educação inclusiva, demanda esforço,
sensibilidade, amparo e comprometimento, a fim de permitir que práticas
democráticas e inclusivas permaneçam de fato presentes. (TEIXEIRA, 2000).
(...) assim será possível promover mudanças
educacionais, de forma a transformar as escolas, que historicamente se
caracterizaram como espaços educacionais, destinados ao atendimento de alunos
em classes regulares homogêneas, em escolas inclusivas, nas quais a
heterogeneidade seja percebida como princípio básico para elaboração de todas
as propostas pedagógicas (VIOTO; VITALIANO, 2012, p. 9).
Assim,
para a garantir do acesso e permanência do aluno com deficiência no ambiente
escolar é imprescindível que o gestor escolar entenda o cenário educativo em
que vive. Entender a circunstância da educação especial demanda que aprendizados
educativos inclusivos sejam pensados e executados, atendendo as questões de
todos os alunos, sem desconhecer a especificidade de cada um.
Logo,
não é admissível almejar uma educação inclusiva sem uma gestão participativa
(MATTOS, 2010).
Ainda,
a Lei Brasileira de Inclusão garante direito de todas as pessoas com
deficiência no ambiente escolar e nos demais ambientes da sociedade. A Lei Brasileira de Inclusão, garante também uma série de
direitos relacionados à acessibilidade, educação e saúde, além de estabelecer
penalidades para atitudes que causem discriminação as pessoas com deficiência. (BRASIL,
2015).
A deficiência é, pois, a resultante de uma equação em
que o valor final depende de outras variáveis independentes, quais sejam: as
limitações funcionais do corpo humano e as barreiras físicas, econômicas e
sociais impostas pelo ambiente ao indivíduo. O modelo social propõe uma
conceituação mais justa e adequada sobre as pessoas com deficiência,
reconhecendo-as como titulares de direitos e dignidade humana inerentes,
exigindo um papel ativo do Estado, da sociedade, e das próprias pessoas com
deficiência. Tem como fundamento filosófico o princípio da isonomia ou da
igualdade, que reconhece o ser humano como sujeito de direitos iguais perante a
lei, tanto do ponto de vista formal, quanto material. Nessa perspectiva,
afirma-se que a deficiência em si não “incapacita” o indivíduo e sim a
associação de uma característica do corpo humano com o ambiente inserido. É a
própria sociedade que tira a capacidade do ser humano com suas barreiras e
obstáculos, ou com a ausência de apoios. Para garantir a concretização dos
direitos das pessoas com deficiência é preciso reconhecer sua identidade
própria e prover os recursos necessários para possibilitar sua plena e efetiva
participação na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.
Nessa esteira, a sociedade é corresponsável pela inclusão das pessoas com
deficiência. (SETUBAL; FAYAN, 2016, p. 15-16).
Enfim,
constata-se que uma escola democrática e inclusiva apresenta um grupo gestor e
um gestor consciencioso da função social e transformadora da educação. Tal
modelo de escola dá sentido às práticas escolares, ao concretizar bons exemplos
de democracia e inclusão social. Não existe, neste ambiente, uma distinção
discriminatória. Existe sim o reconhecimento das diferenças e o respeito às
características particulares de cada ser humano. A heterogeneidade humana
torna-se um fator educacional, capaz de potencializar as capacidades humanas e
desenvolvimento das habilidades e capacidades imprescindíveis à atuação na
sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
partir das pesquisas efetivadas, é possível entender os embasamentos que norteiam
as compreensões de gestão escolar democrática e educação inclusiva.
Ainda,
o trabalho da gestão escolar no desenvolvimento de uma cultura, de uma política
e de uma prática inclusiva determina o envolvimento de toda a comunidade escolar.
A figura destacada dos gestores não afiança a constituição de práticas
inclusivas e democráticas, uma vez que tal empreitada, árdua, demanda a cooperação
e o envolvimento de todos os envolvidos no procedimento de educação e
aprendizagem dos alunos com ou sem deficiência.
Exibir
o conceito de escola inclusiva é, essencialmente, discorrer sobre escola
democrática, pois, os princípios se concentram no que se entende por educação
para todos, uma educação promotora de igualdade e equidade nas condições de promoção
e constância dos alunos nos espaços escolares.
Logo,
a gestão se faz democrática e inclusiva, converge ideias e princípios que guiam
o acolhimento aos alunos com deficiência, promovendo período em que são
construídas táticas de participação de todos, como a criação de estratégias
para trabalhar com a heterogeneidade humana.
A
gestão, por sua vez, necessita articular atuações que promovam não só a
participação, mas ainda a formação, a reflexão de todos quanto às precisões dos
alunos com deficiência dentro do ambiente escolar inclusivo.
Assim
espera-se que o novo profissional da educação deve ser capacitado, fundamentado
na cultura de respeito a todos os alunos com deficiência e sem deficiência,
ainda, promova os direitos fundamentais dos seres humanos, dentre eles o
ingresso a educação de qualidade.
Logo,
acredita-se que a educação é uma ferramenta de promoção de igualdade humana,
mas, ela sozinha não consegue promover uma revolução nas estruturas sociais.
Todos os agentes da educação têm a obrigação e o dever de construir uma escola
inclusiva. Que todos almejem uma escola democrática para todos os alunos com ou
sem deficiência.
Por
fim, é nesta linha que o gestor da educação inclusiva, procura por constante
práticas inclusivas, sejam elas da pessoa com ou sem deficiência, colaborará
para a constituição de uma sociedade justa e solidária.
REFERÊNCIAS
APPLE, Michael; BEANE, James (Org.). Escolas democráticas. São Paulo: Cortez, 1997.
AZEVEDO, Elis Milena Veiga Moreira de; MORI, Nerli Nonato Ribeiro. A educação da pessoa com deficiência.
In: AZEVEDO, Mário Luis Neves (org). Política Educacional Brasileira. Maringá:
EDUEM, 2010.
AZEVEDO, Maria. Antônia. Ramos; CUNHA, Gracilliani. Rosa. da. Gestão Escolar e Educação Inclusiva: uma
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http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/view/660/668.
Acesso em: 20 set. 2017
[1]
Pós-Graduanda. Artigo apresentado na Pós-Graduação em Gestão Educacional. Faculdade
São Braz. 2017. E-mail: veralucpsouza@yahoo.com.br
[2]
No Brasil, o Neoliberalismo começou a ser seguido de uma forma aberta nos dois
governos consecutivos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Neste caso,
seguir o neoliberalismo foi sinônimo de privatização de várias empresas do
Estado. O dinheiro conseguido com essas privatizações foi na sua maioria
utilizado para manter a cotação do Real (uma nova moeda na altura) ao nível do
dólar. Disponível em: .
Acesso em: 28 ago. 2017.
[3]
O Consenso de Washington foi a forma como ficou popularmente reconhecido
um encontro ocorrido em 1989, na capital dos Estados Unidos. Nesse encontro,
realizou-se uma série de recomendações visando ao desenvolvimento e à ampliação
do neoliberalismo nos países da América Latina. Disponível em: .
Acesso em: 28 ago. 2017.
[4]
Hegemonia é a supremacia de um povo sobre os outros povos. Disponível em: .
Acesso em: 28 ago. 2017.
[5]
FMI é a sigla de Fundo Monetário Internacional, que é uma organização
internacional com o objetivo de regular e atuar diretamente no funcionamento do
sistema financeiro mundial. O FMI foi fundado em 1944, e possui mais de 187
países como seus aliados. Disponível em: .
Acesso em: 28 ago. 2017.
[6]
Unesco é a sigla para Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura. Foi fundada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo
de contribuir para a paz e segurança no mundo, através da educação, da ciência,
da cultura e das comunicações. A sede da Unesco fica em Paris, na França, e
atua em 112 países. Disponível em: .
Acesso em: 28 ago. 2017.
Como referenciar esta página de acordo com as normas da ABNT? SOUZA, Vera Lúcia Pereira de. A Gestão Escolar e a Inclusão: Educação Especial. Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Especialista em Gestão Escolar, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, inciso 2, da LDB 9394/96. Curitiba. 2017/2019. Disponível em:
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