quarta-feira, 6 de abril de 2011

RELATÓRIO DO 1º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO

RELATÓRIO DO 1º ENCONTRO DO GRUPO DE APOIO
Grupo de Apoio à Implementação do Projeto PDE na Escola

Relatório de Atividades
Proponente: Vera Lúcia Pereira de Souza

   Título do evento: Educação Profissional para alunos com deficiência intelectual significativa

  Local de realização: NRE: Assis Chateaubriand; Município: Nova Aurora; Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”

   Encontro nº: 01

   Data do Encontro: 01/09/2010

ETAPA 1

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No dia 01/09/2010 aconteceu o primeiro Encontro do Grupo de Apoio da Implementação do Projeto na Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”, a professora PDE/09, Vera Lúcia, iniciou as Atividade com um breve relato explicando o que é Grupo de Apoio e como o mesmo funcionará em todos os demais encontros. Logo em seguida, a professora PDE/09, deu início às atividades com uma Dinâmica de Grupo intitulada “Confronto de Papéis”, todos os participantes participaram da Dinâmica, sendo que a mesma apresenta o objetivo identificar sentimentos presentes nas relações interpessoais a partir de perfis diferenciados. Houve muito diálogo e com a participação de todos.
Logo após terminar a Dinâmica, iniciou-se a segunda atividade com a apresentação do filme “Meu nome é Rádio”. A história, fundamentada em fatos reais, relata a vida de James Robert Kennedy, uma pessoa com deficiência intelectual que vivia às margens da sociedade até o momento em que conheceu o instrutor do time de futebol americano do colégio secundário T.L. Hanna High School, no bairro de Anderson, Carolina do Sul.
De um componente abandonado socialmente, Rádio, como James era conhecido por levar consigo um pequeno rádio de pilha, passa a fazer parte da sociedade e da escola local, mesmo após encarar vários preconceitos.
O filme é iniciado com imagens que expõem objetivamente a diferença entre Rádio e os demais elementos da cidade. Enquanto os jogadores se divertem e treinam unidos, ele está passando, solitário, pela rua, com seu carrinho de supermercado repleto de objetos que lhe interessam e não servem mais para outras pessoas. Porém, de longe, Rádio observa o time treinando e quem sabe pense como gostaria de fazer parte daquele ambiente.
O problema é que os próprios habitantes da cidade apresentam temor quanto à conduta dele e acabam por excluí-lo. Essa passa então ser a realidade de Rádio e é, ao mesmo tempo, a realidade de muitos cidadãos no mundo inteiro, que batalham a cada dia para serem aceitos.
É certo que, teoricamente, esta luta careceria ter acabado, já que a própria Declaração de Direitos Humanos presume que todos somos cidadãos semelhantes ante a lei. Contudo o próprio filme revela o quanto à teoria está longe da prática. No filme, a diretora, os jogadores e a própria mãe de Rádio representam a nossa sociedade preconceituosa, que está totalmente despreparada para receber as pessoas tidas por ela como anormais, ou seja, saem do que seria o modelo normal de cidadão ou aquele que não tem deficiências.
A reação desses personagens mostra os empecilhos que as pessoas com deficiência físicas e intelectuais enfrentam. Os diretores e professores, por não estarem capazes a recebê-lo, optam por afastá-lo da convivência dos demais, pois crêem que ele pode causar problemas e que não desenvolverá suas capacidades.
Isso é uma denúncia em relação ao despreparo da rede de educação mediante circunstâncias como esta. Todos têm direito à educação, mas lidar com a realidade a deficiência em qualquer de suas categorias – intelectual, visual, auditivo, física, e assim por diante – demanda uma alteração do sistema educacional e, especialmente, nos julgamentos éticos e morais de cada indivíduo.
Rádio é uma pessoa com deficiência tímida e solitária, visto que não teve uma oportunidade. No entanto bastou tê-la para que grandes modificações aconteceram em sua vida. A ajuda de um treinador, Harold Jones, foi essencial para seu desenvolvimento. O menino pobre que pouco ou nada falava, passou a divulgar menus e eventos nos alto-falantes da escola e a auxiliar o treinador com o time. E é esse o ponto que todos os participantes observaram ao assistirem o filme e perceberam: para que eles desenvolvam e cresçam, basta fornecer a eles aquilo que lhes é direito.
No entanto, incluir socialmente uma pessoa como Rádio não é empreitada simples. Ainda que no filme somente o treinador tenha pelejado contra tudo e todos para integrá-lo, em nossa sociedade esse trabalho demanda união de vários elos como família, educadores e sociedade como um todo. A família necessita entender a deficiência de seu filho e procurar meios de defender os direitos e as precisões dele, atuando de maneira diferente a que a mãe de Rádio atuou inicialmente, ou seja, com medo da reação das pessoas em relação ao seu filho ela o separava dos demais, como maneira de protegê-lo.
A escola necessita atender aos direitos previstos em lei e adequar-se de maneira que possa receber alunos com deficiência. Precisa dar a eles a oportunidade de conviver com seus semelhantes e de desenvolver suas capacidades. Além disso, deve estabelecer programas em que pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência ajam juntos e de maneira cooperativa, sem destacar diferenças e demonstrar preconceitos. Aos professores incumbirá a adaptação para lidar com esses indivíduos sem que diferenciem os alunos ou priorizem uns em detrimento de outros.
Dessa forma, a pessoa com deficiência poderá ser incluída socialmente e ter oportunidades como a que Rádio teve ao final do filme. Rádio se desenvolveu em diversos aspectos e transformou vidas e pensamentos. Ele representa muitas pessoas com deficiência que, com muita luta, tiveram suas vidas modificadas.
Compete atualmente aos indivíduos de toda a sociedade transformarem seus pensamentos e julgamentos para aderirem à inclusão social não só de indivíduos com deficiência, mas daqueles que encaram o preconceito de raça, religião, sexo e disparidade econômica. Entretanto a barreira não deve ser quebrada pelo simples fato de terem leis que resguardem essas pessoas, mas pelo fato de sermos todos seres humanos semelhantes e de iguais direitos, devendo ter o exercício integral e livre de nossa cidadania.
Após assistirem ao filme, os participantes participaram da 3ª atividade, relatando o que mais gostaram do filme e confrontando o mesmo com a realidade escolar de cada um, em seguida, responderam, em grupo, as seguintes questões: a) É possível descobrir lições de solidariedade e amizade em sua comunidade? b) Rádio é uma pessoa que apresenta dificuldade de aprendizagem. Averiguar essas ocorrências no dia-a-dia escolar é responsabilidade de todos os profissionais da educação. Você consegue detectar essa dificuldade nas pessoas? c) Faça uma análise crítica sobre o filme “Meu Nome é Rádio”. Todos os participantes participaram dos seus grupos, responderam as perguntas e citaram da importância de passar esse Filme para os demais professores e funcionários da Escola Especial “Novo Amanhecer”. Todos chegam à mesma conclusão, que o filme transmite uma lição de humanidade, de reconhecimento pelo próximo e a diferença que isso faz.
Foi pesquisado o site: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=262 que apresentou um artigo produzido por: João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
No primeiro encontro participaram 15 cursistas (professores e funcionários) da Escola de Educação Especial “Novo Amanhecer”.





Vera Lúcia Pereira de Souza
Professora PDE/2009

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