domingo, 10 de novembro de 2019

A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS




A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DIGITAIS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS


SOUZA, Vera Lúcia Pereira de Souza[1]

RESUMO

As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC e Web no contexto educacional são recursos pedagógicos e, são grandes parceiros dos professores, no processo de ensino-aprendizagem. Assim o presente artigo busca demonstrar importância das ferramentas digitais nas práticas pedagógicas e, que é preciso entender que as TDIC e Web não são o possuidoras do conhecimento, mas, são ferramentas que permitem aos alunos com ou sem deficiência receber informações e/ou  construir seus conhecimentos,  por meio de vivências acadêmicas, situações-problema que, possibilitem tirar conclusões e construir novos conhecimentos. Para este artigo foi realizada pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de textos de diversos autores que abordam o tema supracitado.


Palavras-chave: Web. Tecnologias. Ensino-aprendizagem. Ferramentas. Digitais.


ABSTRACT

The Digital Information and Communication Technologies - TDIC and Web in the educational context are pedagogical resources and are great partners of teachers in the teaching-learning process. Thus, this article seeks to demonstrate the importance of digital tools in pedagogical practices, and that it is necessary to understand that TDIC and Web are not the possessors of knowledge, but are tools that allow students with or without disabilities to receive information and / or build their knowledge, through academic experiences, problem situations that allow us to draw conclusions and build new knowledge. For this article a bibliographical research was carried out, based on the reflection of reading texts of several authors that approach the theme mentioned above.


Keywords: Web. Technologies. Teaching-learning. Tools. Digital.


INTRODUÇÃO


            Disponibilizar aos alunos com ou sem deficiência novos recursos de acessibilidade, novos espaços, na verdade, uma nova sociedade, que as abranja em seus projetos e possibilidades, não constitui somente propiciar o crescimento e a autorrealização do aluno, mas, especialmente, é permitir a essa sociedade crescer, expandir-se, humanizar-se, por meio das riquezas de uma maior e mais harmoniosa convivência com as diferenças.

            Portanto é de suma importância que, o professor e toda a comunidade escolar (diretor, funcionários, equipe pedagógica) se lembrem de que, todo aluno pode, a seu jeito e respeitando seu tempo, beneficiar-se das propostas educacionais digitais, desde que, existam oportunidades apropriadas para desenvolver sua potencialidade.

            Assim, o presente artigo busca demonstrar, por meio da pesquisa bibliográfica, a importância das ferramentas digitais na prática pedagógica dos alunos com deficiência ou sem deficiência.

            A metodologia empregada no presente artigo foi a pesquisa bibliográfica, baseada na análise de leitura de textos de vários autores relacionados ao tema supracitado.


MÉTODO


            O presente trabalho foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica disponibilizada na disciplina Web como Ferramenta Interativa Educacional do Mestrado em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST University – Flórida.

 

            A metodologia do presente trabalho foi realizada a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre a importância das ferramentas digitais na educação.

            Na revisão de literatura, visando aprofundar o conhecimento a respeito do tema a importância das ferramentas digitais na educação, serão abordadas as questões como a integração entre internet, Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação - TDIC, Web no contexto educacional, formas de integração entre os recursos digitais na Educação, as possibilidades no uso desses instrumentos afim de modificar as práticas pedagógicas e a inclusão social por meio da inclusão digital.


DESENVOLVIMENTO – REVISÃO LITERÁRIA


            A sociedade atual distingue-se por um avanço tecnológico muito acelerado e diversificado, fazendo com que aconteçam transformações na vida das pessoas e, refletindo nas relações do campo político, a inclusão de novidades tecnológicas só terá sentido se colaborar para o avanço da qualidade da educação, e tê-la por si só não é fiança de qualidade na educação. A metodologia da educação e aprendizagem revelam-se na prática do professor e de como os alunos usam os recursos tecnológicos disponíveis. (SEEGGER, 2012).

            Assim, as tecnologias digitais da informação e comunicação devem servir para o desenvolvimento do espaço educativo, propiciando a construção do conhecimento por meio de uma ação ativa e crítica por parte de alunos e professores. Logo, o computador é uma das ferramentas digitais empregadas em sala de aula, pois, é uma ferramenta grande valia na construção do conhecimento, isto é, na aprendizagem dos alunos. (SEEGGER, 2012).

Assim, compete ao professor criar circunstâncias de ensino e aprendizagem em que o educando procure as informações. (...) As atividades propostas tornaram-se mais atraentes com a utilização da mídia computador, em um espaço informatizado, pois, essa ferramenta demanda dos educandos a apreensão do que fizeram e ao mesmo tempo do que necessitam fazer para obter o desígnio proposto. (SOUZA, 2013b, p. 15)


            Destaca-se a importância de explanar sobre tecnologia digitais da informação e comunicação e da Web, pois ainda se discorre que tecnologia é, exclusivamente, o computador, poucos procuram outros meios / ferramentas digitais, mas o que importa não é ter uma inovação tecnológica, mas, sim, saber emprega-la com objetivos definidos. O que é inquietante é a falta de disponibilidade de recurso tecnológico em algumas escolas, na maior parte das vezes se tem o quadro que, é o recurso educacional mais clássico, mas a sugestão é que cada vez mais as tecnologias constituam como estimuladoras do trabalho professor/aluno e não como uma barreira desse trabalho. Educar demanda segurança e capacidade profissional. (SEEGGER, 2012).

            Assim, frente às transformações provenientes do crescente desenvolvimento tecnológico, faz-se necessário no ensino, construir novas compreensões pedagógicas, formadas sob a influência do emprego dos novos recursos tecnológicos digitais da informação e comunicação que, derivem em práticas que promovam o currículo nos seus múltiplos campos do sistema educativo, possibilitando aos professores se apropriarem, de maneira crítica construtiva, das tecnologias e práticas educacionais, cooperando para a inclusão digital e dar destaque significativo a prática pedagógica. (CARVALHO, 2009).

Entende-se, pois, que o educador da era digital deve ser capacitado para tornar seus alunos capazes de navegar no mar de informações que a tecnologia disponibiliza atuando como um estimulador do processo de seleção crítica e organização das informações. Os jovens ainda que muito hábeis no manuseio das Tecnologias, não possuem a maturidade suficiente, para a seleção e organização da informação coletada. É nesse momento que o professor deve intervir, pois é papel do professor despertar a curiosidade, a criticidade auxiliando nas sínteses e reflexões, estimulando o aluno a construir o conhecimento, pois a qualidade mais valiosa é a capacidade de transformar dados em conhecimento. (SEEGGER, 2012, p. 1898).


            Entende-se no período atual que os professores, conheçam a precisão e a importância de aprimorar seus conhecimentos na área das ferramentas digitais na educação e buscar informações a respeito das novas tecnologias digitais da informação e comunicação na educação, para melhor a utilização das mesmas e, portanto, aprimorar a qualidade de seu trabalho. (CARVALHO, 2009).

            A inclusão das ferramentas tecnológicas no dia-a-dia escolar é um desafio que, os professores estão dispostos a encarar, pois não tem como evitar a situação que está posta a todos os professores. Apesar, alguns professores ignorem as várias possibilidades da utilização das ferramentas tecnológicas digitais da informação e comunicação na educação, divulgar essas informações e sugestões é obrigação de todo professor que trabalhe com a tecnologia na área da educação. Assim, a introdução das novas tecnologias da informação e da comunicação no campo educacional só pode significar uma melhoria para o dia-a-dia de professores e alunos, se essa aliança não se caracterizar apenas pela presença da tecnologia. (CARVALHO, 2009).

            Logo, debater inclusão digital é um assunto espinhoso, que obriga a debater políticas que compreendam o ingresso às novas Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC como dados de inclusão social em sentido amplo (economia política, mercado, hábitos sociais, profissões, assim por diante). (BONILLA; PRETTO, 2011).

            A inclusão digital não é obtida somente quando se dá computadores ou acesso à internet, mas, quando a pessoa é colocada em um procedimento mais amplo de exercício integral de sua cidadania. A inclusão digital necessita, ser refletida de forma complexa, a partir do desenvolvimento de quatro capitais fundamentais: social, cultural, intelectual e técnico. Esses capitais necessitam ser estimulados, no fato da inclusão ao universo digital, pelo ensino de qualidade, pela facilidade de ingresso aos computadores (e/ou similares) e à rede mundial de computadores, pela geração de ofícios/ocupações, ou seja, pela mudança das condições de existência do ser humano. (BONILLA; PRETTO, 2011).

            Logo, a finalidade maior é o da inclusão do ser humano na sociedade e, não somente a inclusão digital. Os programas de inclusão digital necessitam pensar o desenvolvimento global do ser humano para a inclusão social. (BONILLA; PRETTO, 2011).

A inclusão é um problema cultural e não apenas econômico ou cognitivo. Países com uma população financeiramente equilibrada enfrentam também problemas, seja de rejeição ou de desconhecimento das potencialidades das TIC, seja de faixa etária ou problemas de gênero, de imigração ou outros. Assim, para os “interagidos” desses países, programas de inclusão digital são fundamentais para os tornarem “interagentes”. Certamente o problema da inclusão digital não é apenas econômico e não afeta apenas países pobres e/ou em desenvolvimento. (BONILLA; PRETTO, 2011, p. 18).


            Professores mais atuais e mais informados do mundo tecnológico digital, que é fato na vida das crianças e adolescentes, poderão permitir a integração na sala de aula e extra sala, com trabalhos pedagógicos variados, com aulas estimulantes, onde o aluno terá prazer em estudar e o professor será o mediador da aprendizagem e da pesquisa dos alunos. E isso só será possível com a formação constante dos professores. (OLIVEIRA; OLIVEIRA; BORGES, 2016).

            Ainda, a postura pedagógica que o professor adota no procedimento de ensino e aprendizagem é o que fará a diferença, pois, as tecnologias sozinhas não são capazes de instruir os alunos. O professor que se limita ao uso dos recursos tecnológicos, somente para produzir o conhecimento, pode estar colaborando para o desenvolvimento de alunos passivos e reprodutores da cultura dominadora. (SOUZA, 2013a).

            Logo, é competência dos professores saber como usar as tecnologias em benefício da educação, adotando o papel de facilitador no procedimento educacional, orientando os alunos na procura de informações, problematizando e provocando os alunos na utilização dessas tecnologias digitais e da Web, proporcionando uma leitura crítica desses usos, para que de fato os alunos possam construir o conhecimento de maneira significativa e transformadora. (SOUZA, 2013a).


CONCLUSÕES


            A partir das pesquisas realizadas, é possível entender os embasamentos que norteiam as compreensões a respeito da importância das ferramentas digitais da comunicação nas práticas pedagógicas, em favor de uma escola democrática, inclusiva socialmente e tecnologicamente.

            Ainda, o trabalho utilizando as ferramentas digitais da comunicação e informação para desenvolvimento de uma cultura, de uma política e de uma prática inclusiva determina o envolvimento de toda a comunidade escolar, uma vez que tal empreitada, árdua, demanda a cooperação e o envolvimento de todas as pessoas no procedimento de educação e aprendizagem dos alunos com ou sem deficiência.

            Exibir o conceito de escola inclusiva é, essencialmente, discorrer sobre escola democrática, pois, os princípios se concentram no que se entende por educação para todos, uma educação promotora de igualdade e equidade nas condições de promoção e constância dos alunos nos espaços escolares.

            Logo, a educação por meio das ferramentas digitais se faz democrática e inclusiva, converge ideias e princípios que guiam o acolhimento aos alunos, promovendo período em que são construídas táticas de participação de todos, como a criação de estratégias para trabalhar com a heterogeneidade humana.

            A inclusão digital e social, por sua vez, necessita articular atuações que promovam não só a participação, mas ainda a formação, a reflexão de todos quanto às precisões dos alunos dentro do ambiente escolar inclusivo.

            Assim espera-se que o novo profissional da educação deve ser capacitado, fundamentado na cultura digital da informação e comunicação que, respeita a todos os alunos com deficiência e sem deficiência, ainda, promova os direitos fundamentais dos seres humanos, dentre eles o ingresso a educação de qualidade, e ainda, a inclusão social por meio da inclusão digital.

            Logo, acredita-se que a educação é uma ferramenta de promoção de igualdade humana, mas, ela sozinha não consegue promover uma revolução nas estruturas sociais. Todos os agentes da educação têm a obrigação e o dever de construir uma escola inclusiva. Que todos almejem uma escola democrática para todos os alunos com ou sem deficiência.

            Por fim, é nesta linha que a educação inclusiva, por meio da inclusão digital, procura por constante práticas inclusivas, para a constituição de uma sociedade justa e solidária, para todos os alunos com ou sem deficiência.




           
           
















REFERÊNCIAS


BONILLA, Maria Helena Silveira; PRETTO, Nelson De Luca. Organizadores. Inclusão Digital: Polêmica Contemporânea [online]. - Salvador: EDUFBA, 2011. v. 2. 188 p. Disponível em: . Acesso em: 22 jun. 2019.


CARVALHO, Rosiani. As Tecnologias no cotidiano escolar: possibilidades de articular o trabalho pedagógico aos recursos tecnológicos. SEED / PR / PDE. 2009. Disponível em: . Acesso em: 22 jun. 2019.


OLIVEIRA, Cleber Ferreira; OLIVEIRA, Nilza Aparecida da Silva; BORGES, Robert William. Ferramentas Digitais Aplicadas a Educação: Uma Possibilidade para o Trabalho Pedagógico Escolar. Olhares & Trilhas Escola de Educação Básica - ESEBA - Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Ano XVIII, número 23 - janeiro-junho. 2016. Disponível em: . Acesso em: 22 jun. 2019.


SEEGGER, Vania et al. Estratégias Tecnológicas na Prática Pedagógica.  v(8), nº 8, p. 1887 – 1899.  UNIPAMPA. Monografias Ambientais. REMOA. UFSM. 2012. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2019.


SOUZA, Maria Gerlanne de. O uso da internet como ferramenta pedagógica para os professores do ensino fundamental. Monografia (graduação) – Universidade Aberta do Brasil, Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia, Curso de Licenciatura Plena em Informática, Tauá, 2013a. Disponível em: . Acesso em: 22 jun. 2019.


SOUZA, Vera Lúcia Pereira de. Os Benefícios da Mídia Computador para Educandos com Deficiência Intelectual e Múltipla. Artigo apresentado para a obtenção de Título Especialista em Mídias Integradas na Educação no Curso de Pós-Graduação em Mídias Integradas na Educação, Setor de Educação Profissional e Tecnológica, Universidade Federal do Paraná. 2013b. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2019.






[1]Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação – MUST UNIVERSITY– Florida – USA. 2019. E-mail: veralucpsouza@yahoo.com.br   


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