ALGUNS
SIGNIFICADOS QUE FAZEM DIFERENÇA EM NOSSAS VIDAS
SOUZA,
Vera Lúcia Pereira de.
RAÇA
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RACISMO
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ETNIA
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ETNOCENTRISMO
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Raça[1] é
um conceito para categorizar diversas populações de uma mesma espécie
biológica desde suas características físicas; é comum falar-se das raças de
cães ou de outros animais.
Raça humana é
normalmente uma classificação de ordem social, onde a cor da pele e ascendência
social ganham sentidos, valores e significados marcados. As diferenças mais
comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, conformação facial e
cranial, ancestralidade e, em algumas culturas, hereditariedade. Algumas
vezes usa-se o termo raça para identificar um grupo cultural ou étnico-linguístico,
sem quaisquer relações com um modelo biológico, e nessas ocorrências pode-se empregar
termos como população, etnia, ou mesmo cultura.
Então, raça é o conceito
que deu embasamento para o racismo científico. Destaque no fenótipo[2].
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Racismo[3] é uma maneira de
discriminar as pessoas, fundamentada em causas raciais, cor da pele ou outras
características físicas, de tal forma que umas se consideram superiores a
outras. Assim, o racismo tem como fim propositado (ou como resultado) a
diminuição ou a invalidação dos direitos humanos das pessoas discriminadas.
Exemplo disto foi à aparição do racismo na Europa, no século XIX, para explicar
a dominação da raça branca sobre o resto da humanidade.
Assim, racismos é a convicção de que uma
raça é superior à outra.
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Etnia[4] é
uma comunidade humana definida por semelhanças linguísticas e culturais. A
palavra etnia é procedida do grego ethnos[5], que significa povo.
A diferença entre raça e
etnia, é que etnia também abrange os fatores culturais, como a nacionalidade,
crença, língua e os conhecimentos, enquanto raça abrange somente os fatores
morfológicos, como cor de pele, constituição física, altura, assim por diante.
A palavra etnia muitas vezes é empregada erroneamente como um eufemismo para
raça.
Logo, etnia é a distinção dos grupos
humanos, abrangendo partilha comum de cultura, crença, língua, dentre outros
elementos.
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Etnocentrismo[6]
é
a atitude característica de quem só admite legalidade e validade às regras e
valores vigentes na sua cultura ou sociedade, ou seja, tem a sua procedência
na tendência de avaliarmos as realizações culturais de outros povos a partir
dos nossos próprios padrões culturais, afirmando os valores da sociedade a que
pertencemos como valores universalizáveis, aplicáveis a todos os homens, isto
é, dada a sua "superioridade", devem ser adotados por todas as
outras sociedades e culturas.
O
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como núcleo de tudo e todos os outros
são pensados e sentidos por meio dos nossos valores, nossos modelos, nossas significações
do que é a existência, pelo que todas as outras sociedades são avaliadas rebaixadas
à nossas, logo, esta atitude é preconceituosa.
Enfim, etnocentrismo é a ideia de que um
determinado conjunto cultural é superior a outro.
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ETNIA E IDENTIDADE CULTURAL
O
conceito de raça implica o conhecimento de algo definitivo e biológico, sendo
fundamentado nas propriedades biologicamente fundamentadas, o conceito de
etnicidade não pressupõe nada congênito, trata-se de um acontecimento meramente
social, produzido e reproduzido ao longo do tempo, aonde por meio da
socialização o indivíduo assimila os modos de vida, regras e crenças de suas
comunidades. Observa-se que a etnicidade pode ser central para a identificação
do indivíduo e do grupo oferecendo uma linha de continuação com o passado,
alimentada viva por meio das práticas das tradições culturais, não sendo
estática nem durável, mas alterável e adaptável.
Nesse
sentido, o sentimento de pertencimento a uma etnia pode ser expresso pela
palavra etnicidade. As crenças em uma identidade comum, especialmente por parte
dos grupos sociais que foram historicamente subordinados aos imperialismos
universalistas (romano, europeu, norte-americano, etc.), fomentaram lutas e
resistências de povos vizinhos que, antes mesmo da chegada dos dominadores, se
relacionavam como fronteiriços e adversários pelo aproveitamento das ecologias
locais. Essa identidade étnica, a etnicidade, se mostra sempre em movimento e
motivada por sentimentos e afetividades em torno das sociabilidades cotidianas:
nós e eles, que são, à primeira vista, denominações de
identificação difusa, definem exatamente as nossas experiências e as nossas
imaginações sobre as experiências que não são nossas e que, por isso mesmo,
estranhas a nós, são dos outros. (FLORES, 2008, p. 25).
Frente a estas considerações, percebe-se que a identidade cultural, por fim,
pode ser entendida como um processo de incorporação de conhecimentos e da
cultura do local onde se vive. A raça, por sua vez, é algo definitivo e
biológico. A etnicidade, com um significado puramente social, refere-se às
práticas e às visões culturais de determinada comunidade de pessoas e que as distingue
das outras como a língua, história ou linhagem, religião, estilos de roupas,
adornos e hábitos.
A lei maior que rege o país, a
Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988, em
que pese as suas várias emendas, é um excelente instrumento para iniciar
reflexões, realizar atividades pedagógicas ou propor ações afirmativas nos
assuntos relativos às identidades étnicas. (FLORES, 2008, p. 25).
Desse
modo, será possível a crítica à escola excludente e a constituição de atuações
verdadeiramente propositivas em nome da justiça social. O conhecimento da
humanidade em sua historicidade acende abertura para isso, uma vez que permite
aos indivíduos, por exemplo, condições para lutas políticos conscientes e a
constituição de identidades em que as relações de etnicidade podem ser
consideradas relações de poder e marcadas por formas de resistência.
Por
fim, faz-se necessário um novo engajamento de forças sociais, para que se
cumpram as leis em nosso País.
REFERÊNCIAS
FLORES, Elio Chaves. Nós e eles: etnia,
etnicidade, etnocentrismo. Direitos Humanos: capacitação de educadores. João
Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2008, v. II.
[1] Disponível em: <http://www.cursos.nead.ufpr.br/mod/resource/view.php?id=140413>.
[2] O fenótipo é o conjunto de características
físicas, morfológicas e fisiológicas de um organismo. O fenótipo pode ser
alterado frequentemente.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/genetica/fenotipo/>.
[3] Idem.
[4] Idem.
[5] ETHNOS - pessoas da mesma raça
ou nacionalidade que compartilham uma cultura distinta. Disponível em: <http://www.thefreedictionary.com/ethnos>.
[6] Disponível em: <http://www.cursos.nead.ufpr.br/mod/resource/view.php?id=140413>.
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