A IMPORTÂNCIA DA
COORDENADORIA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
SOUZA, Vera Lúcia Pereira de Souza[1]
RESUMO
A finalidade deste
artigo científico é analisar o papel da coordenadoria de tecnologia educacional
no atual modelo de gestão escolar democrática. O mesmo foi escrito a partir de
pesquisas bibliográficas realizadas em vários materiais tais como: teses,
artigos, e outros materiais relacionados a gestão escolar democrática e a importância
da coordenadoria de tecnologia educacional. Vários autores foram pesquisados,
os quais subsidiaram o presente artigo. Ainda nas Considerações Finais, o
presente artigo aborda que, o gestor da educação democrática necessita estar
atento a práticas da coordenadoria de tecnologia educacional pois, isso demanda
uma educação de qualidade para os alunos e toda comunidade escolar. Todos os
agentes da educação têm a obrigação e o dever de construir uma escola que
favoreça o uso das tecnologias educacionais. Isso é uma escola democrática,
pois, permite várias possibilidades de aprendizagem para todos os alunos. Quanto
a metodologia utilizada no presente artigo é a pesquisa bibliográfica, fundamentada
na análise de leitura de textos de vários autores.
Palavras-chave: Democratic
management. Educational technology. Coordination
ABSTRACT
The purpose of this scientific article is
to analyze the role of educational technology coordination in the current model
of democratic school management. The same was written from bibliographical
research conducted in various materials such as theses, articles, and other
materials related to democratic school management and the importance of
coordinating educational technology. Several authors were researched, which
supported this article. Still in the Final Considerations, this article
discusses that, the manager of democratic education needs to be aware of the
practices of the educational technology coordinator because, this demands a
quality education for the students and the whole school community. All agents
of education have the obligation and duty to build a school that favors the use
of educational technologies. This is a democratic school because it allows
various learning possibilities for all students. Regarding the methodology used
in this article is the bibliographic research, based on the reading analysis of
texts by various authors.
Keywords:
Democratic management. Educational technology. Coordination
INTRODUÇÃO
Disponibilizar aos alunos e toda a comunidade escolar
recursos tecnológicos, abre novas possibilidades de aprendizagem a todos os
envolvidos na educação, e uma gestão escolar democrática é de suma importância,
pois, um gestor democrático acredita e sabe das necessidades de se ter um
coordenador de tecnologia educacional na escola. A escola não pode mais ficar a
margem dos recursos tecnológicos.
Logo, é de suma importância que, o professor coordenador
de tecnologia educacional, juntamente (com o aval do gestor democrático) com
toda comunidade escolar possam possibilitar propostas educacionais digitais, que
proporcionam oportunidades para desenvolver as potencialidades educacionais de
todos os alunos.
Assim, o presente artigo busca demonstrar, por meio da
pesquisa bibliográfica, a importância de uma gestão democrática e, a
importância de se ter professor coordenador de tecnologias educacionais na prática
pedagógica, para uma educação de qualidade para todos os alunos.
A metodologia utilizada no presente
artigo foi a pesquisa bibliográfica, fundamentada na análise de leitura de
textos de vários autores alistados ao tema supracitado.
MÉTODO
O
presente trabalho foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica
disponibilizada na disciplina Planejamento de Tecnologia Educacional para
Inovação e Mudança do Mestrado em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST University – Flórida.
A metodologia do presente trabalho
foi realizada a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre a importância de se
ter na escola a Coordenadoria de Tecnologia Educacional e, a importância de um
gestor escolar democrático que, entenda a importância das tecnologias como mais
um recurso para uma melhor aprendizagem de todos os alunos e, também um
benefício para toda a comunidade escolar.
Na revisão de literatura, visando
aprofundar o conhecimento a respeito do tema a importância da coordenadoria de tecnologia
educacional, foram abordadas questões como o papel do gestor escolar
na inclusão das TIC na escola, experiências em construção e redes colaborativas
de aprendizagem, guia prático para gestores educacionais, gestão escolar e o
uso das tecnologias de informação e comunicação, suas possibilidades, informática
educacional e os passos de implantação ou reformulação de um projeto
educacional tecnológico.
DESENVOLVIMENTO
– REVISÃO LITERÁRIA
A princípio, as
tecnologias foram introduzidas nas escolas para atendimento da área
administrativa, para que assim, o trabalho administrativo fosse agilizado. Depois,
adentraram na educação e na aprendizagem, mas, sem haver preocupação na
inclusão as atividades pedagógicas da sala de aula, logo, as tecnologias foram vistas
como uma atividade a mais, como uma aula de informática. (ALMEIDA; RUBIM,
2004).
Mais tarde, as tecnologias
educacionais foram vistas como inovadoras e, os professores começaram utilizar
os recursos tecnológicos, orientados por professores responsáveis pelos
laboratórios de informática. Assim, a partir dessa visão inovadora, levou a
tomada de consciência da importância de incorporar as tecnologias à praticas
educacionais ao conjunto da sala de aula, a partir daí começou a observar a
importância de envolver os coordenadores educacionais de tecnologia nas
atividades educativas. (ALMEIDA; RUBIM, 2004).
Assim, essa nova tomada de
consciência tecnológica leva à percepção de que, o papel do gestor democrático,
juntamente com o professor coordenador de tecnologias educacionais, não seria, somente, o provedor de condições
para o uso efetivo das tecnologias na sala de aula, mas, um gestor democrático
que, realmente acredite o quanto é importante ter professor coordenador de
tecnologias na Escola, pois, o mesmo subsidiará uma educação de qualidade a
todos os alunos. (ALMEIDA; RUBIM, 2004).
O grande desafio que aqui se coloca
é: como aprender a formar professores para transformar sua prática, e por sua
vez a escola, impactando efetivamente na aprendizagem dos alunos na cultura
digital? Não é um desafio trivial! (SILVA, 2019, p. 5).
Para responder as perguntas
supracitadas é de suma importância que, tenham apontados todas os passos do
planejamento para a construção de um plano de formação continuada para os
professores, para a utilização pedagógica dos recursos tecnológicos na aprendizagem
/ educação de todos os alunos. Ainda, ressalta-se que o planejamento é um procedimento
colaborativo e demanda constante avaliação e adequações ao longo de sua implantação.
(SILVA, 2019).
Assim, para inserir ou reformular um projeto de tecnologia
educativa, pode-se escolher um procedimento
a partir das seguintes etapas: análise tecnológica da escola, do professor e do
aluno; plano de ação; habilitação dos professores; conhecimento e pesquisa de
softwares; elaboração do projeto pedagógico com a utilização da tecnologia
educativa; implantação e avaliação do projeto e replanejamento. (SIMÕES, 2004).
É
importante entender que o uso de tecnologias educacionais nas escolas resulta
do processo de difusão de adoção, implementação e integração, e os obstáculos
ou a resistência podem ocorrer em qualquer uma ou em todas as fases desse
processo. É preciso ter uma perspectiva instrumentalista e trabalhar ativamente
para garantir que a tecnologia seja implementada com sucesso. Isso requer que
os responsáveis por difundir uma tecnologia se familiarizem com as estratégias
e os modelos que podem ajudar no desenvolvimento de planos de implementação.
(PEREIRA, 2008a, p. 8).
Ainda,
esses projetos necessitam considerar as várias áreas do conhecimento de uma
forma interligada e que, extrapole o enfoco das disciplinas escolares, proporcionando
o desenvolvimento de um conhecimento sistemático, em que a implementação do
projeto passa a ser um elemento interdependente de todo um sistema. (SIMÕES,
2004).
A gestão escolar deve socializar e
incentivar o uso das tecnologias como aliadas nas metodologias de sala de aula.
As tecnologias não facilitam o processo para os docentes, pois a tecnologia está
se atualizando constantemente, o que exige do docente uma formação que
possibilite a utilização destes recursos e que acompanhe a realidade do educando.
As tecnologias não são indispensáveis ao processo de aprendizagem, mas elas são
ferramentas que favorecem o processo, a base da aprendizagem e do uso das
tecnologias depende da formação do docente que utiliza a tecnologia na sua
metodologia. Os gestores não articulam apenas a formação continuada da sua equipe,
mas também percebem a contribuição das tecnologias para a aprendizagem. As
tecnologias favorecem a construção do conhecimento, estimulam a busca por novas
aprendizagens, desta forma colabora para a formação de alunos conscientes e
críticos que transformam informação em conhecimento. A inserção das tecnologias
na escola é um processo lento que demanda interesse e uma gestão articulada
para que a sua utilização aconteça de forma a promover um ensino de qualidade
que ocorra de forma democrática. (RAMPELOTTO; MELARA; LINASSI, 2015, p.8).
Portanto, o gestor escolar
democrático, dentro desta perspectiva, atua nas esferas de divulgar, estimular
e contribuir para a formação continuada dos professores e, para os processos de
gestão democrática dentro de um ambiente escolar colaborativo, que favorece o acesso
a informação, o trabalho colaborativo que, envolva a comunidade escolar, uma atuação
que favoreça a utilização das tecnologias e a sua propagação. (RAMPELOTTO;
MELARA; LINASSI, 2015).
É importante ressaltar que, na utilização dos recursos tecnológicos nas práticas
pedagógicas, é necessário questionar o objetivo que se quer atingir, avaliando continuamente
os benefícios e limites dos recursos tecnológicos educacionais, visando assim à
implantação de um projeto de tecnologia educacional concomitante com as
práticas da escola contemporânea, por isso é de suma importância ter professor
coordenador de tecnologias educacionais na escola, pois, ele direcionará o
caminho educacional, com o uso das tecnologias, com muita qualidade e
funcionalidade. (SIMÕES, 2004).
Assim, gestores educacionais democráticos, professores coordenadores
de tecnologia e demais profissionais da escola, unidos por uma educação de
qualidade para todos, podem criar momentos, que permitam experimentar o uso das
tecnologias no dia-a-dia escolar e, deste modo, dar oportunidades de participação
em redes colaborativas de aprendizagem, apoiadas em ambientes virtuais de
aprendizagem, para encontrar, coletivamente, um caminho mais próspero, combinado
com a identidade da escola e o contexto em que ela se acha inserida. (ALMEIDA;
RUBIM, 2004).
Finalizando, a coordenadoria de tecnologia educacional é
responsável pelo desenvolvimento, pelo bom emprego, pelo treinamento e pelo desenvolvimento
da formação continuada de profissionais para a utilização dos díspares
equipamentos tecnológicos. Todas as atuações sugeridas por ela precisam ter
como principal objetivo introduzir e empregar as tecnologias de informação e
comunicação (TIC) no processo educacional de forma expressiva para todos os
alunos e comunidade escolar. (PEREIRA, 2008b).
Ainda, o coordenador de tecnologia educacional precisa
ser, preferencialmente, um professor, pois, o mesmo entende toda a prática
pedagógica, além de um básico domínio técnico dos recursos tecnológicos, logo, é
indispensável que ele possua conhecimento do campo escolar, dinamismo, didática
pedagógica e boa gestão da sala de aula. (PEREIRA, 2008b).
CONCLUSÕES
Por meio da análise
dos materiais da pesquisa bibliográfica, ficou bem claro que, a gestão
democrática educacional, quando apoia o professor coordenador tecnologia,
desencadeia a participação social de toda a comunidade escolar, por meio do
planejamento, de tomada de decisões, definição do uso de recursos tecnológicos,
necessidades de investimento e execução das ações coletivas, por meio da
avaliação da escola e da política educacional.
O sucesso de uma
escola é regulado pelo desempenho de seus alunos. Este fato se faz por meio da
construção da participação de toda comunidade escolar e da gestão escolar
democrática. Logo, é de suma importância que professor coordenador de
tecnologia trabalhe junto aos professores, e, se possível, junto a toda
comunidade escolar, a concepção de escola que deseja implementar o trabalho pedagógico
de qualidade, como princípio educacional dos professores que atuam nessa
escola, de maneira a promover a aprendizagem continua dos alunos.
A gestão democrática juntamente com
o professor coordenador de tecnologia educacional, necessitam articular ações
que promovam não só a participação dos professores e toda comunidade escolar,
mas, ainda a formação, a reflexão de todos quanto às precisões de aprendizagem
de todos os alunos, dentro de um ambiente escolar que utilizam os recursos
tecnológicos para melhorar, cada vez, a aprendizagem de todos.
Assim, todos os agentes da
educação têm a obrigação e o dever de construir uma escola que favoreça o uso
das tecnologias educacionais. Isso é uma escola democrática, pois, permite
várias possibilidades de aprendizagem para todos os alunos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.; RUBIM, L. O papel do
gestor escolar na incorporação das TIC na escola: experiências em
construção e redes colaborativas de aprendizagem. São Paulo: PUC-SP, 2004.
Disponível em: .
Acesso em: 05 set. 2019.
PEREIRA, Ane
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Acesso em: 03 set. 2019.
PEREIRA, Ane Caroline
de Souza. Coordenadoria de Tecnologia Educacional. Conteúdo do livro Encyclopedia
of Information Technology Curriculum Integration. 2008b. Disponível em:<
http://mustuniversity.s3-sa-east-1.amazonaws.com/DISCIPLINAS/EDU640_Educational_Technology_Planning_for_Innovation_and_Change/MATERIAL_DIDATICO/PDF_DOWNLOAD/PORTUGUES/EDU640_2_1.pdf>.
Acesso em: 02 set. 2019.
RAMPELOTTO,
Elisane Maria; MELARA, Adriane; LINASSI, Priscila Silva. Gestão Escolar:
O Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação e suas Possibilidades. EDUCARE.
XII Congresso Nacional de Educação. PUCPR. 2015. Disponível em: .
Acesso em: 05 set. 2019.
SILVA,
Maria da Graça Moreira da. Guia Prático para Gestores Educacionais. CIEB
– Centro de Inovação para a Educação Brasileira. Desenvolvimento de
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Acesso em: 03 set. 2019.
SIMÕES, Vivianne Augusta Pires. (UNIPAR). Informática
Educativa: Etapas de Implantação ou Reformulação de um Projeto. Educação
Fonte de Transformação onde a Cidadania Acontece. XIII Semana de Estudos
Pedagógicos. Akrópolis, Umuarama, v.12, nº.4, out./dez., 2004. Disponível em: .
Acesso em: 02 set. 2019.
[1]Mestranda
em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST UNIVERSITY– Florida – USA. 2019. E-mail:
veralucpsouza@yahoo.com.br
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